“Ministra da Agricultura foge ao contacto com os agricultores” A Senhora Ministra da Agricultura quando soube que uma delegação da ADACO e da APOR com cerca de duas dezenas agricultores a esperavam no sentido de lhe entregar um documento com os principais problemas agrícolas que afetam os agricultores, resolveu entrar por uma porta lateral fugindo ao diálogo com os agricultores. A Senhora Ministra da Agricultura que esteve presente numa reunião da Confraria do Leite em Coimbra ontem dia 1 de Junho de 2014, demonstra assim, o pouco respeito que tem pelos agricultores e o medo de enfrentar as reclamações dos agricultores que pouco tem visto de concreto na defesa da nossa agricultura por parte do Ministério por si dirigido. Queríamos confrontar a Senhora Ministra com as promessas já feitas em reuniões anteriores e que ainda não foram concretizadas. A saber: ARROZ E OBRAS HIDRO-AGRÍCOLAS DO BAIXO-MONDEGO Promessas da Srª Ministra da Agricultura na reunião de 11/12/13 com a APOR - Disponibilização de um milhão de euros para uma campanha de promoção do arroz carolino português junto dos consumidores - Definição de prazos de pagamento á produção por parte dos compradores. - Intensificar a fiscalização ás Importações; - Proibições de Dumping – (preços de venda inferiores aos preços de custo na produção ); - A intenção de se imporem contratos obrigatórios na compra do arroz á produção; - O Ministério da Agricultura fazer reuniões com a indústria e distribuição para sensibilização em relação á melhoria dos preços á produção; - Em relação ás Obras Hidro-Agrícolas do Baixo- Mondego e em particular aos Vales Secundários do Vale do Pranto e do Arunca as obras foram inscritas como prioritárias no novo Quadro Comunitário de Apoio 2014-2020, e logo que o CCA seja aprovado fazer-se um projeto de candidatura. EM RELAÇÃO ÁS PROMESSAS DA SRª MINISTRA PASSADOS 6 MESES CONSTATAMOS: - Campanha de promoção do arroz carolino não existiu ainda. - Os preços á produção foram bastante inferiores á colheita anterior: - Não vimos medidas de intensificação de fiscalização ás importações; - Não sabemos ainda se afinal as Obras-Hidro-Agrícolas do Baixo Mondego são ou não prioritárias no novo Quadro Comunitário de Apoio. - Os Hipermercados continuam a fazer promoções de venda de arroz abaixo dos custos de produção. Senhora Ministra para quando medidas concretas; O que se promete é para se cumprir. IMPOSIÇÕES FISCAIS AOS PEQUENOS E MÉDIOS AGRICULTORES Como é sabido – e contestado – o Governo continua a obrigar os pequenos e médios Agricultores a coletarem-se nas Finanças – e a passarem facturas sempre que vendam…um litro de vinho…ou umas batatas…ou umas couves… ou um frango… ou um coelho…etc. Em termos de impostos para o País esta medida de imposição de coleta nas Finanças dos pequenos e médios agricultores, é quase zero. E, depois de se coletarem, muitos dos Agricultores estão agora a receber notificações para pagarem mais contribuições na Segurança Social e, se não pagarem, até deixam de receber o Gasóleo Verde e não se podem candidatar a novos projectos de investimento ! Tudo isto são já más consequências deste processo da inscrição obrigatória nas Finanças. Esta medida é confusa, desadequada e injusta. Pelo segundo ano consecutivo, a campanha de receção de candidaturas aos agricultores ficou negativamente marcada pelas injustas imposições fiscais introduzidas. Nestas duas últimas campanhas, é superior a 16 mil a redução de candidaturas dos Agricultores aos pagamentos da PAC ! Não há outra solução que não seja a imediata anulação das novas imposições fiscais feitas aos Pequenos e Médios Agricultores. - Produtores de Leite continuam com os preços de baixo na venda do leite e temem inundação com excedentes dos países mais fortes na Europa a partir de 2015. - Os preços pagos aos produtores de uva continuam baixos. - Nos Baldios com a pretensão do Governo de mudar a actual Lei , pretende-se pura e simplesmente alienar os Baldios aos Compartes