INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MAGISTRADOS ANO XXI • NÚMERO 222 • JUNHO DE 2013 Barroso é o novo Ministro do STF O constitucionalista Luís Roberto Barroso assume cadeira na mais alta Corte do País e recebe representantes da APAMAGIS e da AMB. página 10 STJ • Desembargador de SP é aprovado por Entrevista • Raphael Salvador, o eterno magistrado, unanimidade em sabatina da CCJ do Senado resgata história dos 60 anos da APAMAGIS Gedeão Dias / TJSP Paulo Dias de Moura Ribeiro foi referendado por unanimidade pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado para o cargo de ministro do STJ. página 13 Um jovem de mais de 80 anos, Raphael Salvador discorre sobre relações institucionais, associativismo e vocação para a magistratura. página 12 •Juíza paulista é indicada para o Conselho Nacional de Justiça. Página 15 editorial As manifestações e a Justiça O recado da ruas é direto: o povo quer Justiça. E apenas existe Justiça verdadeira quando existem magistrados preparados, vocacionados, independentes e sintonizados com o seu tempo Roque Antonio Mesquita de Oliveira Desembargador do TJ/SP e Presidente da APAMAGIS [email protected] O Brasil ainda rende surpresas para um magistrado e ex-professor de História como eu. Confesso ter me espantado com o movimento que eclodiu das ruas sob o pretexto do reajuste das passagens dos transportes coletivos, mas revelou ser a ponta de um iceberg de demandas das pessoas cansadas das inúmeras dificuldades de acesso aos serviços públicos. É bom, logo de início, separar duas espécies de movimentos: os verdadeiros e pacíficos - que contagiaram o país como se vivêssemos uma final de Copa do Mundo -, e o realizado por vândalos: criminosos que aproveitaram a chance dos 15 minutos de fama para praticar atos ilícitos, inclusive com o covarde espancamento de um policial na frente da casa da Justiça. Tribuna da Magistratura Publicação da Associação Paulista de Magistrados Ano XXI - nº 222 O primeiro grupo deve obter o nosso respeito. O segundo precisa conhecer a força inclemente do Estado e ser punido. Feita essa observação importantíssima, é preciso focar o quanto das vozes das ruas deve se ecoada dentro do Judiciário. A primeira questão, de ordem constitucional, é que o direito de manifestação deve ser fomentado. É preciso criar mecanismos para que essa vital regra da sociedade possa coexistir com outros direitos essenciais como o de ir e vir, o acesso aos serviços públicos e o respeito à dignidade humana. Nesse sentido, o Judiciário deve estar apto a responder com agilidade às demandas que lhe são postas. As ruas evidenciaram também a importância de um Judiciário ainda mais forte, mais independente e mais soberano. A concentração de forças no Executivo talvez tenha sido a principal força motriz das manifestações. As pessoas deram o recado: “estamos cansados de comandos verticais, de Noel Thomas cima para baixo”. Com um Legislativo praticamente chancelador de medidas provisórias e atrelado à agenda dos chefes do Executivo em todas as esferas, cabe ao Judiciário um papel ainda mais espinhoso: distribuir Justiça (a verda- deira Justiça!) com comandos legais muitas vezes confusos, mal redigidos e ultrapassados. Se não cabe ao Judiciário se imiscuir na forma que o Legislativo escolheu para sua atuação, segundo os ditames constitucionais, é imperioso que os magistrados se apoderem do conceito estatuído pela Constituição Federal e exerçam em sua plenitude os seus deveres. É preciso, de uma vez por todas, compreender que as regras constitucionais que asseguram prerrogativas aos magistrados se destinam ao povo. É possível imaginar a existência de manifestações pacíficas se os magistrados estivessem “encabrestados” pelo Executivo ou Legislativo? O recado da ruas é direto: o povo quer Justiça. E apenas existe Justiça verdadeira quando existem magistrados preparados, vocacionados, independentes e sintonizados com o seu tempo. Qualquer outra forma de suposta distribuição de Justiça que prescinda disso é um terrível golpe à democracia e ao Estado de Direito. Imprensa [email protected] Diretor Departamento de Secretaria Domingos de Siqueira Frascino Jornalista Responsável Renata Giordano de Castro (MTB 25405) Convênios [email protected] Diretora-Adjunta de Secretaria Renata Martins de Carvalho Alves Coordenação Geral Luciano Ayres Informática [email protected] Diretora Departamento Financeiro Zelia Maria Antunes Alves Redação Jessamy Kisberi Tiragem: 3.600 exemplares Site www.apamagis.com.br Diretor-Adjunto Financeiro Edison Aparecido Brandão APAMAGIS DIRETORIA EXECUTIVA COMUNICAÇÃO Edição, Revisão, Projeto Gráfico e Diagramação AyresPP Comunicação e Marketing Estratégico Tel: (19) 3232.6823 [email protected] Presidente Roque Antonio Mesquita de Oliveira Roque Antonio Mesquita de Oliveira Fernando Figueiredo Bartoletti Fotos APAMAGIS / AyresPP 1º Vice-Presidente Fernando Figueiredo Bartoletti IMPRENSA R. Tabatinguera, 140 - sobreloja CEP: 01020-901 - São Paulo - SP Telefone: (11) 3292-2200 Fax: (11) 3292-2209 Presidência [email protected] Secretaria [email protected] 2º Vice-Presidente Irineu Jorge Fava 2 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 Carolina N. Munhoz Rossi CONSELHO EDITORIAL Aloísio de Toledo César Ana Paula Sampaio de Queiroz Bandeira Lins Antonio Ernesto de Bittencourt Rodrigues Irineu Jorge Fava Fernando Figueiredo Bartoletti José Carlos Ferreira Alves Colaboradores Todos os artigos assinados neste jornal são de responsabilidade exclusiva de seus autores. político-institucional Magistratura unida | APAMAGIS com associados prossegue interlocução O Fórum de Sorocaba e o Foro da Penha recebem dirigentes da Associação FORO DA PENHA NECESSITA DE MEDIDAS URGENTES DE SEGURANÇA Os componentes da Presidência, Diretoria Executiva e do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal da APAMAGIS estão agindo em prol da união dos associados, num trabalho contínuo e incansável, contra os incessantes ataques da mídia à magistratura paulista e nacional, além de debater sobre a posição financeira da Associação e os projetos a serem realizadas no próximo semestre. SOROCABA APOIA APAMAGIS EM REPÚDIO A DECLARAÇÕES DA IMPRENSA O presidente Roque Mesquita, o 2º vice-presidente Irineu Fava, o presidente do Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal, Álvaro Augusto dos Passos, a conselheira Andréa Ribeiro Borges e o coordenador da APAMAGIS da Circunscrição de Sorocaba e diretor do Fórum, Hugo Leandro Maranzano, estiveram reunidos no dia 24 de maio com juízes da região para expor as novidades associativas e institucionais. “Gostaria de agradecer a presença de cada colega nesta ocasião tão significativa para mim”, iniciou o presidente da APAMAGIS ao saudar os 25 colegas que prestigiaram a visita da Diretoria da Associação em sua cidade natal. Os momentos mais difíceis da magistratura foram tópicos do encontro. A APMP, pouco antes da reunião, divulgou em seu site e redes sociais, nota pública contra o presidente do TJ/SP, Ivan Sartori, repudiando as declarações do desembargador em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo a respeito da PEC 001/2013, conhecida como PEC estadual da impunidade. A APAMAGIS publicou na mesma tarde nota em apoio à Presidência do TJ/SP, de positiva repercussão entre a classe. “Respeitamos as diferenças dos outros e defendemos a liberdade de expressão para respeitar o bem da coletividade”, explicando a nota de apoio da APAMAGIS, intitulada O sagrado direito de se expressar livremente. O canal de comunicação associativo também está sendo articulado sob a direção do vice-presidente, Irineu Fava. “Acatamos as críticas e as sugestões e procuramos sempre valorizar o trabalho da Justiça paulista”, declarou o presidente. “O momento é de união. Podemos ter ocasiões de divergência de perfil, mas o momento é que estamos sendo atacados por todos os lados e temos que nos unir em prol do indispensável trabalho realizada pela nossa classe”, complementou o vice-presidente. Após Roque Mesquita explorar a questão financeira da APAMAGIS e tópicos concernentes às Colônias de Férias, Irineu Fava ressaltou que a entidade pagou R$ 26 milhões pela sede social na época de sua aqui- Sorocaba Foro Regional da Penha Tudo hoje é urgente. Essa instalação ajudará a desafogar o trabalho dos magistrados Cássio Pereira Brisola sição e, hoje, o mesmo imóvel foi avaliado em R$ 36 milhões. “É uma grande conquista, afinal, a magistratura agora tem a possibilidade de realizar a atividade associativa como um todo: tanto socialmente quanto administrativamente”. De acordo com o presidente do CCOF, Álvaro Passos, a atual gestão da APAMAGIS tem sido guiada com tomadas serenas de decisões nos inúmeros pleitos elencados pelos associados. “Somos [juízes] pessoas talhadas para a serenidade: temos que ouvir, refletir e só então tomar a decisão. Por isso sabemos que, quando o presidente Roque Mesquita faz algo, faz de forma definitiva. “O Conselho, presidido pelo Álvaro, tem sido realmente um grupo de colegas que está se empenhando brilhantemente na direção da APAMAGIS. Estamos todos fazendo o nosso melhor pela Justiça bandeirante”, ressaltou o dirigente da Associação. “Gostaria de demonstrar toda nossa afeição pelo Roque Mesquita. Agradeço a presença de todos que estão aqui em demonstração do apoio integral à nossa Associação diante dos acontecimentos já mencionados”, finalizou o coordenador Hugo Maranzano. Temos que ver o modelo, o perfil de Associação que buscamos: aquela que abastece os associados de benefícios e/ou aquela que luta pelas prerrogativas Álvaro Passos Em meio a tanta violência na cidade de São Paulo, a questão de segurança foi tópico de sugestões e reclamações durante a reunião realizada no dia 11 de junho no Foro Regional da Penha, na zona leste de São Paulo. O presidente da APAMAGIS, Roque Mesquita, o presidente do CCOF, Álvaro Augusto dos Passos, o diretor do departamento de Secretaria, Domingos Frascino, e o diretor-adjunto da Diretoria da Capital e Grande São Paulo, Walter Godoy dos Santos Júnior, debateram e anotaram as principais reivindicações dos magistrados da região. Roque Mesquita iniciou a reunião destacando a preocupação com a segurança dos magistrados do estado e as formas de atuação da Associação em relação a esse tópico. “Temos no nosso departamento de Segurança o magistrado aposentado, cel. Augusto Neves, e o delegado Marco Antonio – sempre à disposição para atuar discretamente nas questões mais complicadas relacionadas aos nossos associados”. Os magistrados do Foro ressaltaram a falta de segurança em relação à sala de armas existente no local, além da ausência de câmeras de segurança e falhas na identificação de visitantes. “Podemos nos reunir com o presidente Ivan Sartori para expor a situação corrente do ambiente de trabalho em que se encontram”, frisou o dirigente da APAMAGIS. Outro alvo de preocupação dos magistrados concerne ao Plano de Saúde: tópico de mudança da relação jurídica da APAMAGIS com a Qualicorp. “Foi realizado um estudo de sinistralidade e nós apresentamos 85% desse total. Somos considerados um grupo custoso e de alto risco”, explicou Roque Mesquita, ressaltando o atual reajuste de 16,53% no valor do plano dos magistrados. A APAMAGIS, que comemora em 2013 seus 60 anos, atualmente tem um perfil diferente daquele do início da vida associativa. Para o presidente do CCOF, a Associação vive hoje um período sadio financeiramente, no entanto, é necessário que os magistrados reavaliem seus interesses. “Temos que ver o modelo, o perfil de Associação que buscamos: aquela que abastece os associados de benefícios e/ou aquela que luta pelas prerrogativas”. “Entrei na APAMAGIS para servir aos colegas, pelo trabalho de uma vida. Dediquei-me nestes dois anos à frente da Presidência a arrumar a casa como gestor dos nossos associados. Para tanto, procurei fazer uma gestão muito ligada ao Conselho, trazendo-o à plena participação da gestão”, finalizou Roque Mesquita. Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 3 político-institucional Composição | Corte desembargadores paulista tem mais oito Foram realizadas duas solenidades distintas para empossar o novo quadro O mês de junho foi muito produtivo, oito desembargadores tomaram posse no mais alto cargo da Justiça paulista em duas ocasiões: nos dias 06 e 11 de junho. Os magistrados nomeados são Ivo de Almeida, José Antonio de Paula Santos Neto, João Batista Silvério da Silva, Camilo Léllis dos Santos Almeida, Carlos Henrique Abrão, Erson Teodoro de Oliveira, Antonio Mário de Castro Figliolia e José Luiz Germano. A cerimônia do dia 06 de junho investiu ao cargo Ivo de Almeida, José Antonio de Paula Santos Neto, João Batista Silvério da Silva e Camilo Léllis dos Santos Almeida. A ocasião teve a presença do presidente Ivan Sartori. Ivo de Almeida abriu os discursos e destacou sua emoção em tomar posse no Judiciário de São Paulo, o maior do país. “É o momento de renovar nossos votos, nossos compromissos de bem servir à Justiça paulista com dedicação, afinco e, sobretudo, com lealdade”. José Antonio de Paula Santos Neto enfatizou que “neste momento as palavras devem ser rápidas, mas não é possível deixar de registrar que quando se galga a condição de desembargador a sensação que se tem é de um sentimento de responsabilidade maior, ainda que a promoção seja uma hon- ra”. Ele destacou que o Tribunal está sob o foco de todas as lentes. “Devemos dar uma resposta à altura da sociedade. A gestão atual tem nos apontado o caminho a seguir, cabe-nos seguir essa trilha”. “Foi uma longa caminhada até aqui, tenho 28, quase 29 anos de carreira na magistratura. Agradeço a Deus por estar com saúde e permanecer com motivação. Chego determinado a esta Corte, nunca parei de estudar. Chego para servir e cooperar neste Tribunal que é o maior do Brasil”, disse o empossado João Batista Silvério da Silva. Camilo Léllis dos Santos Almeida iniciou sua breve fala afirmando que “o momento é de agradecer, pois é uma deferência muito grande alcançar o mais alto degrau da carreira da magistratura bandeirante. São 26 anos de carreira. Agradeço a Deus, à minha família, aos integrantes do Conselho da magistratura. Estou muito feliz por ter alcançado o cargo de desembargador”. O presidente Ivan Sartori falou aos empossados: “são pessoas que têm feito muito pelos jurisdicionados. São mais de duas décadas a serviço da magistratura. O desembargador Ivo de Almeida é muito querido pelos colegas. José Antonio de Paula Santos Neto, que possui vasto currículo, atuou no Novos desembargadores empossados em 6 de junho Conselho Nacional de Justiça com muito brilho, e, nesse período, muito fez a favor do Tribunal de Justiça de São Paulo. João Batista Silvério da Silva possui uma experiência fabulosa como escrevente, promotor, delegado de polícia; só não foi piloto. Camilo Léllis dos Santos Almeida, pessoa muito querida no Tribunal. É uma alegria muito grande recebê-los. Cumprimento também os familiares. Como sempre costumo dizer, muitas Ivo de Almeida José Antonio de Paula Santos Neto João Batista Silvério da Silva Nasceu em São Paulo em 1958, e é formado em Direito pela PUC/SP. Ingressou na magistratura em 1987. Atuou em Bauru, São Bernardo do Campo, Cananéia , Registro auxiliar da capital, Foro Regional de Santana; e para a 2ª Vara Criminal e do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Foro Regional de Santana em 2006. Foi juiz substituto em segundo grau desde 2011. Nasceu em São Paulo em 1962, é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Ingressou na magistratura em 1988 como juiz substituto na 4ª Circunscrição Judiciária em Osasco e foi promovido para a Comarca de Santa Adélia em 1988. Foi juiz na 3ª Vara de Itapeva (1989) e promovido a juiz auxiliar da capital e juiz da 2ª Vara de Acidentes do Trabalho Central. É juiz substituto em segundo grau desde 2009. Nascido em Roseira (SP), em 1954. Formado pela Faculdade de Direito de Taubaté. Ingressou na magistratura em 1985 como juiz da 16ª Circunscrição Judiciária em São José do Rio Preto e foi removido para a 47ª Circunscrição Judiciária em Taubaté. Foi juiz substituto na 48ª Circunscrição Judiciária em Guaratinguetá e, em 1986, juiz de 1ª entrância em Cunha. Judicou em Aparecida na 4ª Vara Criminal de São José dos Campos e na 4ª Vara Cível de São José dos Campos. Em 1999, foi promovido para a 12ª Vara da Família e das Sucessões – Central. 4 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 vezes sentem-se solitários, pois o trabalho na magistratura nos priva de momentos com a família e de momentos de lazer”. Ele destacou que “o Tribunal hoje enfrenta um paradoxo: trabalhar com qualidade, sem descartar a rapidez e a consistência. Nossa política de transparência é absoluta, abrimos o Tribunal completamente, aqui não tem caixa preta, não temos o que esconder”. O Presidente finalizou, “declaro nossos ilustres colegas empossados”. Camilo Léllis dos Santos Almeida Nascido em Turiaçu (MA) em 1961, é formado pela Faculdade de Direito de Guarulhos. Ingressou na magistratura como juiz substituto na 1ª Circunscrição Judiciária na Comarca de Santos. Foi juiz em Iguape e Presidente Epitácio e foi promovido como juiz auxiliar para a 1ª Vara Cível da Comarca de Araçatuba. Foi juiz da 4ª Vara do Júri do Foro Regional da Penha de Franca e, em 2009, se tornou juiz substituto em segundo grau. político-institucional Daniela Smania / TJSP MAIS QUATRO O Salão do Júri do Palácio da Justiça recebeu a solenidade que empossou Carlos Henrique Abrão, Erson Teodoro de Oliveira, Antonio Mário de Castro Figliolia e José Luiz Germano como desembargadores, na tarde do dia 11 de junho. O presidente Ivan Sartori abriu a cerimônia. Além dele, fizeram parte da mesa diretora dos trabalhos: vice-presidente da Corte, José Gaspar Gonzaga Franceschini; corregedor-geral da Justiça, José Renato Nalini; orador da cerimônia em nome do TJ/SP, José Orestes de Souza Nery; e presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, Orlando Eduardo Geraldi. Após cada um dos empossados prestar compromisso e assinar o termo de posse, Sartori entregou a eles o Colar do Mérito Judiciário, a mais alta honraria da magistratura paulista. O desembargador José Orestes de Souza Nery, em seu discurso, relatou brevemente a trajetória profissional dos empossados e exaltou suas qualidades pessoais e profissionais: “são pessoas altamente qualificadas. Juízes atuantes e incansáveis, sempre procurando promover a Justiça. Com criatividade, desenvolveram, cada um na sua área de atuação, trabalhos que fomentam novos progressos!” José Luiz Germano saudou os presentes e explicou a emoção sentida na ocasião. “Hoje estou com exatos 50 anos de idade. Não sou velho, mas amadureci. O tempo levou minha ingenuidade, levou a minha inexperiência, mas não me tirou o sonho com a justiça justa, que eu busco todos os dias tornar real.” Antonio Mário de Castro Figliolia não deixou de mencionar as inúmeras pessoas marcantes que o ajudaram no início da profissão. “O momento é de agradecimentos e de reminiscências. É de festa, enfim. Entretanto, o momento também é de alerta sobre os ataques que a magistratura vem sendo vítima. Tristes agressões perpetradas por setores da imprensa que açulam levianamente a população contra nós, magistrados. As inverdades se multiplicam sem nenhum pudor e o povo fica enfurecido, como se os juízes fossem um bando de ladrões, de parasitas do Estado, quando somos realmente os guardiões da nossa incipiente democracia”, enfatizou. Para Erson Teodoro de Oliveira, o cargo é um novo ponto de partida em sua vida. “Foram quase 30 anos de esforço e dedicação à causa da Justiça. Mas, quase 30 anos de muita realização pessoal. No entanto, esse é o instante de partida. Há um novo horizonte que se descortina a frente. Para os operadores do direito da nossa geração sexagenária, talvez o futuro já tenha chegado; talvez nosso futuro seja hoje. O futuro mais longínquo pertence às novas gerações.” “Quando decidimos abraçar o sacerdócio da magistratura, o fizemos impelidos pelo sentimento imorredouro da Justiça, mas, ao mesmo tempo, sabedores das limitações e da falibilidade humana. A Justiça sem misericórdia é insensível, a misericórdia sem Justiça é desonrosa”, afirmou Carlos Henrique Abrão. O presidente Ivan Sartori disse que, no Os novos desembargadores Autoridades presentes na posse atual contexto de contínua modernização do Tribunal de Justiça – através da valorização dos servidores e dos magistrados e do investimento em informatização, o calor humano na magistratura é muito importante. “Vejo que cada um quer fazer sua parte. Isso facilita a administração do Tribunal. Temos consciência de que precisamos crescer para dar uma prestação jurisdicional cada vez melhor aos cidadãos.” A diretora do departamento Financeiro da APAMAGIS, desembargadora Zélia Maria Antunes Alves, representou o presidente Roque Mesquita na ocasião. Daniela Smania / TJSP Daniela Smania / TJSP Daniela Smania / TJSP Salão do Júri repleto na solenidade Daniela Smania / TJSP Daniela Smania / TJSP Daniela Smania / TJSP Carlos Henrique Abrão Erson Teodoro de Oliveira Antonio Mário de Castro Figliolia José Luiz Germano Nascido em São Paulo, em 1959. Formado em Direito pela USP, em 1981. Ingressou na magistratura em 1987. Atuou em Santo André, Foro Distrital de Jandira (Barueri), Praia Grande, auxiliar da capital e 42ª Vara Cível do Foro Central. Juiz de entrância final, removido para o cargo de juiz substituto em 2º grau de São Paulo, em 2009. Nascido na cidade paulista de Barbosa em 1953. Formado em Direito pela PUC-Campinas, em 1978. Ingressou na magistratura em 1985. Atuou em Campinas e também nas Comarcas de José Bonifácio e São Roque. Em 1989 foi auxiliar da Comarca de São Paulo. Foi removido em 1993 para a Vara da Infância e Juventude da Comarca de Campinas e promovido, em 1998, a juiz de entrância especial da 4ª Vara Cível do Foro Regional de Santana. Em 2008 foi removido para o cargo de juiz substituto em 2º grau. Nascido em São Paulo, em 1959. Formado em Direito, em 1980, pela Faculdade de Direito de Bauru. Ingressou na magistratura em 1985. Atuou em Araraquara, General Salgado e Mogi Mirim. Em 1990, foi promovido para a Comarca de Campinas. Em 1999 atuou na 2ª Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, até que, em 2006, foi removido para o cargo de juiz da 5ª Vara Cível do Foro Regional de Santana. Em 2009 chegou a juiz substituto em 2º grau. Nascido em São Paulo, em 1962. Formado em Direito, em 1985, pela PUC-SP. Ingressou na magistratura como juiz substituto na Comarca de Mogi das Cruzes. Passou ainda pelas Comarcas de General Salgado e Jales até ser promovido ao cargo de juiz auxiliar de São Paulo. Atuou também na 1ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional de Itaquera. Foi removido do cargo de juiz no Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Taubaté para o de juiz substituto em 2º grau em 2009. Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 5 político-institucional 60 anos APAMAGIS | Jubileu de Brilhante da APAMAGIS é celebrado pela cidade de São Paulo A solenidade foi realizada na Câmara Municipal de São Paulo e organizada pelo presidente da Sociedade Amigos da Cidade, professor J.B. Oliveira, e pelo vereador e ex-comandante da PM no TJ/SP, coronel Camilo Vice-presidente do TJ/SP, Gonzaga Franscechini, presidente do CCOF, Álvaro Passos, presidente da APAMAGIS, Roque Mesquita, presidente da SAC, J.B.Oliveira e vereador Coronel Camilo A APAMAGIS já foi uma entidade beneficente e hoje é uma instituição que vai além da busca pelos direitos dos magistrados, na luta por melhor prestação jurisdicional à população paulista e no predicado de civilidade. Em reconhecimento a uma caminhada que iniciou em 1953 e neste ano está comemorando o Jubileu de Brilhante, no dia 13 de junho, a Câmara Municipal de São Paulo e a Sociedade Amigos da Cidade homenagearam a importante atuação da Associação paulista em sessão solene no Salão Nobre da Câmara. A Medalha do Mérito Cruz do Anhembi é uma condecoração criada pelo decreto 52.890, de 1º de março de 1972, do Governo do Estado, e foi entregue aos desembargadores Roque Mesquita (presidente da APAMAGIS), Irineu Fava (vice-presidente da entidade), Álvaro Passos (presidente do Conselho Consultivo) e José Renato Nalini (corregedor geral da Justiça). “Essa homenagem acontece em reconhecimento ao excelente serviço prestado pelos representantes da Justiça ao povo de São Paulo. Para mim, é um privilégio poder compartilhar esse momento que, de forma justa, destaca pessoas fundamentais na nossa sociedade. Parabéns à APAMAGIS e a todos os homens e as mulheres que fazem a Justiça acontecer no Estado de São Paulo”, frisou o coronel Camilo. O presidente da Sociedade Amigos da Cidade, professor J.B. Oliveira, ressaltou que a Câmara e a magistratura trabalham juntas. “Não poderíamos ignorar o aniversário da APAMAGIS. Parabéns por esse trabalho Medalha do Mérito Cruz do Anhembi foi criada pelo decreto 52.890/72 do Governo do Estado 6 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 Essa homenagem acontece em reconhecimento ao excelente serviço prestado pelos representantes da Justiça ao povo de São Paulo. Para mim, é um privilégio poder compartilhar esse momento que, de forma justa, destaca pessoas fundamentais na nossa sociedade Coronel Camilo que nos engrandece e nos enche de alegria. Parabéns, APAMAGIS. Continue com esse trabalho que nos engrandece”. O desembargador Álvaro Passos falou sobre as dificuldades enfrentadas pela magistratura na defesa dos direitos e da liberdade. “A Associação atua na defesa da magistratura e do Estado democrático de direito. Defender a magistratura é defender a liberdade e o cidadão. Esse Colar não pertence só a mim. Pertence a todos nós!”. O presidente Roque Mesquita, por sua vez, lembrou a história da APAMAGIS como um bem de valor da sociedade paulista. “É uma entidade com mais de três mil magistrados e a maior Associação de juízes do Brasil. Se dedica a ajudar as pessoas, prestando serviço à comunidade paulista. São Paulo impressiona pela coragem e o brilho de seu povo, suas mulheres e seus homens, pela vontade de vencer e derrotar os obstáculos. Continuaremos a exercer nossas funções nesta cidade maravilhosa. Tenham certeza que os Magistrados continuarão trabalhan- do diuturnamente por melhorias”. A cerimônia ainda teve a apresentação do maestro João Guilherme de Figueiredo da Orquestra Histórica do Brasil que executou peças de Bach e Vivaldi ao violoncelo. Após as condecorações, houve um coquetel aos convidados que também comemorou os 79 anos da Sociedade Amigos da Cidade – entidade sem fins lucrativos criada em 1934 e presidida pelo professor J.B.Oliveira. O evento foi prestigiado por vereadores, magistrados, servidores, militares, policiais, advogados, acadêmicos, parlamentares. Entre as autoridades estiveram presentes: o vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Gaspar Gonzaga Franceschini, que representou o presidente Ivan Sartori; o presidente do Tribunal de Justiça Militar, Orlando Eduardo Geraldi; a diretora do Departamento Financeiro da entidade, desembargadora Zélia Maria Antunes Alves; o membro do Conselho Consultivo da APAMAGIS, de- político-institucional Roque Mesquita, Gonzaga Franceschini e Álvaro Passos recebem a Comenda da Sociedade Amigos da Cidade A Associação atua na defesa da magistratura e do Estado democrático de direito. Defender a magistratura é defender a liberdade e o cidadão. Esse Colar não pertence só a mim. Pertence a todos nós! Álvaro Passos Domingos Frascino, Álvaro Passos, Roque Mesquita, Zélia Antunes Alves e Renata de Carvalho sembargador Antônio Benedito Ribeiro Pinto; o desembargador Antônio Maria Lopes; a diretora-adjunta do Departamento de Secretaria, juíza Renata Martins de Carvalho; o diretor-adjunto do Departamento de Previdência, juiz Morvan Meirelles Costa; a procuradora de Justiça Leila Ramacciotti; o desembargador Theodoro Cambrea Filho; o diretor do Departamento de Secretaria, juiz Domingos de Siqueira Frascino; o assessor especial da Presidência da APAMAGIS, delegado Marco Antonio Martins Ribeiro de Campos; o vice-presidente da Sociedade Amigos da Cidade, Percival Piza de Toledo; o primeiro-secretário do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo, Reinaldo Bressani; e o gerente-executivo do Centro de Estudos e Distribuição de Títulos e Documentos de São Paulo, Rui Tavares. Integração | Prefeito de Salto visita presidência do TJ/SP e sede administrativa da APAMAGIS Antonio Carreta-TJSP.JPG O presidente da APAMAGIS, Roque Mesquita, recebeu o prefeito de Salto, Juvenil Cirelli, o secretário de Negócios Jurídicos, Amilton Luis de Arruda Sampaio, o presidente da OAB/ Salto, Cleber Rodrigo Matiuzzi, juntamente dos juízes Jayme Walmer de Freitas (diretor-adjunto do departamento de Interiorização da APAMAGIS da região de Sorocaba) e Alessandra Lopes Santana de Mello no dia 06 de junho. O objetivo da visita foi difundir cada vez mais e melhorar as ações da Justiça paulista em prol da população, discutindo também os projetos de interesse da magistratura na Câmara dos Deputados e contar com a ajuda efetiva de todos os setores de administração do Estado. TJ/SP Os representantes de Salto também estiveram no Gabinete do presidente Ivan Sartori. O objetivo da visita foi difundir cada vez mais e melhorar as intenções da Justiça paulista em prol da população Diretoria da APAMAGIS acompanha magistrados e prefeito na visita ao presidente Sartori Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 7 político-institucional posse| Rui Stoco é aprovado para o Enfam Magistrado foi eleito por unanimidade pelo pleno do STJ Fonte: site CNJ O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rui Stoco, passa a compor o Conselho Superior da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados – Enfam. O magistrado paulista foi eleito por votação unânime do pleno do Superior Tribunal de Justiça. A posse oficial foi em 29 de abril nas dependências do Conselho de Justiça Federal – CJF em Brasília, ao lado da desembargadora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (sede em Recife), Margarida de Oliveira Cantarelli. A Enfam foi instituída em novembro de 2006 com a responsabilidade de formular as diretrizes básicas do ensino, o planejamento de trabalho anual, e a supervisão permanente das atividades acadêmicas. A estrutura orgânica da Enfam é composta pelo Conselho Superior e pela Direção-Geral. Integram o conselho: a diretora-geral, ministra Eliana Calmon, que o preside; a vice-diretora, ministra Nancy Andrighi; o diretor do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Arnaldo Esteves Lima; os ministros Castro Meira e Humberto Martins e os quatro magistrados que representam a Justiça Federal e a Justiça dos estados. O mandato dos conselheiros é de dois anos. O desembargador do TJ/SP, Rui Stoco, passa a compor o Conselho Superior da Enfam Rui Stoco passa a compor o Conselho Superior da ENFAM 100 95 75 25 5 0 8 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 ������������ �������������������250�13� segunda-feira, 24 de junho de 2013 15:42:34 político-institucional Atuação| Nota de apoio ao presidente do TJ/SP Magistratura paulista lamenta as agressões da imprensa a magistrados e servidores do Estado O Estadão publicou matéria, no dia 02 de junho, afirmando que, segundo “desembargadores da ala independente da toga”, o presidente do TJ/SP, desembargador Ivan Sartori, “está em campanha aberta pela reeleição e, por isso, abriu os cofres da instituição como nunca antes”. De acordo com o jornal, em apenas cinco meses a Corte bandeirante destinou cerca de R$ 87 mi ao pagamento de auxílio-alimentação a magistrados e servidores. Ainda segundo a publicação, “o tema domina os bastidores nas Seções de Direito Público, Privado e Criminal e desembargadores alegam que a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), artigo 102, e a tradição, sobretudo, vetam a recondução, barrando a politização nos tribunais”. Em resposta, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo elaborou nota repudiando o conteúdo da reportagem. Lamenta-se, profundamente, o tom sarcástico e tendencioso de notícia sobre o presidente do Tribunal de Justiça, que estaria empreendendo reeleição e, por isso, teria “aberto os cofres da instituição”. Deplora-se, ainda, a adjetivação gratuita constante da notícia que menciona “ares de estadista” do presidente, o qual seria amigo de deputado que estaria sendo processado por improbidade, circunstância que teria determinado o surgimento de uma lei no ano passado. Deplora-se, também, a falsa informação, na primeira página, de que todos os valores pagos a título de auxílio-alimentação se destinaram somente aos juízes, quando mais de 90% se destinaram aos servidores. Não é de hoje a falta de seriedade desse jor- nal, que posa de vestal, denegrindo as pessoas com quem não simpatiza. A notícia tem clara intenção de provocar a opinião pública contra o presidente da Corte, com meias verdades e falsas premissas. Isso dito, vem agora a verdade: 1. O auxílio-alimentação vem sendo pago pelo Fundo Especial de Despesa há mais de seis anos, por força de lei de 2006 e, agora, por uma lei mais específica do ano passado, uma vez que o tesouro não suporta essa despesa; 2. O valor do auxílio-alimentação consta do orçamento anual, que não pode ser inovado pelo presidente; 3. Desembargadores, juízes e servidores, cerca de 50.000, recebem o mesmo valor a esse título, mas somente os primeiros votam; 4. Diante do gigantesco quadro de pessoal do Poder Judiciário de São Paulo, todos os pagamentos e valores são expressivos. Para se ter uma ideia, há um passivo de cerca de 5 bilhões, entre magistrados e servidores. 5. Nesse contexto, eventual reeleição do presidente Sartori, que nem foi por ele cogitada, independe desses pagamentos, que viriam qualquer que fosse o presidente, como aconteceu em anos anteriores; 6. A Assembleia Legislativa aprovou lei no ano passado, porque assim entenderam os deputados paulistas, por força de recomendação do CNJ e do Tribunal de Contas do Estado, sendo, no mínimo irresponsável, afirmar, como fez o jornal, que a lei teria sido aprovada em razão de suposta amizade entre o presidente Sartori e o então presidente do Parlamento, deputado Barros Munhoz. Com essa asserção, o jornal sugere “conchavo” absurdo entre todos os deputados e o presidente Sartori. A atitude costumeiramente tendenciosa e agora criminosa do jornal O Estado de S.Paulo em nada enobrece a imprensa brasileira, a qual, em regra, é séria. Fatos que tais antes contribuem para gerar desconfiança em relação a muito do que vem sendo noticiado na imprensa. Medidas judiciais serão tomadas. Em medida imediata de apoio, a APAMAGIS também encaminhou aos principais jornais da cidade nota suportando a ação da presidência da Corte bandeirante. A APAMAGIS - Associação Paulista de Magistrados reitera seu irrestrito apoio ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, e lamenta profundamente as infundadas agressões aos membros do Judiciário de São Paulo - magistrados e servidores - levianamente acusados de prática de atos contrários à Ética e ao Direito. É absolutamente aterrador assistir a veículos importantes da sociedade brasileira, como O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, tão desconectados da verdade, e, assim, aptos a colaborar com aqueles que pregam a restrição da liberdade de expressão. O direito de informar deve ser protegido todos os dias e com a integralidade de nossas forças. Isso, entretanto, exige a correlata responsabilidade de apurar a verdade e promover a salutar discussão sobre o futuro de nossas instituições. O presidente Ivan Sartori explicou todos os pontos em sua entrevista mostrando com clareza absoluta a legalidade, a moralidade e a necessidade dos pagamentos feitos a todos os membros do Judiciário - desde servidores até magistrados. Na medida em que parte da imprensa se dissocia da realidade e se aproxima do sensa- cionalismo de baixíssimo nível, com insinuações no mínimo insensatas, há a necessidade de refletir sobre o que se está legando às futuras gerações: exercício de nobres direitos ou perspectivas de abusos irresponsáveis? Assim, para defender a primeira hipótese, a diretoria da APAMAGIS repele com veemência as infundadas ofensas direcionadas contra a Justiça de São Paulo e se coloca ao lado do Tribunal de Justiça de São Paulo ofertando todo o suporte necessário para fazer cessar imediatamente as covardes agressões desferidas e as posteriores reparações aos danos causados à Magistratura, à Justiça e à sociedade. A APAMAGIS reitera seu apoio integral ao presidente Ivan Sartori, que, de acordo com o presidente da Associação, Roque Mesquita, “em 37 anos não conheci um representante do Poder Judiciário paulista com tanta desenvoltura. Sartori está fazendo um trabalho excelente à frente da Justiça, reconhecido por todos os juízes e desembargadores do Estado”. Sartori está fazendo um trabalho excelente à frente da Justiça, reconhecido por todos os juízes e desembargadores do Estado Roque Mesquita amicus curiae | APAMAGIS se posiciona ao lado do TJ/SP no CNJ sobre desocupação de salas dos Fóruns A APAMAGIS encaminhou ao conselheiro José Guilherme Vasi Werner documento em apoio integral à iniciativa do Tribunal de Justiça paulista, após o presidente Ivan Sartori solicitar realocação de salas em prédios dos Fóruns utilizadas pelo Ministério Público. O documento requer ao conselheiro que: a) determine que seja deferido o pedido da APAMAGIS como interessada nos autos do Procedimento de Controle Administrativo (PCA) nº 0002237-80.2013.2.00.0000; b) que seja permitido prestar informações e atuar em defesa do ato emanado pelo presidente do TJ/SP; e c) que seja declarada a legalidade do ato praticado pelo TJ/SP e, consequentemente, como totalmente improcedente o pedido do Ministério Público no presente PCA. O documento peticionado no CNJ pode ser conferido integralmente na área restrita do site da APAMAGIS. Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 9 político-institucional Atuação | Irineu Fava representa a APAMAGIS na filiação do ministro Barroso na AMB Aprovado com 59 votos favoráveis e seis contrários, Luis Roberto Barroso é o novo ministro do Supremo Tribunal Federal O 2º vice-presidente da APAMAGIS e diretor-tesoureiro da AMB, Irineu Fava, foi à Brasília no dia 11 de junho para deliberar temas relevantes para a magistratura nacional e colher a assinatura do mais novo membro da AMB, o ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso. O advogado entra na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Carlos Ayres Britto. A visita do ministro Luís Roberto foi um momento de congraçamento entre juízes ao receberem seu pedido de filiação, tornando-o o mais novo associado da AMB. A efetivação do ato só ocorre a partir da posse no Supremo. “Agora que saiu o meu ato de nomeação, já sou um juiz em potencial. Minha posse está marcada para o dia 26 de junho. Portanto, vim aqui, com prazer, visitar o presidente, estimado desembargador Nelson Calandra, que conheço há algum tempo, daquela que, agora, é a minha Associação – a AMB. Temos uma relação muito cordial e fui acolhido com a generosidade de sempre na magistratura. Acho que daqui para frente, sou colega e serei um dos liderados da AMB”. O presidente da AMB demonstrou seu apreço ao novo ministro do STF e falou de sua satisfação sobre a filiação do mais novo associado. “Agora ele vai aumentar a bancada do bom humor e da inteligência no Supremo Tribunal Federal. Tenho certeza de que o ministro dará uma grande contribuição ao povo brasileiro.” De acordo com Irineu Fava, o ministro Barroso representa a união do Poder Judiciário, sendo “uma grande aquisição para a magistratura nacional pelos inegáveis predicados éticos, morais e, sobretudo, de conhecimento jurídico. Sua missão junto ao Supremo será extremamente bem-sucedida”. O Senado aprovou no dia 05 de junho a indicação do advogado Luís Roberto Barroso para o cargo de ministro do STF. No plenário, o advogado recebeu, em votação secreta, 59 votos favoráveis e seis contrários. Pouco antes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), após uma sabatina de sete horas, ele havia conquistado 26 votos a favor a um contra. Membros da Diretoria da AMB como o secretário geral, Thiago Massad; o diretor-tesoureiro, Irineu Jorge Fava; o assessor da Presidência, Luiz Rocha; o presidente da Associação de Magistrados do Espírito Santo (Amages), Sérgio Ricardo de Souza; o diretor-adjunto da Secretaria de Prerrogativas, Flávio Jabour Moulin; e o desembargador do TJ/RJ, José Muiños Piñero Filho, estiveram presentes à visita e testemunharam a filiação do ministro à Associação. EXPERIÊNCIA ACADÊMICA Barroso é mestre pela Yale Law School (EUA – 1988/1989), doutor pela UERJ (1990) e professor visitante da Universidade de Brasília (UnB). Fez estudos de pós-doutorado Pesquisa para Reeleição Já e Diretas Já ENQUETE | Em razão da relevância e do interesse de toda a magistratura paulista, a APAMAGIS deliberou uma pesquisa de opinião on-line entre seus associados e associadas para saber se são favoráveis ou contrários à Reelei- ção Já e às Diretas Já. Encerrado o prazo de votação, o resultado será publicado no site. Para opinar acesse a área restrita do site: www.apamagis.com.br/enquete_virtual Captura de tela do site da APAMAGIS 10 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 ASCOM/AMB Representantes da AMB e da APAMAGIS visitam novo ministro Barroso na Harvard Law School (EUA) e foi professor visitante da Universidade de Poitiers (França - 2010) e da Universidade de Wroclaw (Polônia - 2009). O ministro tem experiência acadêmica na área de Direito Público em geral, incluindo teoria constitucional, direito constitucional contemporâneo, interpretação constitucional, controle de constitucionalidade, direito constitucional econômico e direito administrativo. Uma grande aquisição para a magistratura nacional pelos inegáveis predicados éticos, morais e, sobretudo, de conhecimento jurídico Irineu Fava SulAmérica Saúde habilita atendimento no hospital Sírio-Libanês Comunicado| A APAMAGIS está sempre em busca do que há de melhor para os seus associados. Dessa forma, a Associação se reuniu com a SulAmérica Saúde para negociar a habilitação de atendimento aos Magistrados em um hospital que é referência e excelência internacional no diagnóstico e tratamento de seus pacientes. O Sírio-Libanês passa a atender os conveniados do plano Padrão Executivo, conforme nota abaixo. Senhor(a) Associado(a), A Associação Paulista de Magistrados informa que, desde o dia 03 de junho de 2013, o Hospital Sírio-Libanês está credenciado na operadora SulAmérica Saúde para atender os conveniados do PADRÃO EXECUTIVO. Para maiores esclarecimentos, entrar em contato com o Departamento de Benefícios pelo telefone (11) 3292-2200. político-institucional Candidatura | Roberto Bacellar: força do sul na AMB Com o apoio do presidente Calandra, paranaense pretende representar os magistrados de todo o Brasil Quando um juiz se sente inseguro, isso influencia na forma de ele decidir o caso. Quem tem que ter medo da lei são os bandidos, e não o contrário. Mas o sistema de proteção no Brasil funciona aquém daquilo que é necessário Roberto Portugal Bacellar é um dos candidatos à Presidência da AMB – a eleição será realizada no final deste ano – e pretende obter as garantias de independência para que todos os magistrados decidam de forma a atender os interesses da cidadania. Bacellar tem recebido apoios de lideranças da magistratura para ser indicado como o candidato da situação à presidência da maior associação de juízes do País. Como nasceu a candidatura do magistrado à AMB? Surgiu de forma natural, consequência dos mais de 22 anos que venho trabalhando na AMB, ao lado de muitos companheiros valorosos, onde fui honrado com posições de destaque e relevância nas funções de vice-presidente, diretor, coordenador, presidente de comissões, membro do conselho de representantes, na qualidade de presidente da Associação dos Magistrados do Paraná e diretor da Escola da Magistratura do Paraná. E hoje tenho orgulho de ser o diretor-presidente da ENM, órgão da AMB que trabalha a formação técnica e humanista dos magistrados brasileiros. Com isso, lideranças importantes da magistratura de diversos estados manifestam seu apoio ao meu nome para concorrer à sucessão de Nelson Calandra, atual presidente da AMB, no pleito marcado para o dia 21 de novembro. Além do essencial apoio do Calandra, veio o importante comprometimento do desembargador Ivan Sartori, presidente do TJ/SP. Obtivemos, ainda, aliados fundamentais no Paraná, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Espírito Santo, Ceará, Alagoas, Piauí, Roraima, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Foi por meio desse forte movimento de apoiadores que minha candidatura nasceu. Como pretende fortalecer ainda mais a participação dos magistrados do Brasil na Associação em sua administração? Algumas ações de caráter afirmativo para o exercício da magistratura precisam ser tomadas para que a AMB tenha sua importância reconhecida pelos seus magistrados. A primeira delas é manter a identidade da AMB como instituição destinada a garantir, fundamentalmente, os direitos e as prerrogativas do magistrado, a fim de que a sociedade tenha a melhor prestação jurisdicional possível. É meta fortalecer as garantias de independência para que todos os magistrados (estaduais, federais, militares e do trabalho) possam decidir de forma a atender os interesses da cidadania. Defenderei, com método e altivez, todas as prerrogativas e direitos dos magistrados e terei como objetivo reconquistar os que houvermos perdido, de modo que possam ainda ser contemplados no novo Estatuto da Magistratura. Defendemos também a estrutura de gabinete para os juízes, Roberto Bacellar Roberto Bacellar provendo-os com assessores, assim como já ocorre no âmbito federal e em diversos estados da federação. Acredito que esta estrutura contribuirá para o alcance da celeridade processual e na diminuição dos custos. Precisa haver uma maior motivação para a carreira, profissionalização que valorize a experiência, como ocorrerá com a retomada do Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e, ao mesmo tempo, motive a oxigenação nos Tribunais. Refiro-me à chamada PEC da Bengala. Assumo posicionamento e manifestação contrários ao aumento de idade para aposentadoria compulsória dos magistrados. Outro ponto de destaque: a abordagem da imprensa sobre o Judiciário. Como quer estreitar esse relacionamento com a mídia? Para este estreitamento planejo promover um grande programa de comunicação que seja integrado por ações locais descentralizadas de relações públicas, assessoria de imprensa e desenvolvimento de programas e campanhas. Campanhas de valorização do magistrado precisam avançar, objetivando fortalecer a legitimação social de nosso papel em cada uma das Comarcas do Brasil, a fim de que se evidencie a necessidade de uma magistratura plena como garantia de independência em prol da população. A ideia é trabalhar para que a Associação dos Magistrados Brasileiros tenha um projeto de comunicação social com o objetivo de mostrar para a população a importância da independência dos juízes para a justiça dos julgamentos. Vou buscar condições para que os cidadãos tenham magistrados independentes, firmes, equilibrados e felizes. E que essa questão seja mostrada de forma clara e transparente para a opinião pública brasileira. É uma missão difícil, mas de possível implantação, e isso se dará com o apoio dos magistrados brasileiros que percebem a importância de um passo como esse. Qual a principal proposta para a AMB e como será a integração com as associações estaduais? Todas as associações (estaduais, da justiça federal, do trabalho, militar) têm objetivos comuns e caberá à AMB articular esses objetivos em benefício da valorização do Poder Judiciário. A integração e a valorização do magistrado como prestador de serviço essencial à sociedade e garantidor do Estado de Direito e da Democracia é uma das nossas principais pautas na AMB e sei que também é preocupação e pauta das Associações estaduais e setoriais. Pretendemos com essas ações articuladas resgatar a autoestima do magistrado, defendendo subsídios dignos, Adicional por Tempo de Serviço (ATS), aposentadoria, pensão integral e paridade (concedidos e pagos pelos Tribunais) como garantias de um juiz fortalecido, independente, imparcial e comprometido com a sociedade. E a questão da segurança dos Magistrados? Há muitos magistrados que sofrem ameaça no Brasil e é preciso que, mesmo nessa situação, o magistrado continue firme, equilibrado, sereno para manter-se fundamentado na sua missão de bem cumprir seu papel constitucional. Cada vez que um magistrado é ameaçado, há uma ofensa à dignidade da própria estrutura de poder. Quando um juiz se sente inseguro, isso influencia na forma de ele decidir o caso. Quem tem que ter medo da lei são os bandidos, e não o contrário. Mas o sistema de proteção no Brasil funciona aquém daquilo que é necessário. Frente a essa onda de violência contra nós, juízes, uma alternativa é analisarmos opções que tenham bons resultados em outros países, além da criação imediata de estruturas internas como o detector de metais nos Fóruns e melhora nos gabinetes dos magistrados. Pretendo obter as garantias de segurança para que todos os magistrados decidam de forma a atender os interesses da cidadania. Na AMB participamos das discussões que resultaram na possibilidade de um processo contra o crime organizado poder ser julgado por três juízes, tirando o foco individual e personalista da sentença. Na Escola Nacional da Magistratura (ENM), temos ofertado a todos os juízes do País cursos, no Brasil e no exterior, voltados à questão da segurança para aprender a lidar com situações de ameaças e de violência e, para isso, temos parcerias com as polícias e com o Exército brasileiro. A AMB, com o apoio da ENM, viabilizou a todos os magistrados presidentes das comissões de segurança dos Tribunais, um curso específico junto à SWAT, nos Estados Unidos. E a ENM realizará, ainda neste ano, mais dois eventos semelhantes, com oferta de vagas aos magistrados brasileiros. São passos importantes, mas ainda há muito mais a ser feito, e pretendo fazê-lo na qualidade de presidente da AMB. Qual será sua plataforma de atuação/ carro-chefe em prol das inúmeras prerrogativas elencadas e encaminhadas para aprovação pelos magistrados aos órgãos superiores? Acompanhar com dedicação integral os trabalhos do Estatuto da Magistratura que fará a adequação da nossa antiga Lei Orgânica da Magistratura Nacional, trabalhar as PECs do ATS e trabalhar para que nossa antiga proposta de eleições diretas possa ser aprovada e que todos os magistrados brasileiros possam eleger os presidentes de Tribunais. Esse será um passo importante para buscar comprometimento, melhora na gestão e democratização interna em benefício da prestação jurisdicional. Todos os magistrados poderão votar, mas só poderão ser eleitos os desembargadores integrantes do próprio Tribunal. Qual sua vivência associativa? Sou magistrado há 24 anos, já fui presidente da Associação dos Magistrados do Paraná, diretor da Escola da Magistratura do Paraná e há 22 anos participo da AMB. Na Associação dos Magistrados Brasileiros, como disse, já fui vice-presidente, diretor, presidente de comissões, coordenadorias, congressos e atualmente presido, com muita honra, a Escola Nacional da Magistratura. Também sou coordenador do Programa Cidadania e Justiça também se aprendem na Escola. Esse projeto é de responsabilidade social da AMB e já atingiu mais de 13 milhões de crianças e jovens, trabalhando sempre o fortalecimento do magistrado e da cidadania, e que pretendo ampliar na minha gestão como presidente da AMB. Tenho, portanto, uma vasta experiência e, se for escolhido, eu me dedicarei de modo integral ao magistrado e suas prerrogativas. Tenho real pretensão e, acredito, condições verdadeiras de ser o novo presidente da AMB. Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 11 político-institucional Diálogo com o Presidente | Raphael Salvador: exemplo de atuação na magistratura e no associativismo Aos 86 anos e entusiasta da modalidade de Tênis, o magistrado deu uma entrevista especial A 9ª edição do Programa Diálogo com o Presidente, disponível integralmente no site da APAMAGIS, teve a participação do magistrado e desembargador aposentado, Antonio Raphael da Silva Salvador: com vivência ímpar no âmbito acadêmico, no Ministério Público, na magistratura e, sobretudo, como ser humano. Para o presidente Roque Mesquita, a presença do parceiro da APAMAGIS é especial. “Ele é uma pessoa que trabalha pelo enriquecimento do associativismo, um exemplo de associado. Mesmo aposentado, vive o dia a dia da APAMAGIS, participa da Diretoria, do Conselho e das atividades culturais. Ele tem uma história. Muito obrigada por ter aceitado o convite!”. O senhor consegue separar valorização de carreira sem uma associação forte? Não, não é possível. Na verdade, o Ministério Público é um exemplo de associação. Não sei por que o promotor tem uma queda especial para se associar. Ele gosta de viver em grupo, com companheiros, enquanto o magistrado não tem tempo para sua família, trabalha de manhã e à tarde, e à noite leva os processos mais complicados para casa e pouco a pouco ele vai passando a ser, desde o começo da carreira, ele só. Não sente mais a necessidade de viver nessa sociedade. E isso nós temos que modificar. Onde vamos modificar isso? Dentro da nossa Associação Paulista de Magistrados, com agrupamentos, reuniões, criando colônias, grupos de estudo, etc. Assim o juiz vai sentindo que a vida associativa vai ajudá-lo a trabalhar melhor, pois vai conhecer melhor o mundo, vai ter um descanso e vai produzir mais. Quando eu entrei na carreira do Ministério Público, eu fui para o interior e passei a notar que eu me ligava à sociedade da cidade, enquanto o juiz era afastado, preocupado com os processos, preocupado em realmente criar uma Comarca onde existisse uma figura muito simpática, muito trabalho e muita tensão que era o magistrado. Ele deixava um pouco de ser um integrante da sociedade para ser um fiscal da sociedade. O treinamento desenvolvido pela Escola Paulista da Magistratura, que conta com a sua participação, é bem diferente do que existia no passado. O que se espera desse novo magistrado? Havia um grupo dentro da magistratura, como por exemplo, o então presidente da APAMAGIS, Sérgio Rezende, e o atual presidente Roque Mesquita que estavam em todo lugar e eu, que tenho essa mesma ideia, me aproximei muito dos dois. E nós, desde aquela ocasião, procurávamos (...) o magistrado não tem tempo para sua família, trabalha de manhã e à tarde, e à noite leva os processos mais complicados para casa e pouco a pouco ele vai passando a ser, desde o começo da carreira, ele só Raphael Salvador e Roque Mesquita debatem temas da magistratura 12 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 Raphael Salvador fazer essa mudança na APAMAGIS, na vida associativa, na vida gostosa que tem dentro da instituição. Agora vamos fazer uma reunião em Ibirá, onde o grupo da APAMAGIS enfrentará tenistas de Ribeirão Preto, entusiastas da nossa Colônia de Ibirá. Eles querem estar lá – uma Colônia que gosto e a que mais frequento. Todo mês o senhor nos brinda com análises aprofundadas de livros na coluna literária. Como o senhor encontra tempo mesmo sendo tenista, na EPM, APAMAGIS, dar aula e ainda cuidar da família? É simples: tenho uma facilidade grande de dormir pouco e acordar tranquilamente cedo. Aproveito muito o meu tempo. Uma coisa que talvez vocês não saibam: no aniversário de cada colega, ele recebe uma carta escrita a mão cumprimentando pelo aniversário. E aqueles com quem tenho mais ligação, eu toco em alguns pontos para mostrar que não é uma carta recém-fabricada; é uma carta de um amigo. Aproveite o tempo! Vou para o computador, mexo nos livros novos! Eu gosto muito de computador e tenho três netas que são essenciais e me ajudam muito. Eu tenho uma retaguarda. O senhor consegue imaginar um mundo sem um contato físico com o livro, com a chegada das novas tecnologias? Livro tem de ser no papel, mas – sem dúvida alguma – a computação veio trazer muita facilidade para a gente. Pegue o tema que quiser, vá ao Google, e você vai encontrar artigos, aulas, palestras, é impressionante! Tem essa vantagem. Mas, isso não deve fazer com que você perca os livros. Eles são importantes. O jovem deve pensar que o computador faz tudo “maquinalmente”. No livro vamos encontrar o sonho do autor. Qual a importância da APAMAGIS? Não é verdade que nós possamos viver dentro da magistratura de São Paulo sem a APAMAGIS. Qualquer problema que tenha, o juiz esteja onde estiver, tem a APAMAGIS na retaguarda para protegê-lo, ajudá-lo e esclarecer pontos duvidosos. Ele tem que saber até onde está vivendo atualmente e que há ainda a nossa SulAmérica, ele estará na Unimed, mas na necessidade ele entra em contato com a APAMAGIS e consegue imediatamente o que precisa. A APAMAGIS é a retaguarda dos juízes! O juiz, quando for prejudicado dentro da carreira, dentro da sua Comarca venha conversar conosco. A APAMAGIS está aqui para isso. Ela não cobra nada por isso. Ela tem essa obrigação de fazer esse auxílio aos juízes. Não é verdade que nós possamos viver dentro da magistratura de São Paulo sem a APAMAGIS. Qualquer problema que tenha, o juiz esteja onde estiver, tem a APAMAGIS na retaguarda para protegê-lo, ajudá-lo e esclarecer pontos duvidosos político-institucional Indicação| Paulista Paulo Dias de Moura Ribeiro será novo ministro do STJ A aprovação unânime pela CCJ após sabatina foi novidade para o Judiciário nacional O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e associado da APAMAGIS, Paulo Dias de Moura Ribeiro, foi indicado para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça. Apoiado pelos colegas desembargadores durante uma sessão do Órgão Especial no dia 19 de junho, o magistrado foi indicado pela presidente Dilma Rousseff, no Diário Oficial da União do dia 12 de junho, para a cadeira destinada a juiz estadual aberta com a aposentadoria do ministro Massami Uyeda. O presidente Ivan Sartori destacou as qualidades do indicado. “Afável, amigo e talhado para o cargo”. Segundo ele, o nome do desembargador Paulo Dias foi aprovado pelo Conselho Superior da Magistratura. “Portanto, candidato do Tribunal de Justiça já que os integrantes do CSM são eleitos pelos seus pares.” A sabatina com 16 senadores foi realizada no dia 25 de junho. Os parlamentares indagaram o desembargador a respeito de questões atuais, como a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 37, a redução da responsabilidade penal, a criação dos Tribunais Regionais Federais, a demora na prestação jurisdicional e a reforma política. O desembargador defendeu a reforma política e disse que ouviu opiniões divergentes sobre a sugestão de plebiscito sobre a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para a reforma política. Porém, defendeu a iniciativa, desde que ela não atinja os princípios republicanos e federativos da Constituição. “Parece que [a reforma] é fundamental. Ouvi opiniões [contrárias] sobre a necessidade do plebiscito. Isso é a cachaça do Direito, as posições que se têm para um lado e para o outro. Mas o que se precisa é fazer essa reforma”. Moura Ribeiro também falou sobre a lentidão dos processos no Brasil. Para ele, o país não pode mais conviver com esse problema atribuído à execução. “Apesar da reforma do Código de Processo Civil, a execução continua demorada. Isso foi extirpado [em outros países] por métodos alternativos de solução de conflitos que estão sendo estudados”. “Esse é o coroamento de uma trajetória de esforço e dedicação. Ingressei na magistratura em 1983 e a essa carreira devo tudo. Na magistratura tenho momentos que deixaram marcas que jamais esquecerei”, ressaltou. Paulo Dias de Moura Ribeiro foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Consti- Gedeão Dias / TJSP Futuro ministro do STJ, Paulo Dias de Moura Ribeiro agradece o apoio dos colegas A APAMAGIS parabeniza o magistrado que honra a magistratura paulista e brasileira Roque Mesquita tuição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal para ocupar o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Nunca aconteceu tamanha unanimidade. A APAMAGIS parabeniza o magistrado que honra a magistratura paulista e brasileira”, declarou o presidente da APAMAGIS, Roque Mesquita. PERFIL Paulo Dias de Moura Ribeiro é doutor em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/1976), possui pós-graduação lato sensu pela Universidade de Guarulhos (2010), mestrado e doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. No campo acadêmico, é diretor do curso de Direito e professor titular da Universidade Guarulhos e de Direito Civil da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. O magistrado também é membro do corpo editorial da Revista Brasileira de Direito Civil Constitucional e Relações de Consumo e participa ocasionalmente de atividades na Escola Superior de Advocacia da OAB/SP, núcleo Santo Amaro. ALESP | Assembleia aprova unidades regionais de Execução Criminal Deputados acatam por unanimidade Projeto de Lei Complementar n° 9/2013 A magistratura comemora mais uma conquista de aperfeiçoamento da Justiça paulista e de melhoria da segurança do sistema criminal aos sentenciados (que terão mais celeridade nos processos de execução) e para os magistrados que atuam na área. O Projeto de Lei Complementar nº 9/2013, que altera a Organização e a Divisão Judiciária do Estado com a criação do Departamento Estadual de Execuções Criminais (ao qual serão vinculadas as unidades prisionais do Estado), e o Departamento Estadual de Inquéritos Policias, perante o qual tramitarão os inquéritos policiais, foi aprovado por unanimidade pelos deputados da ALESP. A sessão aconteceu no dia 26 de junho, com a presença do presidente do TJ/ SP, Ivan Sartori, e do diretor da Escola Paulista da Magistratura, Armando Sérgio Prado de Toledo. O texto agora vai para sanção do governador, Geraldo Alckmin. “O TJ avançou muito graças à Assembleia, e assim podemos, com a aprovação do PLC 9/2013, dar resposta ao povo para encaminhar os processos de execução criminal de forma rápida e eficiente”, comemorou Sartori. Os departamentos passam a funcionar por meio de unidades regionais, que serão instaladas nas 10 sedes administrativas do Tribunal de Justiça; observado o critério de maior volume de processo por ato do Órgão Especial do Tribunal de Justiça com processos exclusivamente em ambiente digital. Os processos de execuções criminais em curso nas varas especializadas permanecerão ali até sua conclusão. Segundo o projeto – proposto pelo presidente da Corte e alterado pelos deputados estaduais na forma de Emenda Aglutinati- va, os juízes dos departamentos, atuarão nos processos até seu término e cada unidade terá um corregedor dos presídios para fiscalizar suas condições de funcionamento. Para o preenchimento de novas varas, os juízes devem se inscrever e anexar seu currículo para avaliação de capacidade em assumir o cargo. A criação ou a extinção de novas varas depende de projeto a ser enca- co, Samuel Júnior; Privado, Silveira Paulilo; e (...) podemos, com a aprovação do PLC 9/2013, dar resposta ao povo para encaminhar os processos de execução criminal de forma rápida e eficiente Criminal, Tristão Ribeiro. Ivan Sartori minhado para aprovação da Assembleia. Os juízes serão designados pelo Conselho Superior da Magistratura, composto por sete membros: presidente Sartori, vice-presidente José Gonzaga Franceschini, corregedor José Renato Nalini, decano Alves Bevilacqua e os presidentes das Seções de Direito Públi- Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 13 político-institucional Tributo | Exemplo de ser humano Antonio Benedito é homenageado pela APAMAGIS, amigos e familiares Uma noite de fortes emoções na sede social da APAMAGIS. Magistratura e amigos rendem justas homenagens a Antonio Benedito Ribeiro Pinto por seu legado colecionado no Judiciário de São Paulo, no momento de sua aposentadoria e de estreitamento de vínculo com a APAMAGIS. Em depoimento ao Tribuna da Magistratura, o presidente Roque Mesquita revela emoção nas palavras ao colega. “Olha, o Antonio Benedito é um verdadeiro irmão de todos nós. Eu me arrisco a dizer que ele está entre aqueles 10 ou 20 magistrados que todos almejam ser, os exemplos mais bem delineados de juiz. Nada que possamos fazer é capaz de expressar o sentimento de gratidão que temos com esse homem que nos ensina a cada dia como deve agir o ser humano. Que sua família saiba o quanto esse homem significa para a nossa carreira e para a nossa APAMAGIS”. A cerimônia contou com mais de 100 pessoas entre magistrados e familiares. Confira algumas imagens da emocionante festa, da trajetória no Judiciário e também na APAMAGIS. Irineu Fava 2º Vice-Presidente da APAMAGIS Não bastava a Antonio Benedito ser um jurista excepcional, ele precisava ir além. O jeito cordato e afável e, sobretudo, um coração de bondade incomensurável são atributos que todos os que convivem com o homenageado respiram, e comigo não foi diferente. Faz tempo que o conheço, mas parece a vida inteira. Por isso, foi com tristeza que deixei de prestigiar a homenagem - estava em Brasília tentando lutar pela magistratura no CNJ. Antonio Benedito é daquelas pessoas que o tempo deixa ainda melhores, afinal a humildade é a mais proeminente de suas virtudes. Nunca buscou holofotes, ao contrário, sempre atuou nos bastidores de maneira quase anônima. E sempre em prol do bem das outras pessoas. Não sou daqueles que se filiam à corrente de que o nome escolhido define o caráter da pessoa, mas fica difícil ser “do contra” nesse caso. Se esse Antonio não foi bendito ou abençoado quem é que foi? Para os mais antigos, vale recordar a trajetória e relembrar o quanto Antonio Benedito se doou. Para os mais jovens, é preciso conhecer a personificação da nossa entidade. Antonio Benedito se doou voluntariamente durante décadas para o bem comum da magistratura e dos associados… (eu interrompi meu pensamento no momento em que ia escrever… sem nada receber, uma falácia!)… e recebeu o que todo ser humano deveria almejar na vida: a construção de um mundo melhor para seus filhos, netos e todos nós. Antonio Benedito Ribeiro Pinto Nada que possamos fazer é capaz de expressar o sentimento de gratidão que temos com esse homem que nos ensina a cada dia como deve agir o ser humano Salão estava repleto Presidente e familiares Amorim rende homenagens Colegas que se tornaram amigos, amigos que se tornaram familiares e familiares que foram abençoados pelo convívio com Antonio Benedito • Trajetória profissional • Na APAMAGIS Nascido em Guaratinguetá, Antonio Benedito Ribeiro Pinto cursou Direito em Bauru. Foi escriturário, oficial de Justiça e delegado de polícia. Ingressou na magistratura em 1983 e percorreu diversas Comarcas como Araçatuba, Valparaíso, Garça e São Paulo (23ª Vara Criminal) como juiz substituto em segundo grau. Foi promovido ao posto de desembargador em 2005 e aposentou-se em 2013. Os passos na APAMAGIS se iniciam praticamente no ingresso na carreira. Em 1986, Antonio Benedito já era coordenador de Araçatuba e, desse ponto em diante, sua atuação foi cada vez mais indispensável: diretor do Departamento de Previdência (1994/1995), diretor do Departamento de Assistência Médica e Hospitalar (1996/2009) e de 2010 a 2013 foi eleito com votações expressivas para o Conselho Consultivo, Orientador e Fiscal da APAMAGIS. 14 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 político-institucional posse | Edison Brandão toma posse como desembargador Magistrado se destaca pelos avanços na informatização do Judiciário O diretor de Informática e adjunto Financeiro, Edison Aparecido Brandão, tomou posse no mais alto posto do Judiciário paulista no dia 20 de junho em cerimônia administrativa com a participação de personalidades que explicitaram a admiração pelo magistrado. Brandão é responsável por várias conquistas, seja na Judicatura, seja na introdução de inovações em postos voluntários de diversas entidades como EPM, APAMAGIS e AMB. De postura firme, decidido e combativo na defesa da magistratura e do Judiciário, o desembargador alcançou projeção nacional ao realizar a primeira audiência por videoconferência quando era Juiz em Campinas. A solenidade Edison Brandão tomou posse no gabinete do Presidente do TJ/SP, Ivan Sartori. O desembargador Luis Soares de Mello Neto falou em nome da magistratura: “é chegada sua hora, amigo Brandão, a sua bem-vinda e mais do que merecida hora; o seu momento especial, o seu coroamento no mais alto grau de julgador, nessa nossa querida e sempre homenageada Corte. Tenha em nós um amigo do coração, querido Brandão, e saiba que o recebemos de braços escancaradamente abertos para se juntar aos já companheiros de tanto tempo”. O corregedor-geral da Justiça José Renato Nalini também discursou ao mais novo desembargador. “Continue sua caminhada para que o Brasil saiba que São Paulo tem a Justiça que merece. Seja muito bem-vindo”. O presidente Roque Mesquita destacou a lealdade do magistrado. “Brandão tem a personalidade forte, não se omite das lutas institucionais, cerrando fileiras ao lado das melhorias para a Justiça. A sua posse como desembargador é mais um passo nessa trajetória sempre ascendente e, tenho certeza, apenas mais um degrau”. O novo desembargador, com a voz embargada, agradeceu a homenagem e falou sobre viver “uma emoção incrível, o ápice da carreira; era um sonho, um desejo de ser desembargador no maior Tribunal do Brasil. Agradeço, enternecidamente, os amigos que vieram compartilhar esse momento tão importante na minha vida. Deus me ajude neste novo momento”. Brandão estava acompanhado da juíza da 1ª Vara Cível de Diadema, Erika Diniz. O encerramento foi feito por Ivan Sartori: “Edison Brandão é um homem forte, de personalidade marcante, que gosta de tudo para ontem. É um homem de caráter, autêntico e admirado; a sua vinda só nos traz alegria, honra e já está fazendo história no Posse de Edison Brandão foi prestigiada por diversas autoridades Judiciário. Bem-vindo como desembargador, tenha muito sucesso e muitas alegrias. Obrigado pelo homem e pelo colega que é”, destacou o presidente da Corte. Estiveram presentes na solenidade: o 1° e o 2° vice-presidentes da APAMAGIS, Fernando Bartoletti e Irineu Fava; o vice-presidente do TJ/SP, desembargador José Gaspar Gonzaga Francheschini; o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Antonio Carlos Tristão Ribeiro; o presidente da AMB, Henrique Nelson Calandra; o diretor da Escola Nacional da Magistratura, Roberto Bacellar; os desembargadores Eduardo Braga, Sidney Romano dos Reis, Zélia Maria Antu- nes Alves e José Orestes de Souza Nery; e os juízes assessores da Presidência, Guilherme de Macedo Soares, Silvana Amneris Rôlo Pereira Borges e Marcelo Lopes Theodosio, e diversos juízes como Flávio Fenóglio. Trajetória Edison Brandão é natural de Campinas (SP), formou-se bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas na turma de 1983. Ingressou na magistratura em 1985, quando foi nomeado para a 8ª Circunscrição Judiciária. Atuou em Dois Córregos, Mogi Mirim e Campinas, chegando à capital em 1999. Foi removido ao cargo de juiz substituto em 2º grau em 2009. Renovação no CNJ | Juíza de São Paulo é indicada para cargo no Conselho Nacional de Justiça Deborah Ciocci teve sete votos favoráveis à sua eleição Sinto-me muito honrada com a oportunidade e a confiança recebidas, e feliz com a indicação de alguém do Judiciário paulista. Deborah Ciocci go Capez (três votos), José Maurício Conti (dois votos) e Deborah Ciocci (cinco votos). Foi necessário realizar um segundo turno de votação, ocasião em que a juíza Deborah Ciocci obteve sete votos contra dois votos dados a Rodrigo Capez. A representante de São Paulo, cuja indicação será submetida ao Senado Federal, se diz feliz por ter sido escolhida. “Sinto-me muito honrada com a oportunidade e a confiança recebidas, e feliz com a indicação de alguém do Judiciário paulista. Espero corresponder às expectativas”. Cabe ao STF indicar um dos dois juízes que integram o Conselho Nacional do Ministério Público (o segundo juiz é indicado pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ). Para essa vaga, os ministros do Supremo se dividiram entre os juízes Leonardo de Farias Duarte, sete votos, e Nicolau Lupianhes Neto, três votos. O CNJ é composto por 15 membros para um mandato de dois anos, admitida uma recondução. É presidido pelo presidente do STF. Já o CNMP tem 14 integrantes, sendo presidido pelo procurador-geral da República. INOVAÇÃO Magistrados de todo o País puderam enviar seus currículos. Essa é a primeira vez que o STF elege seus indicados por meio de eleição de nomes que se candidataram às vagas. A sessão administrativa teve transmissão ao vivo pela TV Justiça, permitindo o acompanhamento da votação. Agora os nomes serão submetidos ao Senado Federal para serem aprovados por maioria absoluta. Em seguida, a nomeação caberá à Presidente da República, Dilma Rousseff. • PERFIL Foto: arquivo pessoal da Juíza Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) elegeram os magistrados para compor o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nas vagas de indicação da Corte Suprema. A votação para duas vagas (uma destinada a desembargador de Tribunal de Justiça e a outra a juiz de primeira instância) aconteceu no dia 19 de junho durante sessão administrativa realizada no Plenário. Após a decisão do STF, os nomes precisam ser aprovados pelo Senado e confirmados pelo Palácio do Planalto para, enfim, substituírem os conselheiros José Guilherme Vasi Werner e José Roberto Neves Amorim, que encerram seus mandatos no CNJ em 08 e 14 de agosto, respectivamente. Foram indicados para a vaga de conselheiro-desembargador a representante do TJ/DF, Ana Maria Duarte Amarante Brito, com seis votos; e o representante do TJ/ MG, Carlos Augusto de Barros Levenhagen, com quatro votos. Para a vaga de conselheiro de primeira instância foram indicados os juízes Rodri- Deborah Ciocci é natural da capital paulista e formada pela Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos na turma de 1989. Ingressou na magistratura em 1992, nomeada para a 44ª Circunscrição Judiciária. Após passar pelas Comarcas de Boituva, Cruzeiro e algumas Varas Criminais da capital, exerce atualmente a função na 2ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional de Santana. Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 15 cultura e lazer Solidariedade | APAMAGIS realiza mais um evento de sucesso em prol da Campanha do Agasalho 2013 Agradeço a cooperação daqueles que participam da campanha. É um momento muito bonito: uma ocasião de solidariedade Eloisa Arruda Almoço solidário: quase mil cobertores já foram arrecadados A Campanha do Agasalho do Estado de São Paulo leva calor a lares de muitas famílias paulistas há 17 anos, sendo que a APAMAGIS é parte desse projeto desde 2006 colaborando na arrecadação dos itens junto à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. No dia 13 de junho, a sede social da Associação recebeu o lançamento da Campanha 2013. Até a hora do almoço, já havia coletado mais de 770 cobertores e outros também foram doados pelos associados durante o evento. Toda a verba arrecadada no almoço será destinada para a compra de cobertores de casal, que serão entregues ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo. “É uma satisfação muito grande poder inaugurar mais essa edição da Campanha do Agasalho. A APAMAGIS se orgulha de ser parceira da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania nessa ação”, disse Irineu Fava, dando início ao evento. A presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (FUSSESP), Lu Alckmin, foi representada pelo chefe de Irineu Fava discorre sobre a importância da Campanha gabinete, Alécio da Silva Júnior. A Campanha do Agasalho depende 100% de colaboradores e de parceiros. “A APAMAGIS já é parceira há muitos anos do Fundo Social juntamente com a Secretaria da Justiça. Quanto mais parceiros e mais ações tiver, mais doações o Fundo vai receber e beneficiar muitas pessoas”, ressaltou Alécio. “Agradeço a cooperação daqueles que participam da campanha. É um momento muito bonito: uma ocasião de solidariedade”, pontuou Eloisa Arruda. Kátia Fava, esposa do 2º vice-presidente da APAMAGIS, ao lado da secretária de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, entregaram simbolicamente um cobertor de casal e 20 casaquinhos de bebê confeccionados por uma funcionária da PUC – que serão destinados ao Amparo Maternal - ao coronel Alécio da Silva Júnior. No ano passado, foram arrecadadas 27.131 peças, entre roupas novas e usadas em boas condições de uso. Com 1.104 par- Associadas participam intensamente de atividades beneficentes 16 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 Secretária da Justiça Eloísa Arruda representou a presidente do Fundo ceiros cadastrados e mais de 6.467 locais de doação, a Campanha do Agasalho 2013 já beneficiou até o momento 201 municípios e 117 entidades. A Secretaria de Justiça disponibiliza caixas para coleta de doações até o dia 1º de julho nos Cátia Fava faz entrega simbólica seguintes locais: sede do departamento, Prédio dos Conselhos, Fundação Itesp, Fundação Procon, Complexo Barra Funda, Imesc, Ipem, Centro de Integração da Cidadania – CIC, parceiros APAMAGIS, Igreja Beato José de Anchieta e no Páteo do Colégio. CULTURA E LAZER Arraiá da APAMAGIS | Mais um ano de sucesso de participação A comemoração da Festa Junina reuniu mais de 300 pessoas na sede social da APAMAGIS. O festejo foi oferecido a associados e familiares no dia 09 de junho. O sorteio deste ano teve cinco prêmios especiais: três aparelhos Blu-ray e dois brinquedos, que foram entregues pela coordenadora do departamento Feminino, Sra. Carolina Cristina Coutinho Gordo; coordenadora-adjunta do departamento Feminino, Sra. Ana Maria Guimaraes Piceli; desembargador Raphael Salvador; e magistrada Fátima Cristina Ruppert Mazzo. Os magistrados Luis Augusto de Siqueira, Marco Cesar Muller Valente, Flávio Fenoglio, Sandro Rafael B. Pacheco e Daniela Morsello foram os contemplados do evento. “Essa quermesse visa à confraternização e à possibilidade de convívio com a família judiciária”, disse o vice-presidente Irineu Fava, que representou o presidente Roque Mesquita na ocasião, salientando a importância da integração. Romantismo | Magistrados comemoram Jantar de Dia dos Namorados A sede social da APAMAGIS recebeu mais de 120 pessoas, no dia 15 de junho, para celebrar o romantismo do Dia dos Namorados comemorado nacionalmente em 12 de junho. O jantar dançante já é tradicional no ambiente associativo e este ano reuniu toques de sofisticação num ambiente intimista decorado com rosas vermelhas e à luz de velas. Músicas românticas completaram o clima e embalaram os presentes. Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 17 cultura e lazer Motociclismo | Flávio Fenóglio fala sobre o III Encontro dos Motociclistas da AMB Antes de uma confraternização entre magistrados, uma ação social O Encontro dos Motociclistas da AMB já alcançou espaço como tradicional evento da magistratura nacional. Neste ano, o Encontro reúne, pelo terceiro ano consecutivo, os apaixonados pela velocidade e aventura entre os dias 24 e 27 de julho, em Brasília. A intenção do grupo é agregar valor social à atividade por meio de campanha educativa. No ano passado, cerca de 100 magistrados de várias partes do País percorreram, em alguns casos, até dois mil quilômetros de moto para participar do II Encontro de Motociclismo da AMB. Este ano ainda mais participantes são esperados. O site da AMB (www.amb.com.br) traz informações detalhadas sobre o evento. ENTREVISTA FLAVIO FENOGLIO O evento está se tornando tradicional entre os magistrados que praticam o motociclismo. Qual será a novidade no terceiro ano consecutivo deste encontro? Este ano a AMB fez uma parceria com o observatório nacional de segurança viária (conheça no site onsv.org.br) e promoverá palestras sobre segurança e dicas de condução segura, além de demonstrar, como fizemos ano passado, o perigo do ponto cego. Colocamos um carro e várias motos posicionadas em locais corriqueiros no trânsito e convidamos motociclistas para sentar no banco do motorista para despertar a percepção que o condutor do carro. Como começou a ideia de reunir magistrados que gostam de motos? O que faz com que o evento tenha mais adeptos ano a ano? São duas coisas: o grupo formado por magistrados paulistas, denominado MM – Magistrados Motociclistas da APAMAGIS, nasceu na gestão Paulo Dimas por iniciativa minha e do desembargador José Orestes Souza Nery. Nós fazíamos passeios curtos e começamos a nos reunir nos encontros regionais. Percebemos, então, que muitos magistrados gostavam de moto e só faltava a reunião de todos. O então presidente Paulo Dimas abraçou a ideia e deu o suporte necessário para realizá-la. Integração | Presidente magistrados da Ameron No ano passado foram distribuídas cartilhas no evento com algumas metas, sendo a principal preocupação as crescentes mortes de motociclistas no trânsito. Qual a proposta para 2013? Neste evento, além da confraternização que culmina num tradicional passeio de moto por Brasília e um almoço na sede da Associação dos Magistrados do DF, participamos com um stand da AMB, como se fôssemos um motoclube, divulgando ações positivas como a segurança na pilotagem, conscientização da necessidade dos equipamentos de segurança, bem como a distribuição de cartilhas com informações sobre juizados especiais, direitos e responsabilidade dos cidadãos, pedestres, motociclistas e condutores de carros, ônibus e caminhão. O Encontro de Motociclistas da AMB costuma reunir apaixonados pelo motociclismo fora da Magistratura? Se sim, como o senhor vê essa integração? Com a eleição do Calandra na AMB, tivemos a ideia de fazer um encontro nacional. Nada melhor que aproveitarmos um evento nacional, um dos maiores do mundo, que é o Brasília Moto Capital, sempre realizado em julho, pois dia 27 é o dia internacional do motociclista. É nessa ocasião que conseguimos congregar motociclistas de varias regiões do país. Roque Mesquita visita Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia completa 30 anos de ação em prol da magistratura A Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia – Ameron completou 30 anos de fundação e, em comemoração à data, a diretoria preparou uma festa em grande estilo para marcar a passagem dessas três décadas de compromisso com a construção da cidadania, lutando pela melhoria da prestação da Justiça e defendendo as prerrogativas da Magistratura rondoniense. “A Ameron vive hoje um momento de festa e conquistas. É uma grande satisfação poder participar dessa comemoração tão importante para os magistrados rondonienses e, não menos importante para nós, porque essa ocasião diz respeito ao fortalecimento do associativismo e da magistratura nacional”, relatou o presidente Roque Mesquita que também prestigiou a cerimônia. “A Associação dos Magistrados de Rondônia passou por um processo de transformação dos territórios para estados, um momento muito importante com a criação de vários órgãos dentre eles a Ameron. Os magistrados lembraram as comemorações, a forma com que eles foram recrutados para iniciar a criação do estado. Houve uma con- fraternização e um congraçamento fundamental e juízes de várias regiões do Brasil homenagearam os 30 anos da Associação”, disse Bacellar. O presidente da AMB, Nelson Calandra, falou dos 30 anos de caminhada da Associação. “A Ameron é uma das grandes e importantes Associações brasileiras que nos deu o primeiro apoio em nossa campanha para a eleição na AMB. Cada colega de Rondônia nos apoiou nessa caminhada. Hoje está à 18 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 frente da Ameron nosso colega Francisco Borges que é também professor de um talento imenso e pude sentir que ele é muito querido em toda a comunidade rondoniense. Já andei pelo estado de Rondônia e, em cada passo que dei, observei a autoridade dele. Mais do que autoridade do cargo, ele tem sabedoria que nos inspira e nos dá alento nessa luta imensa e nesse desafio constante que é ser juiz no Brasil”. Na ocasião, foram entregues láureas em bronze aos ex-presidentes da Ameron como forma de agradecimento pelos serviços prestados à jurisdição da magistratura rondoniense e foram descerradas placas em homenagem às três décadas da instituição e ao último presidente, desembargador Daniel Ribeiro Lagos. HISTÓRIA A Ameron foi constituída definitivamente por meio de uma Assembleia Geral realizada em junho de 1983 com aprovação do Estatuto. Por unanimidade, o desembargador Fouad Darwich Zacarias foi designado como presidente de honra e foram Essa ocasião diz respeito ao fortalecimento do associativismo e da magistratura nacional empossados a diretoria e o conselho fiscal. O primeiro presidente da Ameron foi o desembargador Hélio Fonseca, que pediu afastamento no ano seguinte por causa de sua aposentadoria e foi substituído pelo desembargador João Batista Fleury. Em 2002, durante a gestão do desembargador Eurico Montenegro Júnior, foi inaugurada a nova sede da Ameron, na Estrada do Santo Antônio, nº 3603, Triângulo. A sede social da Associação tem piscina para adultos e crianças, toboágua, sauna de banho, apartamentos, playground, estacionamento, campo de futebol society com arquibancada, salão de festas e academia. A Instituição também tem instalações nos municípios de Ji-Paraná e Guajará-Mirim. A Ameron teve 13 presidentes ao longo dos seus 30 anos de atuação. CULTURA E LAZER Ensino a Distância | EAD de junho QUESTÕES PRÁTICAS DAS GARANTIAS REAIS A palestra Questões práticas das garantias reais foi a primeira de junho, realizada no dia 06, seguindo o cronograma estabelecido entre o convênio do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) e a APAMAGIS. A mesa foi composta pelo magistrado Ronnie Herbert Barros Soares, desembargador Francisco Eduardo Loureiro e professor Carlos Alberto Dabus Maluf. Francisco Loureiro iniciou os debates agradecendo o convite feito pela APAMAGIS e relembrando que “essa discussão é salutar para a Justiça”. Carlos Maluf, por sua vez, afirmou que a anticrese autoriza o credor a reter o imóvel para perceber os seus frutos e rendimentos, com o escopo de compensar o débito dos juros e amortizar o capital da dívida, não tendo o direito de promover a venda judicial do bem dado em garantia. Já a hipoteca grava coisa imóvel (ou bem que a lei entenda por hipotecável), pertencente ao devedor ou a terceiro, sem transmissão de posse ao credor, conferindo a esse o direito de promover a sua venda judicial, pagando-se preferentemente se inadimplente o devedor. O desembargador Loureiro discorreu sobre a alienação fiduciária e explicou que ela é “a transferência da posse de um bem móvel ou imóvel do devedor ao credor para garantir o cumprimento de uma obrigação. Ocorre quando um comprador adquire um bem a crédito. A alienação é o sonho dourado do credor”. A alienação fiduciária começou com coisa móvel. Em um estudo sobre a origem histórica, em 1º de outubro 1969, com o decreto 911, houve uma avalanche de ações de veículos automotores, com várias ações de busca e apreensão. A doutrina, na época, comentou muito o decreto mencionado por meio de obras primorosas. Contudo, ao longo dos anos, a dívida era vencida antecipadamente, quando havia o não pagamento das prestações, o devedor ficava desesperado, conforme lembrou Loureiro. Concordando com o magistrado, Maluf prosseguiu com o tema de alienação. “Afonso Fraga escreveu mais de mil páginas sobre o assunto em 1933 e criticava a hipoteca por ser uma usura. Demorava-se mais de 10 anos para se conseguir levar a bom termo a hipoteca, porque você não pode ficar com o bem”. Essa foi sua explicação para o motivo de as pessoas fugirem da hipoteca. Para o professor, hoje existe um enriquecimento sem causa. “O que vejo, na prática, é os imóveis serem arrebatados por 40% do preço. Então, bato nessa história: a jurisprudência está bem preocupada com isso”. Os palestrantes também comentaram sobre a teoria do adimplemento substancial, defendida por Paulo Luiz Netto Lobo, Professor Carlos Maluf ladeado por Ronnie Herbert e Francisco Eduardo Loureiro que é uma exceção à regra geral de que o pagamento deve se dar por completo (princípio da integralidade ou não-divisibilidade). DISTRIBUIÇÃO E PROTOCOLO DE PETIÇÕES DIGITAIS No dia 25 de junho a Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) promoveu mais uma edição do Programa Diálogo com a Corregedoria sob o tema Distribuição e Protocolo de Petições Digitais – Dúvidas e Orientações. O juiz assessor da Presidência do Tribunal de Justiça para Tecnologia da Informação, Fernando Antonio Tasso, e a juíza corregedora permanente do Distribuidor e Protocolo do Fórum João Mendes Júnior, Vanessa Ribeiro Mateus, foram os palestrantes da noite, que ainda teve a presença da diretora da Secretaria da Primeira Instância (SPI), Marinele Feitosa Guimarães Pavão, do coordenador da SPI, Clóvis Ribeiro da Cruz, e da supervisora da secretaria, Ana Fabiola Peron. O peticionamento eletrônico é parte inerente do processo digital em implantação no Judiciário paulista e ainda representa um desafio para alguns advogados. O juiz Fernando Tasso esclareceu que o site do TJ/ SP conta com amplo material de apoio no sentido de dirimir a maioria das dúvidas existentes. Há, inclusive, a possibilidade de fazer um peticionamento-teste para se familiarizar com o novo método de apresentar petições. A juíza Vanessa Mateus afirmou que o sistema de protocolo digital, por estar em implantação, pode apresentar, eventualmente, momentos de instabilidade – fato que não implica perda de prazo pelo advogado. “Para evitar o perecimento do direito, o advogado pode imprimir o aviso de instabilidade disponibilizado no site do Tribunal ou pelo próprio sistema de informática e apresentar ao juízo, e o prazo processual será prorrogado para o primeiro dia útil em que o sistema estiver disponível.” Uma conexão de internet ruim e um computador com arquivos de segurança não atualizados são algumas das causas da instabilidade, disse Fernando Tasso. “Quanto à questão da segurança, o Tribunal tem infraestrutura de segurança da informação muito robusta. A existência da certificação digital dos documentos e de cópias de segurança dá tranquilidade ao advogado”. Alguns atos processuais ainda são praticados em forma física, como a carta precatória, explicou Marinele Pavão. “Os plantões judiciários recebem apenas petições em papel. Se a vara for digital, o documento é digitalizado”. Clóvis da Cruz afirmou que o Fórum João Mendes Júnior possui centrais facilitadoras mantidas por convênio entre o TJ/SP e a OAB/SP e com atuação de pessoas que prestam auxílio ao advogado para a digitalização de documentos. “Já as centrais de atendimento têm computador com acesso à internet e um equipamento de digitalização, possibilitando o autoatendimento.” Ana Peron comentou que a redistribui- Quanto à questão da segurança, o Tribunal tem infraestrutura de segurança da informação muito robusta. A existência da certificação digital dos documentos e de cópias de segurança dá tranquilidade ao advogado Fernando Tasso ção de processos digitais entre Estados requer, por ora, a materialização dos autos, ou seja, a impressão das peças processuais. O evento, transmitido ao vivo pelo site da APAMAGIS, recebeu perguntas de servidores de inúmeras Comarcas do estado, como São Carlos, Barueri, Mogi-Guaçu, Araçatuba, Campinas, Cafelândia, Taubaté e Valinhos. (Informações do TJ/SP) Tribuna da Magistratura edição 222 • Associação Paulista de Magistrados • APAMAGIS • 19 cultura e lazer Evento Jantar de Confraternização da APAMAGIS será em novembro O tradicional Jantar de Confraternização da APAMAGIS está confirmado para o dia 30 de novembro no Espaço das Américas com a apresentação da banda pop Jota Quest. Para mais informações e reservas, entre em contato com o Departamento de Eventos/Secretaria (11) 3292-2200 Concurso 2013| VI Prêmio APAMAGIS – Juiz Antônio José Machado Dias As premiações levantam importantes debates da Magistratura e divulgam visões diferenciadas sobre as prerrogativas da Justiça A sexta edição do Prêmio APAMAGIS – Juiz Antônio José Machado Dias (edição 2013) recebe trabalhos jurídicos elaborados por Magistrados associados até o dia 30 de agosto. O evento visa incentivar manifestações culturais e o intercâmbio de conhecimentos jurídicos. O primeiro colocado recebe láurea no valor de R$10 mil, em dinheiro, entregue em sessão solene em data a ser definida pela Associação. O segundo e o terceiro colocados recebem menção honrosa. A conquista do Prêmio será comunicada 20 • APAMAGIS • Associação Paulista de Magistrados • Tribuna da Magistratura edição 222 pela Presidência da APAMAGIS ao Conselho Superior da Magistratura do TJ/SP com solicitação de anotação nos assentamentos individuais do vencedor. INSCRIÇÕES Os trabalhos jurídicos devem ser entregues pelos Correios (A.R.) ou diretamente na Secretaria da APAMAGIS até o prazo de 30 de agosto. O Edital de Regulamento do Concurso está disponível no site da APAMAGIS para consulta.