REFERÊNCIA MOTA, Isabel et al (2002) Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável ENDS 2005-2015, Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente/Instituto do Ambiente, 138 p. 1. ENQUADRAMENTO A elaboração da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) é um dos compromissos internacionais assumidos por Portugal no âmbito da agenda 21, acordada na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Nesse sentido foi elaborada uma versão da ENDS submetida durante 60 dias a discussão pública tendo depois sido elaborada uma versão definitiva da ENDS 2002, publicada em Junho, de modo a poder ser apresentada na Cimeira de Joanesburgo. “A presente Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (ENDS) visa o período 2005/15 e consiste num conjunto coordenado de actuações que, partindo da situação actual de Portugal, com as suas fragilidades e potencialidades, permitam num horizonte de 12 anos assegurar um crescimento económico célere e vigoroso, uma maior coesão social e um elevado e crescente nível de protecção e valorização do ambiente.” (p.4) 2. OBJECTIVO “O Grande Desígnio que enforma a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável é o de: • Fazer de Portugal, no horizonte de 2015, um dos países mais competitivos da União Europeia, num quadro de qualidade ambiental e de coesão e responsabilidade social.” (p.4) Atingir este grande desígnio implica que sejam prosseguidos seis objectivos mais específicos. 3. ESTRUTURA I. INTRODUÇÃO Sobre o conceito de estratégia nacional de desenvolvimento sustentável, o seu contexto e antecedentes seja ao nível internacional, europeu e nacional (ver Quadro 1 anexo) II. DIAGNÓSTICO PARA A SUSTENTABILIDADE EM PORTUGAL O diagnóstico divide-se em três partes: • • “Numa primeira parte, faz-se um breve balanço da evolução demográfica, elemento estrutural chave para compreender a dinâmica de longo prazo de uma economia e de uma sociedade. Numa segunda parte, faz-se o ponto de situação das três dimensões do Desenvolvimento sustentável – Económica, Social e ambiental – a partir das evoluções verificadas na última década, a fim de melhor se poder apreender as interacções entre estas três vertentes. 1 • Por último chama-se a atenção para a existência de um problema grave em torno das dificuldades em assegurar um crescimento sustentado em Portugal nas três últimas décadas, que foram simultaneamente aquelas em que a área do Ambiente se afirmou na acção governamental e na consciência dos portugueses; as limitações no crescimento económico verificadas num período longo como este condicionam toda a estratégia de desenvolvimento sustentável para o futuro.” (p. 22 e 23) III – Olhando o futuro Para um primeiro enquadramento da ENDS foram observadas as tendências mundiais no horizonte 2015 em termos económicos e sociais (tendo sido utilizado o método SWOT) sendo depois estabelecidos sete desafios considerados essenciais para uma mudança em Portugal de trajectória económica, social e ambiental num sentido de sustentabilidade. IV. OBJECTIVOS, VECTORES E LINHAS DE ORIENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL São mencionados o Grande Desígnio que enforma a ENDS bem como os 6 objectivos que o prosseguem (já referidos no ponto 1. Objectivos). A ENDS está organizada em torno deste 6 objectivos sendo para cada um dos objectivos estabelecidos: • • • “Os Vectores Estratégicos - que correspondem às áreas em que se considera dever concentrar as actuações com vista a atingir cada um dos Objectivos As Linhas de Orientação - representam os rumos prioritários de actuação em cada um dos vectores estratégicos, que se consideram cruciais para obter as transformações desejadas, expressas no enunciado de cada Vector Estratégico; serão concretizadas em acções e medidas a detalhar no [Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável] PIENDS As Metas – identificam, em termos quantitativos ou qualitativos, os principais resultados, que se espera atingir em consequência da concretização das Linhas de orientação; o elenco exaustivo das acções e medidas que darão substância às Metas serão objecto de desenvolvimento no Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável (PIENDS). No entanto, e desde já, se enunciam no final de cada Objectivo as principais Metas que permitirão indicar, em grandes traços, a direcção final da ENDS.” (p.92) V. A ENDS COMO DESAFIO À CIDADANIA A ENDS só terá sucesso se for entendida e constituir um desafio mobilizador da sociedade portuguesa. São por isso tecidas algumas considerações sobre: - a cidadania como aquisição de competências; cidadania e aperfeiçoamento da democracia representativa; uma cidadania para o desenvolvimento sustentável. 2 VI. IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO DA ESTRATÉGIA Para a implementação e gestão da ENDS são detalhados aspectos relativos à entrada em vigor e duração da estratégia, coordenação da ENDS, funções da Unidade de Missão para o Desenvolvimento Sustentável, sobre o acompanhamento, monitorização e avaliação, sobre o envolvimento da sociedade civil, a revisão e a conclusão da ENDS/PIENDS. VII. INDICADORES-CHAVE PARA A ENDS “Uma das tarefas principais da Unidade de Missão para o Desenvolvimento Sustentável (UMDS) será a do desenvolvimento de um Sistema de Indicadores da ENDS que permita avaliar o grau de sucesso do seu Plano de Implementação, tanto nos Relatórios de progresso Anuais, como na preparação dos ciclos trienais da sua revisão. Neste capítulo apresenta-se uma primeira versão de indicadores-chave, que se baseia em domínios críticos visados pela ENDS e recupera, igualmente, o importante trabalho sobre indicadores de sustentabilidade que se tem vindo a desenvolver ao longo da última década no âmbito da União Europeia, OCDE e diferentes agências das Nações unidas.” (p.127) VII – O PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL DE DESENVOLVIM,ENTO SUSTENTÁVEL Algumas considerações sobre o PIENDS, instrumento de implementação dos objectivos e metas da ENDS. 4. CONCLUSÃO O estudo estabelece o enquadramento teórico para o desenvolvimento de uma ENDS para Portugal e deverá depois ser desenvolvido com maior detalhe aquando da sua aplicação. 3