LIDERANÇA DOS INSTITUTOS DE
ESTATÍSTICA
Workshop sobre organização e gestão dos
Institutos Nacionais de Estatística da SADC
Luanda Angola, 2 a 6 de Dezembro de 2006
IN STITUTO N ACIO N AL DE ESTATISTICA
C A BO VERD E
Quem é o Presidente do INE e
quem o nomeia
• O Presidente do INE de Cabo Verde é um
cidadão nacional nomeado pelo Conselho
de Ministros sob proposta do Ministro de
tutela, de preferência de entre indivíduos
com formação superior em estatística,
economia ou gestão, por um período de 3
anos renováveis por iguais períodos
Presidente do INE
Órgão singular de gestão
• O Presidente do INE é o órgão singular de
gestão do Instituto
• Preside os órgãos colegiais, ou seja o Conselho
de Gestão como o Conselho Científico
• O Presidente do INE é, por inerência membro
do Conselho Nacional de Estatística de que é
Vice - Presidente do CNEST.
O Presidente do INE
• É, por inerência membro do Conselho Nacional
de Estatística de que é Vice – Presidente
• Assim, tem o poder de protagonismo essencial
no seio do Conselho, como também porque tem
a seu cargo a coordenação de topo do serviço
que assegura o secretariado do Conselho
Nacional de Estatística
O Presidente do INE
• Exercendo o INE a coordenação técnica,
dá-lhe poderes especiais para intervir
junto dos outros órgãos do SEN
• Tem poderes especiais no processo de
criação dos OPES
Vamos falar da nossa experiência
de quase 10 anos.
Um líder que é estaticista
• Um líder parte com vantagem se conhecer
e tem formação na área que vai dirigir
• Está em melhores condições de conhecer
as necessidades, de identificar as
prioridades tendo em conta os recursos
Um líder que é estaticista
• Tendo formação na área, está em
melhores condições de assumir o
protagonismo no estabelecimento da
visão na definição das estratégias e
montagem dos projectos
Um líder próximo dos seus
colaboradores
• Um líder próximo dos seus colaboradores
e que compreende os seus problemas, as
suas aspirações e ambições
• Primeiros dias em contactos individuais
Um líder que está na origem dos
planos, projectos e iniciativas mais
marcantes
• Conhecia as expectativas do governo e
dos parceiros de desenvolvimento, as
obrigações já assumidas pelos poderes
públicos em matéria de suporte estatístico
para o conhecimento, o seguimento e
avaliação dos programas e projectos de
desenvolvimento
Um líder que está na origem dos
planos, projectos e iniciativas mais
marcantes
• Inquérito sobre as necessidades e
expectativas dos utilizadores
• O Primeiro IDSR, o Censo 2000, o
Primeiro Recenseamento Empresarial,
mas também o relance das contas
nacionais e das estatísticas do comércio
externo
Provar pela diferença
• Não começou pela melhoria das
condições salariais e de carreira do
pessoal, mas sim por convencer ao
pessoal de que para poder ter suporte
institucional como em recursos é
necessário primeiramente demonstrar que
queremos, sabemos e podemos fazer
mais
Provar pela diferença
• Oportunidade de participar em projectos
de valor, de notoriedade e assim também
que lhes confere oportunidade de
realização profissional, de reconquistar o
orgulho de pertencer à instituição e de
ajudar o Presidente a reivindicar mais
recursos institucionais, materiais e
financeiros.
Um Líder que não começou pelo
INE
•
•
•
•
Ex-quadro da ex-DGE.
Era deputado à Assembleia Nacional
Utilizador de estatísticas
Mas sobretudo tinha experiência de
liderança, já tinha sido inclusive vice-líder
parlamentar, e tinha liderado a reforma do
parlamento de Cabo Verde.
Um Líder que conhecia e tinha
influência junto dos principais
decisores
• Crucial quando se vai realizar uma reforma
• Constitui vantagem, conhecer os decisores e
ter acesso e influência junto destes
• Conhecer os decisores permitiu permite maior
pertinência, eficácia e assim maior valor
acrescentado nas acções a eles dirigidas
Um Líder que conhecia e tinha
influência junto dos principais
decisores
•
Permite sobretudo encurtar e
racionalizar o percurso entre a formulação
de necessidades estatísticas por aqueles
e a consideração nas prioridades, bem
como entre a identificação, a montagem
dos projectos e a decisão e alocação de
recursos
Um líder com capacidade de
negociação e de influenciação
• Os bons projectos nunca ficam
engavetados, porque quem os promove
tem clarividência e capacidade para
mobilizar parceiras e conseguir a devida
apropriação pelos implicados.
Um líder com capacidade de
negociação e de influenciação
• Um bom líder não o é porque elabora e
publicita bons projectos, mas sobretudo
porque faz realizar bons projectos.
Um líder com capacidade de
negociação e de influenciação
• Assim, a capacidade de negociação e de
influenciação, de advocacia e de partilha
com os implicados é parte integrante da
qualidade de um bom projecto que o é
pela solução dos problemas e de forma
sustentável
Um líder com capacidade de
negociação e de influenciação
• Os principais instrumentos da reforma
institucional foram aprovados com relativa
facilidade, porque pudemos partilhá-los
com a equipe e tornaram-se em projectos
nossos, como também pela capacidade
de influenciação dos decisores.
Um líder exemplo em matéria de
entrega ao trabalho
• Costuma -se dizer que um bom líder «ne
doit rien faire, rien laisser faire et tout faire
faire», ou seja não faz pelos outros, mas
sim faz para que os outros façam, não
deixa que as coisas aconteçam fora da
linha que traça, e por isso deve
acompanhar e principalmente dotar-se de
instrumentos para monitoragem. Por isso,
o líder tem que trabalhar.
Um líder exemplo em matéria de
entrega ao trabalho
• Quem passa a imagem de preguiçoso não
consegue motivar de forma durável os
seus colaboradores e parceiros.
Um líder exemplo em matéria de
entrega ao trabalho
• No nosso caso, continuamos o ritmo de
trabalho que tínhamos no parlamento e
assim, com a nossa chegada,
trabalhamos e continuamos a trabalhar
para além do horário normal para inclusive
demonstrar aos colaboradores que não
temos à frente todo o tempo para
recuperarmos o atraso, pois se formos ao
ritmo dos mais avançados, perpetuamos o
atraso
Um líder exemplo em matéria de
entrega ao trabalho
• . Assim, não foi muito difícil convencer e
mobilizar o pessoal para a entrega ao
trabalho. Sem recorrer a medidas
coercivas de que aliàs a nossa legislação
laboral é escassa senão quase vazia.
Um líder exemplo em matéria de
entrega ao trabalho
• Trabalhando duro quando necessário
significa necessariamente sacrificar de
algum lado. Indiscutivelmente a própria
saúde, mas também a família. Sem
exagero, é preferível trabalhar duro e
manter o corpo e a mente sãos do que
fazer pouco e cultivar o relaxamento.
Gerência por soluções
• Um líder disposto ao sacrifício
• Um líder que participa nos projectos mais
cruciais, que não se limita a mandar fazer
• Um líder que valoriza o esforço, a
inovação
• Um líder que propõe soluções gerais a
problemas estatísticos internos e de
outros produtores
A independência
• Um líder que mantendo a sua sensibilidade,
mantém a sua equidistância em relação à
movimentação política. Dedica-se em exclusivo
à estatística. Não participa em campanhas
eleitorais, não é candidato para depois voltar as
lides da estatística
• Um líder capaz de preservar o Institutos de
Estatística em situações de grande
movimentação política
A independência
• O perfil da pobreza em 2003
• A carta da pobreza em 2005
• O indicador de clima económico em inicio de
2006
• A previsão do IPC em 2006
• Um líder com capacidade de cooperação
• Um líder com poder e capacidade de bem
representar a instituição e o pais
• Um líder não distante dos seus funcionários
Um líder que cuide dos utilizadores
• Um líder com capacidade de comunicação
• Não começar pelo INE
• Um líder com capacidade de criar e manter
boas relações com a imprensa
• Um líder atento às inovações e às
oportunidades
• Um líder aberto à inovação e ao risco
• Um líder um bom gestor de riscos
• Um líder que não promova, nem facilita a
capelização
FOI E E UMA LIDERANÇA COM MARCAS
PELOS GRANDES PROJECTOS QUE
PUDEMOS REALIZAR
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EXEMPLO
CENSO 2000,
INQUÉRITO AS DRF
RE
IDSR
IEMPREGO
REFORMA CN (SCN 93)
A independência
• TAMBÉM PELA FORMA COMO
PUDEMOS GERIR OS MOMENTOS
MENOS PACIFICOS COM A CLASSE
POLITICA, SOCORRENDO DO QUE A
LEI E AS CONVENÇÕES PRESCREVEM
A independência
• EM 2005MINISTROS E O PROPRIO
PRIMEIRO MINISTRO DE CABO VERDE
• EM 2006 ASSISTIMOS ÁS MAIORES
CAMPANHAS POLITICAS DE SEMPRE
A independência
• PORQUE, SETE GRANDES ELEIÇÕES
TIVERAM LUGAR, SEM BELISCAR EM NADA
A ESTATISTICA OFICIAL E PRINCIPALMENTE
O INE
• EM TODA ESSAS DISPUTAS NOS
CONSOLIDAMOS A NOSSA INDEPENDÊNCIA,
A NOSSA IMPACIALIDADE.
• TANTO ASSIM É QUE NUNCA FOMOS
OBJECTO DE ATAQUE PELA OPOSIÇÃO
QUANTO PELA SITUAÇÃO NAS CAMPANHAS
POLITICA
A independência
• PORQUE, O PRESIDENTE DO INE É
MILITANTE E FOI DESTACADO
DEPUTADO DO PARTIDO QUE ESTÁ NA
OPOSIÇÃO DESDE 2001, MAS SOUBE
DEIXAR DE LADO A POLITICA ACTIVA,
AFIRMAR O SEU PROFISSIONALISMO,
SER UM EXEMPLO, UM PROMOTOR DA
IMPARCIALIDADE
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O Presidente do INE