ARTE MEDIANDO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR NA PARALISIA CEREBRAL Hálissa Cristina dos Santos Brilhante, Maria Luiza Cleto Dal-Cól G – D – Fisioterapia - INESUL – LONDRINA – PR e-mail: [email protected] RESUMO De acordo com pesquisas epidemiológicas referente à PC, a incidência em países desenvolvidos como os Estado Unidos variam de 1,5 a 5,9/1000 nascidos vivos (DIAMENT, 1996). Referindo-se ainda a incidência de PC Hagberg (1984) afirma que a prevalência de casos moderados e graves de PC é de 1,5 a 2,5/1.000 nascidos vivos. Segundo Eldemuth (1992) surgem 17.000 casos de PC anualmente no Brasil. O objetivo principal Do trabalho de arte reabilitação em pacientes com paralisia cerebral é promover o maior grau de independência possível. O ideal que se busca é que cada um alcance seu potencial de realização em diversas atividades e para que esta meta seja atingida é preciso que haja treinamento sistemático. Devido à espasticidade, a reabilitação pode amenizar as dificuldades deste sujeito, pois mesmo a paralisia cerebral não sendo progressiva, o quadro motor e funcional pode se modificar. Pela espasticidade, o desenvolvimento de deformidades articulares é comum devido ao encurtamento muscular, mas a correção de uma deformidade nem sempre implica em melhora funcional. Quanto mais grave a espasticidade, maior o encurtamento muscular e mais grave as deformidades, por isso a importância do tratamento. INTRODUÇÃO De acordo com Bobath (1989), a paralisia cerebral envolve anormalidades físicas, como: padrões de desenvolvimento atrasados e alterados; retenção patológica ou desaparecimento tardio dos reflexos primitivos e alterações na qualidade funcional da realização de suas atividades. Por isto, é muito importante iniciar o tratamento o mais precocemente possível, objetivando a correção de posturas e movimentos executados erroneamente, obtendo assim movimentos mais precisos e coordenados. Este tratamento é de suma importância nos indivíduos com Paralisia Cerebral, pois, o tônus dos músculos, dependendo da complexidade da deficiência, pode apresentar-se demasiadamente flácidos ou tensos, o treino/exercício específicos permitirá ao indivíduo condições de melhorar seus movimentos e sua qualidade de vida. (HOFFMAN, TAFNER, FISCHER, sem data) OBJETIVO O presente trabalho trata-se de um projeto a ser desenvolvido em 2010, cujo objetivo é verificar o efeito da utilização da arte como mediador para o desenvolvimento cognitivo, psicológico e motor de pacientes com paralisia cerebral. METODOLOGIA Será realizada uma revisão de literatura em livros, artigos científicos (scielo, bireme, medline, pub med), revistas e sites sobre paralisia cerebral, desenvolvimento cognitivo e motor, arte terapia, testes para avaliação das disfunções de alcance, preensão e manipulação. Com base na literatura serão estruturados os testes a serem utilizados na avaliação dos pacientes, e as sessões de arte terapia com pintura e argila. Participarão do estudo 2 pacientes com paralisia cerebral do tipo quadriplégica espástica, sendo que um paciente tem 27 anos e sexo masculino e outro 13 anos e sexo feminino. Os pacientes serão avaliados através dos testes estruturados citados anteriormente, e submetidos às sessões de arte terapia 2 vezes por semana, durante 6 meses. Os pacientes serão reavaliados após 3 e 6 meses. As sessões serão desenvolvidas na clínica de fisioterapia e/ou brinquedoteca do Inesul. Previamente a cada sessão de arte terapia será desenvolvida preparação do paciente com métodos fisioterápicos, com o objetivo de redução do tônus, melhora da postura sentado e amplitude de movimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO O resultado esperado é que com o decorrer da atividade de arte reabilitação, as dificuldades do paciente sejam amenizadas, que os pacientes apresentem melhora na amplitude de movimento, além de maior controle para abrir e fechar as mãos e pegar objetos com firmeza. Além disso, que os pacientes apresentem melhora na colaboração com o cuidador e a com a família, refletindo positivamente na melhora da sua qualidade de vida. Esperamos observar também que os movimentos se tornem mais coordenados, aliviando à pressão tensionada dos dedos e das mãos atrofiadas e aumento da autoestima dos mesmos. CONCLUSÃO O ideal que se busca é que cada um alcance seu potencial de realização em diversas atividades. Na paralisia cerebral não se pode apenas tratar as alterações musculares, que são a conseqüência e não a causa da doença, deve-se tratar estas pessoas tentando melhorar a qualidade de vida. A técnica de arte reabilitação com a manipulação da argila ou a utilização da pintura ajuda no tratamento físico e psicológico, como um procedimento totalmente dinâmico e inovador, que vai nos auxiliar a atingir, de forma mais rápida (indiretamente) os nossos objetivos com o paciente. REFERÊNCIAS BOBATH, Karel. A deficiência motora em pacientes com paralisia cerebral. São Paulo: Manole, 1989 Diament A. Encefalopatia crônica na infância (paralisia cerebral). In: Diament A & Cypel A, editores. Neurologia Infantil. 3ª ed.São Paulo: Atheneu; 1996. p.781-98. Edelmuth CE. Pessoas portadoras de deficiência. A realidade brasileira. In: Integração, Departamento de Educação Especial da Secretaria de Educação Fundamental do MEC 1992;10:8-9. Hagberg B, Hagberg G, Olow I. The changing panorama of cerebral palsy in Sweden. Acta Pediatr Scand 1984;73:433-40 HOFFMANN, RA; TAFNER, MA; FISCHER, J. Paralisia cerebral e aprendizagem: um estudo de caso inserido no ensino regular. Instituto Catarinense de Pós-Graduação Psicopedagogia (sem ano). Endereço eletrônico: http://www.icpg.com.br/artigos/rev0212.pdf Acessado em: 29 de outubro de 2009.