Carta de controle para o desvio-padrão 9 O desvio padrão é um indicador mais eficiente da variabilidade, principalmente para amostras grandes (a amplitude perde eficiência). Recomenda-se o uso da carta Xb - S quando: Os dados forem coletados por computador e for fácil de implementar uma rotina de cálculo Processos sofisticados, controlados por especialistas Amostras grandes (subgrupos > 10 ) Cálculo dos limites de controle 9 A fórmula para o cálculo do desvio padrão é: 9 Os limites de controle são calculados usando: Para o desvio padrão: LCS = x + A3 S Para a média: n B4 B3 A3 2 3,27 0 2,66 LCS = B4 S LCI = B3 S LCI = x − A3 S 3 2,57 0 1,95 4 2,27 0 1,63 5 2,09 0 1,43 6 1,97 0,03 1,29 8 1,82 0,19 1,10 10 1,72 0,28 0,98 15 1,57 0,43 0,79 20 1,49 0,51 0,68 Cartas de controle para X e S Ex.: Dez amostras, cada uma contendo 5 medidas do diâmetro de roscas produzidas por uma industria de autopeças, foram coletadas da produção. Construa uma carta de controle para média e desvio padrão. A m o s tra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 1 7 .1 7 .1 7 .1 2 7 .1 1 5 7 .0 9 7 .1 1 7 .1 0 5 7 .1 7 .0 6 5 7 .1 2 5 7 .1 0 5 7 .1 7 .1 1 5 7 .0 9 5 7 .1 1 7 .0 7 7 .0 9 7 .1 7 .0 8 7 .1 7 .0 9 5 7 .1 0 5 7 .1 7 .1 7 .1 2 2 7 .0 9 5 7 .1 7 .1 0 5 7 .1 2 7 .0 9 5 7 .1 7 .0 9 5 7 .1 1 5 7 .0 9 7 .1 3 7 .1 7 .1 1 7 .0 9 7 .0 9 7 .0 7 7 .0 7 5 7 .1 3 7 .1 7 .0 7 7 .1 1 7 .1 0 5 7 .0 7 7 .1 7 .1 0 5 7 .1 1 5 3 7 .1 7 .0 9 5 7 .1 7 .1 1 5 7 .1 1 7 .1 0 5 7 .1 7 .0 9 5 7 .1 1 7 .0 9 5 7 .1 1 5 7 .0 8 5 7 .0 8 5 7 .0 9 5 7 .0 9 5 7 .0 8 7 .1 7 .0 9 7 .0 9 7 .0 7 7 .0 9 5 7 .1 1 7 .1 0 5 7 .1 0 5 7 .1 1 4 7 .1 0 5 7 .1 0 5 7 .1 2 7 .1 1 5 7 .1 2 7 .1 7 .1 0 5 7 .1 0 5 7 .1 0 5 7 .1 7 .0 9 5 7 .0 9 7 .0 9 7 .1 7 .1 7 .1 7 .1 1 7 .0 9 5 7 .1 1 7 .1 1 7 .0 9 5 7 .1 1 7 .1 1 7 .1 1 7 .1 3 5 7 .1 0 5 7 .1 7 .1 7 .1 2 7 .1 0 5 7 .1 7 .0 8 5 7 .1 2 5 7 .1 0 5 7 .1 1 5 7 .0 7 5 7 .0 8 7 .1 1 7 .0 8 7 .1 1 7 .0 9 7 .1 7 .0 8 7 .1 7 .1 1 7 .1 7 .1 1 7 .1 0 5 7 .0 8 7 .1 1 5 M é d ia 7 .1 0 1 7 .1 7 .1 0 9 7 .1 1 7 7 .1 0 4 7 .1 0 3 7 .0 9 8 7 .1 0 8 7 .0 9 5 7 .1 1 3 7 .0 9 8 7 .0 9 3 7 .0 9 8 7 .0 9 2 7 .0 9 7 7 .0 8 3 7 .1 0 6 7 .0 9 3 7 .0 9 7 .1 7 .0 9 8 7 .1 0 1 7 .1 0 4 7 .1 7 .1 1 8 7 .1 0 0 8 D e s v io 0 .0 0 4 2 0 .0 0 3 5 0 .0 1 0 2 0 .0 0 2 7 0 .0 1 1 9 0 .0 0 4 5 0 .0 0 8 4 0 .0 1 2 0 0 .0 1 8 4 0 .0 1 5 2 0 .0 1 4 8 0 .0 1 2 0 0 .0 1 3 5 0 .0 0 7 6 0 .0 1 6 4 0 .0 1 2 0 0 .0 1 5 2 0 .0 0 8 4 0 .0 1 5 8 0 .0 1 7 3 0 .0 0 4 5 0 .0 1 7 5 0 .0 0 4 2 0 .0 1 1 7 0 .0 0 7 6 0 .0 1 0 8 Cartas de controle para Média Amostras Carta - Média 7.13 7.12 7.11 7.1 7.09 7.08 7.07 7.06 LSC - 7.1161 LM - 7.1008 LIC - 7.0853 Medidas 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 Medidas Carta para Desvio Padrão Carta Desvio Padrão 0.025 Medidas 0.02 LSC - 0.0225 LM - 0.0108 LIC - 0 Medidas 0.015 0.01 0.005 0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 Amostras Avaliação da Estabilidade e da Capacidade do Processo A condição de controle Processo estável ou sob controle: Quando as características da qualidade de um produto exibem apenas variação devido a causas comuns. Processo fora de controle: 9Os pontos caem fora dos limites de controle; 9Os pontos apresentam alguma configuração especial. Zonas do Gráfico de Controle 3σ LCS linha central LCI Zona C (+ 3 sigma) C = 2,14 % 2σ Zona B (+ 2 sigma) B = 13,60 % 1σ_ Zona A (+ 1 sigma) A = 34,13 % Zona A (- 1 sigma) A = 34,13 % 1σ Zona B (- 2 sigma) B = 13,60 % 2σ Zona C (- 3 sigma) C = 2,14 % S, etc. 3σ Processo Fora de Controle Condição 1. Pontos fora de limites de controle LCS 3σ 2σ linha central 1σ_ S, etc. 1σ 2σ LCI 3σ Processo Fora de Controle Condição 2. Duas em três em seqüência além de dois desvios padrão, em um lado da linha central. LCS 3σ 2σ linha central 1σ_ S, etc. 1σ 2σ LCI 3σ Processo Fora de Controle Condição 3. Quatro sobre cinco em seqüência além de um desvio padrão em um lado da linha central. LCS 3σ 2σ linha central 1σ_ S, etc. 1σ 2σ LCI 3σ Processo Fora de Controle Condição 4. Seqüência significativa de pontos em ambos os lados da linha central. Em geral, sete ou oito pontos em seqüência. LCS 3σ 2σ linha central 1σ_ S, etc. 1σ 2σ LCI 3σ Processo Fora de Controle Ocorrência de ciclos Avaliando a Capacidade do Processo 9 Após a avaliação da estabilidade do processo é importante realizarmos estudos para avaliarmos a capacidade do processo. 9 É possível que mesmo um processo com variabilidade controlada e previsível produza itens defeituosos 9Somente processos estáveis devem ter sua capacidade avaliada Capacidade do Processo 9 Capacidade é a habilidade do processo em produzir produtos dentro dos limites de especificação. 9 Utilizam-se técnicas estatísticas, a fim de estudar a variabilidade do processo, comparando-a com as especificações (tolerâncias). 9 Os principais índices utilizados para obter a capacidade do processo são o Cp e o Cpk. Índices de capacidade Os índices de capacidade processam as informações de forma que seja possível avaliar se um processo é capaz de gerar produtos que atendam às especificações provenientes dos clientes internos e externos. Para usar os índices de capacidade é necessário que : 9 o processo esteja sobre controle estatístico 9 a variável de interesse tenha distribuição próxima da normal Índices de capacidade Cp: índice de capacidade potencial do processo. Leva em consideração a dispersão do processo (curto prazo) em relação aos limites de especificação. Cp = LSE − LIE ^ 6σ − R/ d 2 O índice relaciona aquilo que se deseja produzir (LSE LIE = variabilidade permitida ao processo) com a variabilidade natural do processo (6σ) Índices de capacidade Cpk: índice de capacidade nominal do processo. Leva em consideração a dispersão do processo (curto prazo) e centragem do processo em relação aos limites de especificação. = = LSE − X X − LIE Cpk = min ' ^ ^ 3σ − 3σ − R/ d 2 R / d2 O índice Cpk pode ser interpretado como uma medida da capacidade real do processo. Índices Cp e Cpk 9 O índice Cpk é menor que o índice Cp quando o processo está descentrado e é igual ao Cp quando o processo está centrado; 9 O índice Cpk, que mede a capacidade real do processo, é sempre menor ou igual ao índice Cp que mede a máxima capacidade do processo quando ele está centrado. Índices de Capacidade Potencial do Processo (Cp) LIE -6 σ -5 σ -4 σ LSE -3 σ -2 σ µ -1 σ +1 σ +2 σ Diferença entre os limites 6 desvios (3 para cada lado) Cp = − LIE LSE ^ 6 σ − R / d 2 +3 σ +4 σ +5 σ +6 σ Índices de Capacidade Nominal do Processo (Cpk) LIE LSE µ -6 σ -5 σ -4 σ -3 σ -2 σ -1 σ Alvo +1 σ +2 σ +3 σ +4 σ +5 σ +5 σ Diferença entre média e LIE = = LSE − X X − LIE Cpk = min ' ^ ^ 3σ − 3σ − / R d R / d2 2 Diferença entre LSE e a média 3 desvios 3 desvios Avaliação gráfica da capacidade de processos 9 Consiste na comparação de histogramas e/ou gráfico construídos para as características da qualidade de interesse com os limites de especificação. Um processo pode não ser capaz por apresentar: 9 Elevada variabilidade 9 Média deslocada em relação ao ponto médio dos limites de especificação Avaliação gráfica da capacidade de processos Processo capaz e não capaz 0.06 0.06 0.05 0.05 0.04 0.04 f(x) f(x) Processo descentrado x centrado 0.03 0.03 0.02 0.02 0.01 0.01 0.00 30 40 50 60 70 80 90 100 x: Título Limites de Especificação Alvo Distribuição de 'titulo' 0.00 30 40 50 60 70 80 90 x: Título Limites de Especificação Alvo Distribuição de 'titulo' Processo descentrado Cpk < Cp Processo centrado Cpk = Cp Fig. adaptada de RIBEIRO, José L. D., TEM CATEN, Carla. Controle Estatístico do Processo. Série monográfica Qualidade. PPGEP-UFRGS, 2001. Índices de Desempenho Pp: índice de desempenho potencial do processo. Leva em consideração a dispersão do processo em relação aos limites de especificação. LSE − LIE Pp = ^ 6σ S Ppk: índice de desempenho nominal do processo. Leva em consideração a dispersão e centragem do processo em relação aos limites de especificação. = = LSE − X X − LIE ' Cpk = min ^ ^ 3σ S 3σ S Classificação do processo com respeito a sua capacidade Itens fora das especificações Especificação bilateral e Porcesso não centrado e/ou processo centrado (ICP especificaçào unilateral (ICP apropriado: apropriado: Cpk) Cp=Cpk Classificação Valor de Cpk Capaz Razoavelmente capaz Incapaz > ou = 1,33 70 35 1< ou = Cpk < ou = 1,33 Entre 70 e 2700 Entre 35 e 1350 <1 mais de 2700 mais de 1350 Relacionamento entre Cp e Cpk e Nível Sigma Nível Sigma Cp Cpk Ppm ± 1σ ± 2σ ± 3σ ± 4σ ± 5σ ± 6σ 0,33 0,67 1,00 1,33 1,67 2,00 0,33 0,67 1,00 1,33 1,67 2,00 317.311 45.500 2.700 63 0,57 0,002 Diferenciar Longo Prazo e Curto Prazo A curto prazo, o desvio padrão é estimado usando a média das amplitudes parciais dividido pela constante d2 que varia de acordo com o tamanho da amostra Tamanho da amostra 2 3 4 5 6 Valor 1,128 1,693 2,059 2,326 2,543 Tamanho da amostra 7 8 9 10 A longo prazo, o desvio padrão é estimado pela fórmula usual: Valor ^ − σ R/d − 2 2,704 2,847 2,970 3,078 ^ σS = ∑(x − x) 2 i n −1 R = d2 Capacidade do Processo no MINITAB P ro ce sso C ap acid ad e - G radu ação Alco ó lica (°G L ) LIE LS E Within O ver all Pr oces s D ata 39,8 LSL T ar g et * U SL Sample M ean 40,2 40,0106 Sample N 109 StD ev( Within) 0,0857795 StD ev( O ver all) 0,103616 Potential ( W ithin) C apability Cp 0.78 C PL 0.82 C PU 0.74 C pk 0.74 O ver all C apability 3 9 .8 3 9 .9 4 0 .0 O bser ved Per for manc e PPM < LSL 0.00 PPM > U SL 9174.31 PPM T otal 9174.31 4 0 .1 4 0 .2 4 0 .3 Exp. Within Per for mance PPM < LSL 7052.96 PPM > U SL PPM T otal 13602.47 20655.42 4 0 .4 4 0 .5 Exp. O ver all Per for mance PPM < LSL 21075.70 PPM > U SL 33746.47 PPM T otal 54822.18 Pp 0.64 PPL PPU 0.68 0.61 Ppk 0.61 C pm *