ANÁLISE DO TEOR DE SÓDIO E IODO PRESENTE NO SAL DE
COZINHA COMERCIALIZADO NA CIDADE DE APUCARANA E
REGIÃO
PAULA, K. L¹; TROMBINI, R. B.²
¹ Estudante do curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Apucarana-FAP
² Professora Especialista da Faculdade de Apucarana-FAP
Resumo
O consumo exagerado de sódio está ligado com aumento da Pressão
Arterial-PA. Nos últimos 25 anos que se adquiriu conhecimento sobre os diversos
efeitos do iodo no crescimento quanto no desenvolvimento cerebral. Atualmente o
termo utilizado é Doenças de Deficiências do Iodo – DDI. É necessário investigar
se está sendo cumprida as exigências da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária
– ANVISA quanto ao teor de iodo e a quantidade recomendada de sódio.
Palavras chave: Sódio, iodo e Anvisa.
Abstract
Excessive consumption of sodium is linked with increased blood pressurePA. Over the past 25 years that have acquired knowledge about the various
effects of iodine on growth as in brain development. Currently the term is used
Disabilities Diseases Iodine - DDI. It is necessary to investigate whether being
fulfilled the requirements of the National Health Surveillance Agency - ANVISA for
the iodine content and the recommended amount of sodium.
Keywords: Sodium, iodine and Anvisa.
Introdução
O sal já era utilizado há 5 mil anos atrás, sendo utilizado na Babilônia, no
Egito e na China, mas onde retiraram o sal do oceano foi na China. A tecnologia
para fazer a mineração só apareceu na Idade Média (FANI, 2013).
Quando o organismo apresenta uma pouca quantidade de sal é chamada
de hiponatremia, que é considerado um dos distúrbios de eletrólitos mais comum
podendo desencadear inchaço cerebral e até levar a morte ocorre porque o corpo
pode eliminar sódio pela transpiração, na urina, quando ocorre vômito ou diarreia
e quando bebe bastante água. A hipernatremia é o contrário, se da quando o
corpo possui sódio em excesso o que provoca um aumento do volume sanguíneo
o que faz o coração bater mais forte, os sintomas se apresentam com muita sede
e ao fato de urinar muitas vezes na tentativa de eliminar a quantidade demasiada
de sódio do organismo (FANI, 2013).
Um dos fatores responsáveis pelo aumento da pressão arterial é o
consumo exagerado de sal na alimentação (BRANDÃO, 2013).
A média encontrada de iodo presente no sal de cozinha do Brasil foi de
16,3 mg/kg já como máxima foi 53,4 mg/kg na época desse estudo a quantidade
de iodo imposta na legislação era de 40 até 60 mg/kg (Corrêa Filho, 2002, p.322).
Segundo trás os autores citados anteriormente, nos locais onde a
quantidade de iodo no sal de cozinha foi em valor insuficiente as crianças
possuíam duas vezes mais risco de apresentar o bócio.
De acordo com Chammas 2007, obrigatório acrescentar iodo no sal de
cozinha no teor de 40 a 100 mg de iodo/kg de sal, essa determinação foi
modificada pela Anvisa 2003 para 20 a 60 mg de iodo/kg de sal. E foi garantido
por lei em 24 de abril de 2013 que a quantidade de iodo permitida no sal de
cozinha é de no mínimo 15 miligramas e no máximo de 45 miligramas (BRASIL,
2013).
O presente trabalho tem como objetivo geral identificar o teor de sódio e
iodo presente no sal de cozinha comercializado na cidade de Apucarana e região,
analisar várias marcas de sal de cozinha para saber a quantidade de sódio e iodo,
Salientar os problemas de saúde causados pelo consumo exagerado de sal e
assim de sódio e verificar os benefícios e os malefícios da ingestão de iodo
através do sal de cozinha.
Foram pesquisadas 14 marcas de sal de cozinha comercializadas na
cidade de Apucarana e região. Para a análise foi utilizado o método de titulação
tanto para a determinação do teor de sódio quanto para o de iodo.
Metodologia
Para realização desse trabalho foram utilizados 14 marcas de sal de
cozinha comercializado na cidade de Apucarana e região. Das quais 10 marcas
são de sal refinado e iodado, 02 são sal marinho, 01 sal refinado extra iodado e
01 sal light.
Aja visto que para analisar o teor de sódio e iodo em todas as marcas
pesquisadas, a titulação foi realizada em triplicata para garantir resultados
confiáveis.
Conclusão
Pode observar que o consumo de sal deve ser consumido em menor
quantidade já que causa prejuízo à saúde da população e o consumo de iodo
deve ser investigado para garantir que o consumidor compre uma marca de sal de
cozinha que esteja dentro dos parâmetros legais trazendo assim benefícios para
sua saúde (SARNO, 2009).
Tabela 1. Estão demonstradas na tabela as médias das análises realizadas da
determinação de sódio e iodo nas marcas pesquisadas.
a. Média da análise de determinação
de sódio
b. Média da análise de determinação
de iodo
Marca 01 - 17,6
Marca 02 - 17,3
Marca 03 - 17,5
Marca 04 - 17,6
Marca 05 - 17,6
Marca 06 - 17,7
Marca 07 - 17,2
Marca 08 - 17,6
Marca 01 – 5,8
Marca 02 – 2,4
Marca 03 – 2,9
Marca 04 – 2,7
Marca 05 – 1,3
Marca 06 – 2,8
Marca 07 – 2,6
Marca 08 – 3,2
Marca 09 - 17,2
Marca 10 – Análise incompleta
Marca 11 – 16,4
Marca 12 – 17,2
Marca 13 – 15,3
Marca 14 – 16,7
Marca 09 – 2,4
Marca 10 – 3,6
Marca 11 – 2,1
Marca 12 – 2,7
Marca 13 – Não realizada
Marca 14 – Não realizada
Na coluna a. da tabela acima estão todas as marcas analisadas o teor de
sódio, onde a média apurada nas marcas 01 a 09 e a marca 12 foram a que
tiveram maior concentração de sódio, as marcas 11, 13 e 14 com quantidade
menor de sódio.
Já na coluna b. que a marca 01 com a maior quantidade de iodo já a
marca 05 foi a que apresentou maior diferença das demais marcas com o menor
teor de iodo.
Com os resultados parciais da presente pesquisa pode se observar que
há uma diferença grande entre as marcas de sal de cozinhas analisadas, onde a
maior discrepância está entre o teor de iodo presentes nas marcas, como é um
mesmo parâmetro para tal quantidade essa diferença registrada aponta que os
maiores índices e menos estão fora do recomendado pela ANVISA.
Referência
BRASIL, Resolução da - RDC n° 23, de 24 de abril de 2013. Dispõe sobre o teor de iodo
no sal destinado ao consumo humano e dá outras providências.
BRANDÃO, Andréa A. (Org.). Diretrizes brasileiras de hipertensão VI. Revista de
Hipertensão, v. 13, n.01, p. 01-68, 2010.
CHAMMAS, Maria Cristina. Ultra-sonografia nas tireoidites. Radiologia Brasileira, São
Paulo, n. 40. v. 02. p. 05-06, 2007.
CORREA FILHO, Heleno Rodrigues. et al.Inquérito sobre a prevalência de bócio
endêmico no Brasil em escolares de 6 a 14 anos: 1994 a 19961, Rev Panam Salud
Publica, Brasília, n.12. v.05. p. 317-326, 2002.
FANI, Márcia. Substituição de sódio nos alimentos. Food Ingredients Brasil, São Paulo,
n. 25. p.37-45, 2013.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do instituto Adolfo Lutz. V. 1: Métodos
químicos e físicos para análise de alimentos.
SARNO, Flavio et al. Estimativa de consumo de sódio pela população brasileira, 20022003. Revista saúde publica, São Paulo, n. 43. v.02. p. 219-225, 2009.
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