Solução do exercı́cio 47, página 243, Cálculo - Anton a) A equação reduzida de uma circunferência com centro em C(h, k) e raio r é da forma (x − h)2 + (y − k)2 = r2 . Para encontrarmos o centro e o raio da circunferência dada no exercı́cio, devemos realizar completamento de quadrado para deixá-la na forma expressa anteriormente. Assim realizamos os seguintes cálculos: x2 − 4x + y 2 + 3 x2 − 4x + y 2 (x2 − 4x) + y 2 (x2 − 4x + 4) + y 2 (x − 2)2 + y 2 = = = = = 0 −3 −3 −3 + 4 1. (1) (2) (3) (4) (5) Na equação (4), somamos 4 dos dois lados da equação porque com esse termo, o parênteses torna-se o resultado de um produto notável conhecido: (x − 2)2 . Na equação (5), substituı́mos a expressão (x2 − 4x + 4) pelo produto notável (x − 2)2 e chegamos então na equação reduzida da circunferência, de onde podemos concluir que ela possui centro em (2, 0) e o raio é 1. O gráfico dessa circunferência é mostrado abaixo: Na figura anterior, já representamos também as duas retas que passarão pela origem e que são tangentes à circunferência. Como já conhecemos um ponto dessa reta tangente que é a origem, ou seja, x0 = 0 e y0 = 0, então precisamos apenas encontrar a inclinação dessa reta. Para isso, usaremos o seguinte conhecimento: a inclinação m de uma reta é o valor da tangente do ângulo que essa reta faz com o eixo x. Determinamos o ângulo e o valor da tangente, observando o seguinte: se traçarmos uma reta passando pelo ponto de interseção B e pelo centro da circunferência, esta reta é perpendicular à reta tangente, ou seja, forma um ângulo reto em B e o triângulo ABC é retângulo. Neste triângulo ABC temos as seguintes medidas: -AC = 2, pois é a medida da origem até o centro da circunferência; - BC = 1, pois é a medida do raio da circunferência. Para determinarmos a medida de AB aplicamos o teorema de Pitágoras: 22 = 12 + AB √ AB = 3. 2 b pois: Com essas medidas dos lados dos catetos, conseguimos determinar o valor do ângulo A, √ b 3 cat.adjacenteaA b b b = 30o . cos A = ⇒ cos A = ⇒A hipotenusa 2 Então a inclinação da reta tangente será: √ b ⇒ m = tg30o = 3 . m = tgA 3 Agora, determinamos então a equação da reta crescente que passa pela origem e é tangente à circunferência: √ √ 3 3 y−0= (x − 0) ⇒ y = x. 3 3 A equação da outra reta, que é a decrescente, é então da forma: √ √ 3 3 y−0= (x − 0) ⇒ y = − x. 3 3 b) Vamos agora procurar chegar no mesmo resultado utilizando derivação implı́cita, pois y é uma função de x. Derivando a equação x2 − 4x + y 2 + 3 = 0 obteremos a inclinação da reta tangente à circunferência em qualquer ponto: 2x − 4 + 2y dy 4 − 2x dy =0⇒ = . dx dx 2y Para encontrar o ponto (x1 , y1 ) da reta que tangencia a circunferência, devemos igualar a inclinação obtida na derivada, com a inclinação da reta que passa pela origem e por esse ponto (x1 , y1 ). Assim y1 − 0 3 4 − 2x1 = ⇒ x1 = . 2y1 x1 − 0 2 Para chegar no valor de x1 , observe que podemos subsituir no cálculo anterior a seguinte expressão: y12 = 4x1 − x2 − 3, que obtemos isolando o y na função. √ 3 3 Substituindo x1 = na função obtemos y1 = . Então a inclinação dessa reta que passa na 2 3 origem e por (x1 , y1 ) é √ √ 3/3 3 m= = . 3/2 3 Substituindo essa inclinação na equação da reta obtemos: √ √ 3 3 y−0= (x − 0) ⇒ y = x. 3 3 A equação da outra reta, que é a decrescente, é então da forma: √ √ 3 3 y−0= (x − 0) ⇒ y = − x. 3 3