A Importância dos Compostos Fenólicos nas Características Sensoriais do Vinho Adstringência Amargor Cor Victor Freitas Universidade do Porto, Faculdade de Ciências REQUIMTE/LAQV – Centro de Investigação [email protected] other Sugars (glucose + fructose) 0,3% Glycerol 0,3 – 1,4 % Carbohydrates (pectins, pentoses.) 0,3% Organic acids 3% (tartaric, malic, pyruvic, lactic, acetic) Minerals (Potassium, sodium, calcium < 1% Iron,, zinc, copper, selenoum, floride etc.) Higher alcohols and aldehydes 0,02-0,04% Vitamins 0,1% Nitrogenous compounds 0,2% (amino acids, ammonium, proteins) Polyphenols - Anthocyanins - Tannins 0 - 1g/L < 3 g/L Estruturas de Polifenóis do Vinho: Antocianinas Papel das Antocianinas no Vinhos: Æ Contribuem directamente para a cor do vinho R1 tinto; OH + O HO R2 OH O HO OH Antocianinas Æ Envolvidas na evolução da cor de vinhos OH O OH durante o envelhecimento por reacção com o etanal, metabolitos da levedura (ác. pirúvico e acetoacético), vinilfenois e catequinas. Estruturas de Polifenóis do Vinho: (Catequinas e Taninos condensados) Catequinas Papel dos Taninos nos Vinhos: OH OH O HO R3 Æ Contribuem directamente para o sabor do vinho (adstringência e amargor) Æ Aumentam a longevidade do vinhos (acção anti- OH oxidante) OH Æ Intensificação e estabilização da cor vermelha dos vinhos novos por interacção com as antocianinas Taninos condensados OH (copigmentação) OH O HO OH OH OH OH - Taninos polimerizados são muito adstringentes O HO OH OH n = 0,1 2, … OH OH Skin Seeds O HO Grau médio de polimerização : OH OH grainhas ~ 10 (n=8) Peliculas ~ 30 (n ~ 28) - Pequenas moléculas São amargas Evolução da Composição Química do Bago Durante o seu Desenvolvimento Concentração relativa Acidez Antocianinas (extraíveis) Tamanho Catequinas e Taninos (extraíveis) pH Açúcar Vingamento Pintor Maturação Esquema de uma Célula Vegetal Polpa Parede celular (taninos parietais) Película Anthocy Meio intracelular (Antocianinas) Meio intracelular (taninos intracelulares) Localização dos Taninos nas Células da Película Destruição das paredes celulares Acção conjunta das polimetilesterase (PME) e poligalacturonase (PG) T T T T Tan T Anthocy T T Taninos T Secundária T T Tan Tan T T Transporte e sínteses nas paredes celulares T T T T T (Reticulo endoplasmático-núcleo e plastos) T Anthocy Anthocy Síntese intracelular - Taninos intracelulares - T T T Parede celular: Primária T T Síntese in situ nas paredes celulares - Taninos Parietais - (Lacampagne, PhD, ISVV, Bordeaux, 2010) Degradação Enzimática das Paredes Celulares das Películas ✔ Uva: Final da maturação ✔ Vinificação Tan Tan Agregados solúveis Anthocy Degradação da Tan Tan Tan Tan Anthocy parede celular (enzimas pectolíticas) Anthocy Polissacáridos: Tan Tan Tan Tan Agregados insolúveis - Arabinogalactanos - Ramnogalacturonanos Tan Proteinas - Estruturas simples ou agregados (solúveis e insolúveis) - A organização das parede celulares das películas (espessura e composição estrutural) Anthocy vai afectar a sua interacção com os polifenóis (taninos e antocianas) e consequentemente a sua extracção durante a vinificação Evolução da Composição Fenólica “Extraível” do Bago De que se trata, ao certo, a “Maturação Fenólica” ? Sobrematuração: ✔ Menor extração de cor e/ou perda de cor por precipitação das antocianinas. ✔ Cor mais “evoluída” por transformação química das antocianinas. ✔ Menor extração de taninos (catequinas e proantocianidinas). ✔ Menos adstringência. Caracterização Polifenólica de Castas da R. D. do Douro BA AA BA AA Touriga Nacional (AA) Touriga Nacional (BA) Touriga Franca (AA) Touriga Franca (BA) Caracterização Polifenólica de Castas da R. D. do Douro 1998 Antocianinas (mg/bago) 3,50 TF (AA) TN (AA) TF (BA) TN (BA) 2,50 1,50 30 40 50 60 Dias após o pintor 70 2,5 Antocianinas (mg/bago) Parâmetros climáticos. Média de valores entre Junho e Outubro para os anos 1998 e 1999 na Qta. St. Luiz. AA Temperatura (ºC) Máximas Mínimas 24 - 28 12 - 14 29 - 33 17 - 19 Humidade (%) Dia Noite 40 95-100 20 95-100 Precipitação (mm) 1998 1999 2,0 BA 131 188 1,5 Temperaturas óptimas Dia: 15 – 25 ºC; Noite: 10 – 20 ºC 1,0 0,5 T < 15ºC; > 35ºC, diminuição da síntese BA AA 1998 BA AA 1999 T. Nacional BA AA 1998 BA AA 1999 T. Franca E Teores em antocianinas > nas uvas cultivadas a maior altitude e ligeiramente superior para a casta T. Franca Excesso de precipitação pode inibir a biossíntese de antocinaninas Caracterização Polifenólica de Castas da R. D. do Douro Vinhos E Teores em antocianinas mais elevados nas uvas cultivadas a maior altitude Taninos (oligo.) (mg/L) E Teores em taninos (oligomeros) igual ou superior nas uvas cultivadas a maior altitude E Teores em antocianinas e em taninos mais elevados para a casta Touriga Nacional Taninos (oligo.) (mg/L) - Maiores rendimentos de extracção durante o processo de vinificação; - Maior número de bagos por kg de mosto Sensação táctil: Secura (falta de lubrificação na boca) Aspereza (fricção entre os tecidos bocais) Contrição ( dos tecidos bocais) Astringency: Mechanisms Proposed • Salivary proteins/Tannins interaction + Salivary protein Tannin Soluble complexes • (and / or) Mechanoreceptors Insoluble complexes Saliva Film • Disruption of saliva • Activation of film • Increased friction mechanoreceptors • Loss of lubricity Saliva Pellicle Oral Cell Membrane mechanoreceptors Salivary Proteins - Proline Rich Protein - PRP, 40-50 % ~ 20% basics - bPRPs; (Residues uncharged or basic at neutral pH) ~12% acidic - aPRPs; (30 residues acidic, the remaining part is = bPRPs ) ~5% glicosylated - gPRPs; (Glycosylated, more extended structure) - α-Amylase, ~ 25 %, - Muscins, ~ 20 %, - Histatins (1%), (rich in histidine), - Statherins (1%) (43 residues phophated, Tyr, Pro, Gln ) Nephelometric Studies of Tannin/Protein Interaction scattered light Tannin-protein aggregates Light emitting diode (LED) Turbidimeter 90º Detector (NTU) TSA – Tannin specific activity Relationship between Astringency and Aggregation Muscin/tannin vs. astringency Monteleone et al., Food Quality & Pref., 2004, 15: 761 Condelli et al., Food Quality & Pref., 2006, 17: 96 Influence of Grape Geed tannins in Red Port Wine Ability to Complex with Proteins Tannin Specific Activities (NTU ml-1 wine), at pH 4,0, of red Port wines enriched with procyanidin extract Protein Wine α-amylase 55,0±1,3 Wine + procyanidins 0,5gl-1 1,0gl-1 1,5gl-1 2,0gl-1 75,0±1,3 103,0±3,6 157,5±5,0 185,0±6,3 PRP 113,0±3,1 133,0±4,1 105,0±1,3 153,0±4,3 160,0±6,3 BSA 82,5±1,3 95,0±3,0 95,0±2,8 85,0±1,6 87,5±2,5 Sensorial evaluation: Astringency tend to increase with procyanidin addition E The differences of TSA between wines were much greater with α-amylase, suggesting that protein is much more selective. E Positive correlation between TSA value and astringency. Factors that Affect Food Astringency è Salivary protein structures and composition (globular or open structure, amino acid composition, …) è Tannin structure (type of tannin -hydrolysable or condensed tannins-, MW, hydroxylation pattern, etc.) è Polyphenol/protein è pH, ratio ionic strength è Presence of other substances in wines, such as carbohydrates è Physiological è Cyrcadian è salivary response rhythms flow rate How Could Astringency be Affected by Carbohydrates? “The natural loss in astringency during fruit maturation has been attributed to the depolymerization of pectin of the cell wall in water-soluble fragments, which would compete with salivary proteins to complex with tannins when tasting.” (Goldstein & Swain, 1963; Haslam & Lilley, 1988) … which probably lead to a corresponding decrease in the perception of astringency. Mechanism of carbohydrate inhibition of protein-tannin interactions de Freitas et al. Food Chem, 81: 503, 2003 Degradation of Skin Cell Walls During ripening and fruit processing Primary Plant Cell Walls Tan Degradation of cell wall Tan (pectolitic enzymes: PME, PG, …) Tan Anthocy Tan Processing Polysaccharides: Tan Tan Soluble aggregates Anthocy Anthocy Insoluble aggregates - Arabinogalactans - Rhamnogalacturonans Tan Proteins Simple structures or aggregates (soluble and insoluble) Important contribution to stability and Anthocy taste qualities of food (colloidal stability, flavor, color, etc.). AGP0 AGP50 Influence of Wine Polysaccharides on Tannin/Amylase Interaction AGP150 140 RGII Wine polysaccharides AGP0 AGP50 AGP150 RGII %intensity -1 α-amylase 22.0 mg.l120 procyanidins 15.6 mg.l-1 pH 5.0, 12% ethanol100 80 100 80 Arabinogalactan-proteins Rhamnogalacturonans (Vernhet et al, AJEV, 1996) 60 40 60 20 40 20 Charge 140 %intensity % aggregation 120 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 polysaccharide (g/l) 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 polysaccharide (g/l) Wines with high levels of these polysaccharides E The concentrations tested of AGPs are about would present lower astringency, even if they had 10 times lower than in red wines (100-200 mg.l-1) high tannin concentration. Other sensorial studies have shown that wine polysaccharides decrease the astringency of procyanidins (Vidal et al, 2004). Carvalho et al. J. Agric. Food Chem. 2006, 54, 8936-8944 Grato pela vossa atenção Votos de uma Excelente Vindima 2015! Dpt. Química e Bioquímica da Universidade do Porto Rua do Campo Alegre 4169-007 Prto