MANUAL DE QUALIDADE DO INSTITUTO PIAGET - DGQ DEPARTAMENTO PARA A GARANTIA DA QUALIDADE Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade ÍNDICE LISTA DE ABREVIATURAS 5 1 ÂMBITO DO MANUAL DE QUALIDADE DO INSTITUTO PIAGET 7 2 O INSTITUTO PIAGET 8 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.5.1 2.5.2 2.5.3 3 OBJETIVOS PRINCÍPIOS E VALORES PROJETO EDUCATIVO ESTRUTURA ORGÂNICA ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR AS ESCOLAS SUPERIORES DE EDUCAÇÃO (ESE) AS ESCOLAS SUPERIORES DE SAÚDE (ESS) OS INSTITUTOS SUPERIORES DE ESTUDOS INTERCULTURAIS E TRANSDISCIPLINARES (ISEIT) COMPROMISSO E POLÍTICA INSTITUCIONAL PARA A QUALIDADE 11 12 12 16 19 20 21 22 23 3.1 ANTECEDENTES EM RELAÇÃO À GARANTIA DA QUALIDADE 3.2 COMPROMISSOS EM RELAÇÃO À GARANTIA DA QUALIDADE 3.3 VENTILAÇÃO DAS RESPONSABILIDADES DA GARANTIA DA QUALIDADE 3.3.1 RESPONSABILIDADES DOS ÓRGÃO INSTITUCIONAIS 3.3.2 ESTRUTURAS DE SUPORTE E NÍVEIS DE RESPONSABILIDADE 23 25 29 29 31 4 36 SISTEMA INTERNO DE GARANTIA DE QUALIDADE DO IP 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.6.1 4.6.2 4.6.3 4.6.4 4.7 4.7.1 4.8 4.9 ÂMBITO E OBJETIVOS PRINCÍPIOS DO SIGQ-IP FASES DE IMPLEMENTAÇÃO DO SIGQ-IP O MODELO DO SIGQ-IP MÓDULOS DO SIGQ-IP SUBSISTEMA PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS UC FASE DE DIAGNÓSTICO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS UC FASE DE MELHORIA: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS UC FASE DE GARANTIA: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS UC FONTES DE INFORMAÇÃO (SUBSISTEMA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS UC) SUBSISTEMA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO CICLO DE ESTUDOS FONTES DE INFORMAÇÃO PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR TRATAMENTO E DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS BIBLIOGRAFIA Manual de Qualidade do Instituto Piaget 36 38 41 44 45 47 48 48 49 50 52 54 55 56 59 3 Departamento para a Garantia da Qualidade LISTA DE ABREVIATURAS A3ES Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior APDES Associação Piaget para o Desenvolvimento AsPI Associação Piaget Internacional CE Ciclo de Estudos CIIERT Centro Internacional de Investigação em Epistemologia e Reflexão Transdisciplinar CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa DGQ Departamento para a Garantia da Qualidade DOIA Departamento de Orientação, Inspeção e Autoavaliação EES Estabelecimento de Ensino Superior ESE Escola Superior de Educação ESS Escola Superior de Saúde EUA European University Association GAIA Gabinete de Apoio à Indústria Agroalimentar GAIVAA Gabinete de Apoio à Inserção na Vida Académica e na Vida Ativa GMETDa Gabinete de Estudos Metodológicos e Tratamento de Dados IES Instituição de Ensino Superior IP Instituto Piaget ISEIT Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares MQ Manual de Qualidade RAQ-EES Relatório de Avaliação da Qualidade do Estabelecimento de Ensino Superior RAQ-Serv Relatório de Avaliação da Qualidade dos Serviços RASIGQ-IP Relatório Anual sobre o Funcionamento do Sistema Interno de Garantia da Qualidade do Instituto Piaget RCCE Relatório de Coordenação do Ciclo de Estudos RDis Relatório de Discência RLIQ Responsável Local pela Implementação da Qualidade RS-DPND Relatório Síntese do Desempenho do Pessoal Não Docente RUC Relatório da Unidade Curricular SIGQ-IP Sistema Interno de Garantia de Qualidade do Instituto Piaget UI Unidade de Investigação UnAI Unidade de Auditoria Interna Manual de Qualidade do Instituto Piaget 5 Departamento para a Garantia da Qualidade 1 ÂMBITO DO MANUAL DE QUALIDADE DO INSTITUTO PIAGET A política e diretivas europeias para o ensino superior têm acentuado a necessidade das instituições disporem de uma política interna de garantia de qualidade e consequentemente dos procedimentos necessários para a sua sistematização e implementação para efetivar uma melhoria contínua da qualidade. Estes objetivos, tal como em qualquer sistema de garantia de qualidade, requerem que a política, a estratégia adoptada, e os procedimentos tenham um estatuto formal, estarem publicamente disponíveis, e todos os indicadores de qualidade registados e rastreáveis com os resultados em documentação disponível e verificável. Nas orientações associadas aos padrões europeus de Garantia de Qualidade e do sistema em que se apoia, é recomendado que a declaração de política institucional para a qualidade inclua, não só a estratégia e o cometimento institucional para com a qualidade, bem como a definição de responsabilidades de cada Estabelecimento de Ensino Superior (EES) constante da sua estrutura organizativa e de governação, incluindo os estudantes e a estrutura da documentação de suporte ao sistema. Neste sentido, a política institucional nesta matéria rege-se por sete critérios chave: Liderança; Centragem no estudante; Envolvimento das pessoas; Abordagem sistémica; Aprendizagens, inovação e melhoria contínua; Abordagem factual ao processo de decisão; Estabelecimento de relações mútuas de interesse entre a instituição e os estudantes. O Manual de Qualidade do IP observa as recomendações, disposições e definições constantes da documentação que serviu fundamentalmente de referência à sua elaboração, a saber: Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) – Lei nº 62/2007, de 10 de setembro; Regime Jurídico da Avaliação do Ensino Superior – Lei nº 38/2007, de 16 de agosto; Decreto-Lei nº 369/2007 (institui a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior – A3ES); Standards and Guidelines for Quality Assurance in the European Higher Education Area (European Association for Quality Assurance in Higher Education – ENQA, 2009, Helsinki); Manual de Qualidade do Instituto Piaget 7 Departamento para a Garantia da Qualidade Análise Comparativa dos Processos Europeus para a Avaliação e Certificação de Sistemas Internos de Garantia de Qualidade. A3ES Readings (Santos, 2010). 2 O INSTITUTO PIAGET O Instituto Piaget é uma Cooperativa para o Desenvolvimento Humano Integral e Ecológico, criada por escritura pública em 1979 (Pessoa Colectiva nº 501048740, com sede na Via Jean Piaget, 4410-236 Canelas, V. N. Gaia). É seu objetivo a criação e difusão do conhecimento sem restrições de áreas científicas e dos valores humanos fundamentais num espírito de abertura, solidariedade, respeito de pessoas e povos, e na construção de uma Terra onde todos tenham lugar e sentido. Enquanto entidade instituidora, o IP intervém a nível do ensino superior politécnico e universitário, que constitui o núcleo mais forte e de maior incidência (Figura 1). COOPERADORES INSTITUTO PIAGET SERVIÇOS EDUCATIVOS ESE; ESS; ISEIT FUNÇÕES NÃO ACADÉMICAS FUNÇÕES ACADÉMICAS CENTRAIS • Garantir e gerir os recursos financeiros; • Garantir as estruturas físicas para o ensino-aprendizagem; • Contratar o pessoal docente e não docente; • Marketing Institucional; • Planeamento estratégico; • Garantir e gerir o sistema de qualidade. • Elaborar e adotar curricula; • Ministrar o ensino; • Selecionar o pessoal docente; • Definir padrões de admissão; • Estabelecer requisitos de prestação dos estudantes; • Emitir diplomas. Figura 1 – Repartição de responsabilidades entre a Entidade Instituidora (IP) e os EES Em fidelidade com o seu projeto criador, o Instituto Piaget também intervém em áreas de incidência mais social e de serviço à comunidade, a par com a atividade editorial em convergência com o Centro Internacional de Investigação em Epistemologia e Reflexão Transdisciplinar (CIIERT), que é o órgão científico coordenador da investigação do IP e responsável pelos projetos de investigação de médio-longo prazo, integrados em Unidades de Investigação. Estão ativas, igualmente, para concretização do seu compromisso de serviço à comunidade quatro unidades de interface, a APDES (Agência Piaget para o Desenvolvimento), o GAIA (Gabinete de Apoio à Indústria Agroalimentar) no âmbito do Piaget Alimentar, o Piaget Saúde e a Editora Jean Piaget (Figura 2). 8 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade ISEIT Viseu ISEIT Mirandela Ensino Universitário ISEIT Almada AsPI Ensino Superior Portugal Associação Piaget Internacional Piaget Saúde APDES GAIA ISEIT S. André ESE e ESS V.N. Gaia ESE Almada Unidades de Interface com a Comunidade UNIVERSO PIAGET ESS Viseu Ensino Politécnico ESS Silves ESE e ESS Nordeste CIIERT Editora Jean Piaget Univ. Jean Piaget de Moçambique Ensino NãoUniversitário Nuclisol Ensino Superior PALOP Univ. Jean Piaget de Angola Faculdade Piaget Brasil Univ. Jean Piaget de Cabo Verde Univ. Jean Piaget da Guiné-Bissau Figura 2 – Síntese da componente educativa do Universo Piaget Estão garantidas, de acordo com os pilares constitutivos, as valências do ensino, da criação de saber, da divulgação e do compromisso social. HERANÇA INSTITUCIONAL A herança que impregna o projeto institucional consagra, nos seus estatutos, uma filosofia inspirada nos valores fundamentais de um humanismo integral, criativo sempre adaptado aos tempos. Assim, a educação para amanhã, que é o objetivo primordial do Instituto Piaget, fiel à sua herança matricial, vem criando um ambiente de liberdade académica, onde as mentes livres se encontrarão e aprenderão por si mesmas com adequado enquadramento docente e renovadas práticas pedagógicas. O Instituto Piaget orgulha-se da sua dimensão nacional e internacional, do reconhecimento alcançado em vários setores da sociedade Portuguesa e dos países tropicais lusófonos onde está instalado com seis polos e, principalmente, pelo contributo que vem dando aos Países onde atua na formação universitária e técnica, criando saber, competências técnicas e científicas e desempenhando hoje um papel de relevo para o desenvolvimento económico, cultural, social e cívico dos países, dando testemunho da sua visão sobre o que deve ser uma formação técnica, científica e humana para um desenvolvimento sustentável. VISÃO Realizar e implementar, através dos seus Estabelecimentos de Ensino Superior, projetos de educação graduada e pós-graduada, de investigação, de divulgação científica e cultural e de intervenção comunitária, promovendo o desenvolvimento humano e social. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 9 Departamento para a Garantia da Qualidade MISSÃO Prossecução da Qualidade O IP, através dos seus Estabelecimentos de Ensino Superior (EES), continuará a consolidarse através dos ensinos que proporciona, com formações progressivamente certificadas numa gama alargada de disciplinas e profissões, empreendendo na sua abordagem, a abertura de novas oportunidades, claras e consistentes no quadro dos seus princípios constitutivos. As suas EES proporcionarão um ambiente intelectual e cultural vivo, para satisfação dos seus estudantes, docentes e restante pessoal. Estarão cada vez mais atentas aos problemas das comunidades envolventes e delinearão as medidas de intervenção que proporão, por si ou em associação com as instituições da sociedade civil, e das que crie por sua iniciativa, para agilizar as suas intervenções. São disso exemplo a Associação Piaget para o Desenvolvimento (APDES) que ocupa uma posição charneira na transferência para a Sociedade Civil do conhecimento disponível nas áreas de intervenção social, e o GAIA (Gabinete de Apoio à Indústria Agroalimentar) nos domínios da engenharia dos produtos alimentares, o Piaget Saúde nos domínios do apoio à educação para a saúde e apoio geriátrico integrado e, finalmente, a Editora Piaget para a transferência de conhecimento. Estas unidades estabelecem as pontes entre o Instituto Piaget e a sociedade. Atuação com espírito de justiça, integridade e responsabilidade O IP defende a justiça social, a equidade de oportunidades e a diversidade cultural e procura implementá-las nas suas atividades e relações. Respeito pelos direitos de interpelação livre e de expressão responsável A interpelação desapaixonada e o questionamento intelectual honesto e livre, próprios das tradições académicas, serão mantidos e refletidos na matriz das disciplinas institucionais e das preocupações de investigação e gestão. Promoção da inovação e da criatividade As características do ensino e da sua boa qualidade, no quadro do conjunto de disciplinas oferecidas, depende de um compromisso partilhado da entidade instituidora, das direções, docentes e estudantes para encorajar a criação de novo conhecimento e de novas estratégias pedagógicas que encorajem a criação de novo conhecimento e preparem os estudantes para serem capazes de criarem impactos positivos na comunidade. Compromisso com as comunidades locais, nacionais e internacionais Os Estabelecimentos de Ensino Superior existem pela vontade das comunidades de que são parte. Moldar, reconhecer e responder às necessidades e expetativas das comunidades são o motor da instituição para a satisfação dos objetivos de serviço às comunidades e ao alargamento da internacionalização. Os diferentes Estabelecimentos de Ensino Superior do IP providenciarão liderança e serviços, para conjugar os objetivos do ensino-aprendizagem com os esforços e os objetivos governamentais, da indústria e das comunidades. 10 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Asseguraremos que as nossas respostas sejam recetivas e relevantes aos países onde atuamos e que elas sejam prosseguidas com um ambiente de descoberta e de boa cidadania. As abordagens tecnológicas serão sempre moldadas pela perspetiva dos fins da educação e dos objetivos sociais. Imbuiremos estas atividades no conjunto das estratégias da organização e participaremos ativamente nos debates dos interesses das comunidades e nos assuntos que relevam da importância pública e de cidadania. Desenvolveremos uma compreensão partilhada das opções estratégicas que em cada tempo tomamos e garantiremos, no quadro da autonomia institucional, que as mesmas sejam delineadas no quadro das políticas públicas vigentes e das necessidades das comunidades e dos respectivos agentes económicos. Encorajaremos também a participação comunitária e dos agentes representativos da sociedade na vida intelectual e cultural dos EES. A diversidade cultural será ativamente valorizada e ela contribuirá, sempre que possível, para a compreensão intercultural e a capacidade de crescer e consolidar a instituição em cada região onde atua. Responsabilidades Num quadro de governação institucional que promova uma gestão efetiva e responsável dos recursos através de uma política dirigida por princípios éticos e de gestão transparente, promover-se-á um processo de decisão que minimize o risco e dê garantias de qualidade das formações ministradas. Objetivos 2.1 Enquanto entidade instituidora, o IP procurará garantir que os seus EES proporcionem: Formação graduada e pós-graduada de elevada qualidade, ao nível do 1º e 2º Ciclos (via universitária ou politécnica); Formações profissionalizantes que vão ao encontro das solicitações dos mercados e dos formandos; Serviços e recursos que promovam o ensino, a aprendizagem dos estudantes e o seu sucesso académico; O fomento da extensão universitária, através de atividades e serviços prestados à comunidade; Um ambiente de trabalho com boas condições sanitárias, ambientais e de segurança, para os seus estudantes, pessoal docente e não docente; O suporte e fortalecimento das estruturas académicas, a progressão académica dos seus docentes e as estruturas próprias de governo com o fim de promover uma governação partilhada; O avanço da vida intelectual, artística e cultural da comunidade e das regiões onde se insere; Manual de Qualidade do Instituto Piaget 11 Departamento para a Garantia da Qualidade O fomento de laços entre a comunidade académica e os diferentes agentes económicos (locais, regionais e nacionais). Princípios e Valores 2.2 Integridade, criatividade e procura permanente da qualidade; Visão humanística e compromisso com a sociedade; Promoção do conhecimento e fomento da inter e transdisciplinaridade; Valorização do capital humano docente e discente; Valorização da iniciativa, criatividade e capacidades empreendedoras do seu capital humano; Estímulo do trabalho colegial e trabalho em rede entre e extra-campus; Valorização da investigação como instrumento do ensino e da aprendizagem e de produção de novo conhecimento; Estímulo ao aperfeiçoamento da qualidade e da responsabilização de toda a comunidade académica para alcance dos seus objetivos; Zelo pela cultura e imagem institucional por parte de toda a sua comunidade académica. Estes valores devem enformar a nossa ambição. A Instituição dedicará os talentos dos seus colaboradores e os recursos disponíveis para manter e consolidar: A liberdade para prosseguir um clima de crítica livre de uma forma responsável; O reconhecimento da importância, no processo formativo, das ideias e dos ideais; A tolerância, honestidade e o comportamento ético; A compreensão para as necessidades daqueles que servimos. Reconhecemos que só criando e sustentando um clima aberto para a inquirição, de troca e debate de ideias e de criatividade, se criarão as condições para o desenvolvimento da liberdade intelectual de todos os membros da comunidade. O Instituto Piaget está preparado para proporcionar, através dos seus EES, oportunidades para um trabalho consentâneo com os objetivos institucionais. 2.3 Projeto Educativo O projeto educativo do IP centra-se na manutenção dos EES que criou, com todas as valências, atividades e intervenção (nos planos educativo, científico, social, cultural, editorial, entre outros) que lhes estão associados, que contribuam para servir o desenvolvimento pessoal, económico e social dos indivíduos, das comunidades e das regiões em que se integram. 12 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade O primeiro e permanente desafio do IP assenta em dois eixos estratégicos, e consiste na consolidação e expansão das ofertas de Ciclos de Estudo de ensino superior, sempre que aconselháveis face ao mercado e às sinergias que possa desenvolver com os CE existentes. Desenvolvendo-se assim em diferentes eixos, e integrando-se em realidades socioculturais diversificadas, a oferta de formações, e o correspondente investimento em recursos humanos qualificados e na sua formação académica, instalações e equipamentos de apoio à atividade pedagógica e científica desenvolvida nos EES, outro desafio que se coloca permanentemente à Instituição é o da definição, afetação e gestão dos meios, de acordo com critérios contextualizados quanto à relevância social e económica das formações oferecidas, das ações a empreender e da sua coerência interna, fundamentada na necessidade de potenciar estruturas laboratoriais e recursos humanos qualificados de forma a realizar economias de escala essenciais à sustentabilidade do sistema. A definição desses critérios orienta-se pelo princípio de que o principal fator para a inovação e o progresso é a existência de capacidades, competências e recursos indutores de inovação e desenvolvimento científico e tecnológico. Assim, a criação de estabelecimentos educativos e de ofertas formativas do IP não se regula pela análise meramente conjuntural e utilitarista de presumíveis necessidades sentidas no plano imediato, mas por uma perspetiva de médio e longo prazo. Os planos curriculares vêm enformados desta matriz guia da Instituição e assentam em cinco pilares que constituem, para o IP, os alicerces do processo educativo dos seus estudantes: Aprender a criar e a ser; Aprender a saber; Aprender a fazer; Aprender a viver em sociedade; Aprender a empreender. O modelo que enquadra a conceção de uma construção curricular a que o IP está atento, com flexibilidade para acomodar as procuras sociais em evolução e a rapidez de geração e atualização do conhecimento, que vem sendo pugnada pelo IP e que naturalmente integra o SIGQ desenhado, está sintetizado na Figura 3. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 13 Departamento para a Garantia da Qualidade Necessidades da Sociedade Necessidades da Economia Estádio I Definição do Problema Necessidades Profissionais Processo de definição do Problema Objetivos (Perfil da Qualificação) Reconsidera Não Diretor do EES O perfil da qualificação está como pretendido? Perfil da Qualificação Acordado Estádio II Síntese Curricular Sim Métodos de Ensino Restrições estudantis Restrições de recursos Sínteses Curriculares Objetivos (Perfil da Qualificação) Critérios Reconsidera Não CC/CCT e Conselho Diretivo do IP O curriculum selecionado está no formato standard? Curriculum Selecionado Formato standard Estádio III Validação Curricular Assessores Afinação dos problemas Avaliação Crítica Sim Validação Curricular Reconsidera Não A3ES O curriculum foi validado? Curriculum Validado Estádio IV Implementação e Avaliação Permanente Sim Coordenação do CE Comité de aconselhamento Implementação Conselheiros Externos Figura 3 – Modelo de validação da oferta formativa O IP dá resposta às alterações das solicitações do mercado, proporcionando novas competências profissionais, em todo o momento expressas nos seus documentos orientadores. Todos os CE estão configurados de acordo com o programa de Bolonha e antecipa-se que os estudantes do IP terão reconhecidos os seus créditos disciplinares para ingresso no mundo do trabalho ou para prosseguirem formações de 2º e 3º Ciclo, caso seja esse o seu objetivo, quer nos EES do IP, ou por transferência para outras instituições. 14 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade O IP adota um modelo que privilegia objetivos práticos e vocacionalmente orientados para o mercado, sem esquecer os aspetos formativos relacionados com a construção do caráter e o desenvolvimento da personalidade de cada indivíduo, promovendo a formação de cidadãos competentes, pensantes e sensíveis a uma participação responsável na construção da sociedade civil. Esta orientação está, desde sempre, patente na matriz do IP, traduzindose nos planos curriculares dos seus Ciclos de Estudos, e ganha expressão cada vez maior no contexto do ES. Os EES estão assim dirigidos para preencher as oportunidades do mundo do trabalho e são consideradas como uma forma mais económica e eficaz de acesso ao mesmo (OECD, 2005). É opinião que o custo e complexidade atual da investigação tem incentivado o diálogo sobre o compromisso adequado entre a ênfase na componente ensino versus investigação o que as leva a considerar “a more challenging disruption of research focused institutions by teaching institutions”. Alguns vão mesmo mais longe dizendo que nas “mid-range institutions that excel at research have artificially skewed reasons to underwrite the continuation of a teaching tradition” (Miller, 2008). A experiência tem mostrado que a atividade de investigação é de natureza diferente, governada por uma economia diferente e por objetivos diferentes que provavelmente necessitam de posições separadas, sob pena de uma retração dos objetivos e funções do ensino (Barnett, 2000; Jenkins, 2000). Este é de certeza um diálogo e uma opção estratégica séria que o IP deverá clarificar no quadro das prioridades de investigação internamente financiada. Esse debate será naturalmente crítico quanto ao lugar e natureza a conferir à investigação pré-graduada. O debate que existe a nível global parece aconselhar uma escolha mista concentrada de ofertas e de áreas de intervenção e acertar o tipo de ofertas formativas que ultrapassem o desencontro persistente entre as qualificações e competências graduadas e as necessidades do mercado de trabalho. Assim, o centro do debate a nível internacional, a que o IP está atento, reflete-se em algumas das orientações estratégicas e prioridades operacionais, nomeadamente quanto à oportunidade de oferecer curricula inovadores, novos métodos de ensino-aprendizagem e programas de treinamento/retreinamento que incluirão aptidões gerais retidas pelas empresas. Esta visão englobará na plataforma do ES formações não conducentes a grau, fundamentalmente para adultos, i.e. retreinamento e cursos de requalificação que integrarão aptidões gerais relacionadas com o emprego. Ao nível de 2º e 3º ciclos, e para certos núcleos onde o IP reconhece deter competências, recursos laboratoriais e humanos, será considerado que candidatos cujo objetivo é o de uma carreira profissional em investigação, os planos de estudos serão concebidos para providenciar a aquisição de aptidões na investigação, na gestão científica, na comunicação e trabalho de equipa em adição ao treino nas técnicas de investigação. Nesta vertente particular, a competição acrescida e o reconhecimento de que a investigação não é mais um ato isolado e que a ênfase é a da mudança da investigação individual para o trabalho de equipa e do trabalho em rede, ditou uma reorganização da investigação no IP, a sua organização matricial assim como a concentração de unidades para conferir-lhe maior Manual de Qualidade do Instituto Piaget 15 Departamento para a Garantia da Qualidade dimensão e incentivar o trabalho inter e transdisciplinar. Este é também um reconhecimento de que os problemas científicos tendem a sair da estrutura disciplinar tradicional para se processarem na interface das disciplinas académicas ou em ambientes multidisciplinares. O Conselho Diretivo estratégica do IP será, nesta matéria, a de favorecer e criar condições de associação em rede com outras universidades e instituições de I&D no contexto nacional e internacional, suscetíveis de reforçarem a sua capacidade docente e investigativa. Neste capítulo, o objetivo do Conselho Diretivo é criar condições para que os EES possam capitalizar mais da sua capacidade formativa dirigindo-se mais diretamente aos desafios e oportunidades que se lhe oferecem na agenda da Aprendizagem ao Longo da Vida. A aprendizagem ao longo da vida apresenta desafios que solicitam aos EES do IP maior abertura à proposta de formações menos tradicionais do que tem sido o seu mercado de captação para proporcionar cursos para estudantes em fases mais avançadas do seu ciclo de vida. Assim, para além de formações formais, a instituição dá resposta a formações de maior grau de especialização ou de maior aprofundamento teórico. 2.4 Estrutura Orgânica O IP adotou um modelo organizativo de base matricial, que promove a interação entre os seus estabelecimentos de ensino e Campi, com vista à realização dos fins institucionais, por forma a assegurar a eficiência na utilização dos seus recursos. O organograma é apresentado na Figura 4. 16 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Instituto Piaget Assembleia Geral Conselho Fiscal Direção do IP DGQ Ensino Universitário e Politécnico (Portugal) Campus do Nordeste ESE ISEIT ESS ESS INVESTIG AÇÃ O COMU NIDADE Campus de Almada COM A ISEIT INTE RFACE Campus de Viseu ESS ESS Campus de V. N. Gaia ESE Campus de Sto. André ISEIT Campus de Silves ESS DE DE ISEIT UNIDADE S CIIERT UNIDADE S Serviços de Apoio Geral ESS Figura 4 – Estrutura organizativa do Instituto Piaget (Ensino Superior) Portugal No Quadro 1 apresenta-se sucintamente o âmbito dos diversos serviços que compõem as estruturas de suporte às unidades de ensino do IP. SERVIÇOS ÂMBITO SERVIÇOS CENTRAIS Apoio Geral e Assessoria Jurídica (AJ) Suporte e tratamento das questões de natureza legal, dos procedimentos e contencioso administrativo e disciplinar. Coordenação dos mecanismos de avaliação permanente e procedimentos de autoavaliação. Elaboração de instrumentos de avaliação da qualidade e relatórios para a avaliação de Departamento para a garantia de qualidade de cada um dos cursos e estabelecimentos de ensino do IP. Garantia da Qualidade (DGQ) - Elaboração de instrumentos de avaliação da qualidade e relatórios para a avaliação de - Secção de Garantia garantia de qualidade de cada um dos cursos e estabelecimentos de ensino do IP. - Secção de Auditoria - Verificação da satisfação dos procedimentos legais e administrativos na prática corrente. Centro Internacional de Investigação em Epistemologia e Reflexão Transdisciplinar (CIIERT) - Gabinete de Estudos Metodológicos e Tratamento de Dados (GMETDa) Colaborar com o Conselho Diretivo do IP na definição da política de investigação institucional; Coordenar a investigação institucional definida pelo CD; Proceder à avaliação ex-ante e ex-post dos projetos de investigação institucional; Estabelecer os procedimentos de acompanhamento financeiro e material dos projetos. Apoio metodológico aos projetos de Investigação (desenvolvida nas Unidades de Investigação ou no âmbito da formação de 1º e 2º ciclos); apoio ao DGQ no âmbito dos processos e instrumentos de avaliação institucional, nomeadamente no SIGQ-IP. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 17 Departamento para a Garantia da Qualidade SERVIÇOS ÂMBITO Departamento de Coordenação e Organização para o Ensino Superior (DCO) Apoio técnico-administrativo aos cursos dos estabelecimentos do IP; Articulação e organização da documentação nas relações com as agências de supervisão de tutela; Coordenação dos procedimentos administrativos referentes aos processos dos estudantes; Assessoria ao Conselho Diretivo do IP sobre as matérias em referência. Gabinete Central de Comunicação e Imagem (GCCI) Dinamização das atividades de divulgação, e informação dos estabelecimentos de ensino do IP. Serviços de Apoio ao Conselho Diretivo do IP Apoio ao funcionamento do Conselho Diretivo do IP nos aspetos técnicos e administrativos; Secretariado administrativo para os concursos, provas e graus académicos e inspeção da emissão de documentos referentes a graus. SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS Este Departamento concentrará toda a gestão dos RH do IP no que concerne a: Condições Departamento Recursos remuneratórias contratuais e procedimentos referentes ao seu processamento; Humanos Desenvolvimento dos perfis de funções; Assegurar a otimização dos RH; Assegurar os - Divisão de Gestão objetivos de gestão com a política institucional. Administrativa - Gestão administrativa dos RH, incluindo a contratação, expediente e arquivo, - Gabinete de Formação assiduidade, abonos e segurança social; Profissional - Organização e programação da formação profissional dos RH não académicos do IP, de - Gabinete de Higiene e acordo com o previsto no Código do Trabalho. Segurança no Trabalho - Assegurar o estabelecimento de procedimentos internos para a Higiene e Segurança no Trabalho do universo IP e garantir a sua implementação e controlo. Direção dos Serviços Financeiros e Patrimonial (DSFP) Esta Direção de Serviços concentrará todas as funções de natureza contabilística e financeira do conjunto dos estabelecimentos de ensino do IP; Definirá o conjunto de procedimentos envolvidos com todos os fluxos monetários e financeiros no seio da instituição e assegurará de forma permanente todos os quadros de indicadores de gestão para análise da Presidência do IP. Divisão Patrimonial (DP) Gestão do património fundiário do IP; Suporte e tratamento das questões de natureza legal referentes ao património OUTRAS UNIDADES E SERVIÇOS Divisão Tecnológica (DT) Conceção, desenvolvimento, exploração, manutenção dos sistemas de informação integrada do IP. Serviço de Documentação e Informação (SDI) Gestão de Bibliotecas e do seu acervo documental. Gabinete de Apoio a Projetos (GAP) Apoio técnico à formulação de candidaturas a projetos comunitários de I&D ou de outras fontes de financiamento. Participação em articulação com a DSFP. Serviço de Relações Internacionais (SRI) Coordenação, acompanhamento e apoio operacional ao desenvolvimento de iniciativas de cooperação e mobilidade académica no contexto ou não dos programas de mobilidade das instituições europeias. Assegurar o acompanhamento das cooperações institucionais internacionais nomeadamente do contexto do ERASMUS, da Fundação das Universidades Ibero-Americanas (FUNIBER) e do EPUF (Fórum das Universidades Mediterrâneas). Serviços de Ação Social (SASO) e Gabinete para a Inclusão Coordenação das atividades dos estabelecimentos de ensino do IP nos domínios do alojamento, alimentação, bolsas de estudo, procuradoria e outras atividades ligadas ao bem-estar e lazer dos estudantes. Coordenação e promoção da inclusão dos estudantes e trabalhadores com deficiência ou necessidades especiais visando a igualdade de oportunidades. Centro para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP) Promoção da capacitação individual de jovens com idade igual ou superior a 15 anos ou adultos que acompanhe as dinâmicas ao nível da empregabilidade e em convergência com as políticas públicas no âmbito do sistema de educação e formação; Desenvolvimento de processos e mecanismos de reconhecimento, validação e certificação de competências dirigidas a adultos (RVCC), nas vertentes escolar, profissional ou de dupla certificação, com base nos referenciais do Catálogo Nacional de Qualificações; Promoção, sempre que possível, da valência dirigida a pessoas com deficiência, visando dar resposta à necessidade de assegurar a sua integração social e laboral em articulação com o SASO. Indução e estimulação do clima académico; Apoio à inserção dos diplomados no mundo do Gabinete de Apoio à Inserção trabalho; Recolha e divulgação de informação sobre a empregabilidade dos diplomados, na Vida Académica e na Vida bem como sobre os seus percursos profissionais. Prospeção e análise de oportunidades de Ativa (GAIVAA) formação que respondam às necessidades do mercado. Quadro 1 – Estrutura orgânica dos serviços do IP de suporte às unidades de ensino 18 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Os mandatos de cada órgão de governo do IP e dos respetivos EES encontram-se devidamente identificados e homologados nos respetivos Decretos-lei que lhes conferem estatuto legal, pelo que não são aqui reescritos. EES Conselho Científico/Técnico-Científico Diretor Serviços de Secretaria Conselho Pedagógico Serviços de apoio ao Diretor Conselho Consultivo Provedor do Estudante Conselho Disciplinar Conselho Económico-Financeiro Figura 5 – Estrutura organizativa dos EES do IP 2.5 Estabelecimentos de Ensino Superior As atividades de ensino superior do IP decorrem em EES que compreendem Instituições de Ensino Universitário e Instituições de Ensino Politécnico, conforme o consignado no artigo 5º da Lei nº 62/2007 de 10 de setembro. Os Institutos Superiores de Estudos Interculturais e Transdisciplinares (ISEIT) constituemse como Estabelecimentos do Ensino Superior Universitário. São EES de alto nível na criação, transmissão e difusão da cultura, do saber e da ciência e tecnologia, através da articulação do estudo, do ensino e da investigação, do desenvolvimento experimental e da sua difusão, que conferem os graus de licenciado e de mestre. Os Estabelecimentos de Ensino Superior Politécnico englobam as Escolas Superiores de Educação (ESE) e as Escolas Superiores de Saúde (ESS). Os EES do sistema politécnico são, de acordo com o clausulado legal, instituições de alto nível orientadas para a criação, transmissão e difusão da cultura e do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental, que conferem os graus de licenciado e de mestre. A tipologia destes ensinos está conforme o consignado no artigo 11º da Lei de Bases do Sistema Educativo e no artigo 5 do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES). Manual de Qualidade do Instituto Piaget 19 Departamento para a Garantia da Qualidade 2.5.1 As Escolas Superiores de Educação (ESE) As ESE Jean Piaget são estabelecimentos do ramo do Ensino Superior Politécnico criadas pelo IP, conforme consignado na alínea e) do nº 1 do artigo 4º do Código Cooperativo, no artigo 11º da Lei de Bases do Sistema Educativo e no artigo 5º do RJIES. Os EES têm estatuto de interesse público reconhecido: para a ESE/Almada (Decreto-Lei nº 468/88 de 16 de dezembro), para a ESE/VNG (Decreto-Lei nº 468/88 de 16 de dezembro), para a ESE/Nordeste (Portaria nº 1130/90 de 15 de novembro), e para a ESE/Viseu (Portaria nº 1213/93 de 19 de novembro). Missão e Objetivos das ESE A missão e objetivos gerais das ESE enquadram-se no que se encontra definido para o IP. Em termos específicos as ESE são estruturas sociais destinadas à: Formação de professores para diferentes ciclos de ensino constantes do plano de ensino nacional; Formação de técnicos em áreas afins por natureza, ou ainda de outros técnicos e áreas que se considerem indispensáveis para o desenvolvimento das regiões onde se inserem; Criação, desenvolvimento, transmissão e difusão da cultura, das artes, das técnicas, das ciências e demais saberes; Participação de forma ativa e inovadora, no reforço do desenvolvimento humano integral e ecológico dos diferentes grupos etários e sociais em cada comunidade onde atue; Promoção e defesa de um conceito de prática social do desenvolvimento, num sentido integral e humanista, diversificador e em respeito pelos valores do ambiente e da criatividade dos indivíduos e da sociedade; Formação humana e ao mesmo tempo cultural, científica e técnica; Realização de investigação por si ou em parceria com instituições nacionais e internacionais; Promoção de uma cultura de qualidade; Participação em ações ao serviço da comunidade ou das empresas; Intercâmbio científico, técnico e cultural, com instituições congéneres, nacionais e estrangeiras. Mandato das ESE Organizar e ministrar CE do ensino superior politécnico; Promover e organizar ações de investigação e outros tipos de ações conducentes à finalização dos objetivos do seu projeto pedagógico e de serviço às comunidades envolventes; 20 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Realizar cursos de especialização não conferentes de grau, de atualização de conhecimentos e outros que no quadro da legislação possam contribuir para o desenvolvimento das regiões envolventes e do País; Realizar cursos não conferentes de grau no quadro das solicitações no contexto de “Aprendizagem ao Longo da Vida”; Colaborar com entidades públicas, privadas e cooperativas, nacionais ou estrangeiras, tanto a nível de formação como de investigação; Conceder graus, certificados e diplomas. 2.5.2 As Escolas Superiores de Saúde (ESS) As ESS são estabelecimentos do ramo de Ensino Superior Politécnico criadas pelo IP. As Escolas têm interesse público reconhecido: para a ESS/Silves (Decreto-Lei nº 36/02 de 06 de novembro), para a ESS/Viseu (Decreto-Lei nº 33/2002 de 03 de outubro), para a ESS/VNG (Decreto-Lei nº 51/2003 de 25 de março) e para a ESS/Nordeste (Portaria nº 602/93 de 24 de julho). Missão e Objetivos das ESS Tal como os restantes EES do IP, a missão e objetivos específicos subordinam-se ao que se encontra definido para o IP. São mandato específico das ESS a: Formação de técnicos de saúde para diferentes ciclos de formação nas suas várias valências; Criação, desenvolvimento, transmissão e difusão da cultura, das técnicas, das ciências e demais saberes pertinentes a cada uma das valências; Participação de forma ativa e inovadora, no reforço do desenvolvimento humano integral e ecológico e da promoção da saúde dos diferentes grupos etários e sociais em cada comunidade onde atue; Promoção e defesa de um conceito de prática social do desenvolvimento, num sentido integral e humanista, diversificador e em respeito pelos valores da saúde, dos indivíduos e sociedades; Formação humana e ao mesmo tempo cultural, científica e técnica; Realização de investigação por si ou em parceria com instituições nacionais e internacionais; Promoção de uma cultura de qualidade; Intercâmbio científico, técnico e cultural, com instituições congéneres nacionais e estrangeiras; Participar em ações ao serviço da comunidade ou das empresas contribuindo para o desenvolvimento do país, e particularmente das regiões onde se insere. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 21 Departamento para a Garantia da Qualidade Mandato das ESS Organizar e ministrar CE do ensino superior politécnico na área da Enfermagem e das Tecnologias da Saúde; Promover e organizar ações de investigação e outros tipos de ações conducentes à finalização dos objetivos do seu projeto pedagógico e de serviço às comunidades envolventes; Realizar cursos de especialização não conferentes de grau, de atualização de conhecimentos e outros que no quadro da legislação possam contribuir para o desenvolvimento das regiões envolventes e do País; Realizar cursos não conferentes de grau no quadro das solicitações no contexto de “Aprendizagem ao Longo da Vida”; Colaborar com entidades públicas, privadas e cooperativas, nacionais ou estrangeiras, tanto a nível de formação como de investigação; 2.5.3 Conceder graus, certificados e diplomas. Os Institutos Superiores de Estudos Interculturais e Transdisciplinares (ISEIT) Os ISEIT são estabelecimentos de Ensino Superior Universitário criados pelo IP conforme consignado na alínea e) do nº 1 do artigo 4º do Código Cooperativo, no artigo 11º da Lei de Bases do Sistema Educativo e no artigo 6º do RJIES. São estabelecimentos universitários com reconhecimento de interesse público para o ISEIT/Almada (Decreto-Lei nº 210/96 de 18 de novembro), para o ISEIT/Mirandela (Decreto-Lei nº 86/97 de 18 de abril), para o ISEIT/Santo André (Decreto-Lei nº 32/2001 de 11 de setembro), para o ISEIT/Viseu (Decreto-Lei nº 211/96 de 18 de novembro). Missão e Objetivos dos ISEIT Embora satisfazendo a missão e os objetivos genéricos da entidade instituidora, os ISEIT têm por objetivo o ensino universitário de alto nível nos domínios das artes, tecnologias, ciências humanas, ciências empresariais, ciências exatas e naturais, formação complementar, de aprofundamento e de extensão de conhecimentos, e a investigação de carácter inter e transdisciplinar e aplicada. A sua missão está orientada para a criação, transmissão e difusão dos ensinos praticados. Para além do objeto consignado pela lei, os ISEIT têm inscrito na sua missão: Promover a educação universitária dirigida diretamente para o desenvolvimento humano e para o progresso da sociedade; Promover uma cultura de qualidade; Contribuir para um processo formativo que garanta as bases para um processo de aprendizagem para toda a vida e para o desenvolvimento de outras formas e níveis de educação; 22 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Promover o desenvolvimento da investigação como processo inerente ao seu projeto educativo mas também como processo de desenvolvimento do seu pessoal docente; Contribuir para reforçar as capacidades empresariais e estruturas de apoio à atividade empresarial mediante uma ligação proactiva ISEIT-Empresa. Mandato dos ISEIT Coordenar, no contexto dos Planos de Estudo autorizados, a utilização dos recursos humanos e materiais de forma a garantir a eficiência e a eficácia desses recursos, não só no seio de cada campus, mas no IP como um todo, de tal forma que se rendibilizem os investimentos afetos à investigação e se assegure que todas as estruturas do IP participam de forma proactiva, para garantir as adequadas funções complementares; Harmonizar objetivos entre os diferentes atores dentro do sistema e impulsionar ligações entre o sistema e os parceiros; Promover parcerias efetivas com a sociedade civil envolvente, com a comunidade nacional e internacional; Promover a realização de cursos e outras ações formativas não conducentes a grau, de atualização de conhecimentos correspondentes a necessidades sentidas no contexto da “Aprendizagem ao Longo da Vida”; Conceder graus, certificados e diplomas correspondentes aos PE acima referidos, assim como às outras formações. 3 3.1 COMPROMISSO E POLÍTICA INSTITUCIONAL PARA A QUALIDADE Antecedentes em Relação à Garantia da Qualidade Em meados de 2001, o IP, no seu documento de Estratégia, colocou as questões da qualidade e da criação de uma cultura de qualidade nas suas linhas de política dando passos facilitadores para a sua implementação e rastreio. Atente-se ainda que no âmbito das suas atividades de Ensino, os diferentes EES do IP viram, desde 1994, os seus CE serem ciclicamente avaliados pela Fundação das Universidades Portuguesas no âmbito de uma iniciativa nacional de acreditação dos CE do Ensino Superior. Naquele contexto o IP criou em 1997, a nível central, um departamento próprio (Departamento de Orientação, Inspeção e Autoavaliação – DOIA) a que cometeu a responsabilidade de acompanhamento e autoavaliação dos EES que tutelava. Deve referir-se que quando apropriado, os planos de estudos se encontram acreditados pelos organismos profissionais. Também os CE ministrados, de há muitos anos, têm sido Manual de Qualidade do Instituto Piaget 23 Departamento para a Garantia da Qualidade submetidos a avaliações por parte das autoridades ministeriais competentes, avaliações essas que têm englobado, algumas vezes, a acreditação dos próprios EES. Anualmente, desde Janeiro de 1998, os CE, os vários EES e os vários Serviços têm sido submetidos a autoavaliações levadas a efeito pelo DOIA, que pautava a sua atuação de acordo com os critérios de autoavaliação desenvolvidos pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES). O novo enquadramento decorrente da implantação do Processo de Bolonha, paralelamente com as questões da governação, aconselhou não só uma revisão ao seu plano estratégico, mas um posicionamento reforçado em relação às questões da qualidade e a sua abordagem de forma política em relação ao conjunto de atividades institucionais. Em cumprimento das diretrizes tanto da OCDE como da ENQA, o Governo Português decidiu, no mesmo decreto que extinguiu o CNAVES, criar a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). Por conseguinte, a Lei n.º 38/2007, de 16 de agosto, aprova o Novo Regime Jurídico de Avaliação do Ensino Superior (RJAES, 2007), que estabelece determinados parâmetros de avaliação da qualidade relacionados com a atuação das Instituições de Ensino Superior (Art. 4.º, ponto 1) e com os resultados decorrentes das atividades dos mesmos (Art. 4.º, ponto 2). No art.17.º do mesmo diploma recomenda-se às Instituições de Ensino Superior (IES) garantir a qualidade, pelo que na opinião da ASEAN University Network (2004, p. 20) a garantia da qualidade é entendida como “uma atenção sistemática, estruturada e contínua da qualidade em termos da sua manutenção e melhoria”. No desenho do SIGQ-IP, e em harmonia com os documentos orientadores da A3ES (Santos, 2010, p. 98-103), consideraram-se quatro propósitos gerais – transparência (através da accountability), conformidade, controlo e melhoria contínua – tendo-se em conta um conjunto de referências diretoras para a gestão interna da qualidade, nomeadamente: 1. Definição da política e objetivos de qualidade: consolidação de uma cultura de qualidade, apoiada numa política e em objetivos de qualidade formalmente definidos e publicamente disponíveis; 2. Definição e garantia da qualidade da oferta formativa: estabelecimento de mecanismos para a avaliação e renovação da oferta formativa, e desenvolvimento de metodologias para a aprovação, acompanhamento e revisão periódica dos CE e graus; 3. Garantia da qualidade das aprendizagens e apoio aos estudantes: definição de procedimentos que permitam promover e comprovar a qualidade do ensino ministrado e garantir que este tem como finalidade fundamental o favorecimento da aprendizagem dos estudantes; 24 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade 4. Investigação e desenvolvimento: definição de mecanismos para promover, avaliar e melhorar a atividade científica, tecnológica e artística adequada à missão institucional; 5. Relações com o exterior: definição de mecanismos que permitam promover, avaliar e melhorar a colaboração interinstitucional e com a comunidade, nomeadamente quanto ao contributo para o desenvolvimento regional e nacional; 6. Recursos humanos: definição de mecanismos apropriados para assegurar que o recrutamento, gestão e formação do pessoal docente e pessoal de apoio se efetua com as devidas garantias de qualificação e competência para que possam cumprir com eficácia as funções que lhes são próprias; 7. Recursos materiais e serviços: definição de mecanismos que permitam planear, gerir e melhorar os serviços e recursos materiais com vista ao desenvolvimento adequado das aprendizagens dos estudantes e demais atividades científicopedagógicas; 8. Sistemas de informação: desenvolvimento de mecanismos que permitam garantir a recolha, análise e utilização dos resultados e de outra informação relevante para a gestão eficaz dos CE e demais atividades; 9. Informação pública: definição de mecanismos que permitam a publicação periódica de informação atualizada, imparcial e objetiva, tanto quantitativa como qualitativa, acerca dos CE, graus e diplomas oferecidos e das demais atividades desenvolvidas; 10. Internacionalização: desenvolvimento de mecanismos que permitam promover, avaliar e melhorar as atividades de cooperação internacional. 3.2 Compromissos em Relação à Garantia da Qualidade Em termos institucionais, no quadro do Plano Estratégico 2010-2013, o Conselho Diretivo do IP afirmou de forma clara o seu “compromisso em relação ao Ensino Superior (ES) Universitário e Politécnico, à investigação e formação pós-graduada, bem como o seu compromisso em responder às exigências da formação superior em Portugal, e do espaço europeu de ensino superior”. Estas exigências, que respondem aos quadros legais enquadradores da satisfação da Garantia da Qualidade decorrentes de Bolonha, dão sequência a uma prática de autoavaliação já seguida na instituição, conforme já decorria do prescrito na Revisão Constitucional de 1997, que expressava que “as universidades gozam, nos termos da Lei, de autonomia estatutária, científica, pedagógica, administrativa e financeira, sem prejuízo de adequada avaliação da qualidade do ensino”. Assim, o compromisso institucional, agora reafirmado, recoloca no topo das preocupações estratégicas do Conselho Diretivo do IP, como entidade instituidora responsável pela criação de condições materiais, físicas e humanas, adequadas ao bom funcionamento dos EES que tutela, “o compromisso de responder adequadamente ao desafio da qualidade”. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 25 Departamento para a Garantia da Qualidade O Conselho Diretivo do IP dá assim corpo formal ao seu compromisso com a qualidade dos seus EES no quadro do estatuído nos artigos 147º, nº 1, 161º e 162º do RJIES, bem como da Lei nº 38/2007, em particular dos normativos constantes nos artigos 17º, 18º e ainda o nº 1 do artigo 19º, que basicamente traduzem a transposição para o regime jurídico nacional dos padrões europeus estabelecidos para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior. Este Plano, embora numa fase de análise e melhoria, também progressiva, é a expressão formal do compromisso da gestão de topo do IP relativamente à configuração do SIGQ-IP e dos procedimentos adotados para os seus EES, no contexto daquele sistema. O compromisso institucional, afirmando a sua responsabilidade primeira da gestão de topo em relação aos EES que tutela, é pois uma afirmação inequívoca da sua vontade de dar satisfação às obrigações já afirmadas nos seus Estatutos e o reconhecimento da sua responsabilidade em relação aos seus stakeholders. Conforme expresso nos seus Estatutos (artigo nº 43 do Diário da República 2ª série, nº 157 de 14 de Agosto de 2009), o IP disporá de um Sistema para a Garantia Interna da Qualidade do seu ensino, quer ao nível da investigação formalizada por projetos, quer ao nível dos ensinos que promove, “criará mecanismos de avaliação permanente das suas atividades; uma das formas de avaliação consistirá na elaboração de relatórios anuais por parte dos responsáveis pela gestão de todos os órgãos e serviços do Instituto; periodicamente o Instituto promoverá a realização de uma avaliação global do seu funcionamento…”. O programa de ação do IP identifica vetores estratégicos que congregarão recursos humanos e materiais para o desenvolvimento integrado de todas as ações correspondentes às áreas-chave de formação superior (objetivos estratégicos) e a atividades transversais que suportam o desenvolvimento harmonioso do IP (objetivos transversais de suporte), como se elencam na Figura 6. Os Objetivos Estratégicos (OE) estão centrados em três vetores: 1) Ensino: melhorar a oferta formativa, garantindo a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem; 2) Investigação: desenvolver as atividades de investigação, identificando e focando a Investigação nas áreas estratégicas de desenvolvimento na instituição, desenvolvendo a capacidade de apoio a estas atividades; 3) Transferência de Conhecimento: focar o IP no empreendedorismo, na inovação e na transferência de conhecimento, aumentando a sua influência na Sociedade, através da implementação de mecanismos, em termos de programas, financiamento e serviços de apoio a estas atividades. Os Objetivos Transversais de Suporte (OT) estão centrados no seguintes vetores: 26 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade 1) Internacionalização: promover a visibilidade internacional do IP e a atratividade junto de estudantes e docentes estrangeiros, fortalecendo as parcerias institucionais internacionais; 2) Avaliação Interna: assegurar práticas adequadas a todos os níveis e em todas as áreas da organização, com processos de avaliação ajustados que promovam a qualidade do ambiente de trabalho, onde o reconhecimento do mérito assegure elevados índices individuais de motivação, produtividade e empenho na estratégia do IP; 3) Comunicação: implementar iniciativas que promovam a organização interna e o impacto do IP na Sociedade, fortalecendo a sua visibilidade externa; 4) Serviços, Infraestruturas e Tecnologias de Informação: rever de forma continuada os serviços, os seus processos e recursos, tendo em vista o aumento da qualidade e eficiência, contribuindo para uma melhoria global da qualidade de vida nos EES do IP. Centrados: No Ensino; Na Investigação; Na Transferência de Conhecimento. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS OBJETIVOS TRANSVERSAIS DE SUPORTE PRIORIDADES OPERACIONAIS Centrados: Na Internacionalização; Na Avaliação Interna; Na Comunicação; Nos Serviços, Infraestruturas e Tecnologias de Informação. Centradas: Na liderança e na gestão; Na construção de parcerias; Na governação sustentável. Figura 6 - Objetivos e Prioridades do IP No Quadro 2 apresentam-se os objetivos operacionais, enquadrados nos objetivos estratégicos (OE) ou transversais de suporte (OTS) e os indicadores que permitirão aferir o grau do seu cumprimento. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 27 Departamento para a Garantia da Qualidade OE / OTS Objetivos Operacionais Indicadores Ensino Criação, revisão e extinção de ofertas de ensino Taxa de CE acreditados; N.º de cursos extintos; N.º de CE oferecidos; N.º de matriculados por CE Monitorização da qualidade pedagógica das UC Taxa de UC avaliadas; Níveis de qualidade pedagógica Monitorização da qualidade pedagógica dos Ciclos de Estudo Taxa de CE avaliados; Níveis de qualidade pedagógica Aumento do rendimento escolar e redução das taxas de abandono Taxa de aprovação; Taxa de abandono; Taxa de diplomados; N.º médio de anos para conclusão do CE Monitorização do recrutamento de estudantes Nota média de seriação; Taxa de ocupação Investigação Transferência de Conhecimento Internacionalização Avaliação das atividades de investigação N.º de projetos; Taxa de projetos financiados; Financiamento anual; Taxa de docentes que participam em Centros de Investigação Divulgação científica N.º de publicações; N.º de citações Avaliação da satisfação e da empregabilidade dos diplomados Nível de satisfação dos diplomados; Taxa de empregabilidade; Tempo médio de espera para 1º emprego Avaliação da satisfação das entidades empregadoras Nível de satisfação das entidades empregadores Promoção de programas de mobilidade Taxa de docentes e de estudantes a frequentar programas de mobilidade Participação em projetos internacionais N.º de projetos Desenvolvimento de acordos e N.º de acordos e protocolos protocolos com parceiros internacionais Avaliação Interna Implementação do SIGQ-IP Cumprimento de prazos e nível de concretização dos objetivos estabelecidos Comunicação Revitalização da comunidade de antigos alunos N.º de alunos inscritos Reforço da presença na internet Conteúdos e meios produzidos, no site do IP Participação em encontros e feiras de divulgação do Ensino Superior N.º de ações realizadas Consolidação da ligação com professores N.º de ações realizadas; N.º de professores e e alunos do Ensino Secundário (ações e de alunos inscritos formação, seminários, programas, cursos de verão) Serviços, Infraestruturas e Tecnologias de Informação Divulgação e promoção de eventos culturais N.º de exposições, concertos, workshops, concursos, ... Avaliação do desempenho dos serviços N.º de serviços avaliados Avaliação da satisfação dos utentes dos serviços Nível de satisfação dos utentes dos serviços Recursos Humanos Rácio estudante/docente; Rácio estudante/não docente; Rácio não docente/docente; Rácio nº de horas de formação/funcionário Informação e documentação N.º de bases de dados; N.º de livros; N.º de periódicos Desmaterialização de processos N.º de processos desmaterializados Quadro 2 – Objetivos e Indicadores 28 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Os objetivos estratégicos definem-se num horizonte temporal alargado, antecipando-se que os objetivos transversais de suporte serão permanentemente ajustados ou modificados conforme requerido pelas mudanças nas procuras sociais externas e no ambiente interno. As revisões sobre as mudanças nas condições operacionais, e a sensibilidade e importância das mesmas, são elementos fundamentais para o planeamento operacional, e estarão sobre revisão contínua por forma a manter o posicionamento competitivo do IP e o seu percurso progressivo na melhoria da qualidade. Ventilação das Responsabilidades da Garantia da Qualidade 3.3 Sendo certo que a qualidade e a sua garantia é da responsabilidade de cada um dos membros da organização, importa, no âmbito do SIGQ-IP, afetar responsabilidades a cada nível executivo da organização. 3.3.1 Responsabilidades dos Órgão Institucionais Conselho Diretivo do Instituto Piaget No seu todo, o Conselho Diretivo do IP cabe a gestão estratégica da qualidade com a responsabilidade específica de: Explicitação da política da Qualidade e definição do respectivo sistema; Responsabilidade, autoridade e comunicação a todos os níveis do sistema; Planeamento integrado dos calendários de implementação; Revisão periódica do Sistema; Assegurar as condições para um ensino-aprendizagem de qualidade, em diálogo com os EES; Preparar as condições formais para a acreditação académica das formações que tutela. Particularmente ao membro do Conselho Diretivo do IP que tutela o pelouro da Garantia da Qualidade cabe: Definir e assumir no seio dos EES do IP a responsabilidade pela gestão estratégica e académica da qualidade e dos respectivos standards, bem como o seguimento de metodologias e instrumentos de avaliação coerentes entre os Campi; Assumir a responsabilidade estratégica no seio dos EES pela promoção e desenvolvimento da qualidade; Assumir a responsabilidade pela gestão da estratégia educativa do IP; Homologar o Relatório Anual sobre o Funcionamento do Sistema Interno de Garantia da Qualidade do Instituto Piaget (RASIGQ-IP). Manual de Qualidade do Instituto Piaget 29 Departamento para a Garantia da Qualidade Diretor(a) do Estabelecimento de Ensino Superior O(a) Diretor(a) do EES deverá constituir-se como “promotor da qualidade” junto ao respectivo Estabelecimento de Ensino Superior, funcionando como interlocutor permanente do DGQ na coordenação interna dos processos relativos à Garantia de Qualidade. Para tal compete-lhe: Explicitar e propor ao Conselho Diretivo do IP os recursos humanos e materiais necessários para suportar os objetivos dos CE ministrados no EES; Rever os CE em funcionamento de acordo com as diretrizes institucionais; Promover as medidas necessárias para o encaminhamento de proposta de novos CE, revisões de fundo dos programas e interrupção de outros, aprovados pelo Conselho Pedagógico e pelo Conselho Científico/Técnico-Científico, para posterior decisão do Conselho Diretivo do IP; Elaborar informação do desempenho do pessoal docente e não docente aos níveis superiores de responsabilidade, conforme definidos pelo Conselho Diretivo do IP, e garantir o rastreio documental da informação prestada; Supervisionar o desenvolvimento e gestão dos códigos de boas práticas estatuídos e outros procedimentos de garantia de qualidade; Preparar, quando apropriado, os elementos necessários à acreditação profissional; Promover a criação de equipas/grupos de melhoria para dar resposta aos resultados das revisões/recomendações dos processos de avaliação; Facilitar os procedimentos necessários para a implementação do SIGQ-IP ao nível do EES; Facilitar os procedimentos de melhoria de qualidade, bem como a sua disseminação na comunidade académica, incutindo uma cultura de qualidade no EES; Elaborar, coadjuvado pelo RLIQ, o Relatório de Avaliação do EES (RAQ-EES); Participar nas reuniões de acompanhamento local promovidas pelo Responsável Local de Implementação da Qualidade (RLIQ). Conselho Científico/Conselho Técnico Científico do Estabelecimento de Ensino Superior: Pronunciar-se sobre a admissão do pessoal docente e investigador, conforme estipulado nas normas do processo de seleção e recrutamento do Pessoal Docente apresentadas neste Manual; Pronunciar-se sobre a criação de CE e aprovar os respetivos planos de estudos; Apreciar e aprovar o RCCE e o RAQ-EES. Conselho Pedagógico do Estabelecimento de Ensino Superior: 30 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Pronunciar-se sobre a criação de CE e sobre os planos dos CE ministrados; Fixar os objetivos apropriados de ensino-aprendizagem dos CE ministrados no EES; Avaliar o sucesso do cumprimento dos objetivos da aprendizagem, do ensino e da aquisição de competências dos estudantes; Monitorizar e rever o regulamento de frequência e avaliação conforme definido em cada CE, para que reflita a prática das UC; Pronunciar-se sobre as orientações pedagógicas e os métodos de ensino e avaliação; Promover, em colaboração com o RLIQ, a realização de inquéritos regulares a docentes e a estudantes, permitindo aferir o desempenho pedagógico no EES; Promover, em colaboração com o RLIQ, a realização da avaliação do desempenho pedagógico dos docentes, por estes e pelos estudantes, respetiva análise e apresentação superior; 3.3.2 Apreciar e aprovar o RCCE e o RAQ-ESS. Estruturas de Suporte e Níveis de Responsabilidade As estruturas de suporte do SIGQ-IP têm como missão apoiar os órgãos institucionais nas responsabilidades que lhes estão estatutariamente atribuídas, facilitando procedimentos, fluxos de informação e articulação sistémica, no sentido da melhoria contínua da qualidade. As estruturas de suporte do SIGQ-IP são as seguintes: Departamento para a Garantia da Qualidade (DGQ); Responsável Local para a Implementação da Qualidade (RLIQ); Coordenação do Ciclo de Estudos (CCE) Unidade de Auditoria Interna (UnAI) Departamento para a Garantia da Qualidade (DGQ) O DGQ tem como missão principal a promoção e a monitorização da Qualidade mediante o desenho e a implementação de um Sistema Interno de Garantia da Qualidade. Em toda a sua atuação, o Departamento intervirá como estrutura facilitadora e indutora dos objetivos que se lhe confiam, não conflituando a sua ação com o normal funcionamento das estruturas organizativas e formais do IP, às quais se não sobreporá, mas influenciará, obtendo para o efeito os necessários consensos institucionais. Esta é uma estrutura transversal de apoio técnico e logístico ao SIGQ-IP, coordenado por um Gestor da Qualidade. Compete ao DGQ: a) Apoiar tecnicamente o Conselho Diretivo do IP no respeitante à Garantia da Qualidade; Manual de Qualidade do Instituto Piaget 31 Departamento para a Garantia da Qualidade b) Garantir a coordenação e apoio aos processos de avaliação interna e externa dos EES do IP; c) Coordenar e dinamizar a implementação e melhoria do SIGQ-IP; d) Elaborar o plano anual de intervenção no domínio da qualidade; e) Promover a preparação e revisão/atualização dos instrumentos de avaliação e de melhoria no âmbito do SIGQ-IP; f) Fazer o tratamento dos dados relativos à qualidade e elaborar os relatórios técnicos de autoavaliação; g) Elaborar uma atualização periódica (trianual) dos Indicadores do Progresso Institucional, para suportar as análises a efetuar pelos órgãos dos vários EES e pelo Conselho Diretivo do IP; h) Dinamizar e acompanhar a implementação dos planos de melhoria de cada CE; i) Dinamizar e acompanhar a aplicação dos instrumentos de audição nomeadamente aos docentes, discentes e graduados, bem como o seu processamento e análise; j) Acompanhar e apoiar tecnicamente a execução de auditorias internas ao funcionamento do SIGQ-IP; k) Acompanhar o desenvolvimento e adequação do sistema de informação ao SIGQ-IP; l) Elaborar, em colaboração com cada RLIQ, o relatório de avaliação da qualidade do(s) seu(s) Estabelecimento(s) Ensino Superior (RAQ-EES); m) Elaborar o RASIGQ-IP e o Manual de Boas Práticas do IP, por forma a adequar permanentemente os instrumentos de avaliação e os procedimentos às mudanças do ambiente interno e externo de funcionamento dos EES; n) Articular-se com o DCO para que a estrutura da documentação que suporta a Garantia da Qualidade da Oferta Educativa dos diferentes EES esteja prevista e validada; o) Recolher e tratar a informação sobre programas nacionais ou internacionais relacionados com a avaliação da qualidade no ensino superior; p) Promover e coordenar juntamente com o CIIERT estudos sobre a avaliação, qualidade e ensino-aprendizagem no ensino superior, ou de inovações pedagógicas que sejam convergentes com os objetivos de política de qualidade definidos pelo Conselho Diretivo do IP; q) Fornecer à Direção de cada EES o seu Relatório de Avaliação da Qualidade (RAQEES) e o Manual de Boas Práticas do IP, para aprovação do EES em sede de Conselho Pedagógico; r) Promover a participação de entidades externas ao IP nos processos de garantia da qualidade, especialmente da comunidade e de entidades colaboradoras com a Instituição, assim como de peritos independentes em processos de avaliação. As tarefas afetas ao DGQ requerem uma articulação funcional entre esta estrutura transversal e os demais órgãos e departamentos do IP como sejam as Direções de cada EES, os respetivos Conselhos Pedagógicos e os RLIQ. 32 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Responsável Local para a Implementação da Qualidade (RLIQ) O Responsável Local para a Implementação da Qualidade (RLIQ) constitui-se como uma extensão do DGQ em cada EES, sendo a sua a unidade operacional de comunicação com os diferentes EES. É sua missão: Assegurar a operacionalização da implementação dos procedimentos definidos no Manual da Qualidade do IP para a gestão da qualidade em cada EES; Coordenar a aplicação local, em conformidade com o definido pelo DGQ, dos instrumentos de avaliação contemplados no SIGQ-IP; Assegurar a participação de todos os agentes locais nos processos de avaliação da qualidade; Coadjuvar o Diretor do EES na elaboração do RAQ-EES; Atuar em articulação com o DGQ ao nível do Conselho Diretivo do IP, nas áreas de auditoria, revisão externa e acreditação dos CE do EES; Promover, de acordo com as necessidades de cada EES, as reuniões periódicas de acompanhamento local com os órgãos legalmente estatuídos, com a coordenação de cada CE, com os representantes do pessoal não docente e com os delegados de ano. Composição: O RLIQ é um Docente1 de cada EES do Campus; O Diretor do EES em articulação com o Presidente de Campus nomeará o RLIQ; No caso de existirem dois ou mais EES num Campus, um dos RLIQ, indicado pela Presidência do Campus, deverá assumir as funções de Coordenador Local para a Implementação da Qualidade. Mandato: O RLIQ terá um mandato de 2 anos, podendo este ser renovado no máximo uma vez, por igual período de tempo. Coordenação do CE Propor a atualização periódica dos programas das UC que compõem o CE, de acordo com o previsto no art.º 26, ponto 2, alínea e) do Guia Indicativo do EES; Promover a qualidade e o prestígio do CE que coordena, respondendo às necessidades dos estudantes, dos docentes e às exigências sociais e do mercado de trabalho, de acordo com o previsto no art.º 26, ponto 2, alíneas c) e f) do Guia Indicativo do EES; 1 O exercício destas funções é contabilizado na atividade académica do docente. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 33 Departamento para a Garantia da Qualidade Definir, com o corpo docente do CE, auscultando as entidades empregadoras e tendo como referência a missão da Instituição e as exigências do mercado de trabalho, o perfil profissional do futuro graduado, redefinindo, se necessário, os objetivos e as competências a adquirir pelos estudantes no CE; Monitorizar o percurso académico do estudante (como previsto no SIGQ-IP), identificando necessidades e/ou oportunidades de intervenção; Apoiar a construção, articulação e mobilização de uma equipa docente coesa, comprometida e participativa na melhoria contínua do processo de ensinoaprendizagem; Contribuir para o marketing do CE; Promover a interdisciplinaridade e a transversalidade entre as UC do CE; Garantir, em estreita colaboração com o(s) docente(s) de cada UC, que os estudantes adquirem as competências definidas em cada UC e no CE como um todo; Colaborar nas propostas de atualização dos programas das UC apresentadas pelo corpo docente do CE mediante o Relatório da Unidade Curricular (RUC), cabendolhe o aprumo de garantir a coerência com os objetivos, competências a adquirir pelos estudantes e com a missão institucional; Promover e coordenar os processos de autoavaliação do CE, preparar o Relatório de Coordenação do Ciclo de Estudos (RCCE), apresentar as respetivas propostas de melhoria e velar pela sua implementação; portanto a Coordenação do CE é a responsável direta pela implementação dos mecanismos de garantia de qualidade do CE; Participar nas reuniões de acompanhamento local promovidas pelo RLIQ. Unidade de Auditoria Interna Como complemento e um instrumento de integração do SIGQ-IP, o IP estabeleceu uma Unidade de Auditoria Interna (UnAI)2 que será uma forma abrangente de verificação do funcionamento do SIGQ-IP, nomeadamente de verificação das atividades, procedimentos e funções3. No contexto do SIGQ-IP, a criação de uma unidade de auditoria visa dois grandes objetivos que balizam o seu âmbito de atividade: 1) Verificar se as atividades relativas à qualidade e os resultados associados estão conformes as disposições no Manual de Qualidade; 2) Determinar a eficácia do SIGQ-IP como um todo. Não deve ser confundida com qualquer atividade de inspeção ou de rotina, nem com as atividades e formas de atuação das auditorias externas. 3 Evitar a confusão com a avaliação de desempenho, mérito ou qualquer outro campo operacional, quer de pessoas, quer de chefias. 2 34 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Na avaliação dos processos definidos no âmbito do SIGQ-IP a auditoria tem três vetores de intervenção que enquadram a sua esfera de ação como se sintetiza na Figura 7. Vetor 1 Verificar se os procedimentos do sistema estão adequadamente documentados. Vetor 2 Verificar se as instruções e informações transmitidas pela documentação estão a ser entendidas e postas em prática. Vetor 3 Verificar se os procedimentos constantes do SIGQ-IP resolvem os problemas de uma forma sistemática e eficaz. Figura 7 – Vetores de Intervenção do Auditor Interno A criação da UnAI corresponde assim à necessidade de criação de um método de verificar formal e sistematicamente os três vetores acima referidos. Deste modo, é um dos requisitos fundamentais de um sistema de garantia da qualidade, já que permite comprovar a adequabilidade do SIGQ-IP e/ou pôr em evidência as suas deficiências. As auditorias usam um conjunto de técnicas que se baseiam na verificação objetiva do cumprimento dos procedimentos aplicáveis. Linhas Guia de Procedimentos e Composição As atividades da UnAI serão atividades programadas, documentadas e realizadas de forma sistemática. Os seguintes aspetos são impositivos quer na composição quer na atuação: São realizados por pessoas independentes das áreas auditadas e não deve incluir elementos que façam parte do DGQ; São verificações realizadas por amostragem aleatória, pelo que não é esperado que se detetem todas as deficiências ou não conformidades; São realizadas de uma forma objetiva, isto é, baseadas em evidências demonstráveis e não em opiniões ou juízos de valor subjetivos; São documentadas e planeadas. Características da UnAI Tratando-se de uma Unidade de Auditoria Interna, em atuação e âmbito definido pelo IP, apresentam-se caraterísticas específicas orientadoras da sua ação, nomeadamente: Frequência de realização relativamente curta (inferior à de uma auditoria externa); Ações corretivas rápidas; Os resultados e a sua análise fazem obrigatoriamente parte da revisão do SIGQ-IP pelo Conselho Diretivo do IP. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 35 Departamento para a Garantia da Qualidade Estão ainda no âmbito da UnAI as Auditorias de Diagnóstico, realizadas por iniciativa do Conselho Diretivo do IP, com vista a avaliar o seu próprio sistema, normalmente com vista a definir planos de ação de melhoria com objetivos específicos e mais alargados que os inerentes ao normal funcionamento do SIGQ-IP. Nestes casos os termos de referência devem ser criteriosamente definidos para que não haja sobreposição das competências cometidas a cada um dos elos do SIGQ-IP. Esta separação de âmbito do DGQ com o da UnAI é fundamental ao normal funcionamento da auditoria e do SIGQ-IP. 4 SISTEMA INTERNO DE GARANTIA DE QUALIDADE DO IP Âmbito e Objetivos 4.1 Mais do que estar preparado para responder às várias solicitações associadas aos processos de avaliação externa, e tal como decorre dos instrumentos legais que regem o sistema de ensino superior em Portugal, o IP está a organizar-se para garantir aos seus estudantes a qualidade das formações que promove e oferece. Neste quadro, o Sistema Interno de Garantia de Qualidade (SIGQ-IP) tem como objeto as diversas dimensões da missão institucional, abrangendo de forma sistemática e organizada todas as atividades desenvolvidas pelos estabelecimentos de ensino tutelados pelo IP. O sistema de garantia de qualidade englobará assim de forma integrada: A organização e melhorias que aumentem a fluidez e transparência da informação ao serviço dos estudantes, docentes e restante pessoal não docente e administrativo; A clara divisão de responsabilidades; O estabelecimento de mecanismos dirigidos à melhoria contínua da qualidade da formação, dos procedimentos e das práticas ao longo de toda a estrutura; Os processos (incluindo a documentação transparente e rastreável) e os recursos. O Manual de Qualidade constitui o guia dos procedimentos adotados pelo IP para os mecanismos e procedimentos de garantia de qualidade espelhada nos respetivos relatórios de autoavaliação e da sua melhoria progressiva. A montagem do SIGQ-IP desenvolver-se-á em torno dos vetores de missão, relativos ao ensino, à investigação e à transferência de conhecimento, e dos vetores de suporte transversal com potencial para impactar positivamente na qualidade da oferta educativa, nomeadamente a internacionalização, a avaliação interna, a comunicação, as infraestruturas, os serviços e as tecnologias de informação. 36 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade O SIGQ-IP tem de ser encarado, e daí a razão para que a sua responsabilidade primeira esteja afeta ao Conselho Diretivo, na sua múltipla missão de apoio ao planeamento estratégico, promoção contínua das atividades formativas e prestação de contas aos stakeholders – estudantes e sociedade em geral (garantia de qualidade). A promoção contínua da qualidade tem, pois, por finalidade, promover a definição e documentação dos elementos estruturantes visando a implementação da política para a qualidade, interessa portanto evidenciar: A estratégia institucional para a qualidade; A afetação das responsabilidades dos diferentes órgãos e níveis de gestão nos processos para a garantia da qualidade; Os processos de monitorização, controlo, análise e retroação para resolução de inconformidades e melhoria contínua; As formas de participação dos estudantes, do pessoal docente e restante pessoal não docente e administrativo, bem como de parceiros externos envolvidos na vida institucional; A organização do sistema e o seu modo de monitorização. Todos os procedimentos de conceção e desenvolvimento do SIGQ-IP implicam necessariamente abordar as seguintes componentes: definição de objetivos, identificação do público-alvo (conhecer as suas expetativas, necessidades e sugestões de melhoria), planeamento da ação (conceção do sistema), execução e obtenção dos resultados, análise e tratamento da informação, reflexão crítica (avaliação) e melhoria (plano de melhoria e correção de inconformidade). Assim, o SIGQ-IP em implementação foi desenhado para ser capaz de: 1. Permitir perceber em determinado momento qual a posição em que o IP se encontra no que concerne aos processos de avaliação e garantia da qualidade; 2. Permitir conhecer os instrumentos e mecanismos que garantam rastrear a melhoria contínua dos processos associados à atividade docente (ensino-aprendizagem; investigação; extensão universitária; e gestão académica) e aos serviços de suporte académico; 3. Possibilitar perceber a infraestrutura de gestão do conhecimento e o serviço de apoio à atividade universitária que reflitam as necessidades da comunidade universitária e o que dela é pedido pela sociedade. O primeiro passo tomado neste sentido, e que nesta fase centra a atenção deste Manual, foi o desenvolvimento de um subsistema de Garantia de Qualidade das UC e dos CE tutelados pelo IP, e que integrará progressivamente os outros subsistemas relativos às restantes áreas de atividades conexas com o ensino e funcionamento dos diferentes EES. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 37 Departamento para a Garantia da Qualidade Princípios do SIGQ-IP 4.2 Convergente com os objetivos expressos nas diretivas estratégicas constantes do Plano Estratégico do Instituto Piaget (“Forte consistência na Educação, sustentada por um Sistema de Controlo de Qualidade”), o objetivo central do IP é o de facilitar e criar condições para o reforço contínuo do ambiente de ensino-aprendizagem. Isto envolve o encorajamento e o suporte para a criação de uma cultura de qualidade e dos standards, o que incluiu necessariamente uma reflexão regular e revisão dos curricula e das atividades de ensino. O IP assegura que a conceção e o desenho do SIGQ-IP se conformam com os objetivos e diretivas estabelecidos na legislação em vigor pela autoridade de avaliação e acreditação (A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior). O SIGQ-IP também envolve: A revisão periódica das UC e dos CE – conduzida pela instituição – que dirigirá o seu enfoque nas estratégias e nos sistemas da instituição para reforçar o ensinoaprendizagem; A autoavaliação dos EES; A participação de todos os stakeholders (comunidade académica e sociedade em geral) no contexto da avaliação; Discussões anuais do funcionamento do SIGQ-IP, realizadas entre os RLIQ e o DGQ, com o objetivo de identificar as boas práticas institucionais, assim como as fragilidades do sistema, permitindo a definição de ações corretivas; Disseminação dos resultados da implementação do SIGQ-IP. O IP reconhece que a influência principal na qualidade do ensino e nas experiências de aprendizagem dos estudantes subjaz em cada membro individual do corpo docente e nas relações professor-estudante que emergem dos contatos com o professor. O responsável pela operacionalização da garantia da qualidade, em articulação com o responsável institucional de topo, deve facilitar uma prática reflexiva e inovadora nesta área. O desenvolvimento da qualificação e, se possível, o estabelecimento de um sistema justo que recompense o ensino de qualidade, são instrumentos importantes no desenvolvimento de uma cultura de promoção da qualidade. Sendo indiscutível que a qualidade individual de cada um dos estudantes tem um efeito marcante na qualidade da aprendizagem e no bom aproveitamento da estrutura académica, o IP, para a criação das melhores experiências formativas para o estudante, deve assegurar que o ambiente de aprendizagem esteja focalizado no estudante. Para satisfação desse objetivo deverão estar assegurados e suscetíveis de observação e rastreio mecanismos efetivos de suporte à representação dos estudantes (preenchimento de questionários e de relatórios de discência, representação nos órgãos estatutariamente instituídos, participação nos mecanismos do SIGQ-IP). 38 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Os funcionários do IP responsáveis dos serviços de suporte académico, nomeadamente das secretarias, dos serviços de documentação e informação e das outras estruturas de suporte, devem ser solícitos na satisfação de necessidades de apoio às aprendizagens. O IP considera que as participações externas, fundamentalmente ao nível dos potenciais empregadores, constituem um contributo importante na apreciação dos conteúdos curriculares e dos CE, promovendo a garantia da qualidade das formações oferecidas. Por outro lado, são também um valioso contributo para a reflexão que os docentes a cada momento devem fazer sobre os conteúdos do ensino e sobre as competências que os CE e UC devem estar a proporcionar. Na construção e desenho do SIGQ-IP tiveram-se em consideração os seguintes princípios operacionais: Eficiência e economia de esforços; Prontidão e oportunidade; Transparência e capacidade em ser facilmente auditável; Acessibilidade e facilidade de participação; Clareza documental; Envolvimento dos representantes dos estudantes em todas as fases; Consistência de tratamento de todos os procedimentos dentro da instituição. Dadas as caraterísticas da instituição muitos aspetos diferentes do ensino-aprendizagem devem ser considerados no SIGQ-IP como sejam: A natureza da UC; As diferentes abordagens ao ensino (e-learning; formação contínua); A necessária afetação de responsabilidades quanto a padrões definidos de qualidade aos EES e às coordenações dos CE; As diferenças potenciais necessárias entre as formações de 1º e 2º ciclos; Os diferentes requisitos entre as UC; O papel da investigação supervisionada no caso das formações de 2º ciclo; As necessidades dos estudantes internacionais, se for esse um elemento da estratégia institucional; A colaboração com outras instituições e a forma de que se reveste. O SIGQ-IP foi desenhado para: Assegurar um recrutamento dinâmico, progressão e desempenho dos formandos; Assegurar uma fertilização cruzada de ideias no seio da instituição; Facilitar o balanço entre as necessidades económicas e pedagógicas; Aprovação interna expedita no quadro de regras claras de programas e módulos; Manual de Qualidade do Instituto Piaget 39 Departamento para a Garantia da Qualidade Facilitar a leitura sobre a progressão e melhoria dos curricula dos CE, em particular quanto ao seu desenvolvimento na ótica do mercado, e da forma como vêm sendo conseguidas melhorias resultantes da política institucional; Promover diferentes formas de ensino das UC, em função da retroação recebida através do seu subsistema de avaliação, evitando o nivelamento e a falta de diferenciação; Proporcionar procedimentos claros para a modificação e extinção de módulos e programas curriculares; Assistir os docentes e pessoal de suporte dos diferentes EES a satisfazer as suas obrigações legais e encorajar uma reflexão construtiva sobre os respetivos procedimentos. O SIGQ-IP não foi concebido para ser visto como um processo dirigido pelos responsáveis institucionais de topo para auditar as atividades de ensino. A revisão anual das atividades foi pensada para ser inclusiva e encorajar a reflexão e como um suporte a todo o pessoal docente e não docente envolvido nas atividades académicas. Todas estas pessoas e os estudantes são parceiros na qualidade e na experiência de ensino-aprendizagem. O SIGQ-IP intenta facilitar e reforçar a comunicação entre os diferentes níveis da organização com a instituição e entre as diferentes partes e os parceiros. Em termos esquemáticos, o núcleo base do SIGQ-IP apresenta uma configuração integrada assente em três dimensões de ação – dados de entrada (inputs), processos, e resultados (outputs) – tendo em conta a identidade institucional e os seus processos de gestão organizacional, como se representa na Figura 8. 40 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade IDENTIDADE INSTITUCIONAL Missão, Política, Objetivos e Plano de Trabalho PROCESSOS INPUT Requisitos de ingresso de estudantes; Requisitos de contratação de docentes; Perfil académico; Guias informativos; ... Atividade Docente Ensino-Aprendizagem Investigação Extensão Gestão Académica Serviços de Suporte Académico SDI; Secretaria; Tesouraria; DT; Gabinete de Horários; GAIVAA; Gabinete de Apoio ao Docente; Bar; Cantina; Provedor do estudante; ... OUTPUT Conhecimentos e competências do estudante; Satisfação do estudante; Perfil profissional; Empregabilidade (Diplomados e Empregadores); ... PROCESSOS DE GESTÃO ORGANIZACIONAL Gestão/Coordenação; Orçamentação; Sistema de Qualidade e Mecanismos. Figura 8 – Núcleo base do SIGQ-IP 4.3 Fases de Implementação do SIGQ-IP Em termos genéricos os estádios e fases de implementação progressiva do SIGQ-IP, apoiado em evidência documental para prova de satisfação de cada um, foram: Fase 1 – Cometimento Fase 2 – Planeamento Fase 3 – Diagnóstico Fase 4 – Implementação Fase 5 – Análise e incorporação de melhorias Manual de Qualidade do Instituto Piaget 41 Departamento para a Garantia da Qualidade Pré-requisitos Despacho de Compromisso do Presidente Afetação de Pessoal Chave no Processo Estruturas de Suporte para o Diagnóstico Fases Cometimento Planeamento Diagnóstico Resultados Antecipados Responsabilidades -Participação dos órgãos sociais e académicos na conceção do SIGQ-IP; -Declarações explícitas de compromisso com a qualidade. -Conselho Diretivo; -Diretores dos EES. Recursos Humanos. -Estrutura de Suporte na interface com as IES; -Planeamento operacional nas IES. -Estruturas de governo institucional; -CAQE; -Unidades Técnicas; -Outros órgãos. -Regulamentos, Manuais de procedimentos; - Guias da ANEQA; - Standards e guias da ENQA. Diagnóstico dos subsistemas: identificação e requisitos respeitantes à Garantia da Qualidade. -Designação das equipas; -Estrutura de governo institucional; -Representantes dos setores operativos. - Instrumentos de Diagnóstico; - RH e material necessário (leitura ótica de inquéritos e software de processamento). - Direção IP; - DGQ - RLIQ - Manual de Qualidade; - Direção IP; - DGQ- RLIQ - UnAI - Manual de Qualidade; Diagnóstico Interno da Qualidade Implementação Implementação do SIGQ-IP. Avaliação do Sistema Análise e Incorporação de Melhorias -Redefinição da Política da Qualidade e objetivos; -SIGQ-IP redefinido e validado. Recursos Figura 9 – Fases de implementação do SIGQ-IP FASE 1 – COMETIMENTO Nesta fase, o IP em articulação com os EES que tutela, assume formalmente o desenvolvimento de um sistema interno de garantia qualidade e simultaneamente o desencadeamento de um conjunto de ações que promovam uma cultura de qualidade no seu seio. Tal manifesta que o IP reconhece a importância da qualidade e da sua garantia em todas as suas atividades. Nesta fase, o IP: Define o nível de participação e responsabilidade dos EES e dos corpos sociais e de governação no SIGQ-IP; 42 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Emite uma declaração formal que reflita o compromisso institucional com a qualidade e que garanta a afetação de recursos, humanos e materiais, para o desenvolvimento do processo; Define as metas para a aprovação do SIGQ-IP; Define o corpo, unidade ou grupo responsável pela conceção e delineamento de todo o sistema. FASE 2 – PLANEAMENTO Durante esta fase, o IP considera as estruturas de suporte necessárias para a conceção e desenvolvimento interno da garantia da qualidade. É essencial que todo o pessoal envolvido conheça os pressupostos, os objetivos e metas para a implementação e melhoria do sistema. É essencial este conhecimento participado para garantir uniformidade de critérios, de tratamento e análise da informação recolhida. Nesta fase, o IP define: Os principais agentes envolvidos na implementação e melhoria do SIGQ-IP; As estruturas de suporte a nível central e a nível local (em cada EES); Os agentes implicados nas diferentes Fases (interlocutores locais dos EES, Órgãos ou Comissões); Quais as diferentes etapas estratégicas na implementação do SIGQ-IP; O cronograma de ações em cada EES; Os instrumentos e os procedimentos para a recolha e análise de dados previstos no SIGQ-IP, assim como outras fontes de informação a consultar; Os modos de dinamização e estratégia de implementação dos responsáveis locais (RLIQ). FASE 3 – DIAGNÓSTICO Nesta fase, o IP promove um processo de reflexão diagnóstica de situação, com o propósito de (re)desenhar uma estratégia global para garantir a qualidade nas suas atividades. Nesta fase o IP: Identifica quais os principais elementos a ter em conta no processo de diagnóstico, nomeadamente: legislação, regulamentos internos; e manuais de procedimentos; Identifica as necessidades de cada EES e realiza uma análise detalhada das prioridades de acordo com as características e o impacto que estas terão. FASE 4 – IMPLEMENTAÇÃO Nesta fase procede-se à implementação faseada do SIGQ-IP de acordo com o seu cronograma de ação e implementação. Esta fase, cuja finalidade se prende com o envolvimento e implicação de todos os agentes do IP, exige uma aproximação estreita aos objetivos, princípios, modelo e Manual de Qualidade do Instituto Piaget 43 Departamento para a Garantia da Qualidade procedimentos de avaliação do SIGQ-IP, mediante estratégias de comunicação e informação a toda a comunidade académica, e ações de formação específicas aos colaboradores diretamente implicados e responsabilizados neste processo (RLIQ e Diretores dos EES). A aproximação ao Manual de Qualidade fará com que todos os colaboradores estejam conscientes da importância de cada procedimento de avaliação e garantia da qualidade em particular, e do SIGQ-IP no seu conjunto, e de como este terá que ser implementado segundo as diretivas estabelecidas para garantir sistematicamente a qualidade. FASE 5 – ANÁLISE E INCORPORAÇÃO DE MELHORIAS Nesta fase, procede-se à atualização do SIGQ-IP, refletindo as considerações das fases anteriores e incorporando as propostas de melhoria que espelhem a política e os objetivos estratégicos para a qualidade do IP. Os resultados das auditorias internas realizadas pela UnAI ao SIGQ-IP são consideradas fundamentais nesta fase, visto que servirão também para conferir o grau de conformidade do Sistema. Todas as necessidades de ajustamento deverão ser identificadas e alvo de intervenção a fim de garantir a sua correção, e consequentemente garantir a adequação do SIGQ-IP aos seus fins. Esta fase, fundamentalmente reflexiva sobre os CE, deverá finalizar com uma apreciação, baseada na experiência, nos dados e análises efetuadas sobre as diferentes componentes constituintes do SIGQ-IP que são capazes de evidenciar o impacto cumulativo de mudanças positivas implementadas na Instituição. 4.4 O Modelo do SIGQ-IP A avaliação da qualidade deverá reproduzir os mecanismos para a monitorização da sua função, em todos os níveis, partindo da base da estrutura - UC, passando pelo CE e EES até ao nível do IP como um todo (Figura 10). 44 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Fases de desenvolvimento e retroação Sistemas de Medida IP EES Diagnóstico Garantia Ciclo de Estudos Medidas Corretivas Melhoria Supervisão / Auditoria Unidade Curricular Figura 10 – Níveis de avaliação e ciclo de melhoria Os níveis piramidais de avaliação que se apresentam na Figura 10 incorporam um ciclo de melhoria composto por três fases fundamentais: 1. Fase de Diagnóstico; 2. Fase de Melhoria; e 3. Fase de Garantia. Módulos do SIGQ-IP 4.5 O SIGQ-IP é constituído por políticas, atitudes, ações e procedimentos necessários a assegurar que a qualidade é mantida e melhorada. O sistema é aplicado: Às UC: avaliação das aprendizagens e das competências; métodos de ensinoaprendizagem e tecnologias usadas; Aos CE e graus oferecidos; Aos EES; Ao pessoal docente e não docente; Aos serviços de suporte académico; Aos recursos – equipamentos e infraestruturas; À estrutura organizacional e de gestão. Nesta base os módulos do sistema estão organizados de acordo com a Figura 11. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 45 Departamento para a Garantia da Qualidade MISSÃO E ESTRATÉGIA 1. Objetivos 2. Mercado 3. Outputs esperados RECURSOS 1. Laboratórios 2. Salas de aula (técnicas, de informática, ...) 3. Bibliotecas 4. Espaços Sociais 5. Equipamentos e Materiais SERVIÇOS DE SUPORTE ACADÉMICO SDI; Secretaria; Tesouraria; DT; Bar; Cantina; ... SIGQ-IP UNIDADES CURRICULARES 1. Conteúdos 2. Competências 3. Ensino-Aprendizagem CICLOS DE ESTUDO 1. Programa 2. Unidades Curriculares 3. Empregabilidade PESSOAL NÃO DOCENTE 1. Desempenho 2. Formação PESSOAL DOCENTE 1. Desempenho 2. Graus 3. Investigação EES 1. Ciclos de Estudo 2. Desempenho do Pessoal docente e não docente 3. Serviços de Suporte Académico 4. Recursos 5. Satisfação dos estudantes e do pessoal docente e não docente Figura 11 – Módulos do SIGQ-IP É fundamental que os EES possuam um Sistema de Informação Centralizada, devidamente coordenado e dirigido a nível central, mas que ao mesmo tempo permita e garanta uma utilização independente dessa informação entre os distintos serviços, órgãos e agentes. Segundo as diretrizes da ENQA, é importante destacar a necessidade de uma integração da informação de forma a criar bases de dados que reúnam informações internas e externas aos EES, é importante que seja efetuado um esforço para garantir a acessibilidade e fiabilidade da dita informação a toda a comunidade académica e à sociedade em geral. Neste sentido, torna-se evidente a pertinência de integrar os Sistemas de Informação dos EES no SIGQ-IP como mecanismos de garantia do mesmo. O IP, em conformidade com as recomendações enunciadas, possui um conjunto de mecanismos e instrumentos de informação para com a sua comunidade académica (Docentes, Estudantes, Direções e Pessoal de Administração e Serviços), e para com a sociedade em geral (entidades empregadoras e parceiros estratégicos), facultando informação a distintos níveis e cruzando-se de forma a sistematizar dados pertinentes para cada um dos públicos. Internamente existe um sistema de gestão partilhada da informação académica e financeira, em regime de reciprocidade, entre o Departamento de Coordenação e Organização (DCO), a Divisão Tecnológica (DT), Direção Financeira (DF), o Gabinete Central de Comunicação 46 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Institucional (GCCI) e o Gabinete de Estudos Metodológicos e Tratamento de Dados (GMETDa). Para que a comunidade académica possa sugerir e opinar sobre o desenvolvimento do SIGQIP, estará disponível uma conta de e-mail para o efeito. O DGQ, em colaboração com os RLIQ, serão os responsáveis da sua apresentação e divulgação como um instrumento de participação no SIGQ-IP, assim como de gerir e incorporar as opiniões apresentadas. 4.6 Subsistema para Avaliação da Qualidade das UC O subsistema para a garantia de qualidade das UC tem por objetivo a melhoria contínua do funcionamento de cada UC. Esta componente prevê a análise de cada UC a partir de duas fontes de informação: 1. Atores intervenientes: estudantes, delegados dos estudantes, docentes, pessoal técnico de apoio à docência; 2. Sistemas de informação do IP, que permitem a recolha e o fluxo de informação de toda a atividade letiva da instituição, do pessoal docente e não docente e dos fluxos financeiros. A configuração geral desta componente, à qual estão associados vários instrumentos, e as tipologias dos relatórios, sintetizam-se na Figura 12. Organização, Planeamento e Resultados Perceções e Estratégias de Ensino, Avaliação e Aprendizagem Inquéritos de EnsinoAprendizagem Sistema de Informação do IP Atores Estudantes Delegados de ano Docentes Pessoal técnico de apoio à docência (Perceções do Estudante e do Docente) Suportes e Instrumentos de Avaliação Relatório da Unidade Curricular (RUC) Relatório de Discência (RDis) Avaliação das UC Monitorização do funcionamento das UC Melhoria contínua do processo de Ensino-Aprendizagem Planear Atuar Fazer Avaliar Figura 12 – Configuração geral do subsistema de avaliação da qualidade das UC Manual de Qualidade do Instituto Piaget 47 Departamento para a Garantia da Qualidade 4.6.1 Fase de Diagnóstico: Avaliação da Qualidade das UC A Fase de Diagnóstico efetuar-se-á de acordo com o que se apresenta na Figura 13. Estudantes Docentes Pessoal técnico de apoio à docência Docentes Delegados de Ano Questionários de Perceção do Ensino-Aprendizagem e de Funcionamento das UC aplicados a estudantes, a docentes (autoavaliação) e ao pessoal técnico de apoio à docência; Questionários de Avaliação da Qualidade dos Estágios aplicados aos orientadores internos e externos e aos estagiários. Sistemas de Informação do IP Relatório da Unidade Curricular (RUC); Relatório de Discência (RDis). Informação Estatística sobre o percurso académico dos estudantes. Identificação de desvios do padrão de normalidade Figura 13 – Avaliação da Qualidade das UC: Fase de Diagnóstico 4.6.2 Fase de Melhoria: Avaliação da Qualidade das UC A informação gerada na fase de diagnóstico permite a conceção de um plano de melhoria das UC, de acordo com o modelo que se apresenta na Figura 14. Desvios do padrão de Normalidade detetados na Fase de Diagnóstico Relatórios das UC (RUC) - Apreciações dos Docentes - Planos de Melhoria Relatório de Coordenação do CE (RCCE) Incorporação de melhorias nas UC Relatórios de Discência (RDis) Figura 14 – Avaliação da Qualidade das UC: Fase de Melhoria No Relatório da Unidade Curricular (RUC) os docentes têm oportunidade de desenhar e propor um plano de melhoria para a UC, o que deve suceder sempre que a fase de diagnóstico revele desvios do padrão de normalidade em alguns dos indicadores (Questionários de Perceção do Ensino-Aprendizagem, Questionários de Avaliação da 48 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Qualidade dos Estágios e dados estatísticos relativos ao percurso académico dos estudantes). O Plano de Melhoria deve identificar claramente as ações corretivas e, sempre que possível, os recursos necessários à sua implementação. Os contributos da Coordenação dos CE, nomeadamente através do Relatório de Coordenação do Ciclo de Estudos (RCCE), em articulação com os Relatórios das Unidades Curriculares (RUC), permitirão a explicitação detalhada de planos de melhoria para cada UC e dos pontos concretos que a requerem, bem como da calendarização da sua implementação. A análise agregada das UC de um determinado CE, possibilitará a visão concreta deste Ciclo. 4.6.3 Fase de Garantia: Avaliação da Qualidade das UC Os EES são responsáveis pela satisfação dos padrões de qualidade definidos pelo IP e pela qualidade das formações conducentes aos títulos que outorgam. Eles são responsabilizáveis perante os stakeholders, que incluem não só os estudantes e a sociedade em geral, mas também as entidades externas de avaliação e acreditação. Cabe ao IP e aos EES a responsabilidade de garantir a satisfação dos objetivos conducentes aos graus e das aspirações dos estudantes e da sociedade. Assim, o SIGQ-IP deve fundamentalmente assegurar a monitorização de rotina de cada CE e a efetividade dos seus programas por forma a: Assegurar que os programas curriculares mantenham a sua validade à luz da evolução dos conhecimentos e das tecnologias; Garantir o grau de conformidade com os objetivos e metas traçadas pela instituição; Avaliar a extensão com a qual os objetivos das aprendizagens e as competências são atingidos pelos estudantes; Avaliar a pertinência do plano de estudos face às solicitações externas; Assegurar que sejam assumidas e implantadas as ações de melhoria identificadas e calendarizadas; Assegurar que os EES efetuam uma revisão geral sobre a validade continuada e a relevância dos programas oferecidos. Esta fase, fundamentalmente reflexiva sobre os CE, deverá finalizar com uma apreciação baseada na experiência, nos dados e análises efetuadas sobre as diferentes componentes constituintes do SIGQ-IP que são capazes de evidenciar o impacto cumulativo de mudanças incrementais implementadas. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 49 Departamento para a Garantia da Qualidade 4.6.4 Fontes de Informação (subsistema de avaliação da qualidade das UC) A avaliação das condições de funcionamento das UC, numa perspetiva sumativa, tem por base um conjunto de indicadores que incidem na sua organização, planeamento e resultados em termos quantitativos. Numa perspetiva formativa, de desenvolvimento profissional do Docente, a avaliação baseia-se em questões centradas nas estratégias utilizadas – Como ensinar? Que ferramentas utilizar? Que estratégias são mais eficazes na docência? Que estratégias são mais eficazes na aprendizagem dos Estudantes? – cujo indicador principal são os resultados da aprendizagem. Neste sentido, a avaliação terá como principais fontes de informação conteúdos disponíveis no sistema de informação, nomeadamente no que diz respeito à organização, planeamento e resultados atingidos nas UC; dois questionários de Avaliação do Ensino-aprendizagem, um aplicado aos Estudantes e outro aos Docentes; três questionários de avaliação da qualidade dos estágios, um aplicado ao Estagiário, outro ao Orientador Interno e outro ao Orientador Externo; um Relatório de Discência (RDis) preenchido pelos delegados de ano; um Relatório da UC (RUC), preenchido pelo Docente responsável pela UC e respetivo corpo docente; e um Relatório da Coordenação do CE (RCCE). Organização, Planeamento e Resultados das UC Disponível no sistema de Informação do IP, a informação sobre a organização, planeamento e resultados das UC, deverá ser apresentada de uma forma clara e consistente, e introduzida no sistema dentro dos prazos e conforme as normas estabelecidas para o efeito, nomeadamente: Programa da UC, incluindo: Calendarização (Semestre); Carga horária letiva (horas de contacto, trabalho autónomo); número de créditos (ECTS); Objetivos e Competências; Conteúdos programáticos (com indicação do n.º de horas letivas previstas por conteúdo); Método e critérios de avaliação; e Bibliografia principal e secundária; Corpo Docente; Sumários das aulas (incluindo o registo de presenças dos Estudantes, no caso em que as caraterísticas da UC assim o exijam); Horários e calendarização detalhada das aulas; Horários para o esclarecimento de dúvidas; Resultados do processo de avaliação. Avaliação do Ensino-aprendizagem A Avaliação do Ensino-Aprendizagem é realizada com base nas perceções dos Estudantes, dos Docentes e dos Orientadores de Estágio, recolhidas através de um questionário 50 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade (anónimo para os estudantes) aplicado no final de cada semestre ou do período de estágio, para aferição do funcionamento individual de cada UC e respetivo corpo docente, permitindo ainda perspetivar as competências adquiridas pelos Estudantes. Estes questionários permitem aferir a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, funcionando como uma avaliação de tipo diagnóstico (sinalizando os pontos fortes e fracos da atividade docente), contribuindo para o desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional de docentes e orientadores. Outros indicadores que contribuirão para a aferição da qualidade do processo de EA são os questionários aplicados às entidades empregadoras, aos ex-estudantes, e os próprios índices de empregabilidade. Relatório de Discência (RDis) No contexto de cada ano curricular pretende-se, recorrendo aos Delegados de Ano de cada CE, recolher globalmente elementos relacionados com o funcionamento das UC (do ano e do CE em causa). Caberá assim aos Delegados de Ano o preenchimento do Relatório de Discência (RDis), sendo as componentes em análise as seguintes: a carga de trabalho, a organização face aos objetivos definidos e no contexto das suas áreas científicas, e a avaliação dos estudantes, procurando-se complementar a análise desenvolvida no âmbito do inquérito aplicado ao universo de estudantes. O Delegado de Ano deverá auscultar previamente os restantes estudantes desse ano e CE, de forma a que as suas opiniões sejam fielmente traduzidas no RDis. Relatório da UC (RUC) O Relatório da UC (RUC) congrega informação relevante sobre as estratégias de ensino e os fatores que mais terão contribuído para os resultados obtidos em cada UC e inclui uma reflexão sobre a informação recolhida nos instrumentos de avaliação do EA e no RDis. Visando uma autoavaliação do trabalho desenvolvido pelos docentes, este relatório prevê um bloco de questões a serem respondidas por todos os elementos do corpo docente, tendo os responsáveis da UC um bloco adicional, que inclui a identificação de pontos fortes e pontos fracos, e a apresentação de propostas de melhoria do funcionamento da UC. Baseado nos novos modelos de ensino e aprendizagem, e assumindo o papel de orientador e coordenador do processo de aprendizagem, os docentes são convidados a desenvolver capacidades de análise sobre a experiência de aprendizagem dos seus estudantes e o nível de competências desenvolvidas. Pretende-se promover a reflexão crítica (autoavaliação) e o desenvolvimento profissional contínuo, pelo que se incentiva a caraterização de iniciativas desenvolvidas no âmbito da melhoria e inovação do processo de ensino e aprendizagem. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 51 Departamento para a Garantia da Qualidade Neste sentido, esta autoavaliação deverá promover uma reflexão dos docentes sobre: As condições de funcionamento da sua UC e a evolução dos resultados obtidos; A promoção e desenvolvimento das competências técnico-científicas previstas nos objetivos da UC, através de uma reflexão não só sobre os conteúdos do ensino, mas também sobre as formas e técnicas utilizadas; As atividades pedagógicas desenvolvidas no âmbito da UC; A inventariação de um conjunto de boas práticas suscetíveis de serem divulgadas à comunidade académica. 4.7 Subsistema de Avaliação da Qualidade do Ciclo de Estudos O plano de estudos de um CE é a sua espinha dorsal e nele está espelhado o perfil do profissional pretendido e são expressas as competências que devem ser evidenciadas pelos diplomados. É a partir deste quadro de referência que se elaboram as competências que vão enformar os objetivos de cada UC. Estas devem, igualmente, espelhar, em termos das competências transversais, a coerência com a missão e objetivos da instituição onde o CE é oferecido. Este procedimento é de natureza iterativa devendo o CE ser retificado ou rejeitado se não satisfizer os critérios de satisfação das procuras sociais ou não seja economicamente justificável em termos institucionais. O modelo desenvolvido, no qual os estudantes, docentes e demais pessoal de suporte partilham interesses comuns, deve promover o envolvimento e o compromisso de todos os atores na melhoria contínua dos processos internos de ensino e aprendizagem, cujo fluxo de informação e sua integração se esquematiza na avaliação dos CE (Figura 15). 52 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade Objetivos do CE Indicadores de Satisfação Internos Indicadores de Satisfação Externos Indicadores do Sistema de Informação: Empregabilidade; Pessoal Docente; Internacionalização. Avaliação: - RUC; - RDis; - Das referências do CE; - Dos tempos de aprendizagem; - Dos resultados. Acreditação Relatório de Coordenação do CE (RCCE) O CE é adequado? Não Corrigir ou iniciar processo de extinção Sim Listar as recomendações de melhoria Ciclo de Estudos (CE) Figura 15 – Fluxo de avaliação do Ciclo de Estudos A avaliação do CE para além de seguir um ciclo de melhoria contínua (Diagnóstico-MelhoriaGarantia) idêntico ao apresentado no Subsistema de Avaliação das UC, congloba de forma cumulativa e integral, informações de vários subsistemas4, a saber: Subsistema de Avaliação das UC; Subsistema de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente; Avaliação da qualidade dos Mecanismos de Orientação, Monitorização e Seguimento do Percurso Académico e Profissional. Os EES e a Coordenação de todos os CE compreendem a importância da monitorização bianual (no caso dos mestrados) e trianual ou quadrienal (no caso das licenciaturas com a duração de três ou quatro anos, respetivamente) dos CE, e de assegurar eles mesmos a continuidade e progressiva melhoria da qualidade dos respetivos planos de estudo e a sua relevância. Os EES e Coordenação de CE devem considerar um balanço apropriado entre as ações de monitorização de rotina e a revisão periódica dos CE, de forma a que haja um ciclo contínuo. A revisão periódica é normalmente um processo institucional, envolvendo participantes 4 Manuais de procedimentos que serão fornecidos em complemento ao MQ. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 53 Departamento para a Garantia da Qualidade externos acreditados e com credibilidade académica/profissional. No desenvolvimento e avaliação de um processo desta natureza, o IP quer assegurar-se que estão a ser monitorizados os impactos cumulativos de pequenas mudanças incrementais. O objetivo da monitorização do CE é proporcionar à Coordenação do CE e à Direção do EES um mecanismo fiável e válido através do qual se assegurem que o CE satisfaz os seus fins e garante que sejam atingidos os objetivos da aprendizagem. A responsabilidade para a monitorização quer das formações de 1º e 2º ciclos e pós-graduadas subjaz nos EES. Para que este sistema funcione no quadro do SIGQ-IP, é importante que os EES e Coordenação do CE sejam capazes de identificar os pontos fracos e críticos do processo de ensinoaprendizagem daquele CE, e de estabelecer e implementar as ações apropriadas para os obviar. 4.7.1 Fontes de Informação Relatório da Coordenação do Ciclo de Estudos (RCCE) De acordo com as incumbências estabelecidas no Guia Informativo do EES, a Coordenação de cada CE deverá responsabilizar-se pela coordenação dos programas das UC, garantindo não só o seu bom funcionamento, mas também a concretização dos objetivos de aprendizagem (no caso dos mestrados, terá a colaboração das respetivas Comissões Pedagógicas e Científicas). A Coordenação de CE com base na informação recolhida no âmbito dos vários instrumentos deste sistema, é responsável pela produção do relatório parcelar do Ciclo de Estudos, realizado anualmente, e pelo Relatório de Coordenação do CE, que agregará também a informação dos relatório parcelares. No Sistema de Informação do IP estará disponível informação sobre os resultados dos inquéritos aplicados aos estudantes candidatos ao IP; dos inquéritos aplicados aos estudantes (para cada UC do CE); dos Relatórios da UC (RUC), preenchidos por cada elemento do corpo docente e pelo responsável da UC; e dos Relatórios de Discência (RDis), preenchidos pelos Delegados de Ano. O RCCE deverá incluir ainda informação sobre os resultados do procedimento anual de avaliação e dos estágios, os resultados da avaliação do desempenho docente, da internacionalização do CE, os resultados dos Questionários de Aferição da Qualidade do CE, realizados no final de cada CE, preenchidos por cada elemento do Corpo Docente e pelos estudantes finalistas do CE, e os resultados dos Questionários de Empregabilidade, aplicados aos diplomados do CE e às Entidades Empregadoras. Além da informação referida, proveniente do sistema de informação do IP, o RCCE deverá incluir: Um comentário global ao funcionamento e aos resultados atingidos no CE; Eventuais medidas corretivas a serem adotadas na sequência de resultados insatisfatórios/não conformes e sua respetiva calendarização; 54 Maio de 2013 Departamento para a Garantia da Qualidade A identificação de boas práticas de ensino e aprendizagem desenvolvidas pelos docentes, com vista à sua disseminação junto da comunidade académica. Procedimentos de Avaliação da Qualidade dos Estabelecimentos de 4.8 Ensino Superior A avaliação do EES para além de seguir um ciclo de melhoria contínua (DiagnósticoMelhoria-Garantia) idêntico ao apresentado no subsistema de avaliação das UC e do CE, congloba de forma cumulativa e integral informações de vários subsistemas5, a saber: Procedimento de avaliação do CE (que inclui o Subsistema de Avaliação das UC; Subsistema de Avaliação e Garantia da Qualidade dos Estágios; Avaliação da Qualidade dos Mecanismos de Orientação, Monitorização e Seguimento do Percurso Académico e Profissional e o Subsistema de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente); Procedimento de Avaliação da Qualidade dos Serviços; Procedimento de Avaliação do Desempenho do Pessoal Não Docente; Procedimento de Avaliação da Qualidade das Instalações e Recursos Materiais; Procedimento de Avaliação da Qualidade da Internacionalização. Após análise e discussão dos vários relatórios de Coordenação de CE (RCCE), e depois de auscultar a associação de estudantes do EES, o RLIQ produzirá um documento final, a ser enviado ao Diretor do EES, proferindo as recomendações consideradas adequadas para uma melhoria efetiva dos processos de ensino e aprendizagem, para análise e aprovação do Conselho Pedagógico. Tal documento deverá estar concluído e aprovado até ao final do ano letivo seguinte daquele a que diz respeito. A informação deverá ter uma ampla divulgação ao nível do EES, promovendo-se a sua discussão e reflexão em eventos que fomentem a troca de experiências e fortaleçam a confiança e espírito de equipa entre os membros do corpo docente e não docente. Tais iniciativas poderão ser incluídas no âmbito de Jornadas Pedagógicas realizadas periodicamente pelo Conselho Pedagógico, ou especialmente promovidas para a divulgação anual das boas práticas identificadas, impulsionando a diversidade e a inovação ao nível do ensino e aprendizagem nos CE do IP. 5 Manuais de procedimentos que serão fornecidos em complemento ao MQ. Manual de Qualidade do Instituto Piaget 55 Departamento para a Garantia da Qualidade 4.9 Tratamento e Divulgação de Resultados Fluxo de informação para a Garantia da Qualidade De acordo com a estrutura do SIGQ-IP e dos seus componentes, o fluxo de informação para a Garantia da Qualidade configura-se de acordo com a Figura 16. RUC Não RCCE CC/CTC e CP RDis Sim Não Aprovado? RAQEES CC/CTC e CP Sim DGQ Aprovado? Diretor do EES Não RASIGQ -IP CD Aprovado? Sim EES Manual de Boas Práticas Figura 16 - Fluxo de informação dos elementos constituintes do SIGQ-IP Tratamento da informação, critérios de representatividade e níveis de confidencialidade O desenho, aplicação e tratamento dos dados provenientes dos vários instrumentos de avaliação que fazem parte do SIGQ-IP é da responsabilidade partilhada do DGQ, do GMETDa e da DT. Neste panorama de responsabilidade, o desenho dos sistemas de informação corre a cargo do GMETDa em colaboração com a DT. O seu seguimento será realizado pelo GMETDa e pela DT. A tomada de decisões relativamente ao produto informativo será da responsabilidade da Coordenação do CE, Chefes de Serviço, Diretores dos EES e Conselho Diretivo do IP. Divulgação e Acesso Toda a informação gerada pelo SIGQ-IP é divulgada de acordo com níveis diferenciados de acesso, como se apresenta no Quadro 3. 56 Maio de 2013 x x x RCCE x x x x x x RUC x x x x x x RDis x x x x x RAQ-Serv x x x x MQ x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Quadro 3 – Divulgação e acesso da informação do SIGQ-IP Manual de Qualidade do Instituto Piaget 57 Sociedade x Auditores Externos RAQ-EES Auditores Internos x Pessoal não docente x Estudantes Docentes Coordenação do CE DGQ RASIGQ-IP RLIQ CD IP Diretor EES Departamento para a Garantia da Qualidade x Departamento para a Garantia da Qualidade BIBLIOGRAFIA AACEF (2009). Avaliação/Acreditação de Ciclos de Estudos em Funcionamento. Acedido a 27 de Outubro de 2009, em http://www.a3es.pt/pt/avaliacao-e-acreditacao /guioes-e-procedimentos/avaliacao-de-ciclos-de-estudos-em-funcionamento. APAPNCE (2009). Avaliação/Acreditação Prévia de Novo Ciclo de Estudos. 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