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Sexta-feira e fim de semana
30 e 31 de maio e 1 de junho de 2014
Jornal do Comércio - Porto Alegre
Política
Editora: Paula Coutinho
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Edgar Lisboa
PETROBRAS
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Olívio para o Senado
A decisão do ex-governador Olívio Dutra de concorrer ao Senado pelo PT sela a aliança em torno do governador Tarso Genro.
O nome de Olívio foi anunciado na quarta-feira para concorrer ao
Senado, e o PCdoB, que havia indicado Emília Fernandes, vai ficar
com a vaga do vice-governador. O partido indicou o nome de Abgail
Pereira, ex-secretária estadual de Turismo. Emília Fernandes desistiu da disputa interna ainda na terça-feira. Com isso, a eleição para
o Senado fica mais complicada. O pedetista Lasier Martins vinha
mantendo a liderança nas intenções de voto, mas a entrada de Beto
Albuquerque (PSB) e, agora, Olívio Dutra (PT) no páreo dificulta a
vida de Lasier. Tanto Beto quanto Olívio são considerados candidatos de peso e com apoio forte. O tucano José Alberto Wenzel, suplente de Ana Amélia (PP), ocupará o lugar dela no Senado durante a
campanha da progressista ao Palácio Piratini.
O PT já estava fechado no nome de Olívio
Dutra (foto), mas tinha
receios da possibilidade
de rachar a base. “Nós
não queremos dividir a
base, mas a vantagem
é que o nome de Olívio
é sempre para somar”,
afirmou a deputada federal Maria do Rosário (PT). O nome de Olívio agradou o PCdoB
e o PTB. “Fico feliz, como presidente estadual do PCdoB, que o
PTB considere Olívio um grande nome na disputa eleitoral. Considero esse gesto do PTB um passo importante para termos um
desfecho com unidade em torno da candidatura de Tarso Genro”,
afirmou a deputada Manuela d’Ávila (PCdoB). “Respeitamos muito o PCdoB por compreender a importância do Olívio, e a Emília
Fernandes continua com o nosso respeito. Escolher o Olívio não
significa que não gostamos da Emília, mas sim que ele é o mais
adequado”, afirmou o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT).
ANTONIO PAZ/JC
Medo de divisão
Confirmação de apoio
Em jantar realizado em Brasília, o PMDB confirmou que irá apoiar
a presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições. “Foi um encontro de
confirmação e apoio ao presidente licenciando do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer”, afirmou o deputado federal Eliseu
Padilha (PMDB). Entre os participantes, os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli,
o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, o líder do PMDB do
Senado, Eunício Oliveira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (RN) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).
Ex-diretor depõe e diz que
Pasadena está dando lucro
Executivo mantém versão de que cláusulas não eram fundamentais
Durante depoimento na CPI da
Petrobras, no Senado, o ex-diretor
internacional da Petrobras Jorge
Luiz Zelada disse que a refinaria de Pasadena está “num bom
momento” e que a Petrobras está
recuperando “em parte” os investimentos feitos. Zelada manteve a
versão do antecessor Nestor Cerveró de que não era necessário
incluir na discussão da compra de
Pasadena as cláusulas Marlin - que
falavam sobre percentual de dividendos, e que não foram aplicadas
- a cláusula Put Option - que estabelecia a forma de dissolução da
parceria, em caso de desacordo.
Zelada reiterou que essas cláusulas não continham do resumo sobre a compra de 50% da refinaria,
que pertencia à empresa belga Astra, e argumentou que isso não era
“central” para a decisão.
Apesar de ter sido indicado
ao cargo pelo PMDB, Zelada disse
que foi funcionário da Petrobras
por mais de 30 anos, aposentando-se em 2012. Ele garantiu que a
questão técnica é levada em conta
nas nomeações dos cargos de diretoria.
“Vejo que a refinaria está dando lucro neste momento. Ela está
recuperando um pouco os valores
que ela investiu. Há uma repriorização de recursos. O projeto de
Pasadena previa uma possível
ampliação. A partir de motivos,
essa ampliação não foi feita, e
Pasadena passou a operar da maneira como estava. Em outros momentos, teve resultado negativo
e outros bons, como tem sido no
período recente. A decisão judicial
validou o laudo arbitral e, no final
das contas, saiu um pouco mais
barato do que vinha sendo a nego-
FELIPE SAMPAIO/AGÊNCIA SENADO/DIVULGAÇÃO/JC
Repórter Brasília
Jorge Luiz Zelada participou de audiência na CPI exclusiva do Senado
ciação desde 2007”, disse Zelada,
afirmando que os termos do acordo final entre a Petrobras e a Astra
ocorreram em junho de 2012, um
pouco antes de seu desligamento
da empresa.
A declaração sobre o caráter
técnico dos diretores foi feita a
partir de uma pergunta do senador Abílio Diniz (PT-AC), que
questionou se as nomeações na
Petrobras tinham “cor partidária”.
“A própria trajetória que procurei descrever, tenho longa carreira na Petrobras, meu currículo
atende (aos requisitos). Os diretores da Petrobras, na minha época,
todos eram de carreira. Acredito
,sim, na meritocracia para exercer esse cargo”, disse ele. Zelada
ainda rebateu declarações de que
a Petrobras tenha uma gestão temerária.
“As afirmações são da imprensa sobre gestão temerária e estão
motivando alguns trabalhos, como
as CPIs. Posso dizer que trabalhamos em planejamento estratégico.
É uma governança bastante forte
que tem a Petrobras”, disse ele.
O ex-dirigente da estatal lembrou que a refinaria de Pasadena
havia sido comprada em parceria
entre a Petrobras e a Astra. Houve
uma disputa judicial, e a Petrobras teve que comprar os 50% da
empresa belga. As duas tiveram
divergências quanto à administração da refinaria.
“A arbitragem, ele se seguiu ao
Conselho não aprovar a compra de
50% restantes. Era uma mudança
de cenário importante, com a descoberta do pré-sal. A partir deste
momento, a Astra se ausenta da
gestão e passa a não mais fazer
parte do dia a dia de gestão e de
não aportar os recursos para operação dia a dia dos ativos. A Petrobras entra com a arbitragem, para
pedir que a Astra retorne. Havia
uma instalação importante, e a Petrobras não podia não fazer nada”,
disse ele.
O ex-diretor da Petrobras ainda disse que o Comitê de Proprietários da refinaria de Pasadena
nunca funcionou.
LEI DA ANISTIA
Curta
Revisão da lei não tem consenso no PT, diz Garcia
O deputado federal Marco Maia (PT) será o relator da CPMI da
Petrobras. A presidência do colegiado ficará com o senador Vital
do Rêgo (PMDB-PB), que venceu o deputado Enio Bacci (PDT) na
disputa. Rêgo já é o presidente da CPI do Senado e agora será das
duas CPIs que tratam da Petrobras.
Apesar de aprovada pelo comando do PT, a proposta de revisão da Lei de Anistia ainda não
encontra consenso. A informação
é do assessor especial da Presidên-
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cia da República, Marco Aurélio
Garcia (PT). Redator do documento que previu a mudança, Marco
Aurélio afirmou que não incluiu
esse trecho na versão inicial das
diretrizes do partido como contribuição à elaboração do programa
de governo em um eventual segundo mandato de Dilma Rousseff
(PT). A presidente ainda não disse
publicamente se concorda com a
proposta depois da aprovação da
iniciativa por uma das instâncias
do partido. Segundo o petista, ele
preferiu não incluí-la no texto porque sabe “não haver consenso sobre o tema” e porque entende que
“uma iniciativa como esta deveria
ser objeto de consideração do Legislativo revisando a decisão anterior do STF a respeito”.
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Ex-diretor depõe e diz que Pasadena está dando lucro