Proteínas Proteínas • Grande variedade de tamanhos e funções • Instrumentos moleculares: informação biológica, especialmente expressão gênica Diversidade de funções ANTICORPOS - DEFESA ESTRUTURAL MOVIMENTO ACTINA RESERVA ENZIMAS MIOSINA Proteína (polímero) (monômero) aminoácido AAs (letras do alfabeto) → proteínas (palavras) Células: produção de proteínas com ≠s combinações e sequências! AAs: unidades monoméricas • Polímeros menores: peptídeos – Dipeptídeos, tripeptídeos... Polipeptídeos • Proteínas: centenas ou milhares de AAs COO + H3N — C — H α R Estrutura geral (exceção: prolina) Grupo carboxila Grupo amina H Grupo lateral R (identidade) Cα (assimétrico, exceção da glicina) Nomenclatura dos AAs • Sistema D, L (baseado na configuração absoluta do gliceraldeído) L-gliceraldeído D-gliceraldeído L-alanina Resíduos de AAs em proteínas são estereoisômeros L D-alanina Tipos de AAs • 300 tipos de AAs – 20 AAs são utilizados no organismo humano (AAs primários ou padrão) – 1806: descoberta do 1º AA → asparagina – 1938: último → treonina • Nome referente aos compostos nos quais foram inicialmente isolados como: aspargos, queijo (tyros), glúten... ou associação glykos Classificação dos AAs • Quanto à ocorrência – Protéicos, primários, padrão – Derivados dos protéicos (raros) – Não-protéicos • Quanto à carga elétrica – Neutros: 1 COOH e 1 NH2 – Ácidos: 2 COOH e 1 NH2 – Básicos: 1 COOH e 2 NH2 • Quanto às propriedades de R – Apolares: alifáticos e aromáticos – Polares: neutros, carga + (ácidos) e carga – (básicos) • Quanto à síntese – Essenciais: devem ser adquiridos através da dieta – Não-essenciais: produzidos pelo organismo Proteína vegetal x Proteína animal • 20 AAs padrão – AAs essenciais: não sintetizados por céls. animais – AAs não-essenciais: sintetizados Nome Símbolo Abreviação Nomenclatura Glicina ou Glicocola Gly, Gli G Ácido 2-aminoacético ou Ácido 2-amino-etanóico Alanina Ala A Ácido 2-aminopropiônico ou Ácido 2-amino-propanóico Leucina Leu L Ácido 2-aminoisocapróico ou Ácido 2-amino-4-metil-pentanóico Valina Val Va Ácido 2-aminovalérico ou Ácido 2-amino-3-metil-butanóico Isoleucina Ile I Ácido 2-amino-3-metil-n-valérico ou ácido 2-amino-3-metil-pentanóico Prolina Pro P Ácido pirrolidino-2-carboxílíco Fenilalanina Phe ou Fen F Ácido 2-amino-3-fenil-propiônico ou Ácido 2-amino-3-fenil-propanóico Serina Ser S Ácido 2-amino-3-hidroxi-propiônico ou Ácido 2-amino-3-hidroxi-propanóico Treonina Thr, The T Ácido 2-amino-3-hidroxi-n-butírico Cisteina Cys, Cis C Ácido 2-bis-(2-amino-propiônico)-3-dissulfeto ou Ácido 3-tiol-2-aminopropanóico Tirosina Tyr, Tir Y Ácido 2-amino-3-(p-hidroxifenil)propiônico ou paraidroxifenilalanina Asparagina Asn N Ácido 2-aminossuccionâmico Glutamina Gln Q Ácido 2-aminoglutarâmico Aspartato ou Ácido aspártico Asp D Ácido 2-aminossuccínico ou Ácido 2-amino-butanodióico Glutamato ou Ácido glutâmico Glu E Ácido 2-aminoglutárico Arginina Arg R Ácido 2-amino-4-guanidina-n-valérico Lisina Lys, Lis K Ácido 2,6-diaminocapróico ou Ácido 2, 6-diaminoexanóico Histidina His H Ácido 2-amino-3-imidazolpropiônico Triptofano Trp, Tri W Ácido 2-amino-3-indolpropiônico Metionina Met M Ácido 2-amino-3-metiltio-n-butírico AAs não-protéicos (exemplos) Classificação em função da polaridade do grupo R • Apolar, alifático (hidrofóbico): Ala, Val, Leu, Ile, Gly, Met • Aromático, relativamente apolar (hidrofóbico): Tyr, Phe, Trp • Polar, não-carregado: Ser, Thr, Cys, Pro, Asn, Gln • Carregados + (básicos): Lys, Arg, His • Carregados – (ácidos): Asp, Glu AAs em meio aquoso • AA dissolvido em H2O: comportamento como ácido ou base • Zwitterion: composto eletricamente neutro, mas que possui cargas opostas em átomos nãoadjacentes Não-ionizado Forma zwitteriônica (íon dipolar) Carga elétrica do AA varia em função do pH do meio AA: composto anfotérico (meio aquoso) Íon dipolar Palavra em alemão: zwitter (híbrido) Peptídeos e proteínas • Polímeros de AAs • Variedades de tamanhos, PMs • Reação de condensação: ligação peptídica • Resíduo de AA: unidade de AA em um peptídeo Resíduo amino-terminal Resíduo carboxila-terminal Nomenclatura: sequência de AAs do resíduo amino-terminal ao carboxila-terminal Comportamento ácido-base do peptídeo: previsão baseada nos grupos livre α– amina e α–carboxila, e na natureza e no de grupos R ionizáveis Grande variedade de tamanhos • Peptídeos pequenos: aspartame (2 res.AAs), oxitocina (9), bradicinina (9), antibióticos, venenos... • Polipeptídeos pequenos: insulina (2 cadeias: 30 e 21), glucagon (29) • Centenas de resíduos: citocromo C humano, quimotripsinogênio bovino • Milhares: titina (27.000) • Maioria dos polipeptídeos de ocorrência natural: ~2.000 Proteínas • Única cadeia polimérica • 2 ou mais cadeias → proteínas com multisubunidades – Oligoméricas: quando pelo menos 2 cadeias são idênticas – Unidades idênticas: protômeros Classificação • Proteínas simples: contém apenas resíduos de AAs (ex: ribonuclease e quimotripsinogênio) • Proteínas conjugadas: associação permanente de outros grupos químicos aos resíduos de AAs – Porção não-AA: grupo prostético (natureza química → classificação, geralmente relevante para a atividade biológica) – Lipoproteínas, glicoproteínas, metaloproteínas... Hemoglobina •Metaloproteína: possui Fe (grupo heme) •Presente nos eritrócitos •Possibilita o transporte de O2 no sistema circulatório Tetrâmero: 2 subunidades α 2 subunidades β (dímero de α β protômeros) Cálculo aproximado do o n resíduos • PM médio dos AAs: 138 • Maior ocorrência dos AAs de menor PM (PM ~ 128) • Reação de condensação: perda de 1 H2O PMproteína/110 (válido somente para proteínas sem nenhum outro grupo químico constituinte) Níveis da estrutura protéica primária secundária terciária quartenária Estrutura primária Sequência de AAs: ligações covalentes (peptídica e de dissulfeto) entre os resíduos de uma cadeia polipeptídica Função da proteína: dependência da sequência. Regiões cruciais para atividade biológica Sequência de AAs • Proteínas homólogas: proteínas relacionadas de forma evolutiva (mesma função em diferentes espécies) • Resíduos invariantes vs. Resíduos variáveis • Substituição conservativa • Estimativa das características (atividade, localização celular...) de uma proteína “desconhecida” em função das similaridades com outras de sequência conhecida • Proteínas de mesma família: idênticas em pelo menos 25% e compartilham algumas ou várias características estruturais e funcionais Estrutura secundária • Estrutura primária define o grau de enovelamento • Conformação local de uma parte do polipeptídeo – Padrão de enovelamento regular do esqueleto Estrutura secundária α-hélice • • “escada em espiral” Esqueleto polipeptídico estreitamente enrolado ao longo do maior eixo com os grupos R projetados para fora Folha β • • Regiões vizinhas da cadeia associamse por interações de H Folha pregueada ou configuração β: entre cadeias distintas paralelas ou entre regiões distantes da mesma cadeia Estrutura terciária • Arranjo tridimensional • Resíduos de AAs distantes e pertencentes a regiões de estruturas secundárias distintas podem interagir • Tipos diferentes de interações fracas ou até ligações covalentes tipo dissulfeto Estrutura quartenária • Proteínas com 2 ou mais cadeias polipeptídicas separadas (subunidades) • Arranjo das subunidades Classificação em função da organização 3D • Proteínas fibrosas: cadeias em arranjos de folha ou cordões – função estrutural – + comum: único tipo de estrutura secundária • Proteínas globulares: forma esférica ou globular – Função enzimática, regulatória – Vários tipos de estruturas secundárias Fontes de proteína • Animal: carnes, ovos e laticínios • Vegetal: feijões, lentilhas, soja e amendoim