Concurso Interno: FECAP 110 anos Apresentação O Concurso interno FECAP 110 anos é um evento dirigido a alunos e ex-alunos dos Cursos de Graduação e Colégio FECAP. Com base em um briefing, a participação no concurso se dará pelo desenvolvimento de um conjunto de peças de comunicação. O propósito do concurso é revelar novos talentos na área e oferecer a oportunidade de ampliação de portfólio. Inscrições Podem ser inscritos todos os alunos regularmente matriculados e ex-alunos formados no Colégio e/ou na Graduação da FECAP. Os participantes podem formar equipes de até 5 (cinco) componentes. É permitida apenas uma inscrição por participante. As inscrições podem ser realizadas de 23 a 4 de maio na Central do Aluno FECAP (campus Liberdade), das 08h às 21h (segunda a sexta). O briefing está disponível na Central do Aluno FECAP (CAF). Cada equipe deve entregar no ato da inscrição um conjunto de peças de comunicação (ver seção FORMATO DAS PEÇAS). O ato da inscrição configura plena aceitação do presente regulamento. Todas as peças inscritas devem ser originais, sob penalidade de enquadramento jurídico. Formato das peças Cada conjunto de peças deve conter: (1) “Logo”; (2) ”Vídeo” para veiculação no site da FECAP e Youtube; (3) “Hot Site”; e (4) “Cartaz”, todos específicos para as comemorações dos 110 anos da FECAP. Os materiais devem ser entregues em mídia digital (CD) ou pen drive. Adicionalmente, (1) o “Logo” deve ser entregue em prancha quadrada de 30 por 30 cm, margens de 5 cm e paspatur branco e (2) o “Cartaz” deve ser entregue em formato A3. Pré-Seleção As peças inscritas serão avaliadas por uma comissão julgadora, formada pelos Professores: Ary José Rocco Júnior; Carlos Rahal; Marcos Steagall; Mario Sergio Zaize; e Rogerio Martins. Serão pontuados de 0 a 10 os quesitos originalidade, criatividade e adequação ao briefing. Serão selecionados até 10 conjuntos de peças de comunicação para exposição e votação dos alunos da FECAP. Os resultados serão comunicados em 11 de maio no site da FECAP. Exposição e Votação Haverá exposição dos conjuntos de peças de comunicação aberta ao público no campus Liberdade entre 15 e 18 de maio de 2012, das 07h30 às 22h40, e dia 19 de maio, das 07h30 às 16h. Será aberta uma votação pela internet no período da exposição. Instruções estarão na página da FECAP na web. Os três conjuntos de comunicação com maior número de votos serão encaminhados para seleção final da Comissão de Comemorações dos 110 anos da FECAP, a saber: Carla Renda (Departamento de Compras); Creuza Monzani (Assessora Presidência); Fabiana Kimie (Departamento de Recursos Humanos); Manuel Araújo (Colégio FECAP); e Taiguara Langrafe (Reitoria). Premiação A decisão da Comissão de Comemorações dos 110 Anos será comunicada em 26 de maio de 2012, às 14h, em cerimônia de premiação no Teatro FECAP. Na ocasião, os três grupos finalistas apresentarão seus conjuntos de peças antes da comunicação do vencedor. A equipe com o conjunto de peças vencedor receberá com premiação o valor de R$ 6.000,00. A equipe em 2º lugar receberá uma premiação de R$ 3.000,00. A equipe em 3º lugar receberá uma premiação de R$ 1.000,00. Briefing Para o Concurso Interno FECAP 110 anos, considera-se como briefing o histórico institucional a seguir. Pioneira e inovadora: 1902-1930 Em 1870, ao assinar o decreto 4.475, aprovando os Estatutos da Associação de Guarda-Livros, o Imperador Dom Pedro II reconheceu a profissão contábil. Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, que liderou os maiores negócios do Brasil, estudou na Inglaterra, parceira fundamental na abertura brasileira para o mundo no século XIX. Sua ajuda financeira foi estratégica para o desenvolvimento do Império. A escrituração mercantil brasileira desenvolveu-se sob os ditames ingleses, tradicionais no comércio internacional dessa época. São Paulo libertou-se da posição de província pobre com a expansão do café e o crescimento industrial entre o último quartel do século XIX e o primeiro do século XX. O Partido Republicano Paulista assumiu fundamental papel no cenário político nacional e seus membros concentraram o poder administrativo. O crescimento paulista foi exponencial entre 1872 e 1920 e a população cresceu de 31.385 para 579.033 habitantes, graças à imigração estimulada pelos fazendeiros. Nos primeiros 30 anos do século XX, a cidade de São Paulo mudou de perfil e de identidade. As boas perspectivas econômicas atraíram companhias estrangeiras. No recenseamento de 1910, São Paulo já ocupava o primeiro lugar no movimento fabril brasileiro, com 4.145 estabelecimentos e 83.998 operários. Levantamentos realizados em 1900 indicavam a existência de 165 estabelecimentos industriais e 50 mil operários. Muitos imigrantes participaram desse processo e alguns cafeicultores destacaram-se na transferência do capital agrário para negócios urbanos. Empreendedor Antônio de Álvares Leite Penteado nasceu em Mogi Mirim em 1852. Fazendeiro, industrial e comerciante ele amealhou grande fortuna e foi generoso em sua distribuição. Casou-se com Anna Paulina Lacerda Penteado, com que criou cinco filhos. Mandou os dois rapazes Silvio e Armando estudarem na Inglaterra para adquirir a instrução comercial, fundamental para o século XX. Formou a Fazenda Palmares, em Mogi Guaçu, vizinha do conselheiro Antônio Prado. Os filhos cresceram juntos: Estela casou-se com Martinho Prado Neto, Antonieta com Caio da Silva Prado e Eglantina com Antônio Prado Jr., três casais que se uniram na liderança da elite paulistana. Álvares Penteado fez a passagem do capital agrário para o industrial. Mudou-se para São Paulo em 1890 e em 1892 fundou a Fiação de Juta Santana e a Manufatura de Lã Penteado, instaladas no Brás, em edifício térreo com 20 mil metros quadrados, onde trabalhavam mil operários, a maioria italianos e noventa por cento mulheres. Em 1894, no ápice da produção do café, tinham 75 mil metros de juta, própria para sacaria. O café paulista tinha mercado, a indústria crescia e os negócios ampliavam-se. Álvares Penteado aumentava e diversificava seus empreendimentos. Em 1900, levantou o Teatro Provisório Paulistano, depois o Teatro Santana, a casa de espetáculos mais importante da cidade até a inauguração do Teatro Municipal em 1911. Na manufatura Penteado havia uma sala, onde eram replicadas semanalmente as peças levadas no teatro. Ele também era dono da Rotisserie Sportsman, o melhor hotel e restaurante da cidade, com funcionários contratados na França. Construiu além disso o pioneiro Palácio do Comércio, a raiz da FECAP. São Paulo na virada do século XX Os Estados Unidos já dominavam a pauta de exportação brasileira: em 1902, importaram US$79.178.037; a Alemanha US$29.500.000, enquanto a Inglaterra importava US$24.790.000.A criação da The São Paulo Railway, Light and Power Co., com carta patente concedida pela rainha Vitória em 1889, simbolizou a passagem do poder: a responsabilidade era britânica, o capital, canadense e a administração, americana. A Light era chamada polvo canadense, pelo apetite com que englobou os serviços da cidade. Internacionalizava-se a economia e São Paulo, iluminada e servida por carros elétricos, os bondes, iniciava sua trajetória metropolitana. O coração da cidade era o triângulo formado pelas ruas Direita, São Bento e 15 de Novembro e seus arredores; lá estavam bancos, lojas, confeitarias, restaurantes, hotéis, consultórios, escritórios e associações. Destruíram-se as casas de taipa, alargaram-se as ruas estreitas e levantaram-se prédios de inspiração europeia. Surgia a metrópole do café, que viria a ser “a cidade que mais cresce no mundo”. O café cresceu com o braço imigrante e parte desses cidadãos do mundo transformou a cidade, seus hábitos e sua língua. Ao abrir suas portas para os estrangeiros, São Paulo tornou-se cosmopolita, um espaço de todos e para todos.Era um promissor centro de negócios e os guarda-livros eram disputados; a presença de contadores britânicos garantia precisão da escrituração contábil. O conhecimento adquiria-se na prática, pois não existia escola de comércio. A Associação Comercial do Estado de São Paulo foi fundada em 1894, e em 1895 o Grêmio dos GuardaLivros de São Paulo lançou a ideia de uma escola de comércio. Dois anos depois o vereador João Pedro da Veiga Filho, professor de Finanças e Contabilidade Pública da Academia de Direito, foi procurado por comerciantes, liderados por Horácio Berlinck, solicitando a abertura de uma escola que capacitasse jovens para trabalhar no setor. Fundador Horácio Berlinck aprendera contabilidade industrial com o escocês , David Justice e foi convidado, em 1895, para reger a cadeira de Contabilidade Geral da Escola Politécnica; pouco depois Ramos de Azevedo o fez professor de Contabilidade do Liceu de Artes e Ofícios. Mereceu a confiança de Álvares Penteado para cuidar da contabilidade de seus negócios e para a tarefa de sua vida: a fundação da Escola Prática de Comércio em 1902. Chamado pelo governo brasileiro, colaborou nas reformas de ensino de 1905, 1926 e 1931. Sob sua direção, a Escola de Comércio Álvares Penteado abrigou a Escola de Sociologia e Política e a Faculdade de Medicina de São Paulo, a Escola de Biblioteconomia do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo, a School of English Language and Literature e tornou-se estratégica para a educação paulista. A carreira do mestre Horácio Berlinck foi longa: 46 anos.Faleceu em São Paulo, em 1948, como diretor-presidente da sua escola e benemérito da classe dos contabilistas do Brasil, por sua longa carreira de profissional e educador. Legou a missão aos filhos e netos. A Escola Prática de Comércio foi instalada em 2 de junho de 1902, em salas cedidas por Eduardo Prates, na rua São José. Houve uma subscrição pública para possibilitar o ensino técnico necessário à profissão comercial e à preparação de empregados, negociantes, administradores, tradutores e agentes consulares. Livro de ouro 1902 Conde Álvares Penteado Rs. 10:000$000 Rodolpho Miranda Rs. 3:000$000 Senador Lacerda Franco Rs. 1:000$000 Conde de Prates Rs. 1:000$000 Hermann Burchard Rs. 1:650$000 Cristiano P. Vianna Rs. 1:000$000 Horácio Berlinck Rs. 2:050$000 Conde Asdrubal do Nascimento Rs. 500$000 Prado Chaves & Cia. Rs. 500$000 Dr. Procopio Malta Rs. 500$000 Duprat & Cia. Rs. 500$000 Alexandre Siciliano Rs. 500$000 José Weissohn Rs. 500$000 Banco Alemão Rs. 500$000 Banco Commercio e Industria Rs. 500$000 Banco União de S. Paulo Rs. 500$000 Banco de Credito Real Rs. 500$000 Banco de S. Paulo Rs. 500$000 Rs. 25:200$000 Pesquisa na imprensa da época permite uma comparação de valores: terrenos na Avenida Paulista com 35 metros de frente por 11 metros de fundos: Rs. 300$000; sobrado no alto da Rua Santo Antônio: Rs. 13:000$000; fazenda com 180 alqueires, 40 mil pés de café e benfeitorias, na estação Igaçaba da Mojiana: Rs. 45:000$000. O corpo docente incluía professores da Faculdade de Direito e da Politécnica e profissionais da área. Matricularam-se no curso preliminar 216 alunos, maiores de 15 anos e vacinados. A escola possuía biblioteca, laboratório de análises e um museu de mercadorias. O Curso Geral formava alunos em Habilitação Comercial. O exame de admissão era rígido e a formação dos alunos além do treinamento técnico qualificaram a escola. Em 9 de janeiro de 1905, o Decreto Federal 1.339, ao declarar a Academia de Comércio do Rio de Janeiro como de utilidade pública, estendeu à Escola Prática de Comércio de São Paulo esse conceito, reconhecendo como de caráter oficial os seus diplomas, dispensando de outros exames os assim habilitados. O número de alunos inscritos cresceu, ultrapassando o espaço disponível. O curso era de três anos e as turmas aumentavam ano a ano, entre 1903 e 1908 ocuparam salas cedidas pela Faculdade de Direito. A formação comercial adquiria cada vez mais interesse e amplitude e tornou-se evidente a necessidade de uma sede própria. O conde Antônio de Álvares Leite Penteado doou o terreno e construiu o Palácio do Comércio no Largo São Francisco. Em 5 de janeiro de 1907, em decorrência dessa doação, e por iniciativa de sua Diretoria e Congregação, a instituição passou a chamar-se Escola Prática de Comércio Álvares Penteado. O homem convenientemente preparado para a luta comercial pode partir só com seus próprios recursos, esquadrinhar os mercados e conseguir o seu fim. Antônio de Álvares Leite Penteado, 1907 Em 7 de dezembro de 1908, o conde Antônio de Álvares Leite Penteado e sua esposa assinaram a escritura de doação à Sociedade Escola de Comércio de São Paulo, do terreno e do prédio do Largo São Francisco, mobiliado e aparelhado para o ensino comercial. Representando a escola, assinaram o senador Antônio de Lacerda Franco, como diretor, João Pedro da Veiga Filho, vice-diretor, e Horácio Berlinck, diretor-secretário. A denominação de Escola de Comércio Álvares Penteado tornou-se perene, assim como a utilização do prédio para esse fim. Palácio do Comércio Construído em terreno de 25x46 m, no valor de quinhentos e cinquenta contos de réis, o prédio tinha três pavimentos: porão com três metros de altura, térreo com cinco metros de altura e primeiro pavimento com cinco metros e sete metros de altura, dividido em cinco corpos, contendo: hall, ou vestíbulo, com oito metros de largura por dezenove metros de comprimento e onze metros de altura; seis salas para os cursos; um salão para festas e solenidades, medindo vinte metros e cinquenta centímetros, por nove metros e cinquenta centímetros de largura e por sete metros de altura, com teto abobadado; biblioteca; seis salas para a Administração e Diretoria, duas toilettes; escadaria de mármore de Carrara com cantaria lavrada, dando acesso da rua para o andar térreo. O edifício é construído de cantaria de pedra tosca até a altura do andar térreo e daí para cima em alvenaria de tijolos com argamassa de cal de primeira qualidade. Os soalhos e vigamentos são de peroba e foram assentado sobre vigas de ferro. Os telhados dos três corpos altos são cobertos de ardósia, ferro galvanizado e cobre e os dois corpos baixos de telhas de Marselha. Os forros foram executados em folhas de ferro estampado, sob variados desenhos. O prédio foi entregue mobiliado por profissionais competentes em madeiras de cabreúva e imbuia, projetados pelo engenheiro arquiteto. No Largo São Francisco, a Escola de Comércio Álvares Penteado era vizinha da Faculdade de Direito. Seus estudantes uniam-se nas manifestações, festas e bailes. Os jovens constituíam um significativo grupo de pressão, dadas as escolas importantes: a Politécnica, o Mackenzie e a Escola de Farmácia. A Escola de Comércio afirmava-se num cenário de mobilidade social em que aumentavam os empregos na indústria e no comércio, oferecendo oportunidades a quem obtivesse instrução técnica. O ano letivo iniciava-se em 15 de agosto e encerrava-se em 31 de maio. Em 1909, matricularam-se as primeiras moças do Curso Especial Feminino, que formava guarda-livros e auxiliares de comércio. Pioneiras a usarem a saia verde e a blusa branca, as alvaristas animavam o Largo São Francisco, onde também se viam normalistas da Caetano de Campos vestidas de azul e branco. Em 1910, já funcionavam três cursos: Preliminar, com 151 alunos, um ano de duração e preparatório para o curso geral; Geral, com 285 alunos, três anos de duração, preparando contadores; Superior, com 14 alunos em curso de dois anos, formava agentes consulares, funcionários do Ministério de Relações Exteriores, atuários na área de seguros e chefes contadores; Curso Especial Feminino e um curso especial de datilografia, a cargo de um especialista norte-americano. Os formandos e formandas tinham empregos seguros. A escola continuou a inovar e, como as aulas do curso comercial eram à noite, abriu um curso médio diurno. O Ginásio Álvares Penteado tinha professores de línguas, além do corpo docente regular e oferecia preparo integral no curso de humanidades para a matrícula em cursos superiores. Em 1911, a escola divulgou a obra do frade Luca Paciolo, o pai da contabilidade moderna, em publicação de autoria do professor Carlos de Carvalho. A sistematização do método das partidas dobradas foi fundamental para a escrituração contábil. Aluno exemplar João Theotônio de Salles nasceu em 1888 em Cambuí, Minas Gerais, e trabalhou na venda de secos e molhados de Adriano Colli até terminar o Grupo Escolar. Querendo melhorar de vida e continuar a estudar, veio a pé para São Paulo. A experiência de caixeiro foi valiosa e conseguiu empregar-se na firma Araújo Costa & Cia., de negociantes portugueses de fazendas e armarinhos. Aos dezessete anos matriculou-se na Escola de Comércio Álvares Penteado, no curso de Contabilidade; formou-se em 1908, quando voltou para sua terra e abriu a firma Moreira Salles & Cia. Um aluno como outro qualquer, a não ser pelo depoimento de seu filho, o embaixador Walter Moreira Salles: “Era uma pequena loja de secos e molhados como se dizia então. Em 1913 o negócio prosperou e a família mudou-se para Guaranésia, onde meu pai abriu novo negócio. Para evitar o transporte de numerário, os ambulantes recebiam cheques para serem descontados contra as contas correntes que as lojas mantinham junto aos bancos das cidades grandes. Tal circunstância fazia com que as lojas do interior passassem a ter contas num número crescente de bancos. Com o passar do tempo muitas se transformaram em correspondentes desses bancos, para as regiões onde atuavam.Foi o que aconteceu com a Moreira Salles & Cia., que se tornou correspondente do Banco Francês e Italiano e do Banco Alemão Transatlântico. Estava plantada a semente do Unibanco.” Com o aumento de seu patrimônio, a morte de membros da Sociedade Escola Prática de Comércio Álvares Penteado e a regulamentação para fundações existente no Código Civil de 1917, ocorreu uma alteração legal. Em 8 de dezembro de 1923, o senador Antônio de Lacerda Franco, o barão Raymundo Duprat, Horácio Berlinck e Domingos Ferreira compareceram em cartório para registrar a transformação da escola em Fundação, regida por um Conselho Deliberativo e pela Diretoria, presidida pelo senador Antônio de Lacerda Franco, tendo o Dr. Frederico Vergueiro Steidel como vice-diretor e o professor Horácio Berlinck como diretor-secretário. O conde Silvio Álvares Penteado era Presidente Honorário Perpétuo. O relatório de janeiro de 1924 afirmava que o número de alunos havia evoluído de 211, em 1908, para 921 alunos em 1923. Era urgente a ampliação do prédio e, no mesmo ano, Armando Álvares Penteado doou um terreno vizinho à escola, no valor de Rs. 80:000$000; foi também comprado um terreno do Mosteiro de São Bento, por Rs. 70:000$000, para ser trocado por outro de propriedade de Stella Penteado da Silva Prado, possibilitando a construção de novas salas de aula.Aumentavam o interesse pela escola e as oportunidades para os formandos de cursos de Contabilidade. Na Álvares Penteado, os jovens preparavam-se para um futuro melhor. Os anos vinte terminaram com a crise da bolsa de Nova Iorque. Getúlio Vargas assumiu o governo em 1930 e o federalismo nacional foi substituído pela centralização do poder. São Paulo perdera poder político e suas elites foram pioneiras na oposição ao novo regime. Em 1932, o Ministério da Educação e Saúde Pública regulamentou o ensino secundário, comercial e superior. A renovação do sistema pedagógico foi proposta por Anísio Teixeira. O reconhecimento da profissão de contador era anseio antigo e Victor Vianna, inspetor-geral do ensino comercial no Brasil, empenhou-se nesse sentido. Na elaboração do Decreto n.º 20.158, de 30 de junho de 1931, que reformava o ensino comercial e estabelecia o registro obrigatório dos guarda-livros e contadores, trabalhou uma equipe formada por Horácio Berlinck, Rodolfo Batista de São Tiago, Frederico Hermann Júnior, Paulo Leite de Freitas e Horácio Berlinck Cardoso. A Escola de Comércio Álvares Penteado fazia-se ouvir no cenário nacional. Crescimento e maioridade:1932-1966 Em 1931, Getulio Vargas decretou a criação de cursos superiores de Economia e Finanças com o diploma de bacharel em Ciências Econômicas. Outro decreto de Vargas em 1945 equiparou os cursos de Economia aos cursos universitários tradicionais (Medicina, Engenharia e Direito) e em 1951 foi regulamentada a profissão de economista no Brasil. Em 9 de julho de 1932, a Revolução Constitucionalista armou São Paulo. A Faculdade de Direito centralizou a organização; o centro de recrutamento instalou-se na Álvares Penteado e em sua fachada foi colocada a sigla MMDC, as iniciais dos estudantes Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, mortos lutando. Engenheiros da Politécnica planejaram as comunicações e o abastecimento das tropas, as indústrias fabricaram armamentos e munições e as mulheres paulistas costuraram fardas, tricotaram meias e cachecóis para que os soldados enfrentassem o frio. Cartazes lembravam que todos tinham um dever a cumprir no Estado mobilizado. A campanha Ouro para o Bem de São Paulo rendeu mais de 9 mil contos de réis e a administração desses fundos foi feita por professores da Álvares Penteado. Ao final da Revolução, o saldo restante foi entregue à Santa Casa de Misericórdia, que construiu o prédio Bandeira Paulista, cuja fachada replica as 13 listas, drapeadas ao vento. A Revolução de 1932 permaneceu no imaginário paulista; o que se tinha feito para a manutenção da democracia não dera certo, o caminho correto era a educação: sociologia, economia gerando novas ideias para administrar e conduzir o país. A necessidade de pensar politicamente esses problemas sensibilizou muitos paulistas. Julio de Mesquita Filho publicou o Manifesto por uma Escola Livre de Sociologia e Política e em 1933 surgiu essa pioneira instituição de ensino superior na área das Ciências Sociais, sediada, por 20 anos, na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado. Uma solução pedagógica para a liderança política e econômica do Brasil. Tácito de Almeida redigiu o Manifesto dos Fundadores e Roberto Simonsen contribuiu definitivamente para consolidar o prestígio da instituição, ao assumir a cátedra de História Econômica; vieram professores americanos e ingleses. Em 1941, estabeleceu-se uma parceria com o Smithsonian Institution Project, durante 12 anos. Dois professores permaneceram: Donald Pierson e Kalervo Oberg treinaram alunos, realizaram numerosas pesquisas e produziram valiosas publicações sobre a sociedade brasileira em diversas áreas do território nacional. Os 30 anos da escola foram comemorados em 1932; festejavam-se a maioridade da instituição, sua reorganização e a instalação da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo. O curso diurno de secretária, em nível médio, abriu uma opção mais bem remunerada para as moças tituladas. As classes noturnas facilitavam a ascensão social dos trabalhadores e o Curso Superior de Administração e Finanças foi um mais passo adiante. O Grêmio Professor Horácio Berlinck, fundado em 1933, fazia pouca política, os tempos eram de repressão, os alunos precisavam trabalhar e estudavam à noite. Com a profissão de contador regulamentada, espaço adequado, cursos especializados de qualidade e bons professores, muitos já formados na casa, a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado/FECAP entrou na década de 30 como uma instituição de elite que fazia jus à importância de São Paulo no cenário nacional e certamente atendia à missão proposta por seus fundadores. A abertura dos primeiros cursos universitários de economia do país, a Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo, permitiu a especialização em uma economia cada vez mais complexa. A Ordem dos Economistas, fundada em 1934, foi iniciativa de jovens [m1] Comentário: Que morreram lutando. formados na Álvares Penteado, como Frederico Hermann Jr., Américo Oswaldo Campiglia e Milton Improta. Primeiros bacharéis da Álvares Penteado: A colação de grau dos primeiros formandos da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo marcou época. Compareceram representantes do Interventor Federal, do Prefeito, do Comandante da Força Pública, do Secretário da Educação. O paraninfo foi o Dr. João Papaterra Limongi. Abílio F. Brandão, Adolfo Goldstein, Agostinho Janequine, Alberto V. Bacelar, Américo Oswaldo Campiglia, Antenor S. Negrini, Armando Cardoso Gomes, Atíllio Matruzzi, Belmiro N. Martins, Décio Pacheco Silveira, Ernesto D’Amico, Farid F. Racy, Ferdinando Rubano, Francisco De Benedictis, Francisco Faraco, Frederico Hermann Júnior, Fuad F. Racy, Gastão Pimentel, Gil Couto Silveira, Hirondel Simões Luders, Isidoro Guido Pomaro, João Roque Marinheiro, Jorge M. Abdalla, José Roberto Lucas, Luiz Prioli, Milton Improta, Orlando dos Santos Saraiva, Oswaldo Bruschi, Oswaldo Perazzo, Paulino Batista Conti, Rolando Zambon, Sinfrônio Souza Campos e Vicente Salzano Fiori. O currículo do curso de Administração e Finanças incluía as relações entre capital e trabalho, oferecia formação sólida e vislumbrava caminhos. A revista Intelligencia instituiu o prêmio anual “Dr. Guilherme Guinle” para os dois primeiros alunos desse curso. O título inaugural de professor honorário da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo foi concedido ao professor Gustavo Del Vecchio, reitor da Universidade Luigi Bocconi, de Milão, que visitou a escola em 1937. A Álvares Penteado tornara-se uma instituição importante, com vagas disputadas, e fazer parte da escola era um orgulho, dado seu papel destacado no ensino paulista. Seus professores eram líderes da profissão. Em 36 anos de existência havia formado 1.471 peritos-contadores, 472 guarda-livros e 108 secretárias, perfazendo 2.051 diplomados. A escola era líder no ensino contábil e a concorrência não lhe fazia frente. A gremiação alvarista formada pela corporação de diretores, professores, alunos e auxiliares da instituição era coesa em sua visão de mundo e hierarquia. Em 1937, instalou-se a Sociedade Brasileira de Estudos Econômicos em solenidade na Álvares Penteado, presidida por J. J. Cardozo de Melo Neto, que era interventor no Estado e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A entidade era dirigida por Abelardo Vergueiro Cesar, Horácio Lafer, Roberto Simonsen e Bento de Abreu Sampaio Vidal. Em seu planejamento educacional, Vargas inovou em articulações empresa-escola. Em 1942, foram criados o Serviço Nacional da Aprendizagem Industrial – Senai – e o Serviço Nacional da Aprendizagem Comercial – Senac –, os primeiros braços do Sistema S, expandindo o ensino técnico-comercial. A formação profissional da mão de obra, em cursos pagos pelo governo e pelos empresários, inaugurou o conceito de responsabilidade social. Até os anos 1940, Vargas equilibrou o apoio à Alemanha e a pressão americana, mas a entrada do Brasil na guerra, em 1943, marcou a virada definitiva. Em 1943, a Álvares Penteado participou da Campanha Universitária Pró-Bônus de Guerra lançada no Teatro Municipal. No mesmo ano, o grêmio alvarista apoiou a Liga de Defesa Nacional e a Exposição Antieixista, uma feira de artes e livros, cuja comissão organizadora era presidida por Sérgio Milliet. O Decreto-Lei n.º 6.141, de 28 de dezembro de 1943, definiu nova razão social: Escola Técnica de Comércio Álvares Penteado, com os cursos Comercial Básico e Contabilidade, ambos desdobrados em duas seções, separando moças e rapazes. O curso de Secretariado era só para moças. O curso Comercial Básico formava auxiliares de escritório e o curso de Contabilidade preparava guarda-livros. Em reunião do Conselho da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado/FECAP, de 15 de setembro de 1944, foi composta uma nova Diretoria: Horácio Berlinck, diretor-presidente, Eduardo Pereira de Magalhães Gouvêa, diretor-vice-presidente, e Jorge Inácio Penteado da Silva Telles, diretor-secretário. Por deliberação do Conselho, o conde Silvio Álvares Penteado, Presidente Honorário da Fundação, passou a acumular sua função com a presidência. O Curso Superior de Administração e Finanças, com duração de quatro anos, passou a ser regido pelo Decreto-Lei n.º 7.988, de 22 de setembro de 1945, que dispunha sobre o ensino superior de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais. Ainda nos anos 1940, os alunos da Álvares Penteado constituíram uma Comissão de Reivindicações visando à titulação para os contadores e defenderam essa posição no Ministério da Educação e no Congresso Nacional. Em 1944, dez anos depois da Álvares Penteado, a Fundação Getulio Vargas iniciou seus cursos de Economia no Rio de Janeiro. Em 1946, dentro da Universidade de São Paulo, foi criada a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, voltada à pesquisa e à preparação de quadros eficazes dentro da realidade nacional. Em 1956, a Fundação Getulio Vargas iniciou os cursos em São Paulo. Ampliavam-se as perspectivas do ensino de economia e administração no país. Silvio Álvares Penteado Nasceu em Araras em 1881. De 1892 a 1895, estudou Humanidades no Colégio São Luís, de Itu. Formouse em Ciências Técnicas e Comerciais na Municipal Technical School e no Owen’s College, de Londres. Casou-se com Honorine Álvares Penteado e tiveram um filho, Honório. Em 1901, já trabalhava nas empresas da família. Assumiu a direção da Companhia Paulista de Aniagens em 1912 e reequipou-a com maquinário moderno. Pioneiro, financiou pequenos produtores de juta na Amazônia e instalou em Óbidos, no Pará, a primeira usina de enfardamento de juta. Fundou em São Paulo a Sociedade Rural Brasileira, defendeu o aumento das exportações de café e denunciou as conseqüências futuras dos empréstimos estrangeiros. Entre 1924 e 1928, edificou a Vila Normanda, com sete casas e dois prédios de apartamentos. Montou um sistema de financiamento habitacional e, em 1930, levantou o conjunto residencial de Heliópolis, na divisa de São Paulo com São Caetano, com 50 casas populares, financiadas em dez anos. Mais tarde, construiu mais 50 casas na Mooca. O Cine-Teatro Odeon e o segundo Teatro Santana, na rua 24 de Maio, também foram iniciativas suas. Grande esportista, em 1903 fez a pioneira viagem de automóvel, entre São Paulo e Ribeirão Preto, em companhia de Santos Dumont, Antônio Prado Junior e seu irmão Armando. Em 1905, voou num balão entre São Paulo e Mogi Mirim. Foi campeão no Circuito de Itapecerica em 1906, dirigindo um carro Fiat. Seu Haras Tamboré era respeitado entre os criadores e esse interesse levou-o à presidência do Jockey Club de São Paulo. Presidiu a Companhia Antártica Paulista e a Fundação Armando Álvares Penteado, após a morte de seu irmão em 1947. Nesse mesmo ano Silvio e Armando doaram à Universidade de São Paulo a casa de seu pai. A USP instalou na Vila Penteado a recém-fundada Faculdade de Arquitetura. Silvio presidiu o Conselho da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado de 1912 até sua morte em 1956, apoiando seu desenvolvimento e honrando o desejo do pai. A importância dos estudantes Em 1945, os dirigentes do Grêmio Horácio Berlinck assinaram uma Declaração de Princípios, exigindo liberdade de pensamento e de imprensa, o fim do Tribunal de Segurança Nacional, além de anistia para os presos políticos e convocação imediata de Assembleia Nacional Constituinte. No mesmo ano, foi instalado na Álvares Penteado um curso de História das Doutrinas Políticas, ministrado pelo Dr. Goffredo da Silva Telles, lente de Direito Internacional da Faculdade de Direito. O papel dos estudantes na sociedade ampliava-se e os jovens faziam-se ouvir, protestavam e envolviamse em ações sociais. O movimento estudantil vinha se estruturando há anos e fortalecia-se. O ano de 1948 foi emblemático. O XI Congresso Nacional de Estudantes, no Rio de Janeiro, teve a participação de todas as escolas superiores do Brasil. Os estudantes dos centros acadêmicos Horácio Berlinck, XI de Agosto, Politécnico, Oswaldo Cruz, Luiz de Queiroz, 25 de Janeiro, Pereira Barreto, Horácio Lane, XXII de Agosto e o Grêmio da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo assinaram o Manifesto dos Estudantes Paulistas, contra o Estatuto do Petróleo. No salão nobre da Álvares Penteado foi fundada a União dos Estudantes de Comércio do Estado de São Paulo, congregando mais de 30 grêmios.O processo de reformas pelo qual passou o ensino superior, entre 1964 e 1968, foi responsável pela implantação do modelo universitário norte-americano no país. O movimento estudantil foi reprimido, a União Nacional dos Estudantes fechada e os estudantes foram para as ruas organizar movimentos sociais e políticos. O Serviço Social do Comércio – Sesc –, mais um braço do Sistema S, colocou à disposição de todos os associados do Centro Acadêmico Álvares Penteado os serviços médicos, odontológicos e o restaurante da entidade. Em 1949, a Faculdade de Ciências Econômicas recebeu valiosa doação e instituiu o prêmio Othon Lynch Bezerra de Mello aos dois melhores alunos de cada ano, que receberam 15 mil cruzeiros e 5 mil cruzeiros. O Jubileu de Ouro da escola, em 1952, foi comemorado no Teatro Cultura Artística. Foi publicado o livro A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado/FECAP em seu 50º aniversário, 1902-1952. Comemorava-se uma trajetória de sucesso. O ensino era excelente e os alunos colocavam-se no mercado profissional sem dificuldade ou período de experiência. Cursaram a FECAP, até 1954, cerca de 70 mil alunos, sendo diplomados 10.836: Auxiliares de Escritório: 1.136; Guarda-livros: 883; Secretários(as): 378; Contadores e Peritos-Contadores: 3.897; Técnicos em Contabilidade: 3.247, merecendo em 1955 subvenção federal anual de Cr$2.500.000,00. O Ministério da Educação e Cultura instituiu nesse ano quatro medalhas comemorativas do cinquentenário da Legislação do Ensino Comercial, honrando o Visconde de Cairu, Cândido Mendes de Almeida, Horácio Berlinck e Dr. João Daudt D’Oliveira. Foram concedidas medalhas aos melhores alunos do Curso Básico Comercial e Cursos Técnicos de Comércio, da FECAP e à Academia de Comércio do Rio de Janeiro. O paraninfo de 1954 foi Eugenio Gudin, então ministro da Fazenda. A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/61 obrigou a reforma dos estatutos da FECAP. Como instituição isolada, a entidade precisou constituir um Conselho de Curadores, cujas vagas foram preenchidas pelos membros do antigo Conselho Deliberativo: Cyro Berlinck, Raymundo Marchi, Aroldo de Azevedo, Iris Miguel Rotundo e Aldo Mário de Azevedo. Mantendo sua tradição a escola continuava organizada em torno de dois grandes segmentos representados pela Escola Técnica de Comércio Álvares Penteado, que abrigava o ginásio comercial e o colégio comercial e a Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo com cursos superiores de Ciências Econômicas e Ciências Contábeis. Conde Honório Álvares Penteado Nascido na França em 1915, estudou em Paris e em São Paulo, no Colégio São Luiz. Fez o curso da Escola de Belas Artes, em Paris, dedicando-se à escultura, e expôs no Salondes Artistes Français. Casou-se em 1938 com Germaine Álvares Penteado, com quem teve uma filha, Ana Maria Honorina Álvares Penteado; de seu casamento com Mirian Álvares Penteado nasceu Silvio Álvares Penteado Neto. Em 1939, assumiu os negócios da família; adquiriu as partes dos outros herdeiros da Fazenda Palmares e substituiu o café por atividades mais rendosas. Desativou a Companhia de Aniagens, vendeu seu maquinário para a produção de juta na Amazônia e alugou os armazéns em São Paulo para o Instituto Brasileiro do Café. Seu genro, Arthur Castilho de Ulhôa Rodrigues, o assessorou no Escritório Penteado, a partir dos anos 1960. Desenvolveram juntos o loteamento do Tamboré e as empresas Tamboré, Moapungaba e Shopping Center Tamboré, em Barueri. Honório tornou-se membro do Conselho da FECAP em 1951, como Presidente Honorário e Presidente do Conselho Deliberativo em 1956, ano da morte de seu pai. Participou de suas atividades durante 44 anos. Faleceu em São Paulo em 19 de dezembro de 2000, legando a missão familiar a seu filho, Silvio Álvares Penteado Neto. Inovadora e contemporânea: 1966-2011 A penetração nacional da televisão no Brasil se deu após o acordo, em 1965, entre a TV Globo e o conglomerado Time & Life, dos Estados Unidos. O alcance nacional da programação, a banalização da televisão e o videoteipe concretizaram a integração nacional e definiram novos padrões de cultura para o país. De norte a sul o Jornal Nacional, a novela e o futebol massificaram o consumo e modificaram as aspirações dos brasileiros. O “milagre brasileiro” esgotou-se nos anos 1980, imersos em crise. Sucederam-se planos econômicos, diversas moedas circularam no mercado e a inflação alcançou vinte por cento ao mês. O regime militar atingiu seu limite e foi encerrado com a redemocratização do país e eleições diretas para a Presidência da República em 1989. Em 1967, o Conselho Federal de Educação aprovou o Regimento da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo – FACESP –, e reconheceu os cursos de Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Ciências Atuariais, Administração de Empresas e Administração Pública. A Faculdade instalou apenas os cursos de Economia, Contabilidade e Administração de Empresas, com três anos básicos, mais um de especialização. O crescimento da FECAP e a impossibilidade de sua ampliação no largo São Francisco orientou orientaram a construção de uma nova sede. Em 1960, foram comprados os primeiros terrenos na rua Rua da Liberdade, um bom negócio pois, na desapropriação para a abertura da Avenida 23 de Maio, a Fundação recuperou o investimento. O local do novo campus, ao lado do metrô, tinha acesso fácil para a Vila Mariana, Santo Amaro e a estrada de Santos, atingindo alunos de bairros distantes. Iniciavam-se os tempos de crescimento. Em 1969, a definição da mudança da Faculdade do Largo São Francisco para a Liberdade tornou evidente a nova organização discente e o início da descentralização do poder. A Escola de Comércio tinha sido o exemplo e o orgulho dos alvaristas tradicionais, mas nos anos 1970 cedeu a primazia à Faculdade de Ciências Econômicas. A ampliação do número de cursos técnicos estabeleceu forte concorrência, diminuindo o número de estudantes; os custos precisaram ser cortados. O convênio com a Associação dos Bancos foi uma solução criativa. Existiam 40 mil bancários trabalhando na capital e necessitando de aprimoramento. O curso ocupava as instalações e os equipamentos destinados aos cursos técnicos de Contabilidade e Secretariado: sala de datilografia com 50 máquinas e de mecanografia com 25. Em 1973, a FECAP criou outras oportunidades de formação: Técnico em Publicidade, Técnico em Processamento de Dados, Técnico em Administração com Habilitação em Comércio Exterior e Técnico em Turismo. O Jubileu de Diamante da FECAP aconteceu em 1977. O então Ministro das Minas e Energia esteve presente e manifestou sua gratidão. Tenho o maior orgulho em ter sido um dos alunos da Fundação Álvares Penteado. Da sua importância, se ainda não foi feita uma avaliação, acho que é chegado o momento de se proceder a um levantamento para verificar o quanto ela tem contribuído para o desenvolvimento de nosso país. Shigeaki Ueki Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação atribuiu ao Conselho Nacional de Educação a responsabilidade pelo credenciamento das instituições, com critérios diversos para universidades e instituições de ensino superior não universitárias, que ficaram impedidas de criar novos cursos. Entre 1999 e 2000, as matrículas em graduação tiveram o maior desenvolvimento da década. Em 2000, o Censo do Ensino Superior creditou essa ampliação ao ensino privado, cujas taxas de crescimento atingiram 17,5 por cento, de 1999 a 2000, sendo que nas instituições federais o crescimento foi de 9,1 por cento e nas estaduais, de apenas 9,8 por cento. A FECAP adaptou-se às modificações da legislação e às necessidades do mercado de trabalho. Sua flexibilidade e tradição lhe permitiram passar pelas crises típicas do crescimento. A Associação Viva o Centro defende desde 1991 a revitalização dos prédios históricos, dos jardins e dos espaços culturais, valorizando o espaço urbano do centro de São Paulo, em processo de esvaziamento durante os anos 1980 e 1990, a. A FECAP é membro da Associação Viva o Centro e é parceira daqueles que querem ficar no centro da cidade e torná-lo mais humano, mais bonito e melhor equipado, para usufruto de todos os paulistanos. O centro tem futuro. Deixou de ser só passado. No prédio do Largo São Francisco instalou-se o Centro Regional de Estudos e Orientação de Professores, em convênio com o Ministério da Educação. Em 1981, foi criado o Centro de Estudos Álvares Penteado – CEAP –, oferecendo cursos de especialização, extensão, aperfeiçoamento e pós-graduação lato sensu. No ano de 1983, 5.253 alunos estudaram no CEAP, em 230 diferentes cursos, e esses números cresceram ano a ano. Outra iniciativa precursora foi a pesquisa exploratória entre os vestibulandos para detectar seu perfil. Em 1991, uma parceria entre a FECAP e o Instituto dos Auditores Internos do Brasil – Audibra – permitiu a instalação de um curso de pós-graduação lato sensu em Auditoria Interna. Buscar a abertura e a modernidade em meio à concorrência acirrada, estabelecer convênios com empresas, garantir a empregabilidade e organizar postos avançados para a pós-graduação são os desafios do CEAP, no campus Largo São Francisco. O belo prédio, cuja permanência no patrimônio da Fundação havia sido várias vezes posta em dúvida, foi reformado como símbolo do prestígio da escola. Tombado em 1992 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Ambiental da Cidade de São Paulo – Compresp –, é um exemplo significativo do estilo art nouveau, de Carlos Ekman. Sua reinauguração, em 1997, deu-se na presença do então Governador Mário Covas, do então Ministro da Educação, Paulo Renato Souza e do Curador de Fundações, Edson José Rafael. É alguma coisa que pertence à alma e ao coração da cidade de São Paulo , e, associando o mérito, o significado daquilo que ela oferece em matéria de educação, fica a enorme, a profunda contribuição pioneira que a Fundação e o Centro de Estudos Álvares Penteado oferecem à população de São Paulo. Mário Covas Rumo à Liberdade Esta Fundação sempre teve e tem um único objetivo, qual seja o de proporcionar o melhor ensino comercial aos seus alunos, e isto graças à dedicação de seus diretores, professores e funcionários. Honório Álvares Penteado Foram essas as palavras do presidente do Conselho de Curadores, em 1967, no lançamento da pedra fundamental da sede na Avenida da Liberdade, 532. Em 1969, o bloco A já estava em uso, mas o campus foi oficialmente inaugurado em 1974, com a instalação da Escola Técnica de Comércio e da administração da Fundação. Em 1981, mudou-se a Faculdade de Ciências Econômicas, cujo vestibular em 1983 atraiu 2 mil candidatos. Ainda em 1983, iniciou-se a construção do ginásio poliesportivo, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar. Posteriormente foram construídos os blocos B, C e D. Os Departamentos, o Conselho Departamental e a Congregação abriram-se à participação dos alunos em suas reuniões, que se tornaram mais frequentes e produtivas. A Fundação abriu-se para as novas tecnologias da informação em meados dos anos 80. Em 1985, José Joaquim Boarin organizou o curso de Processamento de Dados no Colégio Comercial e adquiriu os primeiros microprocessadores. Sendo Como diretor da FACESP e vice-presidente da FECAP, desenvolveu uma gestão eficaz e um plano de carreira para os professores da FACESP, que passaram a receber um percentual referente à sua titulação acadêmica. O aumento geral de matrículas tornou-se realidade, a discussão sobre o modelo político era atual e os debates abertos foram importantes. Para discutir presidencialismo, parlamentarismo e monarquia, foram escolhidos os senadores Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, o deputado estadual João Leiva Filho e Bertrand de Orleans e Bragança, presumido herdeiro do trono brasileiro. No Colégio Comercial as reuniões entre diretoria, corpo docente e discente tornaram-se mensais e buscou-se o aprimoramento do processo ensino-aprendizado. O regimento escolar foi atualizado e foram criados novos cursos profissionalizantes: Assistente de Administração, Turismo, Publicidade e Administração com Habilitação em Comércio Exterior. A Campanha dos Mil Alunos foi eficaz. Aproveitando sua localização, ao longo da linha Norte – Sul do metrô, os trens divulgaram os cursos para seu público-alvo: estudantes e profissionais buscando melhor qualificação. Realizaram-se, ainda, várias campanhas de esclarecimento sobre tóxicos, tabagismo e Aids. Foram reformuladas as grades curriculares, alterado o sistema de avaliação e eliminada a média ponderada. Extinto o curso primário, foi contratada uma coordenadora pedagógica para o colégio. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de nº 9.394/96, separou o ensino técnico do ensino médio e, ao se adequar às novas exigências, a FECAP inovou. Os diretores João Paulo de Oliveira Neto e Marisa Fumanti reestruturaram a matriz curricular para oferecer aos alunos uma formação de qualidade com 2.400 horas de ensino médio, simultaneamente com as 800 horas de ensino técnico. Poucas escolas conseguiram articular essa organização e muitas abandonaram o ensino profissionalizante. As ofertas educacionais ampliaram-se e, seguindo a orientação do Ministério da Educação, foram abertas matrículas para o ensino médio puro. Na gestão do professor Alvaro Cesar Giansanti foi concretizado o modelo curricular baseado em habilidades e competências. Nessa estrutura pedagógica, além do aprendizado de conteúdos, enfatizou-se o aprender a aprender, a ser, a fazer e a conviver. No horário vespertino, o colégio oferece formação voltada para o enriquecimento curricular, com projetos e cursos livres: FECAP Solidária, Movimento Humano, História e Cinema, Fotografia e Informática. À noite funcionam cursos pós-médios, com um ano de duração, para o aperfeiçoamento profissional de quem já está inserido no mercado de trabalho. Outra vertente de cursos apoia a (re)inserção no mercado de trabalho. A criação da Associação de Pais e Alunos ocorreu em 1990 e permitiu maior entrosamento no colégio e, principalmente, abertura para a negociação das mensalidades. Posteriormente, os docentes do colégio também foram incluídos na entidade, tornando mais abrangente sua atuação e suas reivindicações. Solucionados os problemas prementes, a direção da Fundação encontrou parcerias, reaproximou-se das entidades de classe e foi em busca de suas origens. Os alvaristas foram estimulados a pensar em sua escola e nela colocar seus filhos, com a garantia da excelência do ensino e da tradição da casa. A comemoração dos 90 anos da FECAP foi significativa. A missa de ação de graças foi na Igreja de São Francisco, na presença do conde Honório Álvares Penteado e seus conselheiros: Arthur Castilho de Ulhôa Rodrigues, Horácio Berlinck Neto, Antônio Carlos de Salles Aguiar, Paulo Ernesto Tolle, Luiz Fernando Mussolini, Hilário Franco, Mario Amato e Esther de Figueiredo Ferraz, professores e alunos. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos emitiu um carimbo comemorativo e cunhou medalhas. O crescimento da faculdade e a importância de equipamentos e espaços específicos nortearam a construção, em 1995, do bloco C, para onde se mudaram cerca de 2 mil alunos. Os estudos para a criação de mestrado e doutorado também começaram em 1995. A introdução da pesquisa acadêmica foi a pedra de toque da transformação da Faculdade em Centro Universitário. Ainda nesse ano o então Ministro da Educação, Paulo Renato Souza, propôs – e o Congresso Nacional aprovou – a criação do Exame Nacional de Cursos que demonstrou sua importância como agente transformador, pois seus indicadores exigiam a melhoria da qualidade do ensino superior. A avaliação tornou-se determinante na escolha da escola, e as instituições se transformaram, multiplicando o número de mestres e doutores. Em 1997, o professor Manuel José Nunes Pinto assumiu a direção da FACESP, tendo o professor Luiz Fernando Mussolini como vice-diretor e a escola abriu-se mais para a sociedade em debates como o encontro do Futuro Universitário no Expo Center Norte; já no ano seguinte as matrículas tiveram um aumento de vinte por cento. Os resultados qualitativos da gestão também não tardaram a aparecer: o Curso de Administração de Empresas, tendo obtido o conceito B por três anos seguidos no Exame Nacional de Cursos, foi reconhecido automaticamente por mais cinco anos, a partir de 1999. Em 2000 e 2001, obteve o conceito A, reafirmando sua excelência. O curso de Economia atingiu o conceito B em 2001. Em 1998, foi comprada uma área contígua ao terreno da Liberdade, e iniciada a construção do bloco E. e reformadas várias salas de aula. Preservando a memória da entidade, foi instalada a Exposição Permanente de suas atividades. Um novo estatuto foi aprovado pelo Conselho de Curadores. Além da criação do cargo de Presidente Honorário Vitalício, ocupado por um membro da família Álvares Penteado, foram criados os cargos de diretor-superintendente e superintendente adjunto, sem mandatos e contratados pela CLT. A reorganização interna gerou maior eficiência. A FECAP, sob a coordenação do Dr. João Eduardo Tinoco, conseguiu contratar sete, entre os 60 doutores brasileiros em Contabilidade. Em 1999, foram iniciados os cursos de mestrado em Administração e Controladoria e Contabilidade Estratégica sob a orientação, respectivamente, do professor Daniel Augusto Moreira e da professora Nena Jeruza Cei, formando cerca de 200 mestrandos. A era do conhecimento é propícia para a pesquisa científica. O Brasil formou 6 mil doutores em 2001 e a sociedade sensibilizou-se para a aproximação entre o empresariado e o mundo acadêmico. Essa aliança orientará a política nacional de ciência e tecnologia. A ênfase passa da produção de conhecimento nas universidades e para a aplicação desse conhecimento na indústria, em forma de produtos e tecnologias. O ano de 2001 encerrou-se na FECAP com um grande evento: a realização do seminário internacional Grandes Cidades em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, do Jornal da Tarde, do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial e o apoio da Companhia Telefônica. Marcaram presença vários expoentes brasileiros e estrangeiros em gerência e finanças públicas, como João Sayad, Mailson da Nóbrega, Marcos Mendes, Yoshiaki Nakano, Andrew Foster, Carol O’Cleirecain, José Roberto Afonso e Norman Gall. Autoridades municipais e estaduais, intelectuais e público numeroso frequentaram o auditório Honório Álvares Penteado, na Liberdade. A orientação do presidente do Conselho de Curadores, Horacio Berlinck Neto é clara: O que pretendemos é que os alunos compreendam a importância de prepararem-se para o futuro. Queremos ser parceiros nisso, queremos fazer com que isso seja bem-feitobenfeito e que essa parceria seja de sucesso, que vocês tenham sucesso na vida! Nossas portas estarão sempre abertas para conversarmos, porque o que interessa é que vocês tenham a melhor educação possível. Horácio Berlinck Neto Homem de comunicação há 28 anos atuando na FECAP dirige desde 2001 o Conselho de Curadores da Fundação. Traz os novos ventos do terceiro milênio e a firmeza de seu avô no objetivo de excelência para a instituição. Nesta gestão busca incentivar os estudos, reforçar a permanência dos alunos e integrar familiares e funcionários. Em 2001, a FECAP distribuiu 776 bolsas ao conjunto dos cursos; alunos carentes, seus familiares e funcionários receberam 71 por cento do total de bolsas; o restante foi dividido entre convênios e prêmios. Vários professores foram efetivados em regime de dedicação integral e a instituição desenvolveu projetos de interesse da comunidade, próprios ou em parceria com outras entidades. A visão do futuro incluiu o desenvolvimento acadêmico dos docentes e a formatação de cursos especializados, focando a evolução para o conhecimento. Na comemoração dos 95 anos da FECAP, o então Ministro da Educação Paulo Renato Souza mencionou a diversificação do modelo de universidade brasileira, que inclui instituições de tamanhos variados, ampliando os nichos de atuação e diminuindo, em 1997, o controle burocrático das entidades não universitárias. Sua proposta de centros universitários, especializados por área de saber, envolve maior liberdade e autonomia. Ressaltou que o modelo da Fundação é um dos caminhos para ajudar a compor este grande quebra-cabeça que é a estrutura de ensino no Brasil. Eu acho que a coisa mais importante é a forma de administrar. (...) Uma coisa que o Conselho pede (e faz questão) é que as portas sejam abertas tanto para os professores, quanto para os alunos. Acho que a gente só forma uma instituição de ensino forte e unida ouvindo, especialmente, os alunos, que são o resultado de nossos projetos. Só temos um bom projeto educacional se o aluno sair daqui aprendendo a lição de vida dele. Horácio Berlinck Neto Em 2000, as Comissões Verificadoras do Ministério da Educação visitaram a FACESP e aprovaram os cursos de Administração, com homologação em Administração Hospitalar, Comércio Exterior e Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda. A Direção optou pela transformação da FACESP em Centro Universitário, uma estrutura mais flexível e independente para ampliar as pesquisas, os convênios, os cursos de especialização e atualização. As Comissões de Avaliação, designadas pelo Ministério da Educação, visitaram a FACESP duas vezes em 2001 e verificaram a existência das condições, além da qualidade e foco do ensino, a formação e titulação dos professores. Foi também renovado o reconhecimento dos cursos de Ciências Contábeis e Econômicas. A vivência dos problemas do cotidiano da faculdade, a dedicação e a qualidade do ensino mereceram resposta positiva do Ministério da Educação: Tendo em vista o exposto e a análise contida neste relatório, a Comissão de Credenciamento é de parecer favorável à transformação da Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo – FACESP, mantida pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP, em Centro Universitário Álvares Penteado, em função da qualidade de ensino de graduação ofertado pelos seus cursos, qualidade comprovada, principalmente, pelos resultados das avaliações temáticas realizadas através do Exame Nacional de Cursos. Alcançando seu centenário no terceiro milênio, a FECAP tem no campus Liberdade área construída de 2 30mil m , salas de aula climatizadas e equipada com modernas tecnologias de ensino, biblioteca com um acervo de 80 mil volumes, laboratórios de informática e idiomas, livrarias, lanchonete, cafeterias e agência bancária. O campus Pinheiros na Rua Artur de Azevedo, 1.637, é a mais nova iniciativa educacional da FECAP. Marca um movimento de acesso a estudantes interessados em um curso de pós- graduação de qualidade, em local mais acessível. Em seu primeiro ano de funcionamento já atendeu 300 alunos e em 2012 aponta para maior crescimento. Fundada em 1902 e reconhecida como instituição sem fins lucrativos e de utilidade pública federal desde 1905, a FECAP está voltada para a formação em gestão de negócios. Pioneira no ensino de contabilidade e instalando o primeiro curso superior de economia brasileiro em 1931, a FECAP transformou-se durante em sua trajetória sem perder o foco e acompanhando o crescimento de São Paulo. Em 2011, trata-se do melhor centro universitário privado do Brasil e do Estado de São Paulo, considerando-se os públicos e os privados, conforme o Índice Geral de Cursos do Ministério da Educação – INEP. Seus cursos de administração e de Ciências Contábeis obtiveram nota máxima nas duas edições do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Nessa mesma avaliação o curso de Ciências Econômicas está entre os três melhores da cidade e os cursos de Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Secretariado Trilingue e Relações Internacionais têm as melhores notas da cidade de São Paulo. Além disso, a FECAP mantém o Colégio FECAP, o antigo Colégio Comercial, e tem cursos de Graduação e Pós Graduação a Distância, convênios internacionais com as universidades de Berkeley, Califórnia, Alabama e La Verne nos Estados Unidos, além da UADE, na Argentina. Outra contribuição importante para a São Paulo é o Teatro FECAP inaugurado em 2006, como uma possibilidade de extensão universitária na área cultural e voltado exclusivamente para a música popular brasileira. Equipado com os melhores recursos acústicos da cidade, o Teatro Fecap iniciou sua trajetória apresentando Paulinho da Viola e sua programação já incluiu mais de 150 artistas, recebendo um público satisfeito que ultrapassou 110 mil pessoas. Seu corpo docente e a equipe administrativa eficientes e eficazes estruturam uma instituição de qualidade. Mantém com orgulho o seu objetivo estatutário: proporcionar e divulgar no país o ensino comercial em todos os seus ramos e graus, cultivando as ciências econômicas, contábeis, administrativas e outras afins ou conexas. O Centro de Oportunidades e Talentos – COT – oferece foco estratégico, orientação de carreira, treinamento e colocação de alunos no mercado de trabalho. Abrindo-se para o mercado profissionalizante, a FECAP iniciou em 2011 um novo programa de mestrado em Administração, com ênfase em finanças. A semente plantada em 1902 lançou raízes firmes e floresce. Os frutos colhidos demonstram o acerto de seu caminho.