PERCURSO ESCOLAR DAS PESSOAS CEGAS DA CIDADE DA PRAIA . Filomeno Afonso Correia Tavares Praia, 2009 PERCURSO ESCOLAR DAS PESSOAS CEGAS DA CIDADE DA PRAIA Dissertação apresentada à Universidade de Cabo Verde e à Escola Superior de Educação de Lisboa para a obt enção do Grau de M est re em Educação Especial sob a orient ação da Professora Dout ora Ana Cristina Pires Ferreira e co-orient ação da M estre M aria Clarisse Alexandrino Nunes. Filomeno Afonso Correia Tavares Praia, 2009 I O Júri; President e _____________________________________________ Vogal ________________________________________________ Vogal __________________________________________________ Professora Dout ora Ana Cristina Pires Ferreira Vogal __________________________________________ M est re M aria Clarisse Alexandrino Nunes II “Não há, não duas folhas iguais em t oda a criação. Ounervura a menos, oucélulas a mais não há, de cert eza, duas folhas iguais” ! #"$ %'&()** +$, , III DEDICATÓRIA Dedico est et rabalho àminha família Pelos sacrifí cios consentidos Et empo roubado ao longo deste M estrado. Obrigado pela compreensão. IV AGRADECIMENTO Chegando ao fim dest a caminhada e estando convict o que sem a colaboração de out ros seria impossí vel realizá-la, queremos agradecer a t odos pelas colaborações recebidas. Em primeiro lugar agradecemos a Deus pela vida e saúde ao longo dest a caminhada. À Professora Dout ora Ana Cristina Ferreira por ter aceit ado o desafio de orientar o nosso t rabalho. Os seus comentários e as suas int errogações cont ribuíram para novas reflexões e, consequent ement e, permit iram melhorar det erminados aspect os do trabalho. À M est re Clarisse Nunes pela forma competente como conduziu os t rabalhos. A sua forma particular de responder de forma rápida e com informações precisas e pert inent es foi, sem dúvida, import ante para o amadurecimento das nossas dúvidas e inquiet ações e isso foi det erminant e para o avanço e a conclusão dest e proj ect o. Obrigado Professora pela confiança. Um agradecimento especial àUniversidade de Cabo Verde pelas facilidades concedidas para a elaboração dest e M estrado, sem est a colaboração era impossí vel concretizar este sonho. Uma palavra muito especial à M estre Filomena Fort es, porque mesmo estando no ext erior disse-nos:só não desistas antes de eu chegar a Cabo Verde, est as palavras foram det erminant es porque quando ela regressou j á tí nhamos ult rapassado as dificuldades, continuamos a caminhada e conseguimos vencer. À M estre Ana Domingos não t emos palavras para agradecer, porque esteve connosco desde o primeiro momento em que cada encont ro era mais uma oport unidade de aprendizagem devido às suas competent es sugestões que nos permitiram amadurecer as ideias a cada moment o. Aos nossos colegas do ex-Depart ament o das Ciências da Educação, pelas palavras de encoraj ament o, pela força e pelos momentos de part ilha na sala 217. V Uma palavra de apreço ao Professor Dout or Fernando Serra, M est re Isabel M adureira e colegas do curso pelas sugest ões iniciais sobre o t ema. Ao amigo Celestino Landim por t er criado condições para a realização do t rabalho na Escola de Condução «Vida na Estrada», pelas palavras de encoraj amento, muit o obrigado por t udo. Ao pessoal do Salão Paroquial de Nossa Senhora da Graça, especialment e ao pessoal de segurança (Srs. Tó, Ermelindo, José e Zé)que diariament e criaram condições para a realização da pesquisa e elaboração do t rabalho. M esmo chegando muit o cedo, demonstraram todo o carinho, ao longo destes meses. Salão Paroquial foi a nossa segunda casa ao logo do trabalho e foi sempre a fonte da nossa inspiração para novos desafios, obrigado Senhor Pároco, Reverendo Pe. Angelino Coelho pelo acolhiment o. A todos que aceit aram a correcção do trabalho desde a correcção do manuscrito, a validação das cat egorias, à revisão do trabalho e traduções, Dra. Adélcia Sanches, M est re Norbert a M endonça, Dra. Arminda Brito, M est re Emanuel de Pina, Dra. Lourdes Lima, Dra. Izaura Furt ado, Professor Dout or Carlos Spí nola, Professor Dout or Edwin Pile, Professor Dout or Paul M endes, M est re Cândida Gonçalves, M estre Ant ónio Afonseca, M est re Arlindo Barret o, M estre Debbie Jefferson, ent re out ros. Às nossas amigas Celsa Neves e Anabela M arques pelo empréstimo do equipament o para recolha de dados. Obrigado Celsa pelo incentivo, força e pelas sugest ões nas discussões dos momentos mais complicados. Especial agradecimento ao Dr. Celestino Barros, Ivandra M aria Teixeira e JoséOlavo Teixeira da UTIC, campus do Palmarej o da Uni-CV, pela resolução de todos os problemas informát icos surgidos com o ficheiro do trabalho e com o nosso comput ador durante est et rabalho. Ao pessoal da ADEVIC, em especial ao Dr. M anuel Júlio Rosa, Sr. Mont eiro e Sr. João, por t odas as facilidades concedidas e pelo auxílio na localização dos suj eitos. VI De forma part icular gostaríamos de agradecer t odos os part icipant es do est udo, porque sem as suas opiniões e colaborações não seria possí vel a concret ização dest a pesquisa. Aos amigos Sandro, Edit h Semedo, Nélida Brito, Brígida Carvalho pelas facilidades concedidas nos contact os para a realização da entrevista e informações concedidas. Uma palavra especial ao nosso amigo Adriano Semedo que sempre est eve ao nosso lado ao longo dos nossos estudos. Obrigado pelas palavras encoraj adoras e pelo aconselhament o nas decisões difíceis. Especial agradeciment o à nossa amiga M aria José (Net a) pela colaboração incondicional na t ranscrição das ent revistas, sem a t ua ajuda essa tarefa seria mais difícil. Aos colegas do curso Luí s Lopes, M aria JoséAlfama, Filomena M oreira, M aria Jesus, Eleonora M ont eiro, pela partilha dos moment os de encont ros e desencont ros, moment os complicados, e pela aj uda mút ua ao longo do processo. Aos nossos alunos pelas palavras de incentivo, pela força e pelas bibliografias concedidas. Especial agradeciment o àElisa Sena, M aria Alice e Amelindo Rosário. Um especial obrigado aos nossos irmãos de JMJ97, pelas palavras de encoraj amento, incentivo e pela força. A todos aqueles que, por serem muit os, não será possí vel mencionar os nomes aqui, gostaríamos de agradecer por t odas as colaborações das mais pequenas e insignificant es que possam pensar, mas que cont ribuíram para dar “corpo” a este t rabalho. Muit o obrigado a t odos, que Deus derrame as suas bênçãos e guie o vosso caminhar. VII RESUMO Com o present et rabalho, subordinado ao t ema “Percurso Escolar das Pessoas Cegas da Cidade da Praia”, pret endemos compreender o percurso escolar dos indiví duos port adores dest a deficiência e ident ificar as dificuldades que enfrent am no seudia-a-dia escolar. Escolhemos o mét odo qualitativo na realização dest a investigação. Assim, os dados foram recolhidos at ravés da ent revista. Os dados recolhidos foram analisados at ravés da análise de conteúdo, isto é, os relat os dos nossos ent revistados foram agrupados em categorias. Pela análise dos dados recolhidos nest e estudo, concluí mos que existe uma t endência para as pessoas cegas entrarem t ardiamente na escola. M esmo nestas circunstâncias é notório o envolvimento das famílias neste processo. Concluí mos que as pessoas cegas que participaram no est udo são escolarizadas na escola regular, excepção apenas aos que ent ram na escola com idade superior àidade legal exigida para o ingresso no Ensino Básico Int egrado (EBI). Nessas circunst âncias, normalment e ent ram para a escola j á adult os, e frequentam o EBI na Escola de Deficient es Visuais «M anuel Júlio». Inferimos também que existe um bom relacionamento ent re alunos cegos, restant es colegas, professores e funcionários da escola onde est es estudam ou est udavam. Inferimos ainda que exist em algumas limit ações, ent re elas a falta ao atéa inexist ência dos mat eriais específicos e equipamentos especializados nas escolas regulares frequent adas pelos nossos ent revist ados para um at endiment o mais eficaz dos alunos cegos. Palavra-chave:Necessidades Educat ivas Especiais, cego, cegueira, percurso escolar e limit ação visual. VIII ABSTRACT W ith this work, ent itled “Educat ional and Academic Background of the Blind in the Cityof Praia”, we wantto underst andt he educat ional backgroundof the individuals and identifythe difficult ies theyface in t heir dailyschool life. W e chose qualitative methods in conductingthis research. Thus, the dat a was collected by semi-struct ured interviews. The dat a collect ed was analysed t hrough the content analysis method, i.e., t he report s of our respondent s were groupedint o categories. From t he analysis of the dat a collected in t he st udy, we concluded thatt here is a tendency for blind people t o st artschool verylate. Even under these circumstances the involvementof the families in this process is apparent . W e conclude thatt he blind people who part icipated in this studyare educated in regular schools, exceptfor t hose who ent er school older than the age required for st art ing Int egrated Basic Educat ion (EBI). In this case, theyusuallyst artformal educat ion atan adultage at«M anuel Júlio» BasicEducat ion School for t he Blind. W e also conclude t hat there is a good relat ionship bet ween blind st udents, t heir colleagues, and the faculty and staff of the school where they study or studied. W e furt her conclude t hatt here are still some limit ations atthe regular schools attended by our respondents including insufficiencyor even the non-existence of specificmat erials andspecializedequipmentt o respondmore effectivelyto the needs of blindstudents. KEY W ORDS:Special Educat ional Needs, blind, blindness, educat ional background andvisual impairments. IX