RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Senhores acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias,
temos a satisfação de submeter à apreciação de V.Sas., as Demonstrações
Financeiras acompanhadas do Relatório dos Auditores Independentes, relativas
aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011. A economia mundial
enfrenta período de incerteza acima da usual, com elevada aversão ao risco e
perspectivas de baixo crescimento. O Departamento de Comércio dos EUA revisou
o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país de 2,0% para 1,8% no terceiro
trimestre deste ano. O desempenho continua sendo o mais forte do ano, mas veio
abaixo da previsão de economistas, que era de confirmação da taxa de 2,0%. O
prolongado impasse sobre a definição do novo teto para a dívida pública nos EUA,
em conjunto com as perspectivas desfavoráveis para a evolução da economia do
país, culminou com o rebaixamento do rating norte-americano pela agência de
risco Standard & Poor’s (S&P). No Brasil, a expectativa de que a economia reagiria
depois do frágil crescimento de 0,6% do PIB do terceiro trimestre foi frustrada. De
acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a produção industrial recuou 0,6% em novembro, com queda acumulada
no ano de 2,6%. A queda atinge todos os setores, variando de 11,6% nos bens
de capital a 3,3% nos bens de consumo duráveis, 1,6% nos bens intermediários
e 0,3% nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis. A inflação, medida
pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em
doze meses, alcançou 5,53% em novembro, 1,11 p.p. abaixo da registrada no
mesmo mês de 2011. Em suma, a grande incerteza que cerca o cenário global
atual vem afetando também as perspectivas para a economia brasileira. Apesar
de não haver razões para acreditar numa retomada da aceleração da inflação
no curto ou mesmo no médio prazo a expectativa de sinais de reaquecimento
da economia não foi alcançada, mesmo após a queda da taxa básica de juros e
incentivos fiscais a setores específicos. Em 25 de outubro de 2012 os acionistas
do Banco CR2 celebraram um compromisso de compra e venda de ações através
do qual se comprometeram a alienar a totalidade de suas ações, representativas
de 100% do capital social total do Banco, ao ABN AMRO Bank N.V., da Holanda. O
fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes
usuais em operações dessa natureza, incluindo a aprovação das autoridades
competentes. Em decorrência da transação em andamento, pendente da aprovação
das autoridades, o Banco reduziu substancialmente a alavancagem e as atividades
de risco, mantendo os custos mínimos necessários ao correto cumprimento de todas
as obrigações legais e estatutárias. Este cenário levou o banco a ter resultados
negativos apurados no segundo semestre. Aspectos estratégicos: A Diretoria
do banco manteve a sua estratégia de concentrar os esforços no segmento de
crédito junto a empresas de pequeno e médio porte, operando em todo o território
nacional, o que resultou num volume de recursos liberados de aproximadamente
R$ 146 milhões no ano de 2012. O Banco possui política de concessão de crédito
onde são determinados os procedimentos de avaliação de clientes e contrapartes.
A avaliação de cada cliente ou contraparte é efetuada previamente à realização
de operações e contempla análises objetivas de dados financeiros, índices
BALANÇOS PATRIMONIAIS - 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 (Em milhares de reais)
Notas
2012
2011
Ativo
Circulante
57.026 76.922 Passivo e patrimônio líquido
Disponibilidades
106
58
Aplicações interfinanceiras de liquidez
4 26.806 30.712 Circulante
Aplicações no mercado aberto
26.806 30.712 Depósitos
Aplicações em depósitos interfinanceiros
1.468
(Provisões para perdas em aplicações
Depósitos à vista
em depósitos interfinanceiros)
- (1.468)
Títulos e valores mobiliários e instrumentos
Depósitos a prazo
financeiros derivativos
5
176 15.202
Carteira própria
164 15.152 Recursos de aceites e emissão de títulos
Vinculados a prestação de garantias
12
50
Relações interfinanceiras
400
791 Recursos de letras imobiliárias, hipotecárias,
Pagamentos e recebimentos a liquidar
2
- de crédito e similares
Depósitos no Banco Central
24
48
Recursos do crédito rural
361
712 Relações interfinanceiras
Relação com correspondentes
13
31
Operações de crédito
6 29.344 29.403
Recebimentos e pagamentos a liquidar
Setor privado
31.191 32.279
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(1.847) (2.876) Outras obrigações
Outros créditos
7
140
67
Fiscais e previdenciárias
Rendas a receber
4
4
Diversos
136
63
Provisão para passivos contingentes
Outros valores e bens
54
689
Outros valores e bens
13
637
Diversas
Despesas antecipadas
41
52
Realizável a longo prazo
941
3.484 Exigível a longo prazo
Títulos e valores mobiliários e instrumentos
financeiros derivativos
208
97 Depósitos a prazo
Instrumentos financeiros derivativos
5
208
97
Operações de crédito
6
2.489 Outras obrigações
Setor privado
2.685
Fiscais e previdenciárias
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
(196)
Outros créditos
7
733
898 Patrimônio líquido
Rendas a Receber
87
253
Diversos
646
645 Capital de domiciliados no país
Permanente
447
547
Investimentos
3
3 Reservas de capital
Imobilizado de uso
417
511
Outras imobilizações
1.752
1.684 Reservas de lucros
Depreciação acumulada
(1.335) (1.173) Prejuízos acumulados
Intangível
27
33
Ativos intangíveis
47
44 ( - ) Ações em tesouraria
Amortização acumulada
(20)
(11)
Total do ativo
58.414 80.953 Total do passivo e patrimônio líquido
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Notas
2012
2011
25.649
30.077
24.724
27.787
1.483
1.123
8
23.241
26.664
9
-
1.459
-
1.459
2
-
10
11
2
-
923
831
288
224
27
-
608
607
4.951
20.670
8
4.951
20.091
10
-
579
-
579
27.814
30.206
31.000
31.000
-
39
-
804
12
(1.549)
-
(1.637)
(1.637)
58.414
80.953
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
E SEMESTRE FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 (Em milhares de reais)
2012
Reservas de capital
Reservas de lucros
Atualização de títulos Outras reservas
Prejuízos Ações em
Capital
patrimoniais
de capital
Legal Estatutária acumulados tesouraria
Saldo em 1º de janeiro de 2012
31.000
39
621
183
(1.637)
Prejuízo do exercício
(2.392)
Constituição de reservas
13
261
(274)
Reversões de reservas
(39)
(634)
(444)
1.117
Saldo em 31 de dezembro de 2012
31.000
(1.549)
(1.637)
Mutações do exercício
(39)
(621)
(183)
(1.549)
2º semestre de 2012
Reservas de capital
Reservas de lucros
Atualização de títulos Outras reservas
Prejuízos Ações em
Capital
patrimoniais
de capital
Legal Estatutária acumulados tesouraria
Saldo em 1º de julho de 2012
31.000
39
634
444
(1.637)
Prejuízo do semestre
(2.666)
Reversões de reservas
(39)
(634)
(444)
1.117
Saldo em 31 de dezembro de 2012
31.000
(1.549)
(1.637)
Mutações do semestre
(39)
(634)
(444)
(1.549)
2011
Reservas de capital
Reservas de lucros
Outras reservas
Prejuízos Ações em
Capital
de capital
Legal Estatutária acumulados tesouraria
Saldo em 1º de janeiro de 2011
31.000
621
7.426
(1.521)
Aquisição/venda/cancelamento de ações próprias
39
(116)
Prejuízo do exercício
(7.243)
Reversões de reservas
(7.243)
7.243
Saldo em 31 de dezembro de 2011
31.000
39
621
183
(1.637)
Mutações do exercício
39
(7.243)
(116)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Total
30.206
(2.392)
27.814
(2.392)
Total
30.480
(2.666)
27.814
(2.666)
Total
37.526
(77)
(7.243)
30.206
(7.320)
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Em milhares de reais)
1. Contexto operacional: O Banco CR2 S.A. (“Banco”) tem por atividade pre- efetiva quando auferidas ou incorridas. Os prêmios pagos ou recebidos na reaponderante a realização de compra e venda de títulos e valores mobiliários, por lização de operações no mercado de opções de ações, outros ativos financeiros
conta própria e de terceiros, a estruturação e administração de fundos de inves- e mercadorias são registrados nas respectivas contas patrimoniais pelos valotimento, especialmente os fundos de investimento imobiliário, bem como operar res pagos ou recebidos, ajustados a preços de mercado em contrapartida do
em bolsas de mercadorias e futuros e mercados de balcão organizados, além resultado. O valor nominal dos contratos de operações de compra e venda de
de operar em todas as modalidades de concessão de crédito para financiamen- ações, outros ativos financeiros e mercadorias realizados nos mercados futuros
to de capital fixo e de giro, dentre outras operações constantes do seu estatuto, e de opções é registrado em conta de compensação. g) Os ativos e passivos
de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação em vigor. Em 25 de decorrentes das operações de swap são registrados em contas patrimoniais
outubro de 2012, a Administração do Banco anunciou ao mercado que o seus pelo valor contábil, ajustado ao valor de mercado, em contrapartida do resultaacionistas celebraram um compromisso de compra e venda de ações através do, sem compensação entre valores a pagar e a receber. O valor nocional dos
do qual se comprometeram a alienar a totalidade de suas ações, representati- contratos é registrado em contas de compensação. h) As operações de crédito
vas de 100% do capital social total do Banco, ao ABN AMRO Bank N.V., da são demonstradas pelo custo de aquisição ou de liberação, acrescidos de juros
Holanda. O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições contratualmente pactuados. A provisão para operações de crédito e de outros
precedentes usuais em operações dessa natureza, incluindo a aprovação das créditos é estimada com base em análise das operações e dos riscos específiautoridades regulatórias competentes. 2. Apresentação das demonstrações cos apresentados em cada carteira, de acordo com os critérios estabelecidos
financeiras: As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as pela Resolução nº 2.682/99 do C.M.N. i) O imobilizado de uso é registrado pelo
práticas contábeis adotadas no Brasil, associadas às normas e instruções do custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear com base no
Banco Central do Brasil - BACEN, e estão apresentadas em conformidade com prazo de vida útil-econômica dos bens. Os gastos diferidos correspondem, prino Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional - COSIF. A cipalmente, a benfeitorias em imóveis de terceiros. A amortização é calculada
elaboração das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contá- pelo método linear com base nos prazos estimados de utilização e/ou de locabeis adotadas no Brasil requer que a Administração use julgamento na determi- ção. O ativo intangível, proveniente de aquisição de licença de uso de software,
nação e registro de estimativas contábeis. Os ativos e passivos sujeitos a essas está registrado ao custo, deduzido da amortização pelo método linear durante a
estimativas e premissas referem-se, basicamente, ao imposto de renda diferido vida útil estimada (20% ao ano), a partir da data da sua disponibilidade para uso
ativo e à provisão para tributos e contribuições com exigibilidade suspensa. A e ajustado por redução ao valor recuperável - impairment, quando aplicável. j)
liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em Os passivos circulante e exigível a longo prazo são demonstrados por valores
valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo conhecidos ou calculáveis, que incluem, quando aplicável, os encargos e as
de sua determinação. O Banco revisa as estimativas e premissas periodica- variações monetárias (em base pro rata dia) e/ou cambiais incorridos. k) As
mente. Nas demonstrações dos fluxos de caixa a rubrica caixa e equivalentes provisões para imposto de renda e contribuição social são constituídas com
de caixa, conforme Resolução nº 3.604/08 do Conselho Monetário Nacional base no lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legisla(C.M.N.), inclui dinheiro em caixa, depósito bancários, investimentos de curto ção fiscal. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados
prazo de alta liquidez, com risco insignificante de mudança de valor, com prazo sobre o valor das diferenças temporárias, sempre que a realização desses monde vencimento inferior ou igual a 90 dias. 3. Principais práticas contábeis: As tantes for julgada provável. Para o imposto de renda a alíquota utilizada é de
práticas contábeis mais relevantes adotadas pelo Banco são as seguintes: a) O 15%, acrescida de adicional de 10% sobre o lucro tributável anual excedente a
resultado das operações é apurado pelo regime de competência. b) Os ativos R$ 240 e para contribuição social foi utilizada a alíquota de 15%. l) O reconhecirculante e realizável a longo prazo são demonstrados pelos valores de realiza- cimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes, e
ção, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em obrigações legais, fiscais e previdenciárias são efetuados de acordo com os
base pro rata dia) e cambiais auferidos, deduzidos das correspondentes rendas critérios descritos abaixo: • Contingências ativas: Não são reconhecidas nas
de realização futura e/ou provisões para perdas. c) Os títulos e valores mobiliá- demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que
rios são avaliados e classificados de acordo com os critérios estabelecidos pela propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não cabem mais recurCircular BACEN nº 3.068/01, nas seguintes categorias: I - títulos para negocia- sos. • Contingências passivas: São reconhecidas nas demonstrações financeição; II - títulos disponíveis para venda; e III - títulos mantidos até o vencimento. ras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da administração, for
Os títulos e valores mobiliários classificados na categoria I são ajustados pelo considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa e
valor de mercado, sendo estes ajustes com contrapartida em conta de resulta- quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança.
do, e os classificados na categoria II são registrados pelo custo de aquisição, Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessoacrescido dos rendimentos auferidos, em contrapartida do resultado e avaliados res jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aqueles
ao valor de mercado em contrapartida de conta específica do patrimônio líquido, classificados como perda remota não requerem provisão e divulgação. • Obrigalíquidos dos efeitos tributários. Os títulos e valores mobiliários classificados na ções legais - fiscais e previdenciárias: Referem-se a demandas judiciais onde
categoria III são avaliados pelo respectivo custo de aquisição, acrescido dos estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos
rendimentos intrínsecos auferidos, reconhecidos em conta de resultado. d) As e contribuições. O montante discutido é quantificado, registrado contabilmente.
operações que utilizam instrumentos financeiros efetuadas por conta própria, m) O lucro (prejuízo) por ação é calculado com base na quantidade de ações
ou que não atendam aos critérios de proteção (principalmente derivativos utili- em circulação nas datas dos balanços. n) De acordo com o CPC 01, aprovado
zados para administrar a exposição global de risco), são contabilizadas pelo pela Resolução da CMN n° 3.566 de 29 de maio de 2008, com base na análise
valor de mercado, com os ganhos e perdas, realizados e não realizados, reco- da Administração, se o valor contábil dos ativos do Banco exceder o seu valor
nhecidos diretamente no resultado. • Os derivativos utilizados para proteger recuperável, é reconhecida uma perda por “impairment” no seu resultado.
exposições a risco ou para modificar as características de ativos e passivos fi- 4. Aplicações interfinanceiras de liquidez:
nanceiros e que sejam (i) altamente correlacionados no que se refere às altera2012
2011
ções em seu valor de mercado, em relação ao valor de mercado do item que Aplicações no mercado aberto
estiver sendo protegido, tanto no início quanto ao longo da vida do contrato e (ii) Posição bancada
considerados efetivos na redução do risco associado à exposição a ser protegi- Letras Financeiras do Tesouro - LFT
- 13.005
da são classificados como hedge de risco de mercado, onde os ativos e passi- Letras do Tesouro Nacional - LTN
1.800 17.707
vos financeiros, bem como os respectivos instrumentos financeiros relaciona- Notas do Tesouro Nacional - NTN
25.006
dos, são contabilizados pelo valor de mercado, com os ganhos e perdas,
26.806 30.712
realizados e não realizados, reconhecidos diretamente no resultado. e) O valor Aplicações em depósitos interfinanceiros
- 1.468
de mercado dos títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivati- (-) Provisão p/perdas em aplicações em depósitos
vos e demais direitos e obrigações, quando aplicável, é calculado com base em interfinanceiros
- (1.468)
preços de mercado, modelos de avaliação de preços, ou ainda com base no Total
26.806 30.712
preço determinado para outros instrumentos financeiros com características semelhantes. Assim, quando da liquidação financeira destas operações, os resul- 5. Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos: a) Títados poderão ser diferentes das estimativas. f) Os ajustes diários das opera- tulos e valores mobiliários: Os títulos e valores mobiliários integrantes da carteira
ções realizadas no mercado futuro são registrados como receita ou despesa própria do banco estão classificados na categoria de títulos para negociação e
comparativos, fluxo de caixa, capital de giro, cobertura de juros e qualidade das
garantias oferecidas, bem como análises subjetivas, que contemplam dados do
setor econômico, ambiente regulatório e participação no mercado. Os limites são
aprovados pelo Comitê de Crédito e revisados regularmente, juntamente com a
suficiência das garantias oferecidas. Gerenciamento de riscos: O Banco CR2
possui políticas de gerenciamento de risco documentada em normas internas e
em conformidade com a legislação vigente. A gestão dos riscos é feita por área
independente das áreas de negócio e contempla regras e procedimentos visando o
monitoramento contínuo de riscos, no que se refere a: - Risco de Mercado: cálculo
do VaR diário e a realização de teste de estresse, verificando o comportamento da
carteira em situações extremas, apoiando a definição de estratégias; - Riscos de
Liquidez: controle diário do fluxo de caixa do banco, de forma a identificar possíveis
descasamentos entre ativos e passivos, em cenários normais e em cenários de
estresse; - Risco de Crédito: cálculo diário do VaR para a carteira de crédito e
a realização de teste de estresse, verificando o comportamento da carteira em
situações extremas, apoiando a definição de estratégias conforme Res. CMN
3.721/09; - Risco Operacional: identificação, avaliação, controle e monitoramento
contínuo de riscos operacionais, buscando a melhoria dos processos da instituição.
A estrutura de gestão de riscos encontra-se descrita na nota explicativa 15
desta demonstração. As informações requeridas pela circular nº. 3.477/09 do
Banco Central do Brasil são disponibilizadas no sítio da instituição na internet –
www.bancocr2.com.br. Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 2013. A Diretoria.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Em milhares de reais, exceto o lucro (prejuízo) por lote de mil ações)
2012
2011
2º
Notas semestre Exercício Exercício
Receitas da intermediação financeira
6.076
14.521
14.632
Operações de crédito
4.684
9.200
12.335
Resultado de operações com
títulos e valores mobiliários
5
1.339
5.192
2.858
Resultado com instrumentos
financeiros derivativos
53
129
(561)
Despesas da intermediação financeira
(2.400)
(4.792)
(9.638)
Operações de captação no mercado
(1.331)
(3.631)
(7.622)
Provisão para créditos de liquidação
duvidosa
6
(1.069)
(1.161)
(2.016)
Resultado bruto da intermediação
financeira
3.676
9.729
4.994
Outras receitas (despesas)
operacionais
(6.576)
(12.355) (10.486)
Receitas de prestação de serviços
25
70
281
Rendas de tarifas bancárias
103
202
266
Despesas de pessoal
(3.956)
(7.864)
(6.915)
Outras despesas administrativas
(2.649)
(5.180)
(4.165)
Despesas tributárias
(29)
(89)
(95)
Outras receitas operacionais
581
175
Outras despesas operacionais
(70)
(75)
(33)
Resultado operacional
(2.900)
(2.626)
(5.492)
Resultado não operacional
270
270
Resultado antes da tributação
sobre o lucro e das participações
(2.630)
(2.356)
(5.492)
Provisão para imposto de renda
13
Provisão para contribuição social
13
Ativo fiscal diferido
13
(1.668)
Participação de empregados no lucro
(36)
(36)
(83)
Prejuízo do semestre/exercício
(2.666)
(2.392)
(7.243)
Número de ações do capital
social em circulação
27.854.772 27.854.772 27.854.772
Prejuízo do semestre/exercício
por lote de mil ações - R$
(95,71)
(85,87) (260,02)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (Em milhares de reais)
2012
2011
2º
semestre Exercício Exercício
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Prejuízo do semestre/exercício
(2.666) (2.392) (7.243)
Ajustes ao prejuízo
Depreciação e amortização
83
172
182
Valor residual de imobilizado alienado
1
Valor de custo de investimento alienado
Prejuízo ajustado
(2.583) (2.219) (7.061)
Variações em ativos e passivos
Redução em títulos e valores mobiliários e
instrumentos financeiros derivativos
23.676
14.915
15.017
Redução em operações de crédito e
operações de arrendamento mercantil
8.187
2.548
8.182
Redução em outros créditos
64
92
2.171
(Aumento) Redução em outros valores e bens
630
635
(12)
Variação líquida em outras relações
interfinanceiras e interdependências
(472)
392
(281)
Redução em depósitos
(1.561) (18.203) (14.059)
Redução em captações no mercado aberto
(1.398)
Redução em recursos de aceites e emissão
de títulos
(721) (1.459) (1.030)
Redução em outras obrigações
(44)
(487)
(997)
Caixa líquido originado (aplicado) em atividades
operacionais
25.778
(3.786)
1.930
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aquisição de imobilizado de uso
(43)
(75)
(74)
Aplicações no intangível
(3)
(3)
Caixa líquido aplicado em atividades de
investimento
(40)
(72)
(74)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Compras de ações em tesouraria
(77)
Caixa líquido aplicado em atividades de
financiamento
(77)
Aumento (redução) líquido de caixa e
equivalentes de caixa
25.738
(3.858)
1.779
Disponibilidades
874
58
87
Aplicações interfinanceiras de liquidez
300
30.712
28.904
Caixa e equivalente de caixa no início do exercício
1.174
30.770
28.991
Disponibilidades
106
106
58
Aplicações interfinanceiras de liquidez
26.806
26.806
30.712
Caixa e equivalente de caixa no final do exercício
26.912
26.912
30.770
25.738
(3.858)
1.779
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
podem ser assim demonstrados:
2012
2011
Custo Mercado Mercado
Títulos e valores mobiliários - livres
Letras Financeiras do Tesouro - LFT
15.015
Nota do Tesouro Nacional - NTN - B
2
Nota do Tesouro Nacional - NTN - C
128
164
135
Subtotal
128
164
15.152
Títulos e valores mobiliários - em garantia
de operações de bolsa
Nota do Tesouro Nacional - NTN - C
9
12
50
Subtotal
9
12
50
Total
137
176
15.202
(a) O saldo de aplicações em Títulos e Valores Mobiliários está sendo demonstrado 100% no curto-prazo, independentemente de seu vencimento em
atendimento à circular do Bacen nº 3.068/01, visto que toda a carteira está
classificada como “Para Negociação”.
O resultado com títulos e valores mobiliários apurados no exercício podem ser
assim segregados:
2012
2011
2º semestre Exercício Exercício
Títulos e valores mobiliários
Renda fixa
1.339
5.192
4.542
Renda variável
(1.684)
Total
1.339
5.192
2.858
b) Instrumentos financeiros derivativos
2012
2011
Custo Mercado Mercado
Swap
113
208
97
Total líquido
113
208
97
Os valores de mercado dos títulos e valores mobiliários e dos instrumentos
financeiros derivativos foram apurados de acordo com as cotações de preço
de mercado na data do balanço. 6. Operações de crédito: As operações de
crédito são classificadas em níveis de risco de acordo com os critérios estabelecidos pela Resolução nº 2.682 do C.M.N. Essa classificação leva em consideração entre outras, uma análise periódica da operação, dos atrasos, do
histórico do cliente e das garantias obtidas, quando aplicável. A provisão para
perdas em operações de crédito é efetuada com base na classificação do cliente
nos níveis de risco definidos pela referida Resolução. Em 31 de dezembro de
2012 e 2011 as operações de crédito estavam segregadas da seguinte forma:
a) Composição da carteira de crédito por tipo de operação:
2012
2011
Saldo % carteira Saldo % carteira
Capital de giro
25.334
81,22% 33.974
97,17%
Crédito pessoal
5.857
18,78%
645
1,84%
Financiamento imobiliário
345
0,99%
Total das operações de crédito
31.191
100,00% 34.964
100,00%
b) Composição da carteira por prazo de vencimento:
2012
2011
A vencer em até 90 dias e vencidas entre 1 e 14 dias
24.673
17.645
A vencer entre 91 e 360 dias
4.799
10.225
A vencer acima de 360 dias
2.685
29.472
30.555
Vencidas entre 15 e 90 dias
1.226
2.213
Vencidas entre 91 e 360 dias
493
2.196
1.719
4.409
31.191
34.964
Curto prazo
31.191
32.279
Longo prazo
2.685
31.191
34.964
continua
c) Composição da carteira por setor de atividade e por nível de risco:
As operações de crédito podem ser assim demonstradas:
Percentual
2012
2011
Conforme
Nível Carteira Provisão Carteira Provisão
Atividade
Resolução nº
de por faixa
para por faixa
para
econômica 2.682 do CMN
risco de risco perdas de risco perdas
Físicas
0,00%
AA
5.101
Indústria
0,50%
A
1.344
7
Serviços
0,50%
A
6.955
35
6.494
32
Físicas
0,50%
A
59
279
1
Indústria
1,00%
B
469
5
2.457
25
Serviços
1,00%
B
8.875
89
15.595
156
Físicas
1,00%
B
677
7
8
Indústria
3,00%
C
507
15
Comércio
3,00%
C
230
7
Serviços
3,00%
C
4.507
135
4.786
144
Físicas
3,00%
C
3
16
Indústria
10,00%
D
59
6
272
27
Serviços
10,00%
D
28
3
Físicas
10,00%
D
1
250
25
Serviços
30,00%
E
207
62
2.135
641
Físicas
30,00%
E
5
1
13
4
Serviços
50,00%
F
1.825
913
480
240
Físicas
50,00%
F
9
5
Habitação
50,00%
F
345
172
Físicas
70,00%
G
1
1
6
4
Indústria
100,00%
H
348
348
Comércio
100,00%
H
223
223
Serviços
100,00%
H
558
558
953
953
Físicas
100,00%
H
10
10
65
65
31.191
1.847 34.964
3.072
d) Concentração das operações:
2012
Saldo % Carteira Provisões
10 maiores emitentes/clientes
18.141
58,16
1.078
50 seguintes maiores emitentes/clientes
12.965
41,57
760
100 seguintes maiores emitentes/clientes
69
0,22
8
Demais clientes/emitentes
16
0,05
1
Total
31.191
100,00
1.847
2011
Saldo % Carteira Provisões
10 maiores emitentes/clientes
17.308
49,51
795
50 seguintes maiores emitentes/clientes
17.123
48,97
2.185
100 seguintes maiores emitentes/clientes
305
0,87
58
Demais clientes/emitentes
228
0,65
34
Total
34.964
100,00
3.072
e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa:
2012
2011
2º semestre Exercício Exercício
Saldos iniciais
(2.339)
(3.072)
(1.674)
Provisão sobre operações de crédito
(1.069)
(1.161)
(2.016)
Cessão de crédito (i)
135
Transferência para prejuízo
1.561
2.386
483
Saldos finais
(1.847)
(1.847)
(3.072)
Provisão - ativo
(1.847)
(1.847)
(3.072)
Provisão - passivo (operações cedidas)
(i) No Banco, as responsabilidades por coobrigação referentes a créditos cedidos
foram baixadas mediante recompra do saldo das operações de crédito cedidas com
coobrigação no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o que gerou reversão
do saldo de provisão constituída de R$ 135 no exercício de 2011. O Banco não realizou cessão de operações de crédito no exercício findo em 31 de dezembro de 2012.
7. Outros créditos
2012
2011
Antecipações de impostos
100
Rendas a receber
91
257
Depósitos judiciais
646
Outros
36
708
Subtotal
873
965
Circulante
140
67
Não Circulante
733
898
Total
873
965
8. Depósitos a prazo
2012
2011
A vencer em 90 dias
5.156
7.500
A vencer entre 91 e 360 dias
18.085
19.164
Total do passivo circulante
23.241
26.664
A vencer acima de 360 dias
4.951
20.091
Total
28.192
46.755
9. Recursos de letras imobiliárias, hipotecárias, de crédito e similares: Em 31
de dezembro de 2012 e 2011, as captações em Letras de Crédito do Agronegócio
(LCA) estavam segregadas por faixa de vencimento como se segue:
2012 2011
Vencimento
Letras de crédito do agronegócio (i)
583
A vencer em 90 dias
Letras de crédito do agronegócio (i)
- 876 A vencer entre 91 e 360 dias
Total
- 1.459
(i) A Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) é remunerada por um percentual
do CDI e é um título de crédito nominativo, lastreado por direitos creditórios
originários do agronegócio e emitido exclusivamente por instituições financeiras públicas ou privadas. A LCA é emitida pelo Banco sob a forma escritural
na CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação, sob a Lei nº 11.076/2004 e Lei
nº 11.311/2006 e alterações posteriores.
10. Outras obrigações:
a) Fiscais e previdenciárias
2012
2011
Impostos e contribuições
288
224
Obrigações legais (Nota nº 11.a)
579
Total
288
803
Curto prazo
288
224
Longo prazo
579
Total
288
803
b) Diversas
2012
2011
388
312
220
295
608
607
Curto prazo
608
607
Longo prazo
608
607
11. Passivos contingentes e obrigações legais fiscais e previdenciárias:
Entre os processos judiciais que envolvem o Banco, há processos de natureza
fiscal e cível. Os valores de provisão são demonstrados como segue:
2012
2011
Obrigações legais
INSS sobre PLR (a)
579
579
a) Obrigações legais: Em 28 de janeiro de 2009, o Banco CR2 foi autuado
pela Receita Federal do Brasil, em virtude da fiscalização do INSS - Instituto
Nacional da Seguridade Social no que concerne às contribuições previdenciárias relativas ao pagamento de contribuição previdenciária sobre assistência médica dos dependentes dos dirigentes e empregados e participação
nos lucros e resultados, ambos do ano calendário de 2004. O processo foi
encerrado em 29 de junho de 2012, onde o Banco efetuou o pagamento do
montante de R$ 777, sendo R$ 118 referentes a atualização pela taxa SELIC.
b) Passivos contingentes
2012
2011
Saldos iniciais
Provisão para passivos contingentes
(27)
Saldos finais
(27)
Provisão - passivo
(27)
12. Patrimônio líquido: a) Capital social: É representado por 29.205.799
ações ordinárias, em sua totalidade nominativas e sem valor nominal. Desse
total 1.351.027 ações ordinárias estão registradas na rubrica contábil “Ações
em Tesouraria”, em virtude de recompras efetuadas em retirada de acionistas,
Provisões para férias
Contas a pagar
pelo valor de R$1.637. b) Reserva de capital: Refere-se ao valor da contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal destas, bem como
a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social. Em 31 de dezembro de 2012,
foi revertido o montante de R$ 39 para absorção de parte do prejuízo apurado
no exercício. c) Reserva legal: Constituída à alíquota de 5% do lucro líquido,
antes de qualquer outra destinação, limitada a 20% do capital social. Em 31 de
dezembro de 2012, foi revertido o montante de R$ 634 para absorção de parte
do prejuízo apurado no exercício. d) Reserva estatutária: Nos termos do estatuto social, o saldo remanescente de lucros acumulados deve ser destinado a
esta reserva, com a finalidade de manutenção dos lucros do Banco, para futura
distribuição ou utilização, conforme vier a ser determinado pela Administração.
Em 31 de dezembro de 2012, foi revertido o montante de R$ 444 para absorção
de parte do prejuízo apurado no exercício. e) Distribuição de lucros: Os acionistas têm direito a dividendos mínimos de 25% sobre o lucro líquido do exercício
ajustado nos termos do artigo 202 da Lei nº 6.404/76.
13. Imposto de renda e contribuição social: O Banco possui um estoque de ativos fiscais diferidos não constituídos no valor de R$ 5.022, sendo R$ 1.780 referente somente ao exercício de 2012. Estes ativos são
provenientes de créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa
de contribuição social e sobre diferenças temporárias referentes a operações de crédito baixadas como prejuízo. Considerando os exercícios de
2009 a 2012, a base dedutível de lucros fiscais futuros perfaz R$ 12.554.
14. Instrumentos financeiros: O Banco participa de operações envolvendo
instrumentos financeiros derivativos no mercado de futuros e de swap, que se
destinam a administrar a exposição a riscos de taxa de juros. A Administração
desses riscos é efetuada através de políticas, que definem as estratégias de
operação, assim como os controles de acompanhamento e definição dos limites de posição. As operações no mercado de futuros são negociadas, registradas e custodiadas na Bolsa de Mercadorias e de Futuros - BM&FBovespa,
enquanto que as de swap são negociadas, registradas e custodiadas na Cetip
- Câmara de Custódia e Liquidação. Os compromissos assumidos decorrentes
desses instrumentos financeiros derivativos, registrados em conta de compensação, vencíveis até 17/04/2014 podem ser assim demonstrados:
Diferencial a
Valor referencial
pagar/receber
De 31 a
De 91 a De 181 a Acima de
31/12/2012
Posição
Banco Contraparte Até 30 dias 90 dias 180 dias 360 dias 360 dias Total Custo Mercado
Swap (2)
Posição ativa
IPCA
DI
1.000 1.000
113
208
Total posição ativa
113
208
(1) Referem-se a contratos de swap cujos indexadores de troca são IPCA X DI , com vencimentos em 18/03/2014 e 17/04/2014.
Diferencial a
Indexador
Valor referencial
pagar/receber
De 31 a
De 91 a De 181 a Acima de
31/12/2011
Posição Banco
Contraparte Até 30 dias 90 dias 180 dias 360 dias
360 dias Total Custo Mercado
Futuro (1)
Posição comprada
DI
409
409
Swap (2)
Posição ativa
1.000 1.000
IPCA
DI
57
97
Total posição ativa
57
97
(1) Referem-se a contratos futuros de taxas de juros (CDI) que são gerenciados por meio da metodologia (VAR), permitindo que as decisões estratégicas do
Banco sejam tomadas com alto grau de confiança. O risco do Banco na posição vendida é o aumento da taxa de CDI e da posição comprada a queda da taxa
de CDI, além de suas expectativas. De acordo com a metodologia utilizada pelo Banco, o valor máximo que teria que pagar em um cenário de stress (a partir
de cenário disponibilizado pela BM&FBovespa para a estrutura a termo do dia, no qual, são utilizados valores estressados dos vértices de juros) é compatível
com os limites de risco estabelecidos pelo Banco.
(2) Referem-se a contratos de swap cujos indexadores de troca são IPCA X DI , com vencimentos em 18/03/2014 e 17/04/2014.
Indexador
Os resultados apurados com instrumentos financeiros derivativos, referentes aos
exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 foram registrados na rubrica Resultado com instrumentos financeiros derivativos, e estão assim compostos:
2012
2011
2º semestre Exercício Exercício
“Swap”
53
111
58
Mercado futuro
18
(212)
Opções de ativos financeiros e
mercadorias
(407)
Total
53
129
(561)
15. Gerenciamento de risco: A gestão de risco das operações é efetuada por
meio de políticas internas e equipes independentes das áreas de negócio do Banco, que monitoram os diversos riscos inerentes às operações e/ou processos,
incluindo os riscos de mercado, liquidez, crédito e operacional. Essas estruturas
de gerenciamento podem ser assim resumidas: a) Risco de mercado: A administração de riscos de mercado nas operações é efetuada através do monitoramento
de limites e exposições aos riscos pela área de risco, que atua de forma independente das áreas de negócio. Os limites e posições são discutidos em Comitê
de Risco. Diariamente calcula-se o VaR (Value at risk), por simulação de Monte
Carlo, e testes de stress de mercado verificando o comportamento da carteira
em situações extremas. b) Riscos de liquidez: Controla-se o fluxo de caixa futuro,
de forma a identificar possíveis descasamentos entre ativos e passivos. Além do
fluxo de caixa contratado, verifica-se o comportamento do fluxo de caixa em cenários de stress, considerando renovações, resgates antecipados, diminuição de
novas captações para a parte passiva da carteira do banco; renovações, defaults
e atrasos para a carteira de crédito; e situações de stress de mercado sobre a carteira de ativos negociados em bolsa. c) Risco de crédito: A administração de riscos de crédito é efetuada através do monitoramento dos limites e exposições pela
área de risco, que atua de forma independente das áreas de negócio. Os limites
e posições são discutidos em Comitê de Risco. Diariamente calcula-se o VaR
(Value at risk) e realiza-se teste de estresse, tendo por base o modelo do CreditMetrics (JP Morgan, 1997). d) Risco operacional: A gestão de risco operacional
possui metodologia específica para identificação, avaliação, controle, definição do
tratamento adequado ao risco e monitoramento. Ainda, possui controle específico
para identificação e comunicação de incidentes de Risco Operacional e, desta
forma, possibilita um acompanhamento direto dos principais eventos de risco pela
Diretoria da instituição. A área de risco operacional é subordinada a Diretoria de
Riscos e, desta forma, mantém independência com relação a Auditoria Interna.
16. Transações com partes relacionadas: a) Os acionistas do Banco CR2 e outras
empresas não financeiras sob o mesmo controle acionário realizaram transações
junto ao próprio Banco com vencimento até dezembro de 2014. O quadro a seguir,
demonstra essas transações em 31 de dezembro de 2012 e 2011.
2012
2011
Ativo
Receita
Ativo
Receita
(passivo) (despesa) (passivo) (despesa)
(1.947)
(262)
(1.453)
(301)
Transações
Depósitos à prazo
Recursos de letras imobiliárias,
hipotecárias, de crédito e
similares
(1)
(30)
(17)
Saldo em conta corrente
(1.044)
Alienação de quotas de fundos
de investimento (i)
644
(i) O Banco alienou, em 27 de junho de 2011, quotas do Financial Fundo de
Investimento em Direitos Creditórios Não Padronizados Multicarteira para a
CR2 Serviços Financeiros Ltda. Essas quotas estavam registradas, na data da
operação, pelo valor de R$ 1.074, com provisão para perdas constituídas no
montante de R$ 859 e saldo líquido de R$ 215. O valor de venda foi de R$859,
gerando ganho de R$ 644, registrado no grupo de “Resultado de Operações
com Títulos e Valores Mobiliários”.
b) O Banco pagou o montante de R$ 1.923 a título de remuneração e benefícios
ao pessoal chave da Administração durante o exercício findo em 31 de dezembro
de 2012(R$ 1.735 em 2011), o qual é considerado benefício de curto prazo. Atualmente, o Banco não possui planos de benefício pós-emprego ou remuneração
baseada em ações para funcionários ou Administradores.
17. Limites operacionais: Os limites mínimos de patrimônio líquido compatível
com o grau de risco decorrente da exposição das financeiras (Acordo da Basiléia) e limites máximos de diversificação de risco e aplicação de recursos no ativo
permanente são apurados conforme critérios estabelecidos pela Resolução nº
2.723/00 do C.M.N. Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 os limites operacionais
estão devidamente atendidos. A situação do Banco, em relação ao risco da exposição das operações financeiras, está assim representada:
2012
2011
Patrimônio de referência exigido - PRE
5.498
7.768
Patrimônio de referência para limite de
compatibilização do PR com PRE - PR
27.814 30.206
Índice de Basiléia
55,65% 42,77%
18. Outras informações: a) O Banco administra fundos de investimento imobiliário, cujos patrimônios líquidos em 31 de dezembro de 2012 totalizam R$ 297(R$
1.028 em 2011). As receitas oriundas dessa administração estão registradas na
rubrica “Receitas de prestação de serviços”. b) As garantias e fianças bancárias
prestadas, em 31 de dezembro de 2012, montam o valor de R$ 428 (R$ 4.151
em 2011), e estão sujeitas a encargos financeiros e contra-garantias dadas pelos
beneficiários. Não são esperadas perdas com essas operações.
A Diretoria
Contador - Jorge Alves de Souza
CRC-RJ 38.810/O-0 - CPF 500.901.517-04.
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Administradores e Acionistas do Banco CR2 S.A. Rio de Janeiro - RJ.
Examinamos as demonstrações financeiras do Banco CR2 S.A. (“Banco”)
que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as
respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e
dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das
principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade
da administração sobre as demonstrações financeiras: A Administração
do Banco é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil - BACEN e pelos controles internos que ela determinou como
necessários para permitir a elaboração das demonstrações financeiras livres
de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes: Nossa responsabilidade é a
de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em
nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais
de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento das exigências éticas
pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo
de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres
de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos
selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações
apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados
dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de
distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se
causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os
controles internos relevantes para a elaboração das demonstrações financeiras
do Banco para planejar procedimentos de auditoria que são apropriados nas
circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos
controles internos do Banco. Uma auditoria inclui também a avaliação da
adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das
demonstrações tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria
obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião:
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas acima apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira do Banco CR2 S.A. em 31 de dezembro de 2012, o desempenho
de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela
data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Ênfase: Sem
ressalvar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota explicativa nº 1, em
que é divulgado que em 25 de outubro de 2012, a Administração do Banco CR2
S.A. anunciou ao mercado que seus acionistas celebraram um compromisso
de compra e venda de ações, no qual se comprometeram a alienar a totalidade
das ações, representativas de 100% do capital social total do Banco ao Banco
ABN AMRO Bank. O fechamento da transação está sujeito ao cumprimento
de condições precedentes usuais em operações dessa natureza, incluindo a
aprovação das autoridades regulatórias competentes. Rio de Janeiro, 15 de
fevereiro de 2013. ERNST & YOUNG TERCO - Auditores Independentes S.S.
- CRC - 2SP 015.199/O-6 - F - RJ. Flávio Serpejante Peppe - Contador - CRC
- 1SP 172.167/O-6 - S - RJ. Guilherme Portella Cunha - Contador - CRC - 1RJ
106.036/O-5
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BALANÇOS PATRIMONIAIS - 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE