1 A atuação da Fisioterapia nas Complicações Respiratórias em Pacientes com Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância ou Paralisia Cerebral Mônica Garcia de Araújo¹ [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia² [email protected] Pós-graduação em Pediatria e Neonatologia – Faculdade FASAM Resumo A expressão Paralisia Cerebral (doravante PC) é definida como sequela de uma agressão encefálica, que se caracteriza, primordialmente, por um transtorno persistente, mas não invariável, do tono, da postura e do movimento, que aparece na primeira infância e que não só é diretamente secundário a esta lesão não evolutiva do encéfalo, senão devido, também, à influência que tal lesão exerce na maturação neurológica. É considerada uma das patologias neurológicas mais comuns do mundo, cuja incidência vêm se mantendo de forma constante nos últimos anos entre 1,5 e 2,5 por nascidos vivos. Afeta o sistema nervoso central em fase de maturação estrutural e funcional, devido a uma lesão ocorrida durante o período pré, peri ou pós-natal, até o segundo ano de vida e com etiologia multifatorial. O sistema respiratório do portador de Paralisia Cerebral sofre influência direta e indireta dos distúrbios do tônus, da postura e do movimento. A fisioterapia tem como objetivo a adequação da mecânica respiratória para se possa melhorar a qualidade motora, de vida, protegendo o encefalopata contra as afecções que comumente desenvolve por causa das alterações. Palavras- chave: PC ; Distúrbios Respiratórios; Fisioterapia. 1.Introdução De acordo com Fonseca (2002) a Paralisia Cerebral (PC) ou encefalopatia crônica não progressiva da infância é um distúrbio neurológico de difícil definição devido às manifestações clínicas serem muito heterogêneas e a etiologia deveras diversificada. A nomenclatura mais usada pelos especialistas é de 1964 e caracteriza a PC como um distúrbio permanente, embora não invariável, do movimento e da postura, devido a defeito ou lesão não progressiva do cérebro no começo da vida (RESENDE,2004). Barbosa (2010) afirma que o termo Paralisia Cerebral (PC), é considerado por muitos autores inadequados, uma vez que significaria a parada total de atividades físicas e mentais, o que não corresponde ao caso. Atualmente, tem-se utilizado o termo Encefalopatia Crônica Não Progressiva ou Não Evolutiva para deixar bem claro seu caráter persistente, mas não evolutivo, apesar das manifestações clínicas poderem mudar com o desenvolvimento da criança e com a plasticidade cerebral. Gianni (2007) afirma que a PC é classificada, segundo aspectos clínicos, em espástica, extrapiramidal, hipotônica, atáxica e mista. A forma espástica, caracterizada por hipertonia muscular, fraqueza muscular ou paresia, consiste no tipo mais comum e responsável por 58% dos casos. A extrapiramidal é caracterizada pela presença de movimentos involuntários amplos e fixos como distonia, proximais como coreia e distais, como atetose associado a tônus postural instável e flutuante. A atáxica é a forma mais rara, evoluindo com incoordenação, déficit de equilíbrio e hipotonia. Já a mista combina sinais decorrentes de lesões em mais de uma região encefálica. A forma hipotônica é rara e geralmente evolui para os tipos atáxico ou extrapiramidal. 1. 2. Aluna Pós- Graduanda em Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia Professora Orientadora 2 Bonomo (2007) afirma que os distúrbios presentes na PC caracterizam-se por desordens do desenvolvimento do movimento e da postura, causando limitação das atividades funcionais (PASTRELLO,2009) e prejuízo de controle sobre os movimentos pelas modificações adaptativas do comprimento muscular. Podem estar presentes distúrbios associados como cognitivos, sensoriais e de comunicação (GOMES, 2001). Borges (2005) acrescenta que o sistema respiratório da pessoa com PC é influenciado direta e indiretamente pela alteração do tônus, da postura e do movimento. Segundo West (2000) na respiração normal o diafragma, músculo mais importante da respiração, se contrai forçando o conteúdo abdominal pra baixo e para frente, aumentando a dimensão vertical da caixa torácica. As margens das costelas são elevadas e movimentadas para fora, aumentando o diâmetro transverso do tórax. De acordo com Barbosa (2002), a movimentação, especialmente dos quadriplégicos, ocorre em padrões globais e em resposta à ação reflexa patológica, de tal maneira que a movimentação desorganizada dos membros superiores e da cabeça gera distorções torácicas que alteram a distribuição do fluxo aéreo e diminuem a eficiência da musculatura respiratória, devido à alteração geométrica do diafragma e da caixa torácica, gerando comprometimento na mecânica respiratória. As crianças com Paralisia Cerebral apresentam características de natureza físicobiológicas, psicoemocional e sócio histórico, diferenciadas das de outras crianças, apresentando alterações ou perda do controle motor secundária às lesões cerebrais, podendo também apresentar alterações visuais, distúrbios cognitivos, sensoriais, de audição entre outros (ABELHEIRA,2004). Barbosa (2002) afirma também que as alterações posturais e as deformidades torácicas diminuem a mobilidade e interferem na dinâmica ventilatória. Isto ocorre devido ao encurtamento e à fraqueza da musculatura envolvida na respiração, ao comprometimento do volume pulmonar característico das desordens neuromotoras e, das ações reflexas patológicas. Essas alterações anormais da parede torácica além de causarem alteração da biomecânica tóraco-abdominal, prejudicam os pulmões, visto que, as estruturas estão intimamente ligadas. São comuns, portanto, os distúrbios restritivos (BORGES,2005). De acordo com Nelson (2004) na PC a escoliose e a cifoescoliose são complicações comuns. Gianni (2005) relata que a distorção do gradil costal coloca os músculos respiratórios em desvantagem mecânica, onde o hemitórax do lado da convexidade da escoliose tende a ficar hiperinsuflado e o lado côncavo ficando hipoventilado. Ferreira (2009) afirma que a postura corporal influencia a complacência pulmonar devido aos efeitos da gravidade sobre a mecânica respiratória. Dessa maneira a postura assimétrica do tronco causa deformidades no tórax e por consequência, compromete o aspecto e a qualidade de vida, podendo se tornar um distúrbio grave e até fatal caso ocorra o comprometimento das funções cardiorrespiratórias. Peixoto (2004) diz que a abordagem fisioterapêutica na PC teria a finalidade de preparar a criança para uma função, manter ou aprimorar as já existentes, atuando sempre de forma a adequar a espasticidade. Entretanto, o prognóstico da paralisia cerebral depende evidentemente do grau de dificuldade motora, da intensidade de retrações e deformidades esqueléticas e da disponibilidade e qualidade da reabilitação. O tratamento respiratório deve ser feito concomitantemente com o motor, buscando a redução da frequência das afecções pulmonares e evolução favorável das disfunções motoras (BARBOSA, 2002; NICOLAU, 2007). O objetivo principal nessas condições é proporcionar a adequação da mecânica respiratória com a finalidade de proteger essas crianças contra as afecções que frequentemente desenvolvem por causa de suas alterações. Dentro deste objetivo, enquadra-se favorecer simetria torácica, melhorar ou conter as deformidades quando estas já se fazem presentes, quando não, preveni-las e melhorar o padrão respiratório e a 3 ventilação, aumentando a expansibilidade e mobilidade torácica. Segue-se a linha de que o tratamento respiratório deva ser concomitantemente com o motor e com isso observa-se, além de outros benefícios, redução da frequência das afecções pulmonares (BARBOSA, 2002). 2.Referencial Teórico 2.1 Paralisia Cerebral Paralisia Cerebral é uma expressão criada por Little em (1861), médico ortopedista, inglês. Little referia-se à paralisia (ausência de movimento) que ele diagnosticava nos membros, considerando a hipótese de ser ela decorrente de problemas cerebrais ocorridos durante o parto. Ao longo do século XX, os problemas obstétricos continuaram sendo preocupantes e foram minuciosamente estudados quanto à fisiopatogenia das lesões cerebrais deles decorrentes e ao seu valor prognóstico para sequelas neurológicas. Com o aperfeiçoamento das técnicas de ultrassonografia, o advento da tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), e com os avanços na assistência pré-natal, as malformações cerebrais, infecções maternas, congênitas e amnióticas, passaram a se destacar entre as principais causas de Paralisia Cerebral (FUNAYAMA, 2000). A PC pode ser classificada de acordo com o momento e a localização da lesão, a etiologia, a sintomatologia ou a distribuição topográfica. Conforme o tônus muscular a PC é dividida em espástica, hipotônica, atetóide, atáxica ou mista (RATLIFFE,2002). No que se refere à distribuição da topografa da lesão, pode ser classificada em tetraparesia, quando os quatro membros são acometidos simetricamente; diparesia, na qual os membros superiores são menos acometidos que os inferiores e hemiparesia, acometendo um hemicorpo (GOMES,2001; GIANNI,2007; FRANCO,2006). Quanto à distribuição do quadro motor, a PC pode ser classificada em hemiplegia, diplegia e quadriplegia. A quadriplegia é o tipo mais frequente, aparecendo em cerca de 41% dos casos e é também o tipo mais grave. Neste caso, os quatro membros são atingidos, porém os membros superiores normalmente são mais afetados(FONSECA,2006). As crianças quadriplégicas frequentemente possuem dificuldade na deglutição, na alimentação e na fala e a maioria delas apresenta persistência dos reflexos arcaicos (BOBATH,2001; TECKLIN,2002; POUNTNEY,2008). Bonomo (2006) afirma que dentre os tipos de PC, a tetraparesia espástica é a forma mais grave e também mais frequente (GOMES, 2001), ocorre entre 9 a 43% dos casos, decorre de lesões difusas bilaterais no sistema piramidal (LEITE, 2004) e acarreta restrito uso funcional dos membros superiores, bem como prognóstico de marcha reservado. Suas manifestações clínicas podem ser observadas ao nascimento, acentuando-se à medida que a criança vai se desenvolvendo (GOMES, 2001). São comuns intensas retrações musculares em semi-flexão, síndrome pseudobulbar (hipomimia, disfagia e disartria)(LEITE,2004) , alteração global de tônus muscular, diminuição da motricidade espontânea e da mobilidade articular(FRANCO,2006).O tipo de comprometimento cerebral vai depender do momento em que o agente etiológico atua, da sua duração e sua intensidade. Rotta(2002) descreve que quanto ao momento em que o agente etiológico incide sobre o SNC em desenvolvimento, distinguem-se os períodos pré-natal, perinatal e pós-natal (ROTTA, 2002). 2.2 Classificação 4 As pessoas com paralisia cerebral podem ser classificadas, de acordo com a característica clínica mais dominante, em espástico, discinético e atáxico (CANS, 2007). A paralisia cerebral espástica caracteriza-se pela presença de tônus elevado (aumento dos reflexos miotáticos, clônus, reflexo cutâneo plantar em extensão – sinal de Babinski e é ocasionada por uma lesão no sistema piramidal (SCHOLTES, 2006). A espasticidade é predominante em crianças cuja paralisia cerebral é consequente do nascimento pré-termo, enquanto que as formas discinéticas e a atáxica são frequentes nas crianças nascidas a termo (HIMPENS, 2008). A paralisia cerebral discinética caracteriza-se por movimentos atípicos mais evidentes quando o paciente inicia um movimento voluntário produzindo movimentos e posturas atípicos; engloba a distonia (tônus muscular muito variável desencadeado pelo movimento) e a coreoatetose (tônus instável, com a presença de movimentos involuntários e movimentação associada); é ocasionada por uma lesão do sistema extrapiramidal, principalmente nos núcleos da base (corpo estriado – striatum e globo pálido, substância negra e núcleo subtalâmico).A paralisia cerebral atáxica caracterizase por um distúrbio da coordenação dos movimentos em razão da dissinergia, apresentando, usualmente, uma marcha com aumento da base de sustentação e tremor intencional; é ocasionada por uma disfunção no cerebelo.Os quadros de espasticidade devem ser classificados também quanto à distribuição anatômica em unilateral (que engloba as anteriormente classificadas como monoplégicas e hemiplégicas) e bilateral (que engloba as anteriormente classificadas como diplégicas, triplégicas, quadri/tetraplégicas e com dupla hemiplegia) (ROSENBAUM, 2007). Quanto à distribuição anatômica, a paralisia cerebral espástica bilateral é mais frequente que a unilateral, tanto em prematuros, com prevalência média de 73% e 21%, respectivamente, quanto nos nascidos a termo (48.5%, bilateral e 36.5% unilateral) (HIMPENS, 2008). Os tipos clínicos são os seguintes, espástica, extrapiramidal, atáxica e mista. PC espástica ou piramidal: é o tipo mais comum. Devido à lesão do Sistema Piramidal, é caracterizada pela hipertonia, predominantes nos grupos musculares flexores e adutores dos membros, e associa-se a fraqueza muscular ou paresia (ROTTA, 2002). PC extrapiramidal ou discinética: Devido à lesão dos núcleos da base, os portadores desse tipo de PC irão apresentar movimentos involuntários, que surgem pelo segundo ou terceiro ano de vida. O tono muscular é variável (BALADI, 2007). Nas formas atáxicas, encontram-se importantes alterações do equilíbrio e da coordenação motora, associadas à hipotonia muscular nítida (ROTTA, 2002). PC mista: Representa a combinação das formas citada anteriormente, existindo espasticidade, movimentação involuntária e ataxia em maior ou menor grau (BALADI, 2007). Atualmente, foram encontrados diversos fatores de risco que interagem entre si, sugerindo que a Paralisia Cerebral seja uma condição clínica multifatorial, ou seja, não foi encontrada nenhuma causa específica para ela. Os fatores mais citados na literatura são a hipóxia/isquemia perinatal, prematuridade, baixo peso ao nascimento, infecção intra-uterina e causas genéticas (LEITE, 2002). 2.3 Incidência A incidência da PC tem se mantido constante nos últimos anos, mas a prevalência varia de 1,5 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos nos países desenvolvidos. Em países subdesenvolvidos estima-se que a cada 1.000 crianças que nascem, 7 têm PC , considerando todos os níveis de PC (PIOVENSANA, 2002). Gomes (2001) refere que em nosso país é complicado realizar essa estimativa pela falta de dados precisos. Presume-se que deva ser um número elevado, considerando-se 5 as circunstâncias precárias da saúde geral, e em especial, os cuidados dispensados à gestante a ao recém-nascido. Severa asfixia ao nascimento pode levar à PC, mas estudos controlados realizados deixam claro que esta não é uma causa comum, representando uma prevalência de 6 a 8% de PC. A asfixia perinatal associada com hipóxia pode induzir alterações na pressão sanguínea, resultando em hemorragia intracranial. A PC pode ser ocasionada por acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) no período perinatal, que equivale ao período de 20 semanas de gestação até 28 dias de vida. Uma porcentagem de 68% de presença de PC em crianças que tiveram AVCI no período perinatal. As crianças com PC após AVCI são suscetíveis a terem deficiência associada. Mais de 70% das crianças com PC após um AVCI têm pelo menos uma deficiência associada, sendo as mais comuns deficiências cognitivas e epilepsia (ZANINI, 2009). A real incidência é ainda muito questionada principalmente considerando-se que as condições de assistência pré e perinatal não são satisfatórias a grande parcela da população (BALADI,2007) principalmente nas áreas rurais onde a saúde e bem precária no nosso país . Em 1950, Illingworth considerou 600 mil casos nos Estados Unidos, aos quais se juntam, mais ou menos, 20 mil por ano. A incidência em países desenvolvidos tem variado de 1,5 a 5,9/1.000 nascidos (ROTTA, 2002). Nos países em desenvolvimento como o Brasil, essa condição pode estar relacionada a problemas gestacionais, más condições de nutrição materna e infantil e atendimento médico e hospitalar muitas vezes inadequado, dada a demanda das condições clínicas apresentadas principalmente por crianças nascidas antes da correta maturação neurológica (MANCINI, 2004). De acordo com Baladi(2007) em apenas 48% dos casos a causa da lesão é conhecida de forma irrevogável. Nos 52% restantes, o diagnóstico é baseado nos achados clínicos, quando o examinador se depara com uma encefalopatia crônica e não evolutiva cuja lesão causal não pode ser elucidada nem pena anamnese nem pela investigação armada. 2.4 Características Físicas e Respiratórias do Encefalopata Tem-se prejuízo do tônus muscular, que, neste caso específico, tende à espasticidade, gerando a pobreza de movimentos e perda de sua qualidade- o que acarreta comprometimento das trocas gasosas nos alvéolos, provocando um baixo suprimento de oxigênio ao organismo. Na quadriplegia espástica como na diplegia podem-se observar alterações de postura como a hiperlordose lombar que oferece tração caudal das fibras diafragmáticas inseridas na coluna lombar, mantendo o músculo retesado e impedindo seu retorno à posição de relaxamento. Isso compromete seu poder contrátil e leva a uma hipetonia, posteriormente. Tal postura é mantida por ação reflexa e pelo tônus muito aumentado( padrão extensor). Outra alteração seria a escoliose, capaz de modificar a biomecânica torácica pelas ações inversas em cada hemitórax. Ocorre na quadriplegia espástica pelo desequilíbrio causado pelas interferências de reflexos assimétricos que contribuem para posturas fixadas, levando a padrões assimétricos de postura e movimento. O que se observa é a região convexa deveras alongada, propiciando aumento dos espaços intercostais com estiramento desta musculatura e desta metade diafragmática. Ao contrário, no lado côncavo tem-se encurtamento muscular intercostal, pela diminuição deste hemigradil costal, havendo desvio cranial diafragmático. Em decorrência da incapacidade de realizarem inspirações profundas, de manterem a sua frequência respiratória oscilante, das alterações morfodinâmicas da caixa torácica , associadas às outras características citadas, o quadriplégico espástico não é capaz de 6 obter uma boa expansão toracopulmonar, o que trará prejuízos em nível ventilatório e, consequentemente, orgânico. A expansibilidade pulmonar estará restrita por alteração do gradil costal, da pleura e dos pulmões. Os encafalopatas quadriplégicos espástico que apresentam diminuição da distensibilidade pulmonar, necessitando, portanto, de uma respiração mais rápida para um melhor intercambio gasoso. Com um ritmo rápido haverá retenção de gás carbônico, gerando incapacidade para o trabalho respiratório. O diafragma, como tantos outros músculos do quadriplégico espástico, encontra-se encurtado, pois sendo pouco solicitado na sua amplitude, não sofre alongamento suficiente para contrair-se eficazmente. Dentre as inúmeras sequelas acarretadas pela PC, os desvios posturais encontram destaque. Além de estar comumente presentes na criança com PC, prejudicando os movimentos, eles podem provocar alterações importantes na função respiratória. Quando estas alterações posturais permanecem por longo período de tempo, os músculos e os ligamentos tendem a adaptar os seus comprimentos à posição habitual, o que pode levar a uma limitação ainda maior da função respiratória. De fato, as crianças com PC apresentam um padrão respiratório alterado, pois utilizam excessivamente a musculatura acessória, como esternocleidomastóideos, escalenos, peitorais, trapézios, e outros. Comumente elas também apresentam volume corrente (VC) e capacidade vital (CV) reduzidos e capacidade residual funcional (CRF) e volume residual (VR) aumentados, executam uma respiração superficial, têm um maior consumo de oxigênio e trabalho respiratório aumentado. Além disso, segundo Reid e colaboradores, essas crianças são retentoras de gás carbônico. Com a fraqueza da musculatura respiratória, se perde a habilidade de gerar altos volumes pulmonares e a força pra gerar tosse efetiva é diminuída, causando microatelectasias, diminuição da complacência pulmonar e da área de ventilação (FEROLDI, 2010). 2.5 Afecções respiratórias mais comuns no Encefalopata As pneumonias de repetição encabeçam a lista como as afeções mais comuns sendo desencadeadas por conta das alterações apresentadas, associadas aos fármacos potentes dos quais fazem uso, como os anticonvulsivantes que podem atuar dificultando a mobilidade ciliar da árvore respiratória e propiciando o desenvolvimento de infecções. A broncorréia constante também é uma afecção encontrada devido ao fato de serem os encefalopatas broncorreativos,e, como têm também dificuldades em expelir estas secreções por apresentarem fluxo aero ineficaz, a seu acúmulo ou até a permanência por tempo demasiado pode vir a gerar transtornos , como infecções respiratórias, podendo chegar até a desencadear um processo pneumônico. As afecções de vias aéreas superiores, bastante frequentes nestas crianças e de difícil tratamento, são as sinusites e corizas, principalmente por causa da ineficácia em expelir a secreção produzida abundantemente. Alguns processos infecciosos da via aérea superior quando não debelados corretamente podem desencadear, por consequência, as bronquites, por consequência, as bronquiolites, inclusive virais, sendo estas mais comuns por volta dos seis meses de vida, sendo ainda bastante comuns até os sois anos de idade. Também de grande incidência nestes pacientes temos as pneumonias por aspiração, pois podem ocorrer pela aspiração do refluxo gastresofágico bastante comum nos encefalopatas e por aspiração de corpos estranhos, devido à permanência de algumas crianças no chão e à falta de cautela em relação aos objetos que as estejam circundando. Além da presença do refluxo, a própria dificuldade na alimentação, com a ocorrência de engasgos constantes, pela incoordenação entre a deglutição e a respiração, inclusive, 7 favorece a broncoaspiração de pequenas partículas de alimento, propiciando o desenvolvimento de uma pneumonia química. 2.6 Papel da Fisioterapia Motora e Respiratória Ao perceber os primeiros sinais de anormalidades do desenvolvimento, é importante antecipar a formação de padrões patológicos, impedindo-os de se formarem, e evitar as fixações esses padrões. O tratamento precoce é importante porque aproveita as etapas de maturação no sistema nervoso em desenvolvimento, com estimulação e aproveitamento da inervação recíproca, utilizando o potencial da plasticidade neuroaxonal da arquitetura cerebral. Deve-se também proporcionar a adequação da mecânica ventilatória com a finalidade de proteger essas crianças contra as afecções de repetição que frequentemente ocorrem nas crianças com ECI. Dentro deste objetivo, é importante favorecer a simetria torácica, melhorar ou conter as deformidades quando estas já se fazem presentes; quando não, preveni-las e melhorar o padrão respiratório e a ventilação, aumentando a expansibilidade e mobilidade torácica. O terapeuta deve desenvolver intervenções com o objetivo de aumentar o controle postural do tronco, facilitando o controle antigravitacional dos músculos axiais flexores e extensores, sobretudo os músculos abdominais oblíquos, que ajudam na força expiratória necessária para tossir e espirrar. A reabilitação pulmonar pode diminuir a frequência de internações, reduzir os sintomas, melhorar a capacidade física e aumentar a expectativa de vida. A ventilação não invasiva noturna pode auxiliar os pacientes com queda na saturação de oxigênio e hipoventilação noturnas importantes. Assim, os procedimentos mais invasivos podem ser evitados ou postergados para as fases mais críticas da doença. As técnicas utilizadas variam conforme a necessidade da criança no momento de seu tratamento. Incluem manobras manuais proprioceptivas, técnicas de desobstrução brônquica e otimização do reequilíbrio tóraco-abdominal. Podem ser realizados alongamentos de toda musculatura comprometida, principalmente a respiratória, a boa postura com o intuito de facilitar o trabalho diafragmático, estimulações capazes de expandir o tórax e, através de propriocepções, proporcionar padrão respiratório mais adequado. 3. Métodos A pesquisa bibliográfica é decorrente de pesquisas anteriores, em documento impressos, com artigos, livros e teses. Utiliza-se de dados já trabalhados por outros estudiosos. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos (SEVERINO,2010). Fachim (2010) corrobora que a pesquisa bibliográfica refere-se ao conjunto de conhecimentos humanos, reunidos em uma obra e tem a finalidade de conduzir o leitor a um assunto. E, que toda obra deve ter o respaldo desse tipo de pesquisa. Assim, buscou-se investigar pelos livros, base de dados e revistas especializadas informações publicadas sobre o tema. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados eletrônicos como o Scientific Electronic Library Online – Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde - Bireme. A busca dos artigos ocorreu mediante os seguintes descritores: Paralisia Cerebral, Complicações motoras e respiratórias na PC, Tratamento Fisioterapêutico. Foram previamente selecionados 23 artigos na língua portuguesa publicados no período de 2000 a 2014 e utilizou-se todos para a construção do referencial teórico, cujo conteúdo, atendia os critérios de inclusão determinados para alcançar o objetivo estabelecido. 4. Resultados e Discussão A paralisia cerebral, também denominada encefalopatia crônica não progressiva da infância, é consequência de uma lesão estática, ocorrida no período pré, peri ou 8 pós-natal que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação estrutural e funcional(MANCINI, 2002) . Iwabe(2003) diz que o termo (PC) designa um grupo de distúrbios cerebrais de caráter estacionário que são devido a alguma lesão ou às anomalias do desenvolvimento ocorrido durante a vida fetal ou durante os primeiros meses de vida. Tais distúrbios se caracterizam pela falta de controle sobre os movimentos, pelas modificações adaptativas do comprimento dos músculos e, em alguns casos, por deformidades ósseas. Os distúrbios motores são tipicamente diferenciados e classificados na clínica de acordo com a parte comprometida do corpo (hemiplegia, diplegia, quadriplegia), com as características clínicas do tônus muscular e com os movimentos involuntários (PC espástica, atáxica e atetóide). Rotta(2002) defende que paralisia cerebral designa um grupo de distúrbios cerebrais de caráter não progressivo que ocorre durante o processo de maturação cerebral, que apresenta etiologias multifatoriais e diversidade quanto ao quadro clínico, havendo predominantemente sintomatologia motora associada a diferentes sinais e sintomas. Lianza (2001) alerta que ao perceber os primeiros sinais de anormalidades do desenvolvimento, é importante tentar antecipar a formação de padrões patológicos, impedindo-os de se formarem, e evitar que as condutas da criança fixem esses padrões. O tratamento precoce é importante porque aproveita as etapas de maturação no sistema nervoso em desenvolvimento, com estimulação e aproveitamento da inervação recíproca, utilizando o potencial da plasticidade neuroaxonal da arquitetura cerebral. Mancini (2004) relata que a paralisia cerebral (PC) pode acometer os indivíduos de diferentes maneiras, por meio de alterações neuromusculares, com alterações de tônus, com a persistência de reflexos primitivos, rigidez e espasticidade. Tais alterações geram padrões de movimentos anormais que podem comprometer o desempenho funcional dessas crianças. A PC pode interferir na interação das crianças em contextos relevantes, por exemplo na aquisição e desempenho de marcos motores básicos como rolar, sentar, andar e também em atividades de vida diária, como tomar banho, vestir-se, locomoverse e alimentar-se. Borges (2005) acrescenta que apesar do carácter não progressivo, alguns autores observam a presença do aspecto mutabilidade na Paralisia Cerebral, onde o repertório motor sofre alterações devido ao processo maturacional, ao aprendizado e a influência do meio. Feroldi(2010) diz que a tensão muscular permanente e o alongamento muscular pobre, causam deficiência do fluxo expiratório e elevação do volume corrente e da capacidade residual funcional. Essas alterações associadas com a fraqueza da musculatura expiratória fazem com que o esterno e as costelas permaneçam na posição inspiratória durante o ciclo ventilatório, levando ao aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax. A hipertonia é a causa mais importante de deformidades na Paralisia Cerebral (PC), criando um desequilíbrio muscular entre os músculos espásticos e seus antagonistas fracos. Este desequilíbrio muscular gera alterações na mecânica respiratória e favorece o encurtamento da musculatura inspiratória, enquanto que a musculatura abdominal apresenta-se tensa e enfraquecida. O pescoço encurtado e a postura elevada dos ombros contribuem pra a manutenção da elevação do tórax com projeção do osso esterno durante o ciclo respiratório (BORGES,2005). As técnicas utilizadas variam conforme a necessidade da criança no momento de seu tratamento. Incluem manobras manuais proprioceptivas, técnicas de desobstrução brônquica, expansão pulmonar e otimização do reequilíbrio tóracoabdominal(BARBOSA,2002). Leite(2004) afirma que a fisioterapia motora tem como objetivo a inibição da atividade reflexa anormal para normalizar o tônus muscular e facilitar o movimento normal. Assim, haverá melhora da força, da flexibilidade, da amplitude de movimento, 9 dos padrões de movimento e, em geral, das capacidades motoras básicas para a mobilidade funcional. As metas de um programa de reabilitação são reduzir a incapacidade e otimizar a função. Barbosa (2002) relata que a técnica de aspiração das vias aéreas contribui para remover as secreções e estimular a tosse. Sua frequência é ditada pela quantidade de secreções. A mobilização do paciente, frequentemente libera as secreções das vias aéreas periféricas até as mais centrais onde podem ser aspiradas. Este também é o objetivo da percussão e vibração na posição de drenagem postural. Park (2006) corrobora que a causa mais comum de insuficiência respiratória aguda ou crônica em crianças com ECI é a infecção pulmonar. Uma broncopneumonia causa um distúrbio ventilatório misto (restritivo e obstrutivo), que se acentua com a retenção de secreção, aumentando a resistência ao fluxo de ar, diminuindo o nível de consciência e o impulso respiratório e, ainda, reduzindo a força dos músculos respiratórios predispondoos à fadiga. Devido às alterações apresentadas no que tange à dinâmica tóraco-pleuro-pulmonar das crianças portadoras de ECI, os encefalopatas desenvolvem com maior frequência afecções do trato respiratório, tais como: pneumonias de repetição, afecções de vias aéreas superiores, pneumonias por aspiração, atelectasias, asma, bronquite, apnéia do sono(LEVIT,2001), (PARK,2006).Com o agravamento dessas afecções e com as internações frequentes, ocorre prejuízo e atraso no tratamento do quadro motor, interrompendo seu ritmo e prejudicando sua evolução(BARBOSA,2002). Levitt(2001) acrescenta que é necessário atuar sempre de forma a estimular o prosseguimento do desenvolvimento neuropsicomotor e atenuar ou mesmo afastar as condições desfavoráveis, que dificultem ou impeçam o desenvolvimento normal do sistema nervoso. Os princípios do tratamento têm como base à perda da função global que estes e outros problemas físicos criam nestas crianças. Barbosa (2002) relata que independente da técnica a ser instituída, os objetivos são os mesmos: dar simetria torácica a essas crianças, pois apresentam-se assimétricas; melhorar ou conter as deformidades quando estas já se fazem presentes, quando não , preveni-las e melhorar o padrão respiratório e ventilação, aumentando a expansibilidade e mobilidade torácica. Para Borges (2005) este desequilíbrio muscular gera alterações na mecânica respiratória e favorece o encurtamento da musculatura inspiratória, enquanto que a musculatura abdominal apresenta-se tensa e enfraquecida. O pescoço encurtado e a postura elevada dos ombros contribuem pra a manutenção da elevação do tórax com projeção do osso esterno durante o ciclo respiratório. Moreno (2007) destaca que em um estudo, os autores analisaram a função pulmonar em indivíduos saudáveis após intervenção terapêutica com alongamento e pompage da cadeia muscular respiratória e concluíram que o protocolo proposto mostrou ser eficiente para promover aumento das variáveis espirométricas. Barbosa (2002) acrescenta que é mais difícil de aspirar o brônquio principal esquerdo que o direito. Isso se deve ao fato de que o esquerdo sai a um ângulo de aproximadamente 35º de um plano sagital médio, enquanto o direito tem um ângulo mais agudo de apenas 15º e é mais dilatado. De acordo com Borges (2005)A desorganização da movimentação dos membros superiores e da cabeça proporciona distorções torácicas e diminuem a eficiência dos músculos respiratórios. Já Barbosa (2002) fala que na técnica de alongamento diafragmático a criança é colocada em posição de decúbito dorsal, organizada corporalmente de forma a serem mantidos seus membros inferiores e quadril fletidos, feita a pompagem sacral como tentativa de evitar hiperlordose. O terapeuta então apoia suas mãos sobre o diafragma, 10 por baixo das últimas costelas, mantendo seus polegares para dentro delas e, na expiração, traciona de dentro para fora, simultaneamente ou um hemitorax por vez. Moreno(2007) diz que o alongamento muscular melhora a relação comprimento-tensão das fibras musculares, favorecendo o desempenho da bomba respiratória, considerando que quanto mais alongado estiver um músculo, maior será sua capacidade de gerar tensão. Sendo assim, o alongamento realizado nos músculos envolvidos na respiração, deve proporcionar uma capacidade de contração muscular mais eficaz, melhorando o desempenho respiratório. Barbosa(2002) cita que a Aerossoterapia é um recurso terapêutico, por via inalatória, que se utiliza da transformação de líquidos em partículas sólidas em suspensão com a finalidade de aumentar o calibre das vias aéreas, umidificar a árvore traqueobrônquica e diminuir a viscosidade do muco para favorecer um melhor trabalho mucociliar. Leite e Prado(2004) descrevem que a fisioterapia tem como objetivo a inibição da atividade reflexa anormal para normalizar o tônus muscular e facilitar o movimento normal, com isso haverá uma melhora na força, da flexibilidade, da amplitude de movimento (ADM), dos padrões de movimento e, em geral, das capacidades motoras básicas para a mobilidade funcional. Dantas (2010) diz que a família faz todo um esforço para se adaptar à situação por meio da alteração na rotina diária e nos projetos de cada membro. Assim, é importante a orientação de profissionais sensibilizados com esse problema e competentes tecnicamente para a implementação de um projeto terapêutico que atenda às necessidades ampliadas da criança e da família. Nesse processo, a família será a cuidadora por excelência, para um desenvolvimento satisfatório da criança, portanto, receber o diagnóstico de PC, muitas vezes, impacta de tal modo que a família se sente impotente para cuidar do filho. Barbosa(2002) relata a importância da ausculta pulmonar no momento da avaliação fisioterápica como procedimento de confirmação ou de direcionamento para uma impressão diagnóstica fisioterápica mais fidedigna. O atendimento fisioterapêutico sempre deve levar em consideração as etapas do desenvolvimento motor normal, utilizando vários tipos de estimulação sensitiva e sensorial, haja vista que este tipo de desenvolvimento depende da tarefa e das exigências do ambiente, havendo, portanto, a necessidade de manter estreitas relações com o desenvolvimento visual, cognitivo e da fala (SARI e MARCON, 2008). Conclusão A paralisia cerebral não é uma doença, trata-se de uma categoria de deficiência que inclui pacientes com um tipo de problemas: distúrbios crônicos não progressivos de movimentos ou da postura com início precoce prematuro. Essa desordem neuromotora acarreta também alterações respiratórias, por causa, inclusive, das modificações que acometem o tórax, sendo estas passíveis de serem modificadas na íntegra ou não, através da intervenção terapêutica embasada na biomecânica respiratória. A fisioterapia atua com o objetivo de melhorar quadro respiratório dos pacientes encefalopatas e também as desordens motoras, ocupacionais, posturais e sensório-motoras. Torna-se então, a fisioterapia, um tratamento essencial para estas crianças, visto que a mesma utiliza de técnicas que tratam e previnem complicações respiratórias e motoras no paciente encefalopata. Bibliografia ABREU, Luiz Carlos; PEREIRA, Valderlias Xavier ;VALENTI,Vitor Engrácia ; PANZARIN, Sérgio Alexandre ;FILHO, Oséas Florêncio de Moura.Uma visão da prática da fisioterapia respiratória: ausência de evidência não é evidência de ausência. Disponível em: http://www.fisioterapia.com/public/files/artigo/artigo06_1.pdf. Acesso em: 24/11/2014 as 19:30hs. 11 BARBOSA, Sandra. Fisioterapia Respiratória: Encefalopatia Crônica da Infância. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2002. BORGES, Maria Beatriz Silva ; GALIGALI, Amanda Torrezan; ASSAD, Raquel Aboudib. 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