Arte com Leite
Experimento cadastrado por Pedro Célio em 06/03/2009
Classificação
•••••
(baseado em 12 avaliações)
Total de exibições: 25781 (até 21/10/2013)
Palavras-chave: leite, química, biologia, bioquímica, gordura,
interação química, cor, tinta, tensão superficial, surfactante
Onde encontrar o material?
em casa
Quanto custa o material?
até 10 reais
Tempo de apresentação
até 10 minutos
Dificuldade
fácil
Segurança
seguro
Introdução
Além de ser uma bebida saudável e apreciada por muitos, o leite pode servir como uma tela em branco, na qual você pode
brincar e se divertir. Nesse experimento vamos tentar entender um pouco as interações químicas. Mas sempre tomando
cuidado com o desperdício.
Materiais necessários
01 copo de leite
Detergente
Corantes Alimentícios
Recipiente para o leite
Béquer (ou copo)
Conta-Gotas
Materiais necessários
Corantes
Passo 1
Preparando a tela
Reserve um pouco de detergente dentro de um béquer, para facilitar na hora de usar o conta-gotas. Em seguida coloque o leite
dentro do recipiente escolhido por você. Deixe descansar por alguns minutos para que o leite fique completamente parado.
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Reserve um pouco de detergente
Coloque o leite dentro de um recipiente
Passo 2
Colocando a tinta
Pingue os corantes de maneira que eles fiquem na superfície do leite. A disposição das gotas é você quem escolhe. Mas
cuidado para não misturá-las.
Pingue os corantes calmamente
Que tal um pouco de amarelo?!
Disponha-os conforme desejar
Cuidado para não misturar as cores
Passo 3
Hora do show!
Agora é hora do show! Pingue o detergente no leite com o corante e veja o que acontece.
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Pingue o detergente no corante
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Veja o que acontece!
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Clique para assistir ao vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=A4RSJsmF2GU
Passo 4
O que acontece?
À olho nu, o leite de caixinha homogeneizado é uma mistura homogênea, mas se você olhar através de um microscópio, irá
perceber minúsculas gotículas de gordura suspensas em água.
O corante inicialmente não se mistura ao leite pela existência da tensão superficial deste, mas quando se adiciona detergente
essa tensão superficial é quebrada, pois este tem a capacidade de interagir tanto com a gordura do leite quanto com a água.
Depois de quebrada a tensão superficial, o corante se espalha e liga-se a água.
O detergente possui grandes moléculas constituídas de uma “cabeça” polar, que interage fortemente com a água, e uma
longa “cauda” apolar, que interage com a gordura do leite e com outras moléculas de detergente.
As interações da parte polar são dipolo-dipolo e da parte apolar são interações de Van der Waals, que são fracas, mas
numerosas.
Dado certo momento a quantidade de detergente proporciona a formação de micelas. Essas micelas são um aglomerado de
moléculas de detergente que envolve moléculas de gordura do leite, formando uma estrutura esférica cuja superfície externa é
polar e a interna é apolar.
As moléculas do corante são polares, por isso interagem bem com a água e se reorganizam quando ocorre a formação das
micelas. A sua reorganização cria um aspecto artístico no leite.
Substâncias polares e apolares se repelem, portanto as caudas de detergente e a água não se combinam, o que favorece a
formação de micelas. Elas se formam favorecidas por uma economia de energia, pois na micela as caudas apolares não têm
contato com a água.
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Molécula de detergente e micela
Micela e a interação com a água
Passo 5
Você Sabia?!
Você sabia que o detergente é um surfactante?!
O detergente é um tipo de surfactante (“surface active agent” ou em uma tradução literal: agente de atividade superficial). Isso
significa que ele é capaz de alterar as propriedades superficiais de um líquido. Outra característica dos surfactantes é a
capacidade de formar micelas, tornando esses tipos de compostos interessantes para a indústria, pois possuem inúmeras
aplicações.
Mas não é apenas na indústria que os surfactantes são importantes, no nosso corpo eles tem funções muito específicas, como
é o caso do surfactante alveolar.
Células arredondadas que ajudam a revestir a parede alveolar, pneumócitos tipo II, secretam um tipo de “detergente”
responsável por reduzir a tensão superficial da água no interior dos alvéolos. Este surfactante é muito importante para facilitar
as trocas gasosas que acontecem através da superfície respiratória, sem esta substância as paredes dos nossos alvéolos
seriam colabadas, ou seja, grudariam umas nas outras, teríamos dificuldade para respirar que poderia levar a morte por
sufocamento.
Em nosso corpo existem alvéolos com tamanhos diferentes. Nos menores o surfactante tem uma função essencial, pois
diminuindo a tensão superficial o alvéolo pode ser expandido a pressões mais baixas do que seriam necessárias, o que
proporciona uma expansão igual e ao mesmo tempo dos alvéolos maiores e menores.
Em recém nascidos prematuros pode ocorrer a presença de alvéolos pequenos e falta de surfactante, pois só começa a ser
secretado entre o 6º e o 7º mês de gestação, o que deixa os pulmões com tendência a entrar em colapso. Isso é chamado de
síndrome da angústia respiratória do recém nascido.
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Imagem esquemática de um alvéolo pulmonar
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