ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I Versão Online 2009 O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica l SIONE DE FÁTIMA DE ALMEIDA FERREIRA O ENSINO DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO AUXÍLIO À GESTÃO EMPRESARIAL PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA ORIENTADORA: PROFª MSc MARIA DE FÁTIMA GAMEIRO DA COSTA MARINGÁ 2010 1 GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 2009 O ENSINO DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO AUXÍLIO À GESTÃO EMPRESARIAL SIONE DE FÁTIMA DE ALMEIDA FERREIRA MARINGÁ 2010 2 SIONE DE FÁTIMA DE ALMEIDA FERREIRA O ENSINO DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO AUXÍLIO À GESTÃO EMPRESARIAL Produção Didático-Pedagógica apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2009 – SEED PR, sob orientação da Prof.ª MSc. Maria de Fátima Gameiro da Costa do Departamento de Ciências Contábeis/UEM. MARINGÁ 2010 3 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Cálculo do custo de materiais direto......................................... 16 Quadro 2 - Cálculo do custo de mão de obra direta................................... 17 Quadro 3 - Custo total da produção pelo custeio por absorção.................. 18 Quadro 4 - Custo total da produção pelo custeio variável.......................... 18 Quadro 5 - Demonstração de resultado do exercício.................................. 20 Quadro 6 - Cálculo do mark-up................................................................... 21 Quadro 7 - Cálculo do preço de venda....................................................... 21 Quadro 8 - Cálculo do preço de venda com IPI.......................................... 21 Quadro 9 - Informações para cálculo do ponto de equilíbrio...................... 25 Quadro 10 - Demonstração de resultado do exercício com resultado 26 nulo........................................................................................... Quadro 11 - Demonstração do resultado do exercício com resultado 26 positivo...................................................................................... Quadro 12 - Modelo da estrutura do balanço patrimonial com dois 30 períodos.................................................................................... Quadro 13 - Modelo de estrutura da demonstração do resultado do 31 exercício.................................................................................... Quadro 14 - Modelo de análise horizontal do balanço patrimonial dois 34 períodos.................................................................................... Quadro 15 - Modelo de análise horizontal da demonstração do resultado 35 do exercício de dois períodos................................................. Quadro 16 - Modelo de análise vertical do balanço patrimonial de dois 38 períodos.................................................................................... Quadro 17 - Modelo de análise vertical do demonstração do resultado do 39 exercício de dois períodos....................................................... Quadro 18 - Classificação das contas do ativo e passivo – operacional / 47 financeiro................................................................................... Quadro 19 - Indicadores do setor têxtil e empresa exemplo......................... 50 Quadro 20 Composição dos custos do produto camiseta.......................... 55 4 Quadro 21 - Composição dos custos do produto calça................................ 55 Quadro 22 - Balanço patrimonial do período X-0......................................... 58 Quadro 23 - Balancete de verificação – período X-1................................... 59 Quadro 24 - Cálculo do mark-up do exercício modelo................................. 60 Quadro 25 - Demonstração do resultado do exercício - exercício modelo... 61 Quadro 26 - Balanço patrimonial do período X-1 do exercício modelo......... 62 Quadro 27 - Índices de liquidez e endividamento do exercício modelo........ 64 Quadro 28 - Índices de rentabilidade e imobilização do exercício modelo... 65 Quadro 29 - Classificação das contas operacionais e financeiro para calcular a NCG.......................................................................... Quadro 30 Resumo das análises do capital de giro líquido, necessidade - de capital de giro e saldo de tesouraria do exercício modelo... Quadro 31 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do ativo do exercício modelo.................................................................. Quadro 32 - 67 68 Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do passivo do exercício modelo..................................................... Quadro 33 - 66 69 Análise horizontal e vertical do demonstração do resultado do exercício modelo....................................................................... 71 Quadro 34 - Indicadores do setor têxtil e empresa exemplo......................... 72 Quadro 35 - Custos do produto camiseta do 1º exercício prático a ser desenvolvido pelos alunos........................................................ Quadro 36 - Custos do produto calça do 1º exercício prático a ser desenvolvido pelos alunos........................................................ Quadro 37 - 80 Demonstração do resultado do exercício - DRE – 1º exercício prático a ser desenvolvido pelos alunos................................... Quadro 41 - 79 Apuração do mark-up do 1º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno........................................................... Quadro 40 - 77 Balancete de verificação - 1º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno........................................................... Quadro 39 - 75 Balanço Patrimonial do período X-0 do 1º exercício prático....................................................................................... Quadro 38 - 75 81 Balanço patrimonial 1º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno.................................................................................. 82 5 Quadro 42 - Índices de liquidez e endividamento do 1ºexercício prático...... 84 Quadro 43 - Índices de rentabilidade e imobilização do 1º exercício prático 85 Quadro 44 - Capital de giro líquido, necessidade de capital de giro e saldo de tesouraria do 1º exercício prático......................................... Quadro 45 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do ativo 1º exercício prático.................................................................... Quadro 46 - 88 Custos do produto camiseta do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno........................................................... Quadro 49 - 87 Análise horizontal e vertical da demonstração do resultado do exercício 1º exercício prático............................................... Quadro 48 - 86 Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do passivo 1º exercício prático....................................................... Quadro 47 - 85 90 Custos do produto calça do 2ºexercício prático a ser desenvolvido pelo aluno............................................................ 91 Quadro 50 - Balanço patrimonial período X-0 do 2º exercício prático.......... 93 Quadro 51 - Balancete de verificação do período X-1 do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno....................................... 95 Quadro 52 - Calcular o mark-up do 2º exercício prático............................... 96 Quadro 53 - Demonstração do resultado do exercício - DRE – Período X1 do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno........... Quadro 54 - 97 Balanço patrimonial do período X-1 do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno...................................................... 98 Quadro 55 - Índices de liquidez e endividamento do 2º exercício prático..... 100 Quadro 56 - Índice de Rentabilidade e imobilização do 2º exercício prático Quadro 57 - Capital de giro líquido, necessidade de capital de giro e saldo 101 de tesouraria do 2º exercício prático......................................... 102 Quadro 58 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do Ativo do 2º exercício prático............................................................... 102 Quadro 59 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do Passivo do 2º exercício prático................................................. Quadro 60 - 103 Análise horizontal e vertical da demonstração do resultado do exercício – Período X-1 do 2º exercício prático...................... 104 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Sistema de Informações Gerenciais....................................... 13 Figura 2 - Relação do custo volume lucro – ponto de equilíbrio............. 23 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO............................................................................ 2. NOÇÕES BÁSICAS AO ENSINO DA CONTABILIDADE 10 GERENCIAL.............................................................................. 11 2.1 A CONTABILIDADE E SEU CAMPO DE ATUAÇÃO ................ 11 2.2 CUSTOS PARA CONTROLE E DECISÃO ................................ 13 2.2.1 Formação do Custo do Produto.............................................. 15 2.2.1.1 Elementos que compõe o custo do produto............................... 15 2.2.2 Formação do Preço de Venda ................................................ 19 2.2.3 Relação do custo / volume / lucro ......................................... 22 2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ........................................... 27 2.3.1 Balanço Patrimonial ................................................................ 28 2.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício............................ 30 2.4 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................. 32 2.4.1 Análise de evolução – Horizontal .......................................... 32 2.4.2 Análise estrutural – Vertical.................................................... 36 2.4.3 Índices para a Análise das Demonstrações contábeis......... 39 2.4.3.1 Índices de liquidez...................................................................... 40 a) Índice de Liquidez Corrente – ILC.......................................... 40 b) Índice de liquidez Seca- ILS................................................... 41 c) Índice de liquidez geral – ILG ................................................ 42 2.4.3.2 Índices de Endividamento......................................................... 42 2.4.3.3 Índices de Rentabilidade........................................................... 45 2.4.3.4 Índices de Capital de Giro......................................................... 46 2.4.4 Diagnóstico das análises - Relatório final............................. 49 2.4.4.1 Relatório final da gerência administrativa – Análise do período XX02 e seus resultados.............................................................. 3. MODELO DE ATIVIDADE PRÁTICA RELACIONADA 49 AO CONTEÚDO PROPOSTO NO CADERNO PEDAGÓGICO....... 54 3.1 EXERCÍCIO MODELO ............................................................... 54 3.2 1º EXERCÍCIO PRÁTICO - DESENVOLVIDO PELO ALUNO.... 74 8 3.3 2º EXERCÍCIO PRÁTICO - DESENVOLVIDO PELO ALUNO.... 90 REFERÊNCIAS............................................................................................... 106 9 O ENSINO DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO AUXÍLIO À GESTÃO EMPRESARIAL 1. INTRODUÇÃO O curso técnico em Administração visa atender as expectativas dos alunos no que se refere a sua capacitação quando aplicada ao mundo do trabalho. Assim, além dos conteúdos de formação geral, o curso oferece a formação específica da área, integrando, no decorrer do estudo, as áreas de contabilidade e economia. Em foco, no que tange à disciplina de contabilidade gerencial, este trabalho busca apresentar uma metodologia de estudo com a produção de um “Caderno Pedagógico”, que proporcione a formação do aluno na função de técnico em administração, prepará-lo para que seja capaz de identificar, mensurar e/ou prevenir as deficiências da empresa ao qual estará responsável e, em conjunto com a área contábil, buscar soluções concernentes a todo e qualquer tipo de problema existente na empresa onde estará inserido futuramente. Além de dar maior subsídio para o exercício da função, este material de capacitação apresenta algumas demonstrações contábeis que fornecerão ao aluno um maior conhecimento e clareza sobre o conteúdo proposto, conteúdo este, aplicado dentro da dinâmica funcional e estrutural de toda e qualquer empresa. Esta proposta permitirá atender, de forma mais ampla, todas as expectativas do aluno com relação ao curso técnico, bem como prepará-lo para o mundo do trabalho. 10 2. NOÇÕES BÁSICAS AO ENSINO DA CONTABILIDADE GERENCIAL. 2.1 A CONTABILIDADE E SEU CAMPO DE ATUAÇÃO Para que se compreenda a contabilidade e seu campo de atuação, primeiramente temos que defini-la e posteriormente entender o contexto em que a mesma está inserida. A Contabilidade é a ciência que registra e disponibiliza informações úteis para o processo decisório de uma empresa. Todas as movimentações que ocorrem no patrimônio de uma empresa são registradas pela Contabilidade e evidenciadas aos usuários internos e externos por meio das demonstrações contábeis. De acordo com Franco (1997, p.19): (...) sua função é registrar, classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que ocorrem no patrimônio das entidades, objetivando fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição e as variações desse patrimônio, para a tomada de decisões de seus administradores. Portanto, qualquer empresário, por menor que seja sua empresa, precisa ter a sua disposição todas as informações contábeis que contribuam para o processo de desenvolvimento econômico-financeiro da empresa. Informações estas, que devem ser com a máxima rapidez e clareza, quando, diante de um processo de tomada de decisão. Assim, diante da proposta deste capitulo faz-se necessário conhecer toda a abrangência da contabilidade e seu campo de atuação. Para tanto, detalham-se os conceitos de contabilidade financeira, contabilidade de custos e contabilidade gerencial: Contabilidade Financeira: É o ramo da contabilidade que registra e demonstra as informações para usuários externos. São exemplos de usuários externos: os acionistas; potenciais investidores; órgãos do governo; instituições financeiras e fornecedores. As informações oriundas da contabilidade financeira, também 11 conhecida como contabilidade geral, evidenciam o resultado e o desempenho da gestão da entidade. Estas são, basicamente, regulamentadas por legislações específicas, estando sempre subordinadas aos princípios fundamentais da contabilidade, quando da preparação de relatórios para os usuários externos. Dentre estas informações especificas, os registros contábeis evidenciam, principalmente, a situação patrimonial da empresa (ativo e passivo) e seu resultado operacional (lucro ou prejuízo). Contabilidade de Custos: Surge da necessidade de se ter um maior controle sobre os gastos inerentes ao processo produtivo, para avaliação dos estoques e auxílio à gestão administrativa. A contabilidade de custos tem os mesmos mecanismos da contabilidade gerencial ou financeira, porém, com maior ênfase ao controle. De acordo com Eliseu Martins (2003, p.15): (...) a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxilio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. Neste controle, os registros contábeis evidenciam, além da situação patrimonial da empresa, a atribuição de seus custos aos diversos departamentos e produtos fabricados pela empresa. A contabilidade de custos não está restrita apenas ao setor industrial, mas também, aplica-se aos outros setores que necessitam de controle dos seus gastos para manter a atividade principal, como por exemplo: prestadores de serviços diversos, instituições financeiras, hospitalares, logística, instituições públicas e até mesmo atividades comerciais. Contabilidade Gerencial: Busca informações essenciais e necessárias à administração no processo de identificar e gerar dados que auxiliem os gestores a cumprir seus objetivos na organização empresarial, ou mesmo, otimizando os recursos disponíveis na empresa, através de um controle adequado do patrimônio. De fato, a contabilidade gerencial é um instrumento que analisa os custos e a lucratividade dos produtos, serviços, clientes e atividades. E, para tal lucratividade, se faz necessário decisões estratégicas e operacionais conscientes na empresa. 12 Segundo Iudícibus, (1998, p.21) “A contabilidade Gerencial, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa, procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador”. Portanto, é um processo de identificação, mensuração, acumulação, interação, análise, interpretação, valendo ressaltar, ser de suma importância no auxílio ao processo decisório da empresa. A ilustração abaixo expõe claramente como se situam a Contabilidade Financeira, a de Custos e a Gerencial, inseridas no contexto de um sistema de informações: Sistema de Informações Gerenciais Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Contabilidade de Custos Figura 1 – Sistema de Informações Gerenciais Podemos perceber as diversas informações contábeis dentro de um mesmo sistema empresarial, cada um satisfazendo as necessidades de seus usuários individualmente e, conseqüentemente, as necessidades da empresa como um todo. 2.2 CUSTOS PARA CONTROLE E DECISÃO Com o crescimento das empresas, inseridas neste novo cenário globalizado, surge a preocupação com o resultado operacional, com a complexidade dos 13 sistemas produtivos e com o diferencial na qualidade dos produtos e serviços. Sendo os custos de suma importância no planejamento e controle do sistema produtivo, bem como no processo de tomada de decisões e, conseqüentemente, na obtenção de vantagem competitiva entre as empresas. Para que os custos e as demais informações relacionadas à produção sejam eficientes para todo e qualquer processo decisório, torna-se necessária a correta definição dos objetivos a serem alcançados pelo sistema de custos adotado pela empresa. Não obstante, as informações que compõem um sistema de custos estão representadas por dados monetários e dados físicos, onde: • Dados monetários são aqueles relacionados a valores, como por exemplo, o valor da hora trabalhada, o valor de um produto fabricado, o valor da matéria prima utilizada no processo produtivo, dentre outros. • Dados físicos são aqueles relacionados a quantidade como por exemplo, a quantidade de horas trabalhadas, a quantidade de produtos fabricados, a quantidade de produtos em estoque, a quantidade de matéria prima utilizada, dentre outros. O controle destes dados e as diversas formas de tratamento dos mesmos trarão à empresa informações históricas que servirão para a busca de um melhor desempenho em todos os níveis do processo operacional. Se essas informações não estiverem corretas, resultarão em decisões equivocadas e resultados não satisfatórios. Dentro deste controle de processos, as atividades desenvolvidas na empresa, sejam diretas ou indiretas, serão o foco do acompanhamento e da busca de melhorias. Para simplificar, ou mesmo, eliminar atividades, evitando assim, desperdícios e ociosidades. Controle e tomada de decisão andam juntos dentro da empresa, um não existiria senão em razão do outro, portanto, qualquer decisão tomada sem os dados corretos pode causar conseqüências desastrosas para a empresa. 14 2.2.1 Formação do Custo do Produto Para formação do custo do produto, é necessário entender o que compõe o custo deste produto. Todos os gastos incorridos durante o processo de produção devem ser considerados. Sendo estes, representados pelos custos diretos (materiais e mão-de-obra) e custos indiretos (aluguel, depreciação, supervisão da fábrica, manutenção, armazenagem etc.) estes, também necessários ao processo produtivo. Alguns métodos de custeio podem ser utilizados para calcular o custo do produto e avaliação de estoque, como por exemplo, custeio por absorção com departamentalização ou Custeio Baseado em Atividade (ABC), sendo estes, aceitos pela legislação fiscal. Para fins gerenciais pode-se considerar o custeio variável e também o ABC. O custeio variável, como o próprio nome indica, são todos os custos que variam em relação ao volume produzido, vale ressaltar aqui, que são desconsiderados os custos fixos quando efetuados os cálculos para custo do produto, por se entender que, mesmo não havendo produção, estes continuarão a existir, portanto, não variam em relação ao volume produzido. Como exemplo o aluguel, a depreciação de máquinas, os seguros etc. Pelo custeio variável os custos aumentam de acordo com o volume de produção, seja como matéria prima, mão de obra, entre outros. Assim se a produção diminuir, também os gastos com estes recursos diminuirão. 2.2.1.1 Elementos que compõe o custo do produto Para melhor compreensão sobre os elementos de custos de produção, tomaremos como exemplo uma indústria de confecções que fabrica camisetas e calças, este, servirá de parâmetro à compreensão dos conceitos, cálculos e análises gerenciais. 15 Em principio, é necessário entender sobre o custeio por absorção como sendo o método de custeio que apropria todos os custos de produção ate o momento do produto acabado, logo, todos os gastos relacionados à produção são considerados no custo final do produto. Em se tratando do custeio por absorção, deve-se considerar três elementos que compõe o custo do produto, sendo: Materiais Diretos (MD) – É todo material que pode ser facilmente identificado e mensurado ao produto, como por exemplo, a matéria-prima, os materiais secundários, as embalagens, assim como quaisquer outros materiais necessários à produção. No modelo proposto, estão sendo considerados materiais diretos os tecidos, botões, e zíperes e outros, reputados como relevantes e agregados ao produto. Quantidade Tecido Unitária Aplicada ao produto Valor do metro de tecido (líquido de impostos) Quantidade Custo total Produzida $ Camiseta 1,0 $ 10,00 1.100 11.000,00 Calça 1,5 $ 10,00 600 9.000,00 Quadro 1 – Cálculo do custo de materiais diretos. Mão de Obra Direta (MOD) – É o custo correspondente ao trabalho humano que está diretamente envolvido no processo de elaboração do produto. Como também se faz necessário a mensuração precisa do tempo despendido para tal e a identificação de quem participa do processo de produção. Analisa-se aqui, os salários e demais encargos trabalhistas e previdenciários decorrentes do pessoal envolvido no processo produtivo. Tem-se neste caso, os responsáveis pelo corte, costura e acabamento. Estes compõem o custo da mão de obra direta. Por sua vez, considerado como custo unitário, todo o pessoal envolvido na produção direta: 16 Tempo /unitário Despendido ao Horas Trabalhadas Produto/ em horas Valor da hora MOD (salário + encargos) Quantidade Custo total Produzida $ Camiseta 1,25 $ 4,00 1.100 $ 5.500,00 Calça 2,0h $ 3,00 600 $ 3.600,00 Quadro 2 – Cálculo do custo de mão de obra direta. Custos Indiretos de Fabricação (CIF) - São gastos necessários para completar o processo produtivo. Não são diretamente identificados aos produtos ou serviços, assim como não podem ser apropriados de forma direta às unidades produzidas. São exemplos de materiais indiretos os itens de difícil controle unitário ou baixo valor unitário, como linhas, aviamentos, etiquetas, etc. No que diz respeito à mão de obra indireta, podemos citar a supervisão da fábrica, desenhista, pessoal da armazenagem que controla o material, etc. Ou outros gastos considerados indiretos como: energia elétrica, seguro, aluguel de fábrica, depreciação de máquinas etc. Para melhor compreensão, retomaremos como exemplo, a indústria de confecções e faremos a analise quando, em um determinado mês, a mesma produziu 1100 unidades de camisetas e 600 unidades de calças. Vimos que foram aplicados em materiais diretos o valor de $ 11.000,00 para as camisetas e $ 9.000,00 para as calças. Como gasto referente à mão de obra direta foi atribuído $ 5.500,00 para as camisetas e $ 3.600,00 para as calças. Finalmente, como custos indiretos de fabricação (CIF) foram considerados no mês: Mão de obra indireta $ 1.680,00; Energia Elétrica $ 205,00; Depreciação $ 40,00; Materiais de consumo $ 190,00; Aluguel do prédio $ 150,00; Telefone $ 15,00; e Água $ 30,00. Os custos indiretos de produção serão atribuídos às unidades produtivas de acordo com o custo da mão-obra-direta. Tendo os gastos dispostos da seguinte forma: 17 CUSTEIO POR ABSORÇÃO Valores Totais Camisetas 1.700 Quantidade Produzida 1.100 20.000,00 11.000,00 Materiais Diretos Aplicados (V) 9.100,00 Mão de Obra Direta (V) 5.500,00 TOTAL DE CUSTOS DIRETOS 29.100,00 16.500,00 190,00 Materiais de Consumo (V) 114,84 205,00 Energia Elétrica (V) 123,90 1.680,00 Mão de Obra Indireta (F) 1.015,38 40,00 Depreciação de Máquinas (F) 24,18 150,00 Aluguel do Prédio (F) 90,66 15,00 Telefone (F) 9,07 30,00 Consumo de Água (F) 18,13 TOTAL DE CUSTOS INDIRETOS 2.310,00 1.396,16 CUSTO TOTAL 31.410,00 17.896,16 Custo Unitário Total = Custo Total (Fixo e Variável) / Quantidade Produzida 16,2692 Calças 600 9.000,00 3.600,00 12.600,00 75,16 81,10 664,62 15,82 59,34 5,93 11,87 913,84 13513,84 Critério de Rateio Mão de Obra Mão de Obra Mão de Obra Mão de Obra Mão de Obra Mão de Obra Mão de Obra 22,5230 Quadro 3 – Custo total da produção pelo custeio por absorção. Porém, se a opção de controle dos custos for por meio do custeio variável, sem considerar os custos fixos indiretos, o custo unitário dos produtos estaria desta forma representado: CUSTEIO VARIÁVEL Valores Totais Camisetas 1.700 1.100 20.000,00 11.000,00 9.100,00 5.500,00 Quantidade Produzida Materiais Diretos Aplicados (V) Mão de Obra Direta (V) TOTAL DE CUSTOS VARIAVEIS DIRETOS Materiais de Consumo (Variável) Energia Elétrica (Variável) TOTAL DOS CUSTOS VARIÁVEIS INDIRETOS CUSTO TOTAL Custo Unitário Total = Custo Total Variável) / Quantidade Produzida Calças 600 9.000,00 3.600,00 29.100,00 190,00 205,00 16.500,00 114,84 123,90 12.600,00 75,16 81,10 395,00 29.495,00 238,74 16.738,74 156,26 12.756,26 15,217036 21,2604 Critério de Rateio Mão de Obra Mão de Obra Quadro 4 – Custo total da produção pelo custeio variável. 18 2.2.2 Formação do Preço de Venda Para definir o preço de venda de um produto alguns aspectos devem ser considerados. O custo do produto pode ser o ponto inicial deste processo, contudo, o preço de venda com base no mercado, ou seja, na concorrência, deve ser também levado em consideração. Ainda outros fatores devem ser analisados, como por exemplo, o tempo que este produto está parado, sem giro, deixando de gerar caixa para a empresa. Porem, aqui, iremos nos ater na composição do preço de venda com base no custo do produto. Para tanto, são considerados os impostos embutidos, o lucro desejado pela empresa, comissão de vendas e um percentual para cobrir as despesas administrativas. Em um processo de tomada de decisão, os custos exercem um papel fundamental na formação do preço de venda dos produtos, como também é um elemento essencial na gestão das empresas. Contudo, leva-se em consideração que, se o valor das vendas for inferior aos custos e despesas, a situação patrimonial da empresa poderá ser afetada. Desta forma, o preço de venda poderá ser obtido aplicando um índice sobre o custo de produção, denominado de Mark-up, que segundo Megliorini, (2006, p.180) “[...] consiste em uma margem, geralmente expressa na forma de um índice ou percentual, que é adicionada ao custo dos produtos”. Para determinar o Mark-up, devemos considerar os seguintes percentuais: • Percentuais das despesas de vendas e administrativas em relação a receita bruta sobre as vendas. Este índice pode ser obtido através das demonstrações de resultados de períodos anteriores, • Percentual de comissão sobre as vendas, • Percentual do lucro desejado, • Percentual de impostos incidentes sobre a venda se o regime for pelo lucro real (ICMS, PIS, COFINS). Os impostos que incidirão sobre a venda dos produtos ou mercadorias dependem do regime de tributação adotado pela empresa, logo devem ser verificados novos percentuais em caso de mudança de regime de tributação. 19 A fórmula do Mark-up é: MARK-UP = 1 – ((despesas operacionais + comissão sobre vendas + impostos sobre vendas + lucro desejado) / 100). Onde os itens considerados acima são percentuais sobre o faturamento, na tabela abaixo pode-se ver como estes percentuais são encontrados: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO FATURAMENTO BRUTO VENDA DE PRODUTOS 75.350,00 110,00% Camiseta.......................................... 42.350,00 Calça............................................... 33.000,00 (-) IPI s/ Faturamento (6.850,00) 10,00% (=) RECEITA BRUTA 68.500,00 100,00% (-) IMPOSTOS SOBRE VENDAS (14.556,25) PIS SOBRE VENDAS (1.130,25) 1,65% COFINS SOBRE VENDAS (5.206,00) 7,6% ICMS SOBRE VENDAS (8.220,00) 12% (=) RECEITA LIQUIDA 53.943,75 (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (31.409,00) 45,85% Camiseta........................................................ (17.897,00) Calça............................................................... (13.512,00) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 22.534,75 (-) COMISSÕES COM VENDAS (1.370,00) 2% (-) DESPESAS OPERACIONAIS (5.190,00) 7,58% RESULTADO ANTES IRPJ e CS 15.974,75 CSLL (1.437,73) 2,1% IRPJ (2.396,21) 3,5% LUCRO LIQUIDO DO PERIODO 12.140,81 17.72% Quadro 5 – Demonstração de resultado do exercício. Considerando o exemplo anterior e hipoteticamente os percentuais apenas para fins didáticos têm-se: 20 CÁLCULO DO MARK-UP COMISSÕES S/ VENDAS DESPESAS OPERACIONAIS IMPOSTOS INCIDENTES NAS VENDAS LUCRO DESEJADO TOTAL EM PERCENTUAIS TOTAL EM ÍNDICE (54,15%/100) 2,00% 13,18% 21,25% 17,72% 54,15% 0,5415 7,58%+2,1%+3,5 % 1,65%+7,6+12% 0,4585 MARK-UP = 1 – 0,5415 Quadro 6 – Cálculo do mark-up. Logo, para acharmos o preço de venda basta-nos utilizar a seguinte fórmula: Preço de Venda = Custo Unitário Mark Up Camisetas CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA – Produto Camiseta = $ 16,27/0,4585 = 35,48 Calça = $ 22,52/ 0,4585 = 49,12 35,48 Calças 49,12 Quadro 7 – Cálculo do preço de venda. Se os produtos comercializados forem tributados pelo IPI (Imposto sobre produtos industrializados), imposto acrescido ao preço de venda, “por fora”, estes terão, então, que ser acrescidos de acordo com o percentual estipulado pela legislação. Neste caso, iremos considerar de forma hipotética um IPI 10%, assim o preço a ser comercializado passa a ser: Camisetas CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA COM IPI Produto Camiseta = $ 35,48 x 1.10 = 39,03 Calça = $ 49,12 x 1.10 = 54,03 39,03 Calças 54,03 Quadro 8 – Cálculo do preço de venda com IPI. 21 Deve-se levar em conta que o cálculo acima se refere ao preço à vista, devendo, em caso de vendas a prazo, considerar os custos financeiros da operação na composição das taxas. Outro aspecto a ser considerado é o preço que o mercado está disposto a pagar por estes produtos, uma vez que, corre-se o risco de não conseguir vender tais produtos pelo preço acima calculado, deve-se neste caso, alterar suas margens de lucro ou buscar uma redução nos custos para uma melhor adequação ao mercado consumidor. 2.2.3 Relação do custo / volume / lucro Na relação entre o custo, volume de produção e margem de lucro desejado é possível prever resultados em diversos níveis de produção e vendas. Os custos fixos, como o próprio nome indica não se alteram com o volume de produção, dentro de uma mesma capacidade produtiva. Um exemplo comum é o custo de mão de obra da supervisão da fábrica, que tem como limite de inspeção a produção de 1000 unidades/dia. Se esta produção aumentar haverá a necessidade de se contratar mais um supervisor. A mesma coisa acontece com o custo do aluguel do barracão da fábrica, considerado custo fixo, que pode suportar uma produção de 1.000 unidades/dia. Assim, os custos fixos, neste intervalo de capacidade produtiva, não variam em relação ao volume, pode-se produzir 200, 300, 800 ou 1.000 unidades/dia que o custo do aluguel e da supervisão será o mesmo. Enfim, custos fixos não se alteram em relação ao volume de produção dentro de uma mesma capacidade produtiva. Já os custos variáveis se alteram conforme o volume produzido, para confecção de 200 calças é necessária certa quantidade de tecido (matéria prima direta) enquanto que, para 300 calças a quantidade de tecido evidentemente será maior. Pode-se citar também, como exemplo, o pessoal ligado diretamente na confecção dos produtos (mão obra direta). Estes custos de MOD aumentarão na mesma proporção do volume produzido, quanto mais se produz maior o custo MOD, 22 ao contrário, se reduzir a produção, será reduzido também o gasto do pessoal envolvido na produção. Esta relação entre os custos de produção, fixos ou variáveis e o volume produzido irá influenciar diretamente o resultado econômico da empresa; ou seja, no lucro ou prejuízo. Pode-se visualizar esta relação com maior clareza na figura abaixo, conforme Eliseu Martins (2003, p.186): Figura 2 – Relação do custo volume lucro – ponto de equilíbrio. Fonte: Martins (2003, p.186) Para obter o ponto de equilíbrio na produção e comercialização dos produtos, é necessário ter conhecimento de três variáveis: • Custeio Variável: É o método de custeio que consiste em apropriar aos produtos somente os custos variáveis, sejam eles diretos ou indiretos. O custo é variável se o total variar em proporção direta ao volume de produção. Por este método, pode-se obter a margem de contribuição de cada produto, linha de produtos, clientes, etc. • Custos e despesas fixas: Estes, para fins gerenciais, não são considerados na composição do custo do produto, uma vez que se considera que estes custos e despesas existirão independentemente do volume de produção da empresa, ou seja, não variam com o volume de produção, mantendo-se inalterados dentro de certos limites de capacidade. 23 • Margem de contribuição: A margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e os custos e despesas variáveis totais. É esta parcela que irá contribuir para cobrir todos os custos e despesas fixas do período, como também, gerar a parcela de lucro desejado pela empresa. Em outras palavras, a margem de contribuição é o preço de venda deduzido dos custos e despesas variáveis. Pode-se apurar a margem de contribuição de um produto ou de uma linha de produtos ou margem de contribuição da empresa como um todo. Através destas informações sobre a margem de contribuição será possível ainda, saber o volume de produção e vendas necessárias para a empresa obter resultado econômico positivo (lucro). Com o total dos custos e despesas fixas divididos pela margem de contribuição unitária, pode-se chegar ao número da quantidade que deverá ser vendida para se obter o ponto de equilíbrio da empresa, sem lucro ou prejuízo. É a partir deste ponto de equilíbrio que se começa a ter lucro, ou seja, a cada unidade a mais vendida. O ponto de equilíbrio em quantidade é representado pela seguinte fórmula: Ponto de Equilibrio = Custos e Despesas fixas Margem de Contribuiç ão unitária (preço de venda unitário - custos variáveis unitário) O cálculo do ponto de equilíbrio é mais preciso quando se tem apenas um produto. Para mais produtos o cálculo se torna mais difícil, visto que, os custos e despesas fixas são comuns a todos os produtos. Se a margem de contribuição dos produtos for a mesma, pode-se até ser possível o seu cálculo. Como meio alternativo para se obter o cálculo do PE de cada produto, seria a separação dos custos e despesas fixas totais para cada um dos produtos através de critérios arbitrários de rateio, que por vezes não irá demonstrar a realidade de gastos para cada produto e, consequentemente, não irá corresponder a resultados corretos esperados. 24 Portanto, demonstraremos abaixo o cálculo do ponto de equilíbrio, considerando que a empresa produz apenas um produto e, dando sequência ao exemplo anterior, iremos considerar a produção apenas de camisetas. INFORMAÇÕES PARA CÁLCULO DO PONTO DE EQUILIBRIO – PRODUTO CAMISETA Custo Direto Variável - Unitário Materiais Diretos Aplicados Mão de Obra Direta Custo Indireto Variável - Unitário Materiais de Consumo Energia Elétrica TOTAL DOS CUSTOS VARIÁVEIS Despesas Variáveis Impostos embutidos TOTAL DOS CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS Custo Indireto Fixo Mensal Mão de Obra Indireta Depreciação de Máquinas Aluguel do Prédio Telefone – FIXO Consumo de Água Despesa Fixa Mensal Despesas Diversas TOTAL DOS CUSTOS E DESPESAS FIXAS PREÇO DE VENDA S/ IPI Valores Totais $ Origem Valores 10,00/u 5,00/u 11.000,00/1.100 5.500,00/1.100 0,1044/u 0,11268/u 15,21708 114,84/1.100 123,90/1.100 7,5395 PIS,COFINS,ICMS 22,75658 1.680,00 40,00 150,00 15,00 30,00 Tabela de Custos Tabela de Custos Tabela de Custos Tabela de Custos Tabela de Custos 1.507,60 3.422,60 Tabela de Custos 35,48 Quadro 9 – Informações para cálculo do ponto de equilíbrio. Considerando que temos como custos e despesas variáveis/unitário o valor de $ 22,75658 aplicáveis em cada camiseta produzida e vendida. E por sua vez, os custos e despesas fixas mensais totalizam $ 3.422,60 logo o cálculo do ponto de equilíbrio do produto camiseta será: Ponto de Equilibrio = $ 3.422,60 $3.422,60 = = 269 unidades ($ 35,48 - $ 22,75658) $12,72342 Assim, a demonstração de resultado do exercício apresentaria as seguintes informações: 25 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO RECEITA OPERACIONAL BRUTA VENDA DE PRODUTOS S/ IPI = (269 x $ 35,48) 9.544,12 (-) IMPOSTOS SOBRE VENDAS ICMS SOBRE VENDAS (1.145,2944) PIS SOBRE VENDAS (157,47798) COFINS SOBRE VENDAS (725,35312) (=)RECEITA LIQUIDA DE VENDAS 7.515,9945 (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (269 x $ 15,21708) 4.093,3945 (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 3.422,60 (-) CUSTOS INDIRETOS FIXOS 1.915,00 (-) DESPESAS FIXAS 1.507,60 RESULTADO DO PERIODO 0,00 Quadro 10 – Demonstração de resultado do exercício com resultado nulo. Assim, pode-se perceber pelo resultado do exercício acima apresentado que, com a venda de 269 unidades de camisetas, a empresa não obteve lucro e nem prejuízo, houve sim, o ponto de equilíbrio (receitas = custos e despesas). Somente a partir dessa quantidade é que a empresa passará a ter lucro, sendo este, por sua vez, representado por todas as margens de contribuição acima de 269 unidades. Vejamos agora, um exemplo considerando a venda de 300 unidades: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO RECEITA OPERACIONAL BRUTA VENDA DE PRODUTOS S/ IPI = (300 x $ 35,48) (-) IMPOSTOS SOBRE VENDAS ICMS SOBRE VENDAS PIS SOBRE VENDAS COFINS SOBRE VENDAS (=)RECEITA LIQUIDA DE VENDAS (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (300 x $ 15,21708) (=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (-) CUSTOS INDIRETOS FIXOS (-) DESPESAS FIXAS RESULTADO DO PERIODO 10.644,00 (1.277,28) (175,626) (808,944) 8.382,15 4.565,124 3.817,026 1.915,00 1.507,60 394,426 Quadro 11 – Demonstração do resultado do exercício com resultado positivo. 26 O resultado de $ 394,426 é exatamente a margem de contribuição das 31 unidades que excederam a 269, (300-269=31), que multiplicadas pela margem de contribuição unitária de $ 12,72342 apresenta um resultado de $ 394,426. Logo, quando as vendas estão abaixo do ponto de equilíbrio, a empresa terá prejuízo ou então, quando acima, o lucro. 2.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis nada mais são do que relatórios que demonstram a posição do patrimônio da empresa em um determinado momento (balanço patrimonial) ou o resultado econômico/financeiro alcançado pela empresa em um determinado período (demonstração do resultado do exercício), ou ainda, as mudanças ocorridas dentro de um período em seu patrimônio líquido (demonstração das mutações do patrimônio líquido), assim como, muitas outras que visam “demonstrar” para o usuário da informação contábil a situação resumida dos registros contábeis. São exemplos de demonstrações contábeis, o Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Demonstrativo de Fluxo de Caixa, Demonstrativo de Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Valor Adicionado. Para as empresas de capital aberto, são exigências legais os relatórios complementares como Notas Explicativas, Relatório da Administração e Relatório de Parecer de Auditores Independentes, permitindo assim oferecer maior transparência nas informações para investidores (usuários externos) e gestores no processo decisorial frente ao cotidiano empresarial (usuários internos). Como foco deste estudo será abordado a seguir apenas o Balanço Patrimonial e a Demonstração do resultado do Exercício. 27 2.3.1 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial demonstra o patrimônio da empresa num determinado momento, representa a situação estática após os registros contábeis efetuados. A estrutura contábil foi alterada recentemente pela lei 11.638/07. Esta alteração teve por finalidade adequar às demonstrações contábeis a um padrão internacional de contabilidade trazendo para os investidores internacionais uma maior transparência e credibilidade nos balanços das companhias brasileiras. O balanço é dividido em dois grupos, o ativo e o passivo. O ativo representa os bens e direitos que a empresa possui. Exemplo de bens são produtos ou mercadorias para revenda, terrenos, imóveis, máquinas e equipamentos, veículos, computadores e softwares, dentre outros. Exemplo de direitos são valores representados por títulos a receber, duplicatas a receber, cartões de crédito a receber, etc. O passivo representa as obrigações que a empresa tem para com terceiros. São exemplos de obrigações os valores a pagar a empregados, fornecedores, empréstimos financeiros, impostos e contribuições (fisco). Tem-se também o patrimônio líquido que representa as obrigações não exigíveis, ou seja, o compromisso da empresa perante os seus sócios, um exemplo claro é o capital social e as reservas de lucros gerados pela empresa. De acordo com a nova legislação, compõe o balanço patrimonial a seguinte estrutura: Ativo dividido em Ativo Circulante e Ativo Não Circulante e Passivo com divisão de Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e o Patrimônio Líquido. Segue abaixo modelo da estrutura de um balanço patrimonial: 28 BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM ATIVO XX01 XX02 92.507,29 110.123,62 CIRCULANTE 37.537,29 53.133,45 DISPONÍVEL 7.112,30 8.990,30 Caixa 1.980,50 2.510,00 Banco conta movimento CLIENTES 5.131,80 8.119,35 6.480,30 15.716,15 DUPLICATAS A RECEBER 8.680,00 16.320,00 (-) Provisão p/Crédito de liquidação duvidosa OUTROS CRÉDITOS (560,65) 887,00 (603,85) 887,00 IPI a Recuperar 150,00 150,00 ICMS a Recuperar 320,00 320,00 PIS a Recuperar 81,00 81,00 336,00 500,00 336,00 1.850,00 500,00 19.938,64 1.850,00 24.890,00 Estoque de Matéria Prima 8.388,60 14.950,00 Estoque de Produtos Acabados 9.081,24 6.610,00 Estoque de Materiais Secundários DESPESAS DE EXERC.SEGUINTE 2.468,80 980,00 3.330,00 800,00 980,00 54.970,00 800,00 56.990,17 200,00 1.000,00 Aplicações Financeiras a Prazo Fixo INVESTIMENTOS 200,00 30.000,00 1.000,00 30.000,00 Terrenos p/Futuras Instalações ATIVO IMOBILIZADO 30.000,00 23.370,00 30.000,00 24.590,17 Máquinas e Equipamentos 23.280,00 23.280,00 Móveis e Utensílios (-) Depreciação Acumulada 5.810,00 (5.720,00) 7.610,00 (6.299,83) INTANGÍVEL 1.400,00 1.400,00 Marcas e Patentes 1.400,00 1.400,00 92.507,29 110.123,62 27.883,70 30.359,22 FORNECEDORES 15.111,07 16.870,67 Fornecedores 15.111,07 1.420,70 16.870,67 1.593,60 Salários a Pagar 1.058,60 1.190,50 INSS a Recolher COFINS a Recuperar INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras ESTOQUES Prêmio de Seguros a Apropriar ATIVO NÃO CIRCULANTE ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 256,70 285,30 FGTS a Pagar OBRIGAÇÕES FISCAIS 105,40 7.192,80 117,80 8.732,25 ICMS a Recolher 1.918,09 2.325,30 IPI a Recolher 2.949,05 3.550,40 863,14 1.050,20 PIS a Recolher 29 COFINS a Recolher 1.078,92 1.312,75 IRPJ a Pagar 239,75 308,50 Contribuição Social a Pagar OUTRAS OBRIGAÇÕES 143,85 480,00 185,10 240,00 Seguros a Pagar EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 480,00 1.500,00 240,00 500,00 Empréstimos a Pagar PROVISÕES 1.500,00 2.179,13 500,00 2.422,70 363,22 403,20 Provisão de 13º Salário 508,51 565,50 Provisão de FGTS S/Férias e 13º. Salários 292,86 326,20 1.014,54 15.560,00 1.127,80 18.560,00 15.560,00 18.560,00 15.560,00 49.063,59 18.560,00 61.204,40 CAPITAL SOCIAL 50.000,00 50.000,00 Capital Social Subscrito 50.000,00 50.000,00 0,00 0,00 0,00 11.204,40 0,00 11.204,40 (936,41) (936,41) 0,00 0,00 Provisão para Férias Provisão de INSS S/Férias e 13º. Salários PASSIVO NÃO CIRCULANTE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP Financiamentos a Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO (-) Capital Social a Integralizar RESERVAS DE LUCROS Reserva de Lucros para Expansão PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízo do Período Quadro 12 – Modelo da estrutura do balanço patrimonial com dois períodos. 2.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício A demonstração de resultado do exercício deve apresentar o resultado de todas as atividades da empresa, evidenciando seus lucros ou prejuízos. Segundo Marion, (2006, p.127), ”A DRE é extremamente relevante para avaliar o desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. O lucro é objetivo principal das empresas”. Portanto, a principal fonte de recursos da empresa é o lucro do exercício que, sem dúvida, fortalece a situação econômicofinanceira da mesma. A mesma demonstração de resultado do exercício apresentada anteriormente, segue agora com as contas analíticas: 30 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO - XX02 FATURAMENTO BRUTO 75.350,00 VENDA DE PRODUTOS 75.350,00 (-)IPI s/Faturamento (6.850,00) 68.500,00 (=)RECEITA BRUTA DE VENDAS 68.500,00 (-) DEDUÇÕES RECEITA BRUTA (14.556,25) (-) Devoluções de Vendas (200,00) (-) PIS SOBRE VENDAS (1.130,25) (-) COFINS SOBRE VENDAS (5.206,00) (-) ICMS SOBRE VENDAS (8.020,00) ( =) RECEITA LIQUIDA 53.943,75 (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (31.409,00) ( =) LUCRO OPERACIONAL BRUTO 22.534,75 (-) DESPESAS OPERACIONAIS (6.560,00) DESPESAS DE VENDAS (3.336,00) SALÁRIOS E ENCARGOS (800,00) COMISSÕES SOBRE VENDAS (1.370,00) PUBLICIDADE E PROPAGANDA (706,00) FRETES SOBRE VENDAS (460,00) DESPESAS ADMINISTRATIVAS (3.494,51) SALARIOS (1.150,00) ENCARGOS TRABALHISTAS (223,60) ENCARGOS SOCIAIS (331,20) ALUGUEL (650,00) ENERGIA ELÉTRICA (310,20) ÁGUA E ESGOTO (90,65) DESPESAS COM TELEFONIA (580,30) DESPESAS COM MANUTENÇÃO (158,56) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 270,51 RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS 270,51 JUROS DE MORA (26,84) JUROS RECEBIDOS 297,35 = LUCRO OPERACIONAL 15.974,75 = RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CSLL 15.974,75 (-) IMPOSTO DE RENDA PJ (2.396,21) (-) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PJ (1.437,73) = LUCRO DO EXERCÍCIO 12.140,81 Quadro 13 – Modelo de estrutura da demonstração do resultado do exercício. 31 2.4 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A análise de Balanço é uma ferramenta que apresenta o diagnóstico sobre a real situação econômico-financeira da empresa, utilizando as demonstrações contábeis gerados pela Contabilidade, as informações oriundas da análise de evolução (horizontal) e análise estrutural (vertical) e os índices de desempenho dos componentes patrimoniais e de resultado. Hoje, a análise das demonstrações contábeis não se prende apenas aos relatórios gerados pela contabilidade, mas busca também informações externas (parâmetros) acerca do ramo de atividade de atuação da empresa que está sendo analisada: é o mercado em que está inserida; são os produtos que se produz e comercializa; os níveis de controle e organização que a empresa possui, dentre outros fatores que se tornam relevantes para a análise. É através das informações obtidas nas análises das demonstrações contábeis que a empresa conseguirá ou não recursos de terceiros para investir na sua atividade, recursos estes, que podem ser originados pelos financiamentos junto às instituições financeiras (bancos) ou dos fornecedores de matéria prima e mercadorias para revenda. 2.4.1 Análise de evolução – Horizontal A função principal da análise horizontal é apontar o crescimento dos itens que compõem as Demonstrações Contábeis entre os períodos, com a finalidade de caracterizar tendências, (IUDICIBUS, 1998). Mostra a evolução de cada conta das demonstrações contábeis e, pela comparação entre si, permite tirar conclusões sobre a evolução da empresa, ou seja, seu objetivo é comparar a evolução individual das contas que compõem as demonstrações contábeis em período de tempos consecutivos. 32 Para fins de exemplificação, o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do exercício são horizontalmente analisados demonstrando a variação existente em um determinado período, conforme abaixo: BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM ATIVO CIRCULANTE XX01 % XX02 % 92.507,29 100,00% 110.123,62 119,04% 37.537,29 100,00% 53.133,45 141,55% DISPONÍVEL 7.112,30 100,00% 8.990,30 126,40% Caixa 1.980,50 100,00% 2.510,00 126,74% Banco conta movimento CLIENTES 5.131,80 100,00% 8.119,35 100,00% 6.480,30 126,28% 15.716,15 193,56% DUPLICATAS A RECEBER 8.680,00 100,00% 16.320,00 188,02% -560,65 100,00% 887,00 100,00% -603,85 107,71% 887,00 100,00% IPI a Recuperar 150,00 100,00% 150,00 100,00% ICMS a Recuperar 320,00 100,00% 320,00 100,00% 81,00 100,00% 81,00 100,00% 336,00 100,00% 500,00 100,00% 336,00 100,00% 1.850,00 370,00% 500,00 100,00% 19.938,64 100,00% 1.850,00 370,00% 24.890,00 124,83% Estoque de Matéria Prima 8.388,60 100,00% 14.950,00 178,22% Estoque de Produtos Acabados 9.081,24 100,00% 6.610,00 Estoque de Materiais Secundários DESPESAS DE EXERC.SEGUINTE 2.468,80 100,00% 980,00 100,00% 3.330,00 800,00 980,00 100,00% 54.970,00 100,00% 800,00 56.990,17 (-) Provisão p/Crédito de liquidação duvidosa OUTROS CRÉDITOS PIS a Recuperar COFINS a Recuperar INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras ESTOQUES Prêmio de Seguros a Apropriar ATIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 200,00 100,00% 1.000,00 Aplicações Financeiras a Prazo Fixo INVESTIMENTOS 200,00 100,00% 30.000,00 100,00% 1.000,00 30.000,00 Terrenos p/Futuras Instalações ATIVO IMOBILIZADO 30.000,00 100,00% 23.370,00 100,00% 30.000,00 24.590,17 Máquinas e Equipamentos 23.280,00 100,00% 23.280,00 Móveis e Utensílios (-) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 5.810,00 100,00% -5.720,00 100,00% 7.610,00 -6.299,83 INTANGÍVEL 1.400,00 100,00% 1.400,00 Marcas e Patentes 1.400,00 100,00% 1.400,00 PASSIVO 72,79% 134,88% 81,63% 81,63% 103,68% 500,00% 500,00% 100,00% 100,00% 105,22% 100,00% 130,98% 110,14% 100,00% 100,00% 92.507,29 100,00% 110.123,62 119,04% 27.883,70 100,00% 30.359,22 108,88% FORNECEDORES 15.111,07 100,00% 16.870,67 111,64% Fornecedores 15.111,07 100,00% 1.420,70 100,00% 16.870,67 111,64% 1.593,60 112,17% PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 33 Salários a Pagar 1.058,60 100,00% 1.190,50 112,46% INSS a Recolher 256,70 100,00% 285,30 111,14% FGTS a Pagar OBRIGAÇÕES FISCAIS 105,40 100,00% 7.192,80 100,00% 117,80 111,76% 8.732,25 121,40% ICMS a Recolher 1.918,09 100,00% 2.325,30 121,23% IPI a Recolher 2.949,05 100,00% 3.550,40 120,39% 863,14 100,00% 1.050,20 121,67% 1.078,92 100,00% 1.312,75 121,67% IRPJ a Pagar 239,75 100,00% 308,50 128,68% Contribuição Social a Pagar OUTRAS OBRIGAÇÕES 143,85 100,00% 480,00 100,00% 185,10 128,68% 240,00 50,00% PIS a Recolher COFINS a Recolher Seguros a Pagar EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 480,00 100,00% 1.500,00 100,00% 240,00 500,00 Empréstimos a Pagar PROVISÕES 1.500,00 100,00% 2.179,13 100,00% 500,00 2.422,70 Provisão para Férias 363,22 100,00% 403,20 Provisão de 13º Salário 508,51 100,00% 565,50 Provisão de FGTS s/Férias e 13ºSalários 292,86 100,00% 326,20 1.014,54 100,00% 15.560,00 100,00% 1.127,80 18.560,00 15.560,00 100,00% 18.560,00 15.560,00 100,00% 49.063,59 100,00% 18.560,00 61.204,40 CAPITAL SOCIAL 50.000,00 100,00% 50.000,00 Capital Social Subscrito 50.000,00 100,00% 50.000,00 0,00 100,00% 0,00 100,00% 0,00 11.204,40 0,00 100,00% (936,41) 100,00% 11.204,40 Provisão de INSS s/Férias e 13ºSalários PASSIVO NÃO CIRCULANTE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-PL Financiamentos a Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO (-) Capital Social a Integralizar RESERVAS DE LUCROS Reserva de Lucros para Expansão PREJUIZOS ACUMULADOS 0,00 0,00 (936,41) 100,00% Prejuízo do Período Quadro 14 – Modelo de análise horizontal do balanço patrimonial dois períodos.. 50,00% 33,33% 33,33% 111,18% 111,01% 111,21% 111,38% 111,16% 119,28% 119,28% 119,28% 124,75% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 0,00% 0,00% Pela análise horizontal do balanço patrimonial, podemos notar que no ativo os maiores aumentos são nas aplicações financeiras de curto e longo prazo, seguido de duplicatas a receber e estoques de matéria prima. Houve reduções em estoque de produtos acabados e prêmios de seguros a apropriar. Isto se explica pelo aumento nas vendas de produtos que possibilitarão a geração de recursos para aplicações em investimentos financeiros e aquisição de matéria prima para nova produção. No passivo os maiores aumentos foram em obrigações fiscais, reflexo também do aumento nas vendas. Há reduções nos empréstimos a pagar e seguros 34 a pagar, pois, com os recursos gerados pelas vendas quitou-se parte dos passivos financeiros reduzindo despesas financeiras para períodos seguintes. Abaixo tabela comparativa da demonstração do resultado do exercício: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO XX01 VALORES RECEITA OPERACIONAL BRUTA VENDA DE PRODUTOS 54.218,64 59.640,50 XX02 % 100,00% 100,00% VALORES % 68.500,00 126,34% 75.350,00 126,34% (-) IPI S/FATURAMENTO (-) DEDUÇÕES SOBRE VENDAS (5.421,86) (11.521,46) 100,00% (6.850,00) 100,00% (14.556,25) 126,34% 126,34% (-) IMPOSTOS SOBRE VENDAS = RECEITA LIQUIDA (11.521,46) 42.697,18 100,00% (14.556,25) 100,00% 53.943,75 126,34% 126,34% (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (34.992,12) 100,00% (31.409,00) 89,76% CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS = LUCRO OPERACIONAL BRUTO (34.992,12) 7.705,06 100,00% (31.409,00) 100,00% 22.534,75 89,76% 292,47% (-) DESPESAS OPERACIONAIS (8.641,47) 100,00% (6.560,00) 75,91% (3.699,37) 100,00% (3.336,00) 90,18% COMISSÕES SOBRE VENDAS (1.084,37) 100,00% (1.370,00) 126,34% PUBLICIDADE E PROPAGANDA (1.420,00) 100,00% (706,00) 49,72% FRETES SOBRE VENDAS (1.195,00) 100,00% (1.260,00) 105,44% (5.121,10) 100,00% (3.494,51) 68,24% (2.300,00) 100,00% (1.150,00) 50,00% (458,80) 100,00% (223,60) 48,74% ENCARGOS SOCIAIS (662,40) 100,00% (331,20) 50,00% ALUGUEL (650,00) 100,00% (650,00) 100,00% ENERGIA ELÉTRICA (286,50) 100,00% (310,20) 108,27% (84,30) 100,00% (90,65) 107,53% DESPESAS COM TELEFONIA (530,60) 100,00% (580,30) 109,37% DESPESAS COM MANUTENÇÃO (148,50) 100,00% (158,56) 106,77% DESPESAS FINANCEIRAS (22,60) 100,00% (26,84) 118,76% JUROS DE MORA PAGOS (22,60) 100,00% (26,84) 118,76% + RECEITAS FINANCEIRAS 201,60 100,00% 297,35 147,50% 201,60 100,00% 297,35 (936,41) 100,00% (936,41) (2.396,21) (1.437,73) DESPESAS DE VENDAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS SALARIOS ENCARGOS TRABALHISTAS ÁGUA E ESGOTO JUROS DE MORA RECEBIDOS = LUCRO OPERACIONAL = RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CSLL (-) IMPOSTO DE RENDA PJ 0,00 100,00% 100,00% (-) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PJ 0,00 100,00% 147,50% 15.974,75 1705,95% 15.974,75 1705,95% 0,00% 0,00% = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (936,41) 100,00% 12.140,81 1296,52% Quadro 15 – Modelo de análise horizontal da demonstração do resultado do exercício de dois períodos. 35 Na demonstração do resultado do exercício os maiores aumentos foram constatados no lucro operacional, juros recebidos e vendas de produtos. Houve reduções no custo dos produtos vendidos e nos salários e encargos trabalhistas e sociais. O aumento das vendas e a redução dos custos dos produtos vendidos, automaticamente, refletem em um aumento do lucro operacional, a redução de salários são reflexos da política de corte de gastos da empresa, enquanto o aumento dos juros recebidos é reflexo do aumento no volume de aplicações financeiras. 2.4.2 Análise estrutural – Vertical Evidencia a importância de cada conta em relação à demonstração contábil a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permite inferir quando há itens fora das proporções normais. É importante para avaliar a estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo (IUDÍCIBUS, 1998). Sendo assim, seu objetivo é poder observar, ao longo do tempo, o comportamento das demonstrações contábeis mostrando a participação percentual em cada exercício social de sub-contas em relação a uma base que equivale 100%. Exemplificamos a mesma demonstração de resultado do exercício do tópico anterior; porém, com análise vertical onde a comparação é feita verticalmente tendo como base um determinado item, no caso da DRE a receita operacional bruta é a base, no entanto, no balanço patrimonial é o total do ativo ou o total do passivo. BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM ATIVO CIRCULANTE XX01 % 92.507,29 100,00% 37.537,29 40,58% XX02 110.123,62 100,00% 53.133,45 48,25% DISPONÍVEL 7.112,30 7,69% 8.990,30 Caixa 1.980,50 2,14% 2.510,00 Banco conta movimento CLIENTES 5.131,80 8.119,35 5,55% 8,78% 6.480,30 15.716,15 DUPLICATAS A RECEBER 8.680,00 9,38% 16.320,00 (-) Provisão p/Crédito de liquidação duvidosa OUTROS CRÉDITOS (560,65) 887,00 -0,61% 0,96% (603,85) 887,00 150,00 0,16% 150,00 IPI a Recuperar % 8,16% 2,28% 5,88% 14,27% 14,82% -0,55% 0,81% 0,14% 36 ICMS a Recuperar PIS a Recuperar 320,00 0,35% 320,00 81,00 0,09% 81,00 336,00 500,00 0,36% 0,54% 336,00 1.850,00 500,00 19.938,64 0,54% 21,55% 1.850,00 24.890,00 Estoque de Matéria Prima 8.388,60 9,07% 14.950,00 Estoque de Produtos Acabados 9.081,24 9,82% 6.610,00 Estoque de Materiais Secundários DESPESAS DE EXERC.SEGUINTE 2.468,80 980,00 2,67% 1,06% 3.330,00 800,00 980,00 54.970,00 1,06% 59,42% 800,00 56.990,17 200,00 0,22% 1.000,00 Aplicações Financeiras a Prazo Fixo INVESTIMENTOS 200,00 30.000,00 0,22% 32,43% 1.000,00 30.000,00 Terrenos p/Futuras Instalações ATIVO IMOBILIZADO 30.000,00 23.370,00 32,43% 25,26% 30.000,00 24.590,17 Máquinas e Equipamentos 23.280,00 25,17% 23.280,00 Móveis e Utensílios (-) DEPRECIAÇÃO ACUMULADA 5.810,00 (5.720,00) 6,28% -6,18% 7.610,00 (6.299,83) INTANGÍVEL 1.400,00 1,51% 1.400,00 Marcas e Patentes 1.400,00 1,51% 1.400,00 COFINS a Recuperar INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras ESTOQUES Prêmio de Seguros a Apropriar ATIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE 92.507,29 100,00% 110.123,62 100,00% 27.883,70 30,14% 30.359,22 FORNECEDORES 15.111,07 16,34% 16.870,67 Fornecedores 15.111,07 1.420,70 16,34% 1,54% 16.870,67 1.593,60 Salários a Pagar 1.058,60 1,14% 1.190,50 INSS a Recolher OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 256,70 0,28% 285,30 FGTS a Pagar OBRIGAÇÕES FISCAIS 105,40 7.192,80 0,11% 7,78% 117,80 8.732,25 ICMS a Recolher 1.918,09 2,07% 2.325,30 IPI a Recolher 2.949,05 3,19% 3.550,40 863,14 0,93% 1.050,20 1.078,92 1,17% 1.312,75 IRPJ a Pagar 239,75 0,26% 308,50 Contribuição Social a Pagar OUTRAS OBRIGAÇÕES 143,85 480,00 0,16% 0,52% 185,10 240,00 Seguros a Pagar EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 480,00 1.500,00 0,52% 1,62% 240,00 500,00 Empréstimos a Pagar PROVISÕES 1.500,00 2.179,13 1,62% 2,36% 500,00 2.422,70 Provisão para Férias 363,22 0,39% 403,20 Provisão de 13º Salário 508,51 0,55% 565,50 Provisão de FGTS s/Férias e 13ºSalários 292,86 0,32% 326,20 PIS a Recolher COFINS a Recolher 0,29% 0,07% 0,31% 1,68% 1,68% 22,60% 13,58% 6,00% 3,02% 0,73% 0,73% 51,75% 0,91% 0,91% 27,24% 27,24% 22,33% 21,14% 6,91% -5,72% 1,27% 1,27% 27,57% 15,32% 15,32% 1,45% 1,08% 0,26% 0,11% 7,93% 2,11% 3,22% 0,95% 1,19% 0,28% 0,17% 0,22% 0,22% 0,45% 0,45% 2,20% 0,37% 0,51% 0,30% 37 Provisão de INSS s/Férias e 13ºSalários PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.014,54 15.560,00 1,10% 16,82% 1.127,80 18.560,00 15.560,00 16,82% 18.560,00 15.560,00 49.063,59 16,82% 53,04% 18.560,00 61.204,40 CAPITAL SOCIAL 50.000,00 54,05% 50.000,00 Capital Social Subscrito 50.000,00 54,05% 50.000,00 0,00 0,00 0,00% 0,00% 0,00 11.204,40 0,00 0,00% -1,01% 11.204,40 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-PL Financiamentos a Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO (-) Capital Social a Integralizar RESERVAS DE LUCROS Reserva de Lucros para Expansão PREJUIZOS ACUMULADOS (936,41) (936,41) Prejuízo do Período -1,01% Quadro 16 – Modelo de análise vertical do balanço patrimonial de dois períodos. 0,00 0,00 1,02% 16,85% 16,85% 16,85% 55,58% 45,40% 45,40% 0,00% 10,17% 10,17% 0,00% 0,00% Na análise vertical, verificamos que no ativo os valores do ativo circulante sofreram um aumento, podendo-se considerar, em termos de índices de liquidez, um ponto positivo, porém, esse aumento foi maior no item duplicatas a receber o que pode indicar um aumento na inadimplência de clientes. Quanto ao passivo, a redução do passivo circulante em proporção ao passivo total colabora também para uma melhora na liquidez da empresa. Há um pequeno aumento no patrimônio liquido da empresa, reflexo do resultado positivo do exercício. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO XX01 VALORES RECEITA OPERACIONAL BRUTA VENDA DE PRODUTOS XX02 % VALORES % 54.218,64 100,00% 68.500,00 100,00% 59.640,50 100,00% 75.350,00 100,00% (-) IPI S/FATURAMENTO (-) DEDUÇÕES SOBRE VENDAS (5.421,86) -10,00% (6.850,00) -10,00% (11.521,46) -21,25% (14.556,25) -21,25% (-) IMPOSTOS SOBRE VENDAS = RECEITA LIQUIDA (11.521,46) -21,25% (14.556,25) -21,25% 42.697,18 78,75% 53.943,75 78,75% (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (34.992,12) -64,54% (31.409,00) -45,85% CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS = LUCRO OPERACIONAL BRUTO (34.992,12) -64,54% (31.409,00) -45,85% 7.705,06 14,21% 22.534,75 32,90% (-) DESPESAS OPERACIONAIS DESPESAS DE VENDAS (8.641,47) -15,94% (6.560,00) -9,58% (3.699,37) -6,82% (3.336,00) -4,87% COMISSÕES SOBRE VENDAS (1.084,37) -2,00% (1.370,00) -2,00% PUBLICIDADE E PROPAGANDA (1.420,00) -2,62% (706,00) -1,03% (1.195,00) (5.121,10) -2,20% -9,45% (1.260,00) (3.494,51) -1,84% -5,10% (2.300,00) -4,24% (1.150,00) -1,68% ENCARGOS TRABALHISTAS (458,80) -0,85% (223,60) -0,33% ENCARGOS SOCIAIS (662,40) -1,22% (331,20) -0,48% FRETES SOBRE VENDAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS SALARIOS 38 ALUGUEL (650,00) -1,20% (650,00) -0,95% ENERGIA ELÉTRICA (286,50) -0,53% (310,20) -0,45% (84,30) -0,16% (90,65) -0,13% (530,60) -0,98% (580,30) -0,85% (148,50) (22,60) -0,27% -0,04% (158,56) (26,84) -0,23% -0,04% (22,60) 201,60 -0,04% 0,37% (26,84) 297,35 -0,04% 0,43% 201,60 (936,41) 0,37% -1,73% 297,35 15.974,75 0,43% 23,32% (936,41) -1,73% 15.974,75 23,32% (-) IMPOSTO DE RENDA PJ 0,00 0,00% (2.396,21) -3,50% (-) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PJ 0,00 0,00% (1.437,73) -2,10% ÁGUA E ESGOTO DESPESAS COM TELEFONIA DESPESAS COM MANUTENÇÃO DESPESAS FINANCEIRAS JUROS DE MORA PAGOS + RECEITAS FINANCEIRAS JUROS DE MORA RECEBIDOS = LUCRO OPERACIONAL = RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CSLL = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (936,41) -1,73% 12.140,81 17,72% Quadro 17 – Modelo de análise vertical da demonstração do resultado do exercício de dois períodos. Na demonstração de resultado, a redução dos custos dos produtos vendidos, reflete positivamente no aumento do lucro bruto, a redução de gastos com pessoal refletiu em uma melhora no lucro operacional e consequentemente também no lucro líquido. 2.4.3 Índices para a Análise das Demonstrações Contábeis Os índices para análise das demonstrações contábeis apresentam a relação entre contas, ou grupos de contas das demonstrações contábeis que evidenciam aspectos econômicos e financeiros de uma empresa. Porém, nunca se deve analisálos separadamente de outros fatores que são relevantes no processo de análise. As análises, por sua vez, têm por objetivo, dar uma visão geral sobre determinados aspectos das demonstrações contábeis através dos seguintes índices: 39 2.4.3.1 Índices de Liquidez Os índices de liquidez mostram a base da situação financeira da empresa, que a partir do confronto dos Ativos Circulantes com as dívidas, poderão medir quão sólida é a base financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez terá melhores condições e capacidade para pagar suas dívidas. Pode-se destacar, aqui, o (ILC) Índice de Liquidez Corrente e o (ILS) Índice de Liquidez Seca que medem a capacidade de pagamento da empresa em curto prazo; e o (ILG) Índice de liquidez geral que mede a capacidade de pagamento da empresa em longo prazo. a) Índice de Liquidez Corrente – ILC Para conhecer o Índice de Liquidez Corrente utiliza-se a seguinte fórmula: ILC = Ativo Circulante Passivo Circulante No balanço patrimonial, anteriormente exemplificado, têm-se os seguintes índices para cada exercício: ILC XX01= $ 37.537,29 = 1,35 $ 27.883,70 ILC XX02 = $ 53.133,45 = 1,75 $ 30.359,22 O ILC maior que um (1) sempre será positivo; porém não deve ser considerado de forma isolada. O valor que a empresa dispõe de disponível em XX01 $ 7.112,30 e XX02 $ 8.990,30 representa apenas 25,51% e 29,61 do passivo circulante total que é de $ 27.883,70 para XX01 e $ 30.359,22 para XX02. 40 A empresa ainda possui créditos a receber no montante de $ 8.119,35 para XX01 e $ 15.716,15 para XX02 que representam 29,12% e 51,77%, respectivamente, pelo passivo circulante total. Considerando ainda, de um modo geral, que os valores de estoques sempre vão estar a preço de custo e que, ao serem vendidos irão gerar entradas de recursos em montante maior que os saldos em balanço, e como também, deve ser observado que os mesmos ainda não foram convertidos em créditos ou numerário. Mas, de modo geral pode-se considerar que a empresa possui boas condições de cumprir com os pagamentos dos compromissos assumidos. Deve-se ter o cuidado ainda, em analisar o prazo médio de pagamentos e de recebimentos da empresa, bem como o índice de inadimplência de sua carteira de clientes e do mercado em que a mesma se situa. b) Índice de Liquidez Seca – ILS Em se tratando do ILS - Índice de Liquidez Seca, não é considerado na análise, os valores em estoques e, como fórmula: ILS = Ativo Circulnate - Estoques Passivo Circulante No nosso exemplo temos: ILS XX01= ($ 37.537,29 - $ 19.938,64) = 0,63 $ 27.883,70 ILS XX02 = ($ 53.133,45 - $ 24.890,00) = 0,93 $ 30.359,22 A empresa em questão apresenta um baixo índice de liquidez seca no período XX01 apresentando melhora para o período XX02, porém, mesmo com a melhora no índice, este, continua preocupante, pois, se porventura a empresa 41 interromper suas atividades de produção e vendas, esta, não terá condições de liquidar seus compromissos a curto prazo. c) Índice de liquidez geral – ILG Já o ILG - Índice de Liquidez Geral considera além do circulante (ativo e passivo) os valores realizáveis e exigíveis a longo prazo, teremos então: ILG = AtivoCircu lante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo não Circulante Observe o nosso exemplo: ILG XX01 = ($ 37.537,29 + $ 200,00) $ 37.737,29 = = 0,87 ($ 27.883,70 + $ 15.560,00) $ 43.443,70 ILG XX02 = ($ 53.133,45 + $ 1.000,00) $ 54.133,45 = = 1,11 ($ 30.359,22 + $ 18.560,00) $ 48.919,22 Considerando a situação acima, a longo prazo, a empresa no período XX01 não possui uma situação favorável, pois resulta num índice menor que 1. Porém, no período XX02 houve melhora no índice ultrapassando o valor de 1,0. Faz-se necessário, então, o acompanhamento permanente do indicador de longo prazo, uma vez que a melhora no índice irá refletir na saúde financeira e operacional da empresa, do contrário, consequentemente, irá mostrar uma ineficiência operacional e financeira. 2.4.3.2 Índices de Endividamento São índices que indicam as fontes de recursos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio em relação ao capital de terceiros. São índices de 42 muita importância, por indicar qual a dependência da empresa em relação ao capital de terceiros. Nesta análise, procura-se apurar a quantidade da dívida, bem como a sua qualidade. A quantidade será indicada pelo percentual da dívida em relação ao capital próprio, quanto maior a participação do capital de terceiros sobre a dívida total, pior será este índice, uma vez, que esta situação irá demonstrar uma dependência da empresa a estes recursos externos. A qualidade da dívida será indicada pelo percentual da dívida que é de curto ou de longo prazo. Quanto maior o percentual da dívida a longo prazo melhor a qualidade da mesma, uma vez que, dívidas de longo prazo não exigem um esforço imediato para sua liquidação. Normalmente, dívidas de longo prazo são feitas para financiar ativos que irão produzir e gerar estoque que, posteriormente, gerarão receitas e entradas de recursos para a empresa, como por exemplo, compra de máquinas de costura na indústria de confecção. Dívidas de curto prazo são feitas para financiar o pagamento de outras dívidas, como exemplo, os financiamentos bancários de capital de giro. Para se obter estes indicadores, temos: Endividamento Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Ativo XX01= $ 27.883,70 + $ 15.560,00 $ 43.443,70 = = 47% $ 92.507,29 $ 92.507,29 XX02 = $ 30.359,22 + $ 18.560,00 $ 48.919,22 = = 44% $ 110.123,62 $ 110.123,62 Este índice mostra o percentual dos bens e direitos da empresa que foi financiada com capital de terceiros, indica um grau moderado de participação de capital de terceiros no perfil de endividamento da empresa. Por sua vez, a situação no período XX02 demonstra uma melhora em relação ao período anterior. 43 Outro índice utilizado é o que denominamos de garantia de capital próprio em relação ao capital de terceiros, este é o resultado da seguinte divisão: Endividame nto do Patrimônio Líquido = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Logo o resultado do nosso exemplo é: XX01 = $27.883,70 + $15.560,00 $ 43.443,70 = = 89% $49.063,59 $ 49.063,59 XX02 = $ 30.359,22 + 18.560,00 $ 48.919,22 = = 80% $ 61.204,40 $ 61.204,40 Este outro indicador demonstra que, para cada $ 100,00 de capital de terceiros, a empresa dispõe de $89,00 de capital próprio para o período XX01 e $ 80,00 para o período XX02. E o indicador da qualidade do endividamento é a composição do endividamento representado pela seguinte fórmula: Composição do Endividamento = Passivo Circulante Passivo Circulante + Passivo Não Circulante XX01 = $ 27.883,70 $ 27.883,70 = = 64% ($ 27.883,70 + $ 15.560,00) $ 43.443,70 XX02 = $ 30.359,22 $ 30.359,22 = = 62% ($ 30.359,22 + $ 18.560,00) $ 48.919,22 A empresa demonstra através deste índice que nos dois períodos mais de sessenta por cento da sua dívida é de curto prazo, sendo este percentual considerado elevado. Um maior percentual de dívidas de longo prazo é mais recomendável à situação financeira da empresa, podendo, desta forma, evitar problemas de liquidez corrente. 44 2.4.3.3 Índices de Rentabilidade Os índices de rentabilidade interpretam o desempenho global da empresa e a sua capacidade de geração de lucratividade. A rentabilidade do ativo mostra a capacidade de geração de lucro da empresa em relação ao seu ativo total, fazendo com que a empresa se capitalize sozinha. Estes índices são representados pela seguinte fórmula: Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido x 100 Ativo No nosso exemplo temos: XX01= ($ 936,41) x 100 = ($ 1,01)% $ 92.507,29 XX02 = $ 12.140,81 x 100 = $ 11,02% $ 110.123,62 O indicador acima mostra que para cada $ 100,00 de ativo a empresa gera $ 11,02 de lucro líquido no período XX02; sendo que, no período XX01 a rentabilidade do ativo ficou negativa, gerando para cada $ 100,00 de ativo $ 1,01 de prejuízo. Quanto maior o indicador, melhor será a análise da empresa e, evidentemente, seu acompanhamento por diversos períodos é recomendado. Levando-se em conta apenas o indicador do segundo período, a empresa neste ritmo e somente com a sua geração de lucros demoraria nove anos para dobrar o seu ativo. A rentabilidade do patrimônio líquido mostra qual a taxa de rendimento do capital investido na empresa pelos sócios. A taxa encontrada através da fórmula, geralmente, serve de parâmetro para investidores externos ou para os próprios acionistas verificarem se os investimentos feitos na empresa estão sendo remunerados a uma taxa maior que outras aplicações financeiras do mercado, como fundos de investimentos, cadernetas de poupança, ações, CDBs, dentre outros. A fórmula para encontrar este indicador é: 45 Rentabilid ade do Patrimônio Líquido = Lucro Líquido x 100 Patrimônio Líquido Médio Onde, o patrimônio líquido médio é encontrado pela soma do patrimônio líquido inicial e do patrimônio líquido final, divididos por dois. Logo, para o nosso exemplo temos: XX01= ($ 936,41) x 100 = (1,91%) $ 49.063,59 XX02 = $ 12.140,81 x 100 = 22,02% $ 55.133,99 Isto significa que, para o período XX02 a cada $ 100,00 investidos na empresa, o lucro líquido gerado é de $ 22,02 no período. Uma rentabilidade de 22,02%, quando comparada a outros investimentos deverá dizer se o índice é bom ou não. Já para o período XX01 a cada $ 100,00 investidos gera-se um prejuízo de $ 1,91. 2.4.3.4 Capital de Giro O capital de giro representa o valor total de recursos necessários para financiar as operações da empresa, desde a aquisição de matérias-primas até a venda dos produtos fabricados. O capital de giro líquido ou capital circulante líquido é obtido através da seguinte fórmula: CGL = Ativo circulante – Passivo Circulante No nosso exemplo temos: CGL XX01 = $ 37.537,29 - $ 27.883,70 = $ 9.653,59 CGL XX02 = $ 53.133,45 - $ 30.359,22 = $ 22.774,23 46 A diferença positiva indica que a empresa possui, após a quitação de suas obrigações, um volume de recursos adicional para aplicar nas atividades da mesma. Caso este índice fosse negativo demonstraria que a empresa não tem capital de giro suficiente para quitar suas obrigações de curto prazo. A diferença entre os ativos e passivos operacionais da empresa indicará a necessidade de capital de giro para que a empresa possa continuar seus investimentos. Ativos e passivos operacionais são aqueles que estão diretamente relacionados com a atividade fim da empresa. Vejamos no quadro abaixo a classificação destes itens em operacionais e financeiros: ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL CAIXA BANCO - CONTA MOVIMENTO CRÉDITOS E VALORES A RECEBER DUPLICATAS A RECEBER ESTOQUES ESTOQUE DE MATÉRIA PRIMA ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS ESTOQUE DE MATERIAIS SECUNDÁRIOS PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS SALÁRIOS A PAGAR OBRIGAÇÕES FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS INSS A RECOLHER FGTS A RECOLHER IMPOSTOS A RECOLHER FORNECEDORES DEF IND E COM DE TECIDOS LTDA. EMPRESTIMOS DE CURTO PRAZO BANCOS CONTA FINANCIAMENTO CLASSIFICAÇÃO ATIVO FINANCEIRO ATIVO FINANCEIRO ATIVO OPERACIONAL ATIVO OPERACIONAL ATIVO OPERACIONAL ATIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO FINANCEIRO Quadro 18 – Classificação das contas do ativo e passivo – operacional / financeiro. Para a obtenção da necessidade de capital de giro da empresa deve-se utilizar a seguinte fórmula: 47 NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional No nosso exemplo temos: NCG XX01 = $ 29.924,99 - $ 26.383,70 = $ 3.541,29 NCG XX02 = $ 42.293,15 - $ 29.859,22 = $ 12.433,93 Quando a necessidade de capital de giro (NCG) da empresa for positiva, como bem representada em nosso exemplo, estará indicando que a empresa necessita buscar, em fontes de financiamentos adequadas, estes valores para poder dar continuidade às operações da empresa. Porém, se a necessidade de capital de giro (NCG) for igual a zero, a empresa não necessita buscar fontes de financiamento para suas operações. Por fim, se a necessidade de capital de giro (NCG) da empresa for negativa, significará que sobram recursos para as atividades operacionais da empresa, não necessitando, desta forma, de qualquer tipo de financiamento para a produção, podendo ainda investir o capital de giro excedente em outros ativos não operacionais como aplicações financeiras ou ativos fixos. O saldo em tesouraria é representado pela seguinte fórmula: ST = Ativo financeiro – Passivo financeiro Teremos então, no nosso exemplo: ST XX01 = $ 7.612,30 - $ 1.500,00 = $ 6.112,30 ST XX02 = $ 10.840,30 - $ 500,00 = $ 10.340,30 O saldo em tesouraria positivo indica que recursos de longo prazo dão cobertura às necessidades de capital de giro da empresa e ainda permite aplicações em investimentos ou manutenção destes valores em caixa. Já o saldo em tesouraria negativo indica que a empresa tem fonte de recursos de longo prazo e ainda necessita buscar recursos de curto prazo para suprir suas necessidades de capital de giro. 48 2.4.4 Diagnóstico das análises - Relatório final Com o compromisso de apresentar o relatório final, o diagnóstico das análises é elaborado pela gerência administrativa da empresa com base nos índices de desempenho apresentados e comparados com índices padrão de empresas do mesmo ramo de atividade do balanço analisado. Contêm conclusões resultantes do processo de análise que espelham a situação financeira, econômica e patrimonial. Informa sobre indicadores financeiros, patrimoniais e de rentabilidade da empresa. Possibilita também, identificar se a empresa enfrenta dificuldades acima do normal e qual sua magnitude, apontando posteriormente, as prováveis causas, como também, as soluções viáveis para um desempenho geral favorável ao longo do exercício. Assim, observaremos a seguir um exemplo de Relatório Final da Gerência Administrativa: 2.4.4.1 Relatório final da gerência administrativa – Análise do período XX02 e seus resultados Diante dos dados analisados no presente relatório, faz-se necessário informar que nossa empresa está passando por mudanças e adequações voltadas às realidades mercadológicas e tecnológicas que permeiam nosso contexto empresarial. Mudanças estas que, de fato, já eram pretendidas por todos, quando do resultado deficitário do período XX01. Para tais mudanças, basta-nos analisar as respostas positivas mediante tomadas de decisões diferenciadas no período de XX02, em detrimento às mesmas no período anterior É de conhecimento geral, as dificuldades encontradas pelo setor de confecções após a queda do dólar e consequente invasão de produtos importados no mercado nacional, oriundos, principalmente, da República Popular da China. A situação no início deste período de XX02 nos obrigou a reduzir mão de obra, uma vez que a ociosidade e o baixo giro dos estoques causavam um custo elevado de nossos produtos em relação ao nosso faturamento total. Com estas 49 medidas reduzimos as despesas de pessoal em torno de 50% e nossos custos de produtos vendidos em torno de 10%. Este corte de custos, também se deu com os gastos de publicidade e propaganda, ficando em torno de 50% menos, em relação ao período de XX01. A empresa passou a utilizar-se de meios, como a internet, através de nosso website, e-mails e tele marketing, gerando, por assim dizer, um aumento nas despesas de telecomunicações da ordem de 9%. Tais medidas surtiram efeito, tão somente, devido ao gancho trazido pela Copa do Mundo de Futebol, quando, ao produzirmos nossas peças com foco neste evento de interesse nacional, fugimos da concorrência dos produtos chineses e focamos nosso trabalho de vendas em empresas que, normalmente, não são nossos clientes. Uma clientela diferenciada, que adquiriu nossos produtos para fins de uniformes e para distribuição de brindes aos seus clientes. Esta estratégia fez gerar vendas sobre um índice de aumento em torno de 26% com relação ao período XX01. Este segmento do mercado nos possibilitou uma redução em nossos estoques de produtos acabados, uma vez que, a maioria das vendas foram feitas com pedidos antecipados e produtos personalizados. O aumento das vendas fez com que os recursos advindos das mesmas, fossem utilizados para reduzir nossos financiamentos de curto prazo e melhorar nossos investimentos financeiros dando uma maior segurança para liquidação dos compromissos futuros. Tal procedimento trouxe melhora em todos os índices de liquidez da empresa. Para fazermos os comparativos é necessário que tenhamos os números do setor têxtil extraídos do site da revista exame “Melhores e Maiores”, conforme abaixo: Indicador Liquidez Geral (x) Liquidez Corrente (x) Endividamento Total (%) Retorno s/Patrimônio Líq (%) Margem Bruta (%) Margem Operacional (%) Setor Têxtil 1,37 1,90 44% 5,30% 22,50% 5,30% Empresa Exemplo 1,11 1,75 44% 22,02% 32,90% 23,32% 50 Margem Líquida (%) 3,10% 17,72% Quadro 19 – Indicadores do setor têxtil e empresa exemplo. Fonte: adaptado do site http://central-do-investidor.exame.abril.com.br/Ranking.aspx O índice de liquidez geral indica quanto a empresa possui no ativo circulante mais realizável em longo prazo, para cada R$ 1,00 de dívida total. Nossa empresa apresenta um índice de 1,11 enquanto o índice da concorrência é de 1,37, isto significa que, em termos de liquidez geral a empresa apresenta uma defasagem em torno de 19% para a concorrência. Considerando que nosso índice anterior era de 0,87 houve uma melhora em torno de 27% de um período para outro. Está, então, demonstrado que a defasagem de nossa empresa para o resto do setor poderá, em curto prazo, ser eliminada. A liquidez corrente indica quanto a empresa tem no ativo circulante para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Nossa empresa apresenta um índice de 1,75, enquanto o padrão setorial é de 1,90. Está constatada aí, uma defasagem em torno de 7% para a concorrência. Considerando que nosso índice anterior era de 1,35 houve uma melhora em torno de 29% de um período para o outro, demonstrando que a pequena defasagem na liquidez de curto prazo da empresa em relação ao resto do setor poderá, em curto prazo, ser eliminada. O endividamento total mostra o percentual dos bens e direitos da empresa que foi financiada com capital de terceiros. Indica um grau moderado de participação de capital de terceiros no perfil de endividamento da empresa, coincidindo com o padrão setorial. Isso nos mostra que a empresa está dentro de uma realidade de setor fadada ao endividamento. O retorno sobre o patrimônio líquido indica a que taxa o capital investido na empresa vai ser remunerado. O padrão setorial ficou em 5,30%, enquanto nossa empresa apresenta uma taxa de retorno de 22,02% demonstrando que, em cinco anos os sócios terão todo investimento feito no patrimônio da empresa retornado em forma de lucros. A empresa apresenta um bom índice de retorno do investimento. A margem bruta mede a rentabilidade das vendas, logo após as deduções de vendas e do custo dos produtos vendidos. Este indicador aponta o quanto a empresa apresenta de resultado imediato da sua atividade. O setor têxtil apresenta 51 para este indicador 22,50% enquanto o de nossa empresa é de 32,90%, percebe-se aí, uma maior eficiência em nossa atividade com relação a concorrência. A margem operacional é um indicador que representa a eficiência operacional de uma empresa. O índice da concorrência ficou em 5,30% enquanto nossa empresa apresentou 23,32%, operacionalmente, alcancou um resultado mais de quatro vezes eficiente em relação a concorrência. A margem líquida é um indicador que representa a eficiência empresarial como um todo, considerando as atividades operacionais e não operacionais. O padrão setorial ficou em 3,10% enquanto nossa empresa apresentou uma margem de 17,72%, margem esta, mais que cinco vezes eficiente com relação a concorrência. Isto indica que a administração da empresa está trazendo resultados muito significativos para a mesma, tomando-se por base os números apresentados pelos demais setores. De posse dos dados e análises acima, cabe ressaltar que o setor de confecções após a queda do dólar e consequente invasão de produtos importados para o mercado nacional, teve uma retração em suas vendas. O aumento da concorrência de produtos chineses prejudicou as exportações, fazendo com que as grandes empresas exportadoras voltassem seu foco também para o mercado interno, gerando assim, uma maior concorrência dentro do setor. Como já comentamos anteriormente, a chegada de um evento esportivo de interesse nacional, como a copa no mundo do futebol, tornou possível gerar uma nova demanda de produtos e uma expectativa positiva em relação a este mercado, visto que, a concorrência externa pouco produz neste segmento. Isto permitiu mais tranqüilidade no que diz respeito a estabilidade econômica, pois abriu oportunidades de aumento das vendas, com uma atmosfera positiva, criada inclusive, pelo evento e a mídia em geral. Este diferencial fez com que as empresas investissem no chamado “clima de copa do mundo” decorando as empresas e vestindo seus colaboradores à caráter. Nossa empresa aproveitou-se deste cenário e apresentou crescimento nas vendas na faixa de 26%. Administrou bem o capital de giro oriundo deste acréscimo no faturamento, tratou para que fosse gerado um incremento de 135% no saldo de 52 seu capital de giro líquido, fazendo com que índices como liquidez corrente e geral tivessem acréscimos de 29% e 27% respectivamente, mostrando, assim, uma melhora na capacidade de pagamento dos seus compromissos e uma melhor saúde financeira. Tal melhora também se confirma na análise dos índices de endividamento, onde o endividamento total recuou 6% em relação ao período anterior e o endividamento no curto prazo recuou 3%. Vale lembrar que nossa empresa apresentava índices de liquidez e rentabilidade bem abaixo dos índices setoriais, porém, com uma melhora na rentabilidade e nas margens de lucratividade da empresa, esta defasagem em relação ao setor está diminuindo e em alguns casos, como o endividamento total, já não existe. Cientes de que estes resultados foram conseguidos em decorrência de uma oportunidade de momento e que, o cenário onde a empresa deve trabalhar de agora em diante será mais complexo, uma vez que a concorrência externa aumentará e o perfil de clientes deverá retomar o seu eixo anterior. 53 3. MODELO DE ATIVIDADE PRÁTICA RELACIONADA AO CONTEÚDO PROPOSTO NO CADERNO PEDAGÓGICO Para melhor fixar os conceitos ora apresentados, faz-se necessário conhecer a sua aplicação prática. Assim, serão propostos, neste caderno pedagógico, exercícios completos, desde a composição dos custos de produção, formação de preço de venda, elaboração das demonstrações contábeis até suas respectivas análises, como também o relatório final da situação econômico-financeira da empresa, objeto de estudo do exercício. Desta forma, primeiramente, será apresentado um exercício completo já resolvido. Este servirá de modelo e estudo para os alunos. Posteriormente, serão apresentados outros exercícios, que deverão ser desenvolvido, sob a orientação do professor, pelos alunos do curso Técnico em Administração, especificamente, aqueles da disciplina de Contabilidade Gerencial. Os recursos didáticos, para o desenvolvimento dos exercícios propostos, terão como ferramentas as planilhas eletrônicas utilizadas em laboratórios de informática, bem como, com o uso de calculadora, de forma manual, dentro das salas de aula. Abaixo, será apresentado um modelo de toda a sistemática que envolve a aplicação prática deste estudo. 3.1 EXERCÍCIO MODELO A empresa "Ferreira & Costa Ltda. ",inserida no de facção,e industrializa camisetas e calças, e solicita aos alunos do curso Técnico em Administração da disciplina de Contabilidade Gerencial o resultado operacional da empresa no período de X-1. 54 Quanto ao sistema produtivo da empresa: 1) Departamentos Produtivos - Mão de Obra Direta a) Corte ( desenho , modelagem e corte) -01 funcionário; b) Costura (costura reta, e acessórios) - 03 funcionários; e c) Acabamento (Eliminar excessos, estampar, passar e dobrar) - 03 funcionários. 2) Departamento Auxiliar - Mão de Obra Indireta a) Supervisão da Fábrica ( inspeciona a produção) - 01 funcionário. Quanto à composição dos custos aplicados aos produtos no período de X-1: PRODUTO CAMISETA CORTE MATERIA PRIMA MOD CIF 2000 2000 2000 6,615 13230,00 0,468 936,00 0,285 570,00 COSTURA MATE.SECUND.DIRETO MOD CIF 1395 1395 1395 0,413 1,646 1,412 576,14 2296,17 1969,74 576,14 2296,17 1969,74 718 718 1,580 1,764 14,183 1134,44 1266,55 1134,44 1266,55 14,183 10183,39 21979,04 10183,39 11795,64 MOD CIF CUSTO UNITÁRIO DA CAMISETA TOTAL GERAL PRODUÇÃO ACABADA PRODUÇÃO EM ELABORAÇÃO ACABAMENTO 718 1282 13230,00 936,00 570,00 Quadro 20 - Composição dos custos do produto camiseta. PRODUTO CALÇA CORTE MATERIA PRIMA MOD CIF 617 617 617 12,403 0,585 0,356 7652,65 360,95 219,65 7652,65 360,95 219,65 COSTURA MATE.SECUND.DIRETO MOD CIF 617 617 617 1,654 2,194 1,882 1020,52 1353,70 1161,19 1020,52 1353,70 1161,19 617 617 1,317 1,469 21,860 812,59 906,37 812,59 906,37 617 0,00 21,860 13487,62 13487,62 13487,62 0,00 MOD CIF CUSTO UNITÁRIO DA CALÇA TOTAL GERAL PRODUÇÃO ACABADA PRODUÇÃO EM ELABORAÇÃO ACABAMENTO Quadro 21 - Composição dos custos do produto calça. 55 Pede-se: 1) Completar os elementos de custos no balancete de verificação: a) Apresentar no balancete o valor do Material direto consumido; b)Transferir os custos da produção para estoque de produtos acabados e elaboração. 2) Preço de Venda – Mark-up: a) Apresentar o preço de venda unitário dos produtos e também o cálculo do faturamento mensal, sendo considerado como quantidade vendida no mês, nas condições a prazo, 700 camisetas e 400 calças. b) Encontrar os valores consequentes ao Faturamento mensal como: IPI, ICMS, PIS, COFINS, CPV e comissões s/vendas. c) Transferir os valores calculados no item "a" e "b" para o balancete de verificação. 3) Concluir o Balancete de Verificação: a) Com as lacunas completadas, verificar a igualdade de valores nas colunas de "débito e crédito", antes de calcular a contribuição social e Imposto de Renda. 4) Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE: a) Com base nas informações contidas no balancete, elaborar o DRE e calcular o IRPJ e CS; b) Após calcular a Contribuição Social-CS e Imposto de Renda Pessoa Jurídica IRPJ , registrar no balancete esses valores; c) Transferir o resultado da DRE para o Balanço Patrimonial. 5) Elaborar o Balanço Patrimonial: a) Elaborar o Balanço patrimonial utilizando o balancete e o resultado apresentado na DRE. 6) Elaborar as análises de balanço referente aos períodos de X-0 e X-1: a) Calcular os índices de comportamento econômico-financeiro da empresa. 56 b) Análise de Evolução – Horizontal c) Análise Estrutural - Vertical 7) Elaborar o Relatório Final apresentando a atual situação econômicofinanceira da empresa. 57 RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO MODELO Balanço Patrimonial do período X-0 da empresa “Ferreira & Costa Ltda.” 1. 1.1 ATIVO ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL Caixa Banco c/ Movimento 1.1.2 CLIENTES Duplicatas a Receber (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS IPI a Recuperar ICMS a Recuperar PIS a recuperar COFINS a Recuperar 1.1.4 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras 1.1.5 ESTOQUES Estoque de Materia Prima 1.1.6 1.2 1.2.1 1.2.2 1.2.3 1.2.4 Estoque de Materiais Secundários diretos Estoque de materiais indiretos Estoque de Produto Acabado -Camiseta Estoque de Produto Acabado - Calça Estoque de Produtos em Elaboração DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE Prêmio de Seguros a Apropriar ATIVO NÃO CIRCULANTE ATIVO REALIZ[AVEL A LONGO PRAZO Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações ATIVO IMOBILIZADO Máquinas Industriais Móveis e utensílios (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios INTANGÍVEL Marcas e Patentes 2. 187.701,75 2.1 51.000,00 2.1.1 1.000,00 50.000,00 67.541,00 68.580,00 2.1.2 (1.039,00) - 2.1.3 - FORNECEDORES Fornecedores OBRIGAÇÕES FISCAIS ICMS a Recolher IPI a Recolher Pis a Recolher 30.000,00 30.000,00 Cofins a Recolher Contribuição Social a Pagar Imposto de Renda a Recolher 36.820,75 2.1.4 31.586,63 3.621,71 2.1.5 1.612,41 OUTRAS OBRIGAÇÕES Seguros a Pagar EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Empréstimo a Pagar - (-) Juros a Transcorrer PROVISÕES Provisão para Férias Provisão de 13º Salários 48.273,75 6.857,90 4.646,00 404,00 1.807,90 27.580,00 27.580,00 4.943,00 840,00 558,00 280,00 435,00 1.080,00 1.750,00 1.560,00 1.560,00 6.000,00 7.520,00 (1.520,00) 1.332,85 561,14 420,83 272,32 78,56 2.340,00 2.1.6 2.340,00 177.050,00 Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 20.500,00 20.500,00 120.000,00 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 31.000,00 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP Financiamentos a Longo Prazo (-) Juros a Transcorrer PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31.000,00 37.000,00 (6.000,00) 120.000,00 2.2.1 31.100,00 28.000,00 5.000,00 2.3 (1.400,00) 2.3.1 (500,00) 5.450,00 5.450,00 2.3.2 2.3.3 TOTAL DO ATIVO PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS Salários a Pagar FGTS a Pagar INSS a Recolher 364.751,75 CAPITAL SOCIAL Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados TOTAL DO PASSIVO 285.478,00 230.000,00 250.000,00 (20.000,00) 55.478,00 55.478,00 364.751,75 Quadro 22 - Balanço patrimonial do período X-0. 58 Balancete de Verificação – Período X-1 ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo ativo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo passivo custos custos custos custos receitas receitas despesas despesas despesas despesas despesas despesas despesas despesas despesas despesas despesas BALANCETE DE VERIFICAÇÃO - PERÍODO X-1 CONTAS PATRIMONIAIS Caixa Banco c/ Movimento Duplicatas a Receber (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa Aplicações Financeiras Estoque de Materia Prima Estoque de Materiais Secundários diretos Estoque de materiais indiretos Estoque de Produto Acabado -Camiseta Estoque de Produto Acabado - Calça Estoque de Produtos Em Elaboração Prêmio de Seguros a Apropriar Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP Terrenos para futuras instalações Máquinas Industriais Móveis e utensílios (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios Marcas e Patentes Salários a Pagar Comissões s/ vendas a Pagar FGTS a Pagar INSS a Recolher Fornecedores ICMS a Recolher IPI a Recolher Pis a Recolher Cofins a Recolher Contribuição Social a Pagar Imposto de Renda a Recolher Seguros a Pagar Empréstimo a Pagar (-) Juros a Transcorrer Provisão para Férias Provisão de 13º Salários Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários Financiamentos a Longo Prazo (-) Juros a Transcorrer- LP Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar Reservas de Lucros para Expansão CONTAS DE CUSTOS Matéria Prima (MDC) Material Secundário Direto (MDC) Salários e Encargos(MOD) Custos Indiretos de Fabricação - CIF CONTAS DE RESULTADO Vendas Juros ativos transcorridos IPI s/ faturamento Icms s/ vendas PIS s/ vendas Cofins s/a vendas CPV comissões s/ vendas Depreciação móveis e utensílios Despesas Administrativas Juros passivos transcorridos Contribuição Social Imposto de Renda Pessoa Juridica TOTAL DÉBITO CREDITO 1.000,00 32.359,34 107.517,08 1.039,00 30.300,00 10.703,98 2.025,06 257,87 10.183,39 13.487,62 11.795,64 2.145,00 20.705,00 120.000,00 28.000,00 5.000,00 9.928,10 8.744,00 1.633,33 583,33 5.450,00 5.198,00 707,95 452,00 2.022,70 27.580,00 4.247,68 3.539,73 584,06 2.690,20 438,03 730,05 1.560,00 7.520,00 1.270,00 1.188,95 891,68 577,76 166,48 37.000,00 6.000,00 250.000,00 20.000,00 55.478,00 20.882,65 1.596,65 6.893,84 6.093,51 20.882,65 1.596,65 6.893,84 6.093,51 38.937,08 505,00 3.539,73 4.247,68 584,06 2.690,20 18.672,10 707,95 83,33 3.800,00 250,00 438,03 730,05 499.409,77 499.409,77 * CIF (material, salários, energia, aluguel depreciação e Quadro 23 - Balancete de verificação – período X-1. 59 Cálculo do Mark-up MARKUP - PREÇO DE VENDA ICMS 12% PIS 1,65% COFINS 7,6% COMISSÃO DE VENDAS 2% DESPESAS ADMINISTRATIVAS 14% MARGEM DE LUCRO 10% SOMA 47,25% COEFICIENTE PRODUTO 0,4725 0,4725 MARK-UP (1 - 0,4725) CUSTO 1,00 0,4725 TAXA MARK-UP PREÇO DE VENDA 0,5275 *IPI PREÇO DE VENDA COM IPI CAMISETA 14,183 0,5275 26,89 2,69 29,58 CALÇA 21,86 0,5275 41,44 4,14 45,58 QTE PREÇO DE VENDA TOTAL IPI PREÇO DE VENDA COM IPI CAMISETA 700 26,89 18.821,04 1.882,10 20.703,15 CALÇA 400 41,44 16.576,30 1.657,63 18.233,93 * IPI corresponde a 10% FATURAMENTO DO MÊS PRODUTO TOTAL IMPOSTOS S/ VENDAS ICMS 35.397,35 PV S/ IPI ALÍQUOTA 12% PIS 35397,35 1,65% 584,06 COFINS 35397,35 7,6% 2690,20 CUSTO UNITÁRIO 4247,68 TOTAL CPV - CAMISETA 700 14,18 9928,10 CPV- CALÇA 400 21,86 8744,00 TOTAL COMISSÕES S/ VENDA PRODUTOS 38.937,08 $ 35397,35 CUSTO PRODUTOS VENDIDOS QTE 3.539,73 18672,10 PV S/ IPI 35.397,35 ALÍQUOTA $ 2,0% 707,95 Quadro 24 – Cálculo do mark-up do exercício modelo. 60 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE – Período X-1 X-01 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE X-01 FATURAMENTO BRUTO (-) IPI sobre Faturamento (=)RECEITA BRUTA (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ICMS sobre Vendas PIS sobre Vendas Cofins sobre Vendas (=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS COM VENDAS Comissões sobre Vendas (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Depreciação móveis e utensílios Despesas Administrativas (+) RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO (+) Juros ativos transcorridos (-) Juros passivos transcorridos (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CS E IRPJ (-) Contribuição Social1 (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica2 (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 38.937,08 -3.539,73 35.397,35 7.522,11 -4.247,68 -584,06 -2.690,20 27.875,41 (18.672,10) 9.203,31 707,95 -707,95 -83,33 -3.800,00 255,00 505,00 -250,00 4.867,03 -438,03 -730,05 3.698,95 Quadro 25 - Demonstração do resultado do exercício - exercício modelo. 1 A contribuição social é calculada aplicando um percentual de 9% sobre o resultado do exercício 2 O imposto de renda pessoa jurídica é calculado aplicando um percentual de 15% sobre o resultado do exercício no modelo apresentado. 61 Balanço Patrimonial do Período X-1 1. ATIVO 2. 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL Caixa Banco c/ Movimento 1.1.2 CLIENTES Duplicatas a Receber 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6 1.2 1.2.1 (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa OUTROS CRÉDITOS IPI a Recuperar ICMS a Recuperar PIS a recuperar COFINS a Recuperar INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras ESTOQUES Estoque de Materia Prima Estoque de Materiais Secundários diretos Estoque de materiais indiretos Estoque de Produto Acabado -Camiseta Estoque de Produto Acabado - Calça Estoque de Produtos em Elaboração DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE Prêmio de Seguros a Apropriar ATIVO NÃO CIRCULANTE ATIVO REALIZ[AVEL A LONGO PRAZO Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 1.2.2 INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações 1.2.3 ATIVO IMOBILIZADO Máquinas Industriais Móveis e utensílios (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 1.2.4 INTANGÍVEL Marcas e Patentes TOTAL DO ATIVO PASSIVO 202.063,88 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 33.359,34 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 1.000,00 Salários a Pagar Comissões a Pagar 32.359,34 FGTS a Pagar INSS a Recolher 106.478,08 107.517,08 2.1.2 FORNECEDORES (1.039,00) Fornecedores 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS ICMS a Recolher IPI a Recolher Pis a Recolher Cofins a Recolher 30.300,00 Contribuição Social a Pagar 30.300,00 Imposto de Renda a Recolher 29.781,46 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES 10.703,98 Seguros a Pagar 2.025,06 2.1.5 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 257,87 Empréstimo a Pagar 255,29 (-) Juros a Transcorrer 4.743,62 2.1.6 PROVISÕES 11.795,64 Provisão para Férias 2.145,00 Provisão de 13º Salários 2.145,00 Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários 176.938,34 Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 20.705,00 20.705,00 120.000,00 2.2 120.000,00 2.2.1 30.783,34 28.000,00 5.000,00 2.3 (1.633,33) 2.3.1 58.825,28 8.380,65 5.198,00 707,95 452,00 2022,70 27.580,00 27.580,00 12.229,76 4247,68 3539,73 584,06 2690,20 438,03 730,05 1.560,00 1560,00 6.250,00 7.520,00 (1.270,00) 2.824,87 1.188,95 891,68 577,76 166,48 PASSIVO NÃO CIRCULANTE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP Financiamentos a Longo Prazo (-) Juros a Transcorrer PATRIMÔNIO LÍQUIDO 31.000,00 31.000,00 37.000,00 (6.000,00) 289.176,95 CAPITAL SOCIAL 230.000,00 (583,33) Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar 5.450,00 5.450,00 2.3.2 RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão 2.3.3 PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados Lucro do Exercício 379.002,22 TOTAL DO PASSIVO 250.000,00 (20.000,00) 55.478,00 55.478,00 3.698,95 3.698,95 379.002,22 Quadro 26 – Balanço patrimonial do período X-1 do exercício modelo. Indices de Liquidez e Endividamento ILC = Ativo Circulante Passivo Circulante ILC X - 0 = $ 187.701,75 = 3,89 $ 48.273,75 ILC X - 1 = $ 202.063,88 = 3,43 $ 58.825,27 62 ILS = Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante ILS X - 0 = ($ 187.701,75 - $ 36.820,75) = 3,13 $ 48.273,75 ILS X - 1 = ($ 202.063,88 - $ 29.781,46) = 2,93 $ 58.825,27 ILG = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Não Circulante ILG X - 0 = ($ 187.701,75 + $ 20.500,00) $ 208.201,75 = = 2,63 ($ 48.273,75 + $ 31.000,00) $ 79.273,75 ILG X - 1 = ($ 202.063,88 + $ 20.705,00) $ 222.768,88 = = 2,48 ($ 58.825,27 + $ 31.000,00) $ 89.825,27 Endividamento Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Ativo X-0= $ 48.273,75 + $ 31.000,00 $ 79.273,75 = = 22% $ 364.751,75 $ 364.751,75 X - 1= $ 58.825,27 + $ 31.000,00 $ 89.825,27 = = 24% $ 379.002,22 $ 379.002,22 Endividame nto do Patrimônio Líquido = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido X-0 = $48.273,75 + $31.000,00 $ 79.273,75 = = 28% $ 285.478,00 $ 285.478,00 X -1 = $ 58.825,27 + $31.000,00 $ 89.825,27 = = 31% $ 289.176,95 $ 289.176,95 63 Composição do Endividamento = Passivo Circulante Passivo Circulante + Passivo Não Circulante X-0= $ 48.273,75 $ 48.273,75 = = 61% ($ 48.273,75 + $ 31.000,00) $ 79.273,75 X - 1= $ 58.825,27 $ 58.825,27 = = 65% ($ 58.825,27 + $ 31.000,00) $ 89.825,27 PERÍODO X-0 X-1 CORRENTE 3,89 3,43 LIQUIDEZ SECA 3,13 2,93 GERAL 2,63 2,48 ENDIVIDAMENTO TOTAL PATRIM LIQUIDO CURTO PRAZO 22% 28% 61% 24% 31% 65% Quadro 27 – Índices de liquidez e endividamento do exercício modelo. Os índices acima são calculados conforme as fórmulas do material de apoio. Os índices de liquidez mostram a capacidade de pagamento da empresa. No exemplo deste exercício os índices são altamente favoráveis mostrando que a empresa a curto e longo prazo tem muito boa capacidade de cumprir com suas obrigações. A base para os cálculos acima são os números dos balanços x-0 e x-1. Os índices de endividamento mostram qual o percentual de comprometimento dos ativos da empresa em relação as suas obrigações, bem como, também, do patrimônio líquido ou capital próprio em relação ao total das suas obrigações. Em nosso exemplo, o comprometimento do ativo é baixo, ou seja, 24%, enquanto, do patrimônio líquido da empresa 31%. A composição da dívida é na sua maioria (65%) de curto prazo, porém, não é preocupante uma vez que os índices de liquidez estão todos satisfatórios. Ao Compararmos os dois períodos, devemos tomar cuidado com a tendência de piora nos índices, podendo esta, se repetir, neste caso, medidas devem ser tomadas para correção dos problemas. 64 Índice de Rentabilidade e Imobilização Rentabilidade do Ativo = X - 1= Lucro Líquido x 100 Ativo $ 3.698,95 x 100 = 0,98 % $ 379.002,22 Rentabilid ade do Patrimônio Líquido = X - 1= $ 3.698,95 x 100 = 1,28 % $ 289.176,95 Imobilizaç ão = X - 1= Lucro Líquido x 100 Patrimônio Líquido Im obilizado x 100 Patrimônio Líquido $156 .233,34 x 100 = 54,03% $ 289.176,95 RENTABILIDADE PERÍODO X-1 ATIVO PATRIM LIQUIDO 0,98% 1,28% IMOBILIZAÇÃO 54,03% Quadro 28 – Índices de rentabilidade e imobilização do exercício modelo. Os índices de rentabilidade indicam a capacidade de geração de lucros da empresa, tanto em relação aos seus bens e direitos (ativo) quanto em relação ao seu capital próprio (patrimônio líquido). Como o resultado apresentado foi baixo em relação aos valores de seus ativos e patrimônios, sua lucratividade também ficou baixa. O grau de imobilização da empresa demonstra que pouco mais da metade (54,03%) de seu patrimônio está investido em ativos permanentes. Estes são 65 geradores de futuras riquezas através da produção a ser desenvolvida pela empresa, sendo assim, a venda de seus produtos podem fazer com que, no futuro, a rentabilidade da empresa possa melhorar ainda mais. Capital de Giro – Necessidade de Capital de Giro – Saldo de Tesouraria ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL CLIENTES INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS ESTOQUES DESPESAS EXERCÍCIO SEGUINTE PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS FORNECEDORES OBRIGAÇÕES FISCAIS OUTRAS OBRIGAÇÕES EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS PROVISÕES CLASSIFICAÇÃO ATIVO FINANCEIRO ATIVO OPERACIONAL ATIVO FINANCEIRO ATIVO OPERACIONAL ATIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO OPERACIONAL PASSIVO FINANCEIRO PASSIVO OPERACIONAL Quadro 29 – Classificação das contas operacionais e financeira para calcular a NCG. CGL = Ativo circulante – Passivo Circulante CGL X-0 = $ 187.701,75 - $ 48.273,75 = $ 139.428,00 CGL X-1 = $ 202.063,88 - $ 58.825,27 = $ 143.238,61 NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional NCG X-0 = $ 106.701,75 - $ 42.273,75 = $ 64.428,00 NCG X-1 = $ 138.404,54 - $ 52.575,27 = $ 85.829,27 66 ST = Ativo financeiro – Passivo financeiro ST X-0 = $ 81.000,00 - $ 6.000,00 = $ 75.000,00 ST X-1 = $ 63.659,34 - $ 6.250,00 = $ 57.409,34 CAPITAL DE GIRO PERÍODO CAPITAL DE GIRO LIQUIDO X-0 X-1 NECESSIDADE CAPITAL DE GIRO SALDO TESOURARIA 139.428,00 64.428,00 75.000,00 143.238,61 85.829,27 57.409,34 Quadro 30 – Resumo das análises do capital de giro líquido, necessidade de capital de giro e saldo de tesouraria do exercício modelo. O capital de giro indica o valor que a empresa precisa para financiar suas operações, observando o nosso exemplo, verificamos que após a quitação das obrigações, ainda restaram $ 143.238,76 para aplicar nas atividades da empresa. No entanto, na necessidade de capital de giro são considerados apenas valores operacionais, quando positivo, conforme exemplo acima, a empresa necessita buscar fontes de financiamentos para poder dar continuidade às suas operações. No saldo da tesouraria consideramos apenas ativos e passivos financeiros, onde o saldo positivo indica que recursos de longo prazo dão cobertura às necessidades de capital de giro da empresa. 67 Análise horizontal e vertical do Balanço Patrimonial – Período X-1 1. ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL Caixa Banco c/ Movimento 1.1.2 CLIENTES Duplicatas a Receber (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa 1.1.3 X-0 AH AV X-1 AH AV 187.701,75 100% 51,46% 202.063,88 51.000,00 100% 13,98% 33.359,34 -35% 8,80% 1.000,00 50.000,00 100% 1.000,00 32.359,34 100% 0,26% 100% 13,71% -35% 8,54% 67.541,00 100% 18,52% 106.478,08 158% 28,09% 68.580,00 100% 18,80% 107.517,08 157% 28,37% (1.039,00) 100% 30.000,00 30.000,00 0,27% 108% 53,31% -0,28% (1.039,00) 100% -0,27% 100% 8,22% 100% 7,99% 100% 8,22% 30.300,00 30.300,00 101% 7,99% 36.820,75 100% 10,09% 29.781,46 -19% 7,86% 31.586,63 100% 10.703,98 -66% 2,82% OUTROS CRÉDITOS IPI a Recuperar ICMS a Recuperar PIS a recuperar COFINS a Recuperar 1.1.4 1.1.5 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras ESTOQUES Estoque de Materia Prima 8,66% 255,29 100% 0,07% Estoque de Produtos Acabado-Calça 4.743,62 100% 1,25% Estoque de Produtos em Elaboração Prêmio de Seguros a Apropriar 11.795,64 100% 3,11% 0,64% 2.145,00 -8% 0,57% 100% 48,54% 176.938,34 Estoque de Produtos Acabado-Camiseta 1.2 1.2.1 ATIVO NÃO CIRCULANTE ATIVO REALIZ[AVEL A LONGO PRAZO 20.500,00 100% 5,62% 20.500,00 120.000,00 100% 5,62% INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações 120.000,00 Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 1.2.2. 1.2.3 ATIVO IMOBILIZADO 0% 46,69% 20.705,00 101% 5,46% 101% 5,46% 100% 32,90% 20.705,00 120.000,00 100% 32,90% 120.000,00 100% 31,66% 31.100,00 100% 8,53% 7,68% Móveis e utensílios 28.000,00 5.000,00 100% 100% (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (1.400,00) (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 100% 31,66% 30.783,34 -1% 8,12% 7,39% 1,37% 28.000,00 5.000,00 100% 100% 1,32% 100% -0,38% (1.633,33) 117% -0,43% (500,00) 100% -0,14% (583,33) 117% -0,15% INTANGÍVEL Marcas e Patentes 5.450,00 5.450,00 100% 1,49% 1,44% 1,49% 5.450,00 5.450,00 100% 100% 100% 1,44% TOTAL DO ATIVO R$ 364.751,75 100% 100% 379.002,22 104% 100% Máquinas Industriais 1.2.4 2.340,00 177.050,00 100% Quadro 31 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do ativo do exercício modelo. O quadro acima se refere ao ativo, enquanto que, abaixo segue quadro comparativo do passivo: 68 2. PASSIVO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS X-0 AH AV X-1 AH AV 48.273,75 100% 13,23% 58.825,27 6.857,90 100% 1,88% 8.380,65 122% 2,21% R$ 4.646,00 100% 1,27% 5.198,00 112% 1,37% 707,95 100% 0,19% R$ 404,00 100% 0,11% 452,00 112% 0,12% R$ 1.807,90 100% 0,50% 2.022,70 112% 0,53% FORNECEDORES R$ 27.580,00 100% 7,56% 27.580,00 100% 7,28% Fornecedores OBRIGAÇÕES FISCAIS R$ 27.580,00 100% 7,56% 27.580,00 100% 7,28% R$ 4.943,00 100% 1,36% 12.229,75 247% 3,23% R$ 840,00 100% 0,23% 4.247,68 506% 1,12% R$ 558,00 100% 0,15% 3.539,73 634% 0,93% R$ 280,00 100% 0,08% 584,06 209% 0,15% R$ 435,00 100% 0,12% 2.690,20 618% 0,71% R$ 1.080,00 100% 0,30% 438,03 -59% 0,12% R$ 1.750,00 100% 0,48% 730,05 -58% 0,19% R$ 1.560,00 100% 0,43% 1.560,00 100% 0,41% 1.560,00 100% 0,43% 1.560,00 100% 0,41% EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 6.000,00 100% 1,64% 6.250,00 104% 1,65% Empréstimos a Pagar (- ) Juros a Transcorrer 7.520,00 100% 2,06% 7.520,00 100% 1,98% -R$ 1.520,00 100% -0,42% (1.520,00) 100% -0,40% 1.332,85 100% 0,37% 2.824,87 212% 0,75% Provisão para Férias Provisão de 13º Salários R$ 561,14 100% 0,15% 1.188,95 212% 0,31% R$ 420,83 100% 0,12% 891,68 212% 0,24% Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários R$ 272,32 100% 0,07% 577,76 212% 0,15% Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários PASSIVO NÃO CIRCULANTE R$ 78,56 100% 0,02% 166,48 212% 0,04% 2.2 R$ 31.000,00 100% 8,50% 31.000,00 100% 8,18% 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP R$ 31.000,00 100% 8,50% 31.000,00 100% 8,18% R$ 37.000,00 (6.000,00) 100% 10,14% 37.000,00 100% 9,76% 100% -1,64% (6.000,00) 100% -1,58% 2.1.1 Salários a Pagar Comissões a Pagar FGTS a Pagar INSS a Recolher 2.1.2 2.1.3 ICMS a Recolher IPI a Recolher Pis a Recolher Cofins a Recolher Contribuição Social a Pagar Imposto de Renda a Recolher 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES Seguros a Pagar 2.1.5 2.1.6 PROVISÕES Financiamentos a Longo Prazo (-) Juros a Transcorrer 122% 15,52% 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$ 285.478,00 100% 78,27% 289.176,95 101% 76,30% 2.3.1 CAPITAL SOCIAL R$ 230.000,00 100% 63,06% 230.000,00 100% 60,69% R$ 250.000,00 (20.000,00) 100% 68,54% 250.000,00 100% 65,96% 100% -5,48% (20.000,00) 100% RESERVAS DE LUCROS R$ 55.478,00 100% 15,21% 55.478,00 100% 14,64% Reservas de Lucros para Expansão R$ 55.478,00 100% 15,21% 55.478,00 100% 14,64% Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar 2.3.2 2.3.3 -5,28% PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados Lucro do Exercício TOTAL DO PASSIVO R$ 364.751,75 100% 100,0% 3.698,95 100% 0,98% 379.002,22 104% 100% Quadro 32 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do passivo do exercício modelo. Com relação à análise horizontal podemos destacar no ativo o aumento da conta clientes (58%), a redução das disponibilidades bancárias (35%) e dos 69 estoques de matéria prima (66%). Estas variações deixaram, ainda, um resultado positivo no ativo circulante, gerando um acréscimo de 8% em relação ao período anterior. Entretanto, no passivo, o maior acréscimo ocorreu com as obrigações fiscais (147%), entre outros, conforme quadro nº. 32 . Destacamos também, um aumento do “passivo circulante” em torno de (22%). Enfim, não houve variação significativa no “patrimônio líquido”, ou mesmo, no “passivo não circulante”. Com relação à análise vertical, no ativo, verificamos que a maior parte dos bens e direitos encontram-se no “ativo circulante” (51%), havendo um leve aumento no segundo período (53%). Porém, no “ativo não circulante” houve uma redução pequena de 48% para 46% dos ativos totais. No passivo temos acréscimo na conta obrigações fiscais, esta, representava 1,36% do passivo total e passou a representar 3,23%, enquanto que, no “passivo não circulante” e no “patrimônio líquido”, praticamente, não houve alterações. 70 Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício– Período X-1 FATURAMENTO BRUTO VENDAS DE PRODUTOS 38.937,08 110,00% (-) IPI sobre Faturamento (3.539,73) -10,00% (=)RECEITA BRUTA 35.397,35 100,00% (4.247,68) -12,00% (584,06) -1,65% Cofins sobre Vendas (2.690,20) -7,60% (=) RECEITA LÍQUIDA 27.875,41 78,75% (18.672,10) -52,75% 9.203,31 26,00% (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ICMS sobre Vendas PIS sobre Vendas (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS COM VENDAS Comissões sobre Vendas (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Depreciação móveis e utensílios Despesas Administrativas (+) RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO (+) Juros ativos transcorridos (-) Juros passivos transcorridos (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CS E IRPJ (-) Contribuição Social (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO (707,95) -2,00% (83,33) -0,24% (3.800,00) -10,74% 505,00 1,43% (250,00) -0,71% 4.867,03 13,75% (438,03) -1,24% (730,05) -2,06% 3.698,95 10,45% Quadro 33 - Análise horizontal e vertical da demonstração do resultado do exercício modelo. Através da análise vertical, podemos identificar que o maior custo da empresa é com os produtos vendidos, penalizando assim, a margem bruta que ficou em 26%. Isto significa que para cada R$ 100,00 de vendas sobram R$ 26,00 para cobrir as despesas e custos fixos. Mesmo assim, a lucratividade da empresa ainda está com margem líquida de 10,45%, significando que para cada R$ 100,00 de vendas sobram de lucro na empresa R$ 10,45. 71 Relatório Final De acordo com os números apresentados a empresa encontra-se em boa situação financeira, com índices de liquidez, endividamento e composição do endividamento favoráveis. Assim como, os indicadores de capital de giro são igualmente favoráveis. Porém, deve-se ter certa preocupação com a tendência de todos os indicadores, quando estes, sinalizam uma redução na liquidez da empresa e um aumento na necessidade de capital de giro. Com a baixa rentabilidade do período X-1 é necessário uma atenção especial para que o quadro de piora nos indicadores da empresa não continue. Se o quadro não mudar, a empresa corre grande risco de, em um período próximo, entrar em insolvência, deixando assim, de cumprir com os seus compromissos e passando a necessitar de capital de terceiros para gerir suas atividades. Segue abaixo quadro comparativo de indicadores entre o setor têxtil e nosso exemplo: Indicador Setor Têxtil Empresa Exemplo Liquidez Geral (x) 1,37 2,48 Liquidez Corrente (x) 1,90 3,43 Endividamento Total (%) 44% 24% Retorno s/Patrimônio Líq (%) 5,30% 1,28% Margem Bruta (%) 22,50% 26,00% Margem Operacional (%) 5,30% 13,75% Margem Líquida (%) 3,10% 10,45% Quadro 34 – Indicadores do setor têxtil e empresa exemplo. Fonte: adaptado do site http://central-do-investidor.exame.abril.com.br/Ranking.aspx De posse dos dados e análises acima, vale ressaltar que dentro do setor de confecções, após a queda do dólar e conseqüente invasão de produtos importados no mercado nacional, oriundos principalmente da China, houve uma retração nas vendas. O aumento da concorrência de produtos chineses prejudicou as 72 exportações, fazendo com que, as grandes empresas exportadoras voltassem seu foco também para o mercado interno, gerando assim, uma maior concorrência dentro do setor. Nossa empresa obteve uma margem líquida mais que três vezes maior que a da concorrência, tendo margem bruta e operacional acima do padrão setorial, também conforme quadro acima. Esse desempenho positivo demonstra a capacidade que a empresa tem de gerar lucratividade, tanto nas suas atividades operacionais quanto não operacionais. Porém, mesmo com esta performance, seus índices de liquidez apresentaram queda em relação ao período anterior, sendo 11% menor na liquidez corrente (curto prazo) e 5% menor na liquidez geral. Os índices de endividamento apresentaram uma piora, pois o endividamento total teve um aumento de 9% sendo, a composição do endividamento de curto prazo aumentado em 8% demonstrando que as dívidas de curto prazo estão maiores que no período anterior. Vale lembrar que nossa empresa apresentava índices de liquidez e endividamento bem melhores que o padrão setorial, porém, com a redução dos mesmos de um período para o outro deve-se ficar alerta para evitar problemas futuros. Essa baixa nos índices se explica pelo aumento na conta clientes em 158% e conseqüente redução das disponibilidades da empresa em 35%, menos dinheiro em caixa significa a maior dificuldade em honrar os compromissos. Cabe ressaltar que estes números demonstram que o fato do índice estar positivo ou negativo não significa garantia de saúde financeira a médio e longo prazo, pois, analisando as tendências desses números, principalmente o comportamento no mercado em relação as empresas do setor têxtil, é que teremos noção do que eles representam. A empresa em questão tem ainda boas condições de reverter a tendência de queda destes indicadores, uma vez que possui capital de giro próprio para financiar suas atividades e gerar novos lucros para que, quando aplicados corretamente, os 73 mesmos mantenham os indicadores acima da concorrência como já vem acontecendo. 3.2 1º EXERCÍCIO PRÁTICO A SER - DESENVOLVIDO PELO ALUNO A empresa “Ferreira & Costa Ltda.”, no ramo de facção, industrializa camisetas e calças, e solicita aos alunos do curso Técnico em Administração da disciplina de Contabilidade Gerencial o resultado operacional da empresa no período de X-1. Quanto ao sistema produtivo da empresa: 1) Departamentos Produtivos - Mão de Obra Direta a) Corte ( desenho , modelagem e corte) -01 funcionário; b) Costura (costura reta, e acessórios) – 03 funcionários; e c) Acabamento (Eliminar excessos, estampar, passar e dobrar) – 03 funcionários. 2) Departamento Auxiliar – Mão de Obra Indireta a) Supervisão da Fábrica ( inspeciona a produção) – 01 funcionário. 74 Quanto à composição dos custos aplicados aos produtos no período de X-1: PRODUTO CAMISETA CORTE COSTURA ACABAMENTO MATERIA PRIMA 2002 7,0280 14070,1 14070,06 MOD 2002 0,497 994,994 994,99 CIF 2002 0,297 594,594 594,59 MATE.SECUND.DIRETO1396 0,455 635,18 635,18 MOD 1396 1,755 2449,98 2449,98 CIF 1396 1,476 2060,5 2060,496 MOD 719 1,711 1230,21 1230,21 CIF 719 1,876 1348,84 1348,844 CUSTO UNITÁRIO DA CAMISETA 15,095 TOTAL GERAL 23384,353 PRODUÇÃO ACABADA 719 PRODUÇÃO EM ELABORAÇÃO 15,095 10853,3 1283 10853,305 12531,048 Quadro 35 – Custos do produto camiseta do 1º exercício prático a ser desenvolvido pelos alunos. PRODUTO CALÇA CORTE COSTURA ACABAMENTO MATERIA PRIMA 616 13,023 8022,17 8022,17 MOD 616 0,622 383,152 383,15 CIF 616 0,371 228,536 228,54 MATE.SECUND.DIRETO 616 1,778 1095,25 1095,25 MOD 616 2,341 1442,06 1442,06 CIF 616 1,968 1212,29 1212,288 MOD 616 1,426 878,416 878,42 CIF 616 1,564 963,424 963,424 CUSTO UNITÁRIO DA CALÇA 23,093 TOTAL GERAL PRODUÇÃO ACABADA PRODUÇÃO EM ELABORAÇÃO 14225,288 616 23,093 14225,3 14225,288 0 0 Quadro 36 – Custos do produto calça do 1º exercício prático a ser desenvolvido pelos alunos. 75 Pede-se: 1) Completar os elementos de custos no balancete de verificação: a) Apresentar no balancete o valor do Material direto consumido; b)Transferir os custos da produção para estoque de produtos acabados e elaboração. 2) Preço de Venda – Mark-up: a) Apresentar o preço de venda unitário dos produtos e também o cálculo do faturamento mensal, sendo considerado como quantidade vendida no mês, nas condições a prazo, 715 camisetas e 550 calças. b) Encontrar os valores consequentes ao Faturamento mensal como: IPI, ICMS, PIS, COFINS, CPV e comissões s/vendas. c) Transferir os valores calculados no item "a" e "b" para o balancete de verificação . 3) Concluir o Balancete de Verificação: a) Com as lacunas completadas, verificar a igualdade de valores nas colunas de "débito e crédito", antes de calcular a contribuição social e Imposto de Renda. 4) Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE: a) Com base nas informações contidas no balancete, elaborar o DRE e calcular o IRPJ e CS; b) Após calcular a Contribuição Social-CS e Imposto de Renda Pessoa Jurídica IRPJ registrar no balancete esses valores; c) Transferir o resultado da DRE para o Balanço Patrimonial. 5) Elaborar o Balanço Patrimonial: a) Elaborar o Balanço patrimonial utilizando o balancete e o resultado apresentado na DRE. 6) Elaborar as análises de balanço referente aos períodos de X-0 e X-1: a) Calcular os índices de comportamento econômico-financeira da empresa. b) Análise de Evolução – Horizontal c) Análise Estrutural - Vertical 76 7) Elaborar o Relatório Final apresentando a atual situação econômicofinanceira da empresa. RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO PRÁTICO Balanço Patrimonial do período X-0 da empresa “Ferreira & Costa Ltda.” 1. ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL Caixa Banco c/ Movimento 1.1.2 CLIENTES 2. 187.701,75 2.1 51.000,00 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS Salários a Pagar 1.000,00 50.000,00 FGTS a Pagar 67.541,00 INSS a Recolher 48.273,75 6.857,90 4.646,00 404,00 1.807,90 Duplicatas a Receber 68.580,00 2.1.2 FORNECEDORES 27.580,00 (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa (1.039,00) 27.580,00 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS Fornecedores 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS 4.943,00 IPI a Recuperar ICMS a Recolher 840,00 ICMS a Recuperar IPI a Recolher 558,00 PIS a recuperar Pis a Recolher 280,00 COFINS a Recuperar 1.1.4 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras 1.1.5 ESTOQUES Estoque de Materia Prima Cofins a Recolher 435,00 30.000,00 Contribuição Social a Pagar 1.080,00 30.000,00 Imposto de Renda a Recolher 1.750,00 36.820,75 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES 1.560,00 31.586,63 1.560,00 Estoque de Produtos Acabados Seguros a Pagar 2.1.5 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 6.000,00 Estoque de Materiais Secundários diretos 3.621,71 Empréstimo a Pagar 7.520,00 Estoque de materiais indiretos 1.612,41 (-) Juros a Transcorrer (1.520,00) 1.1.6 DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE Prêmio de Seguros a Apropriar 1.2 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 1.2.2 INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações 1.2.3 ATIVO IMOBILIZADO Máquinas Industriais 2.340,00 2.1.6 PROVISÕES 2.340,00 561,14 Provisão de 13º Salários 420,83 20.500,00 Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários 272,32 20.500,00 Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 177.050,00 120.000,00 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 120.000,00 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP 37.000,00 28.000,00 (-) Juros a Transcorrer (6.000,00) 5.000,00 2.3 (1.400,00) 2.3.1 CAPITAL SOCIAL Marcas e Patentes 31.000,00 Financiamentos a Longo Prazo (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 78,56 31.000,00 31.100,00 Móveis e utensílios 1.2.4 INTANGÍVEL 1.332,85 Provisão para Férias (500,00) 5.450,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 284.478,00 230.000,00 Capital Social Subscrito 250.000,00 (-) Capital Social a Integralizar (20.000,00) 5.450,00 2.3.2 RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão 54.478,00 55.478,00 2.3.3 PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados TOTAL DO ATIVO 364.751,75 TOTAL DO PASSIVO 363.751,75 Quadro 37 - Balanço Patrimonial do período X-0 do 1º exercício prático. 77 Balancete de Verificação do período X-1 da empresa “Ferreira & Costa Ltda.” BALANCETE DE VERIFICAÇÃO - X1 DÉBITO CREDITO CONTAS PATRIMONIAIS ativo Caixa ativo Banco c/ Movimento ativo Duplicatas a Receber ativo (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa ativo Aplicações Financeiras ativo Estoque de Materia Prima ativo Estoque de Materiais Secundários diretos ativo Estoque de Produtos Acabados - camiseta ativo Estoque de Produtos Acabados - calça ativo Estoque de Produtos Em Elaboração ativo Estoque de materiais indiretos ativo Prêmio de Seguros a Apropriar ativo Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP ativo Terrenos para futuras instalações ativo Máquinas Industriais ativo Móveis e utensílios ativo (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais ativo (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios ativo Marcas e Patentes passivo Salários a Pagar passivo Comissões s/ vendas a Pagar 890,77 passivo FGTS a Pagar 480,00 passivo INSS a Recolher passivo Fornecedores passivo ICMS a Recolher passivo IPI a Recolher passivo Pis a Recolher passivo Cofins a Recolher passivo Contribuição Social a Pagar 1.000,00 32.239,10 1.039,00 30.300,00 142,52 2.145,00 20.705,00 120.000,00 28.000,00 5.000,00 1.633,33 583,33 5.450,00 5.520,00 2148,00 27.580,00 78 passivo Imposto de Renda a Recolher passivo Seguros a Pagar 1560,00 passivo Empréstimo a Pagar 7.520,00 passivo (-) Juros a Transcorrer passivo Provisão para Férias passivo Provisão de 13º Salários 921,16 passivo Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários 596,65 passivo Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 171,89 passivo Financiamentos a Longo Prazo passivo (-) Juros a Transcorrer- LP passivo Capital Social Subscrito passivo (-) Capital Social a Integralizar passivo Reservas de Lucros para Expansão 1.270,00 1.223,93 37.000,00 6.000,00 250.000,00 20.000,00 55.478,00 CONTAS DE CUSTOS custos Materia Prima (MDC) custos Materia Secundário Direto (MDC) custos Salários e Encargos (MOD) custos Custos Indiretos de Fabricação (CIF)* 7.378,81 6408,18 CONTAS DE RESULTADO receitas Vendas receitas Juros ativos transcorridos despesas IPI s/ faturamento despesas Icms s/ vendas despesas PIS s/ vendas despesas Cofins s/a vendas despesas CPV despesas comissões s/ vendas despesas Depreciação móveis e utensílios despesas Despesas Administrativas despesas Juros passivos transcorridos despesas Contribuição Social despesas Imposto de Renda Pessoa Juridica 505,00 83,33 3.800,00 250,00 TOTAL * CIF (material, salários, energia, aluguel depreciação e seguro) Quadro 38 - Balancete de verificação - 1º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno. 79 Cálculo do Mark-up MARKUP - PREÇO DE VENDA ICMS 12% PIS 1,65% COFINS 7,6% COMISSÃO DE VENDAS 2% DESPESAS ADMINISTRATIVAS 14% MARGEM DE LUCRO SOMA 10% 47,25% COEFICIENTE PRODUTO 0,4725 0,4725 MARK-UP (1 - 0,4725) CUSTO TAXA MARK-UP PREÇO DE VENDA *IPI PREÇO DE VENDA COM IPI QTE PREÇO DE VENDA TOTAL IPI PREÇO DE VENDA COM IPI ALÍQUOTA $ CAMISETA CALÇA * IPI corresponde a 10% FATURAMENTO DO MÊS PRODUTO CAMISETA 715 CALÇA 550 TOTAL IMPOSTOS S/ VENDAS PV S/ IPI ICMS 12% PIS 1,65% COFINS 7,6% CUSTO PRODUTOS VENDIDOSQTE CPV - CAMISETA 715 CPV- CALÇA 550 CUSTO UNITÁRIO TOTAL ALÍQUOTA $ TOTAL COMISSÕES S/ VENDA PV S/ IPI PRODUTOS Quadro 39 – Apuração do mark-up do 1º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno. 80 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE – Período X-1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE FATURAMENTO BRUTO VENDAS DE PRODUTOS (-) IPI sobre Faturamento (=)RECEITA BRUTA (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ICMS sobre Vendas PIS sobre Vendas Cofins sobre Vendas (=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS COM VENDAS Comissões sobre Vendas (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Depreciação móveis e utensílios Despesas Administrativas (+) RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO (+) Juros ativos transcorridos (-) Juros passivos transcorridos (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CS E IRPJ (-) Contribuição Social (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO Quadro 40 - Demonstração do resultado do exercício - DRE – 1º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno . 81 Balanço Patrimonial do Período X-1 1. ATIVO 2. PASSIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS Caixa Salários a Pagar Banco c/ Movimento Comissões a Pagar FGTS a Pagar INSS a Recolher 1.1.2 CLIENTES Duplicatas a Receber 2.1.2 FORNECEDORES (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa Fornecedores 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS IPI a Recuperar ICMS a Recolher ICMS a Recuperar IPI a Recolher PIS a recuperar Pis a Recolher COFINS a Recuperar Cofins a Recolher 1.1.4 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Contribuição Social a Pagar Imposto de Renda a Recolher Aplicações Financeiras 1.1.5 ESTOQUES 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES Estoque de Materia Prima Seguros a Pagar Estoque de Materiais Secundários diretos Estoque de materiais indiretos Estoque de Produto Acabado-camiseta 2.1.5 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Estoque de Produtos Acabado-calça Empréstimo a Pagar Estoque de Produtos em Elaboração 1.1.6 DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE 1.2 (-) Juros a Transcorrer 2.1.6 PROVISÕES Prêmio de Seguros a Apropriar Provisão para Férias ATIVO NÃO CIRCULANTE Provisão de 13º Salários 1.2.1 ATIVO REALIZ[AVEL A LONGO PRAZO Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 1.2.2 INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP 1.2.3 ATIVO IMOBILIZADO Financiamentos a Longo Prazo Máquinas Industriais (-) Juros a Transcorrer Móveis e utensílios 2.3 (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais 2.3.1 CAPITAL SOCIAL (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 1.2.4 INTANGÍVEL Marcas e Patentes PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar 2.3.2 RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão 2.3.3 PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados Lucro do Exercício TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO Quadro 41 - Balanço patrimonial - 1º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno. 82 ÍIndices de Liquidez e Endividamento ILC = Ativo Circulante Passivo Circulante ILS = Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante ILG = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Endividamento Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Ativo 83 Endividame nto do Patrimônio Líquido = Composição do Endividamento = PERÍODO Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Passivo Circulante Passivo Circulante + Passivo Não Circulante LIQUIDEZ CORRENTE SECA ENDIVIDAMENTO GERAL TOTAL PATRIM LIQUIDO CURTO PRAZO X-0 X-1 Quadro 42 – Índices de liquidez e endividamento do 1ºexercício prático. Índice de Rentabilidade e Imobilização Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido x 100 Ativo Rentabilid ade do Patrimônio Líquido = Lucro Líquido x 100 Patrimônio Líquido 84 Imobilizaç ão = Im obilizado x 100 Patrimônio Líquido RENTABILIDADE PERÍODO ATIVO PATRIMONIO LIQUIDO IMOBILIZAÇÃO X-1 Quadro 43 – Índices de rentabilidade e imobilização do 1º exercício prático. Capital de Giro – Necessidade de Capital de Giro – Saldo de Tesouraria CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional ST = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro CAPITAL DE GIRO PERÍODO CAPITAL DE GIRO LIQUIDO NECESSIDADE CAPITAL GIRO SALDO TESOURARIA X-0 X-1 Quadro 44 – Capital de giro líquido, necessidade de capital de giro e saldo de tesouraria do 1º exercício prático. 85 Análise horizontal e vertical do Balanço Patrimonial – Período X-1 1. ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL X-0 AH AV X-1 AH AV Caixa Banco c/ Movimento 1.1.2 CLIENTES Duplicatas a Receber (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS IPI a Recuperar ICMS a Recuperar PIS a recuperar COFINS a Recuperar 1.1.4 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras 1.1.5 ESTOQUES Estoque de Materia Prima Estoque de Materiais Secundários diretos Estoque de materiais indiretos Estoque de Produto Acabado-camiseta Estoque de Produtos Acabado-calça Estoque de Produtos em Elaboração 1.1.6 DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE Prêmio de Seguros a Apropriar 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 ATIVO REALIZ[AVEL A LONGO PRAZO Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 1.2.2 INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações 1.2.3 ATIVO IMOBILIZADO Máquinas Industriais Móveis e utensílios (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 1.2.4 INTANGÍVEL Marcas e Patentes TOTAL DO ATIVO Quadro 45 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do ativo do 1º exercício prático. 86 2. PASSIVO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS X-0 AH AV X-1 AH AV Salários a Pagar Comissões a Pagar FGTS a Pagar INSS a Recolher 2.1.2 FORNECEDORES Fornecedores 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS ICMS a Recolher IPI a Recolher Pis a Recolher Cofins a Recolher Contribuição Social a Pagar Imposto de Renda a Recolher 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES Seguros a Pagar 2.1.5 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Empréstimo a Pagar (-) Juros a Transcorrer 2.1.6 PROVISÕES Provisão para Férias Provisão de 13º Salários Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP Financiamentos a Longo Prazo (-) Juros a Transcorrer 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1 CAPITAL SOCIAL Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar 2.3.2 RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão 2.3.3 PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados Lucro do Exercício TOTAL DO PASSIVO Quadro 46 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do passivo do 1º exercício prático. 87 Análise horizontal e vertical da Demonstração do Resultado do Exercício – Período X-1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE PERÍODO X-1 AH AV FATURAMENTO BRUTO VENDAS DE PRODUTOS (-) IPI sobre Faturamento (=)RECEITA BRUTA (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ICMS sobre Vendas PIS sobre Vendas Cofins sobre Vendas (=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS COM VENDAS Comissões sobre Vendas (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Depreciação móveis e utensílios Despesas Administrativas (+) RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO (+) Juros ativos transcorridos (-) Juros passivos transcorridos (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CS E IRPJ (-) Contribuição Social (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO Quadro 47 - Análise horizontal e vertical da demonstração do resultado do exercício -1º exercício prático. 88 Diagnóstico das análises - Relatório final 89 3.3 2º EXERCÍCIO PRÁTICO - DESENVOLVIDO PELO ALUNO A empresa "Ferreira & Costa Ltda.", no ramo de facção, industrializa camisetas e calças, e solicita aos alunos do curso Técnico em Administração da disciplina de Contabilidade Gerencial o resultado operacional da empresa no período de X-1. Quanto ao sistema produtivo da empresa: 1) Departamentos Produtivos - Mão de Obra Direta a) Corte ( desenho , modelagem e corte) -01 funcionário; b) Costura (costura reta, e acessórios) - 03 funcionários; e c) Acabamento (Eliminar excessos, estampar, passar e dobrar) - 03 funcionários. 2) Departamento Auxiliar - Mão de Obra Indireta a) Supervisão da Fábrica ( inspeciona a produção) - 01 funcionário. Quanto à composição dos custos aplicados aos produtos no período de X-1: PRODUTO CAMISETA CORTE COSTURA ACABAMENTO MATERIA PRIMA 2002 7,0280 14070,1 14070,06 MOD 2002 0,497 994,994 994,99 CIF 2002 0,297 594,594 594,59 MATE.SECUND.DIRETO1396 0,455 635,18 635,18 MOD 1396 1,755 2449,98 2449,98 CIF 1396 1,476 2060,5 2060,496 MOD 719 1,711 1230,21 1230,21 CIF 719 1,876 1348,84 1348,844 CUSTO UNITÁRIO DA CAMISETA 15,095 TOTAL GERAL PRODUÇÃO ACABADA PRODUÇÃO EM ELABORAÇÃO 23384,353 719 1283 15,095 10853,3 10853,305 12531,048 Quadro 48 - Custos do produto camiseta do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno. 90 PRODUTO CALÇA CORTE COSTURA ACABAMENTO MATERIA PRIMA 616 13,023 8022,17 8022,17 MOD 616 0,622 383,152 383,15 CIF 616 0,371 228,536 228,54 MATE.SECUND.DIRETO 616 1,778 1095,25 1095,25 MOD 616 2,341 1442,06 1442,06 CIF 616 1,968 1212,29 1212,288 MOD 616 1,426 878,416 878,42 CIF 616 1,564 963,424 963,424 CUSTO UNITÁRIO DA CALÇA 23,093 TOTAL GERAL PRODUÇÃO ACABADA PRODUÇÃO EM ELABORAÇÃO 14225,288 616 23,093 14225,3 14225,288 0 0 Quadro 49 - Custos do produto calça do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno Pede-se: 1) Completar os elementos de custos no balancete de verificação: a) Apresentar no balancete o valor do Material direto consumido; b)Transferir os custos da produção para estoque de produtos acabados e elaboração. 2) Preço de Venda – Mark-up: a) Apresentar o preço de venda unitário dos produtos e também o cálculo do faturamento mensal, sendo considerado como quantidade vendida no mês, nas condições a prazo, 350 camisetas e 250 calças. b) Encontrar os valores consequentes ao Faturamento mensal como: IPI, ICMS, PIS, COFINS, CPV e comissões s/vendas. c) Transferir valores calculados no item "a" e "b" para o balancete de verificação. 91 3) Concluir o Balancete de Verificação: a) Com as lacunas completadas, verificar a igualdade de valores nas colunas de "débito e crédito", antes de calcular a contribuição social e Imposto de Renda. 4) Elaborar a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE: a) Com base nas informações contidas no balancete, elaborar o DRE e calcular o IRPJ e CS; b) Após calcular a Contribuição Social-CS e Imposto de Renda Pessoa Jurídica IRPJ , registrar no balancete esses valores; c) Transferir o resultado da DRE para o Balanço Patrimonial. 5) Elaborar o Balanço Patrimonial: a) Elaborar o Balanço patrimonial utilizando o balancete e o resultado apresentado na DRE. 6) Elaborar as análises de balanço referente aos períodos de X-0 e X-1: a) Calcular os índices de comportamento econômico-financeira da empresa. b) Análise de Evolução – Horizontal c) Análise Estrutural - Vertical 7) Elaborar o Relatório Final apresentando a atual situação econômicofinanceira da empresa. 92 RESOLUÇÃO DO 2ª EXERCÍCIO PRÁTICO Balanço Patrimonial do período X-0 da empresa “Ferreira & Costa Ltda.” 1. ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL Caixa Banco c/ Movimento 1.1.2 CLIENTES 2. 187.701,75 2.1 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE 51.000,00 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS Salários a Pagar 1.000,00 50.000,00 FGTS a Pagar 67.541,00 INSS a Recolher 48.273,75 6.857,90 4.646,00 404,00 1.807,90 Duplicatas a Receber 68.580,00 2.1.2 FORNECEDORES 27.580,00 (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa (1.039,00) 27.580,00 Fornecedores 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS IPI a Recuperar ICMS a Recolher 840,00 ICMS a Recuperar IPI a Recolher 558,00 PIS a recuperar Pis a Recolher 280,00 COFINS a Recuperar Cofins a Recolher 1.1.4 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras 1.1.5 ESTOQUES Estoque de Materia Prima 435,00 30.000,00 Contribuição Social a Pagar 1.080,00 30.000,00 Imposto de Renda a Recolher 1.750,00 36.820,75 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES 1.560,00 31.586,63 1.560,00 Estoque de Produtos Acabados Seguros a Pagar 2.1.5 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 6.000,00 Estoque de Materiais Secundários diretos 3.621,71 Empréstimo a Pagar 7.520,00 Estoque de materiais indiretos 1.612,41 (-) Juros a Transcorrer (1.520,00) 1.1.6 DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE Prêmio de Seguros a Apropriar 1.2 4.943,00 ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.340,00 2.1.6 PROVISÕES 2.340,00 177.050,00 561,14 Provisão de 13º Salários 420,83 272,32 1.2.1 ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO 20.500,00 Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 20.500,00 Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 1.2.2 INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações 1.2.3 ATIVO IMOBILIZADO Máquinas Industriais Móveis e utensílios (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 1.2.4 INTANGÍVEL Marcas e Patentes 120.000,00 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 120.000,00 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP 31.100,00 Financiamentos a Longo Prazo 28.000,00 (-) Juros a Transcorrer 5.000,00 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (1.400,00) 2.3.1 CAPITAL SOCIAL (500,00) 5.450,00 1.332,85 Provisão para Férias 78,56 31.000,00 31.000,00 37.000,00 (6.000,00) 285.478,00 230.000,00 Capital Social Subscrito 250.000,00 (-) Capital Social a Integralizar (20.000,00) 5.450,00 2.3.2 RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão 55.478,00 55.478,00 2.3.3 PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados TOTAL DO ATIVO 364.751,75 TOTAL DO PASSIVO 364.751,75 Quadro 50 - Balanço patrimonial período X-0 do 2º exercício prático. 93 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE – Período X-1 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO - X1 DÉBITO CREDITO CONTAS PATRIMONIAIS ativo Caixa 1.000,00 ativo Banco c/ Movimento ativo Duplicatas a Receber ativo (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa ativo Aplicações Financeiras ativo Estoque de Materia Prima ativo Estoque de Materiais Secundários diretos ativo Estoque de Produtos Acabados - camiseta ativo Estoque de Produtos Acabados - calça ativo Estoque de Produtos Em Elaboração ativo Estoque de materiais indiretos 142,52 ativo Prêmio de Seguros a Apropriar 2.145,00 ativo Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP ativo Terrenos para futuras instalações ativo Máquinas Industriais ativo Móveis e utensílios ativo (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais ativo (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios ativo Marcas e Patentes passivo Salários a Pagar passivo Comissões s/ vendas a Pagar passivo FGTS a Pagar passivo INSS a Recolher passivo Fornecedores passivo ICMS a Recolher passivo IPI a Recolher passivo Pis a Recolher passivo Cofins a Recolher passivo Contribuição Social a Pagar passivo Imposto de Renda a Recolher passivo Seguros a Pagar 1560,00 passivo Empréstimo a Pagar 7.520,00 passivo (-) Juros a Transcorrer passivo Provisão para Férias passivo Provisão de 13º Salários 32.239,10 1.039,00 30.300,00 20.705,00 120.000,00 28.000,00 5.000,00 1.633,33 583,33 5.450,00 5.520,00 480,00 2148,00 27.580,00 1.270,00 1.223,93 921,16 94 passivo Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários 596,65 passivo Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 171,89 passivo Financiamentos a Longo Prazo passivo (-) Juros a Transcorrer- LP passivo Capital Social Subscrito passivo (-) Capital Social a Integralizar passivo Reservas de Lucros para Expansão 37.000,00 6.000,00 250.000,00 20.000,00 55.478,00 CONTAS DE CUSTOS custos Materia Prima (MDC) custos Materia Secundário Direto (MDC) custos Salários e Encargos(MOD) custos Custos Indiretos de Fabricação (CIF)* 7.378,81 6408,18 CONTAS DE RESULTADO receitas Vendas receitas Juros ativos transcorridos despesas IPI s/ faturamento despesas Icms s/ vendas despesas PIS s/ vendas despesas Cofins s/a vendas despesas CPV despesas comissões s/ vendas despesas Depreciação móveis e utensílios despesas Despesas Administrativas despesas Juros passivos transcorridos despesas Contribuição Social despesas Imposto de Renda Pessoa Juridica 505,00 83,33 3.800,00 250,00 TOTAL * CIF (material, salários, energia, aluguel depreciação e seguro) Quadro 51 - Balancete de verificação do período X-1 do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno. 95 Cálculo do Mark-up MARKUP - PREÇO DE VENDA ICMS 12% PIS 1,65% COFINS 7,6% COMISSÃO DE VENDAS 2% DESPESAS ADMINISTRATIVAS 14% MARGEM DE LUCRO SOMA 4% 41,25% COEFICIENTE PRODUTO 0,4125 0,4125 MARK-UP (1 - 0,4725) CUSTO TAXA MARK-UP PREÇO DE VENDA *IPI PREÇO DE VENDA COM IPI IPI PREÇO DE VENDA COM IPI CAMISETA CALÇA * IPI corresponde a 10% FATURAMENTO DO MÊS PRODUTO QTE CAMISETA 350 CALÇA 250 PREÇO DE VENDA TOTAL ALÍQUOTA $ TOTAL IMPOSTOS S/ VENDAS PV S/ IPI ICMS 12% PIS 1,65% COFINS 7,6% CUSTO PRODUTOS VENDIDOSQTE CPV - CAMISETA 350 CPV- CALÇA 250 CUSTO UNITÁRIO TOTAL ALÍQUOTA $ TOTAL COMISSÕES S/ VENDA PRODUTOS PV S/ IPI 2,0% Quadro 52 – Calcular o mark-up do 2º exercício prático. 96 Demonstração do Resultado do Exercício - DRE – Período X-1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE FATURAMENTO BRUTO VENDAS DE PRODUTOS (-) IPI sobre Faturamento (=)RECEITA BRUTA (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ICMS sobre Vendas PIS sobre Vendas Cofins sobre Vendas (=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS COM VENDAS Comissões sobre Vendas (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Depreciação móveis e utensílios Despesas Administrativas (+) RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO (+) Juros ativos transcorridos (-) Juros passivos transcorridos (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CS E IRPJ (-) Contribuição Social (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO Quadro 53 - Demonstração do resultado do exercício - DRE – Período X-1 do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno. 97 Balanço Patrimonial do Período X-1 1. ATIVO 2. PASSIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS Caixa Salários a Pagar Banco c/ Movimento Comissões a Pagar FGTS a Pagar 1.1.2 INSS a Recolher CLIENTES Duplicatas a Receber 2.1.2 FORNECEDORES (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa 1.1.3 1.1.4 OUTROS CRÉDITOS Fornecedores 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS IPI a Recuperar ICMS a Recolher ICMS a Recuperar IPI a Recolher PIS a recuperar Pis a Recolher COFINS a Recuperar Cofins a Recolher INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Contribuição Social a Pagar Imposto de Renda a Recolher Aplicações Financeiras 1.1.5 ESTOQUES 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES Estoque de Materia Prima Seguros a Pagar Estoque de Materiais Secundários diretos Estoque de materiais indiretos Estoque de Produtos Acabados-camisa 2.1.5 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Estoque de Produtos Acabados-calça Empréstimo a Pagar Estoque de Produtos em Elaboração 1.1.6 DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE (-) Juros a Transcorrer 2.1.6 PROVISÕES Prêmio de Seguros a Apropriar Provisão para Férias 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE Provisão de 13º Salários 1.2.1 ATIVO REALIZ[AVEL A LONGO PRAZO Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 1.2.2 1.2.3 2.2 Terrenos para futuras instalações PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP ATIVO IMOBILIZADO Financiamentos a Longo Prazo Máquinas Industriais (-) Juros a Transcorrer Móveis e utensílios 2.3 (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais 2.3.1 CAPITAL SOCIAL (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 1.2.4 Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários INVESTIMENTOS INTANGÍVEL Marcas e Patentes PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar 2.3.2 RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão 2.3.3 PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados Lucro do Exercício TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO Quadro 54 - Balanço patrimonial do período X-1 do 2º exercício prático a ser desenvolvido pelo aluno. 98 Índices de Liquidez e Endividamento ILC = Ativo Circulante Passivo Circulante ILS = Ativo Circulante - Estoques Passivo Circulante ILG = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Endividamento Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Ativo 99 Endividame nto do Patrimônio Líquido = Composição do Endividamento = PERÍODO Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Passivo Circulante Passivo Circulante + Passivo Não Circulante LIQUIDEZ CORRENTE SECA ENDIVIDAMENTO GERAL TOTAL PATRIM LIQUIDO CURTO PRAZO X-0 X-1 Quadro 55 – Índices de liquidez e endividamento do 2ºexercício prático. Índice de Rentabilidade e Imobilização Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido x 100 Ativo Rentabilid ade do Patrimônio Líquido = Lucro Líquido x 100 Patrimônio Líquido 100 Imobilizaç ão = PERÍODO Im obilizado x 100 Patrimônio Líquido RENTABILIDADE ATIVO PATRIMONIO LIQUIDO IMOBILIZAÇÃO X-1 Quadro 56 – Índices de rentabilidade e imobilização do 2º exercício prático. Capital de Giro – Necessidade de Capital de Giro – Saldo de Tesouraria CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional ST = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro CAPITAL DE GIRO PERÍODO CAPITAL DE GIRO LIQUIDO NECESSIDADE CAPITAL GIRO SALDO TESOURARIA X-0 X-1 Quadro 57 – Capital de giro líquido, necessidade de capital de giro e saldo de tesouraria do 2º exercício prático. 101 Análise horizontal e vertical do Balanço Patrimonial – Período X-1 1. ATIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1 DISPONÍVEL X-0 AH AV X-1 AH AV Caixa Banco c/ Movimento 1.1.2 CLIENTES Duplicatas a Receber (-) Provisão p/ crédito de liquidação duvidosa 1.1.3 OUTROS CRÉDITOS IPI a Recuperar ICMS a Recuperar PIS a recuperar COFINS a Recuperar 1.1.4 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS Aplicações Financeiras 1.1.5 ESTOQUES Estoque de Materia Prima Estoque de Materiais Secundários diretos Estoque de materiais indiretos Estoque de Produto Acabado-camiseta Estoque de Produtos Acabado-calça Estoque de Produtos em Elaboração 1.1.6 DESPESAS DE EXERC. SEGUINTE Prêmio de Seguros a Apropriar 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1 ATIVO REALIZ[AVEL A LONGO PRAZO Aplicações Financeiras a prazo fixo - LP 1.2.2 INVESTIMENTOS Terrenos para futuras instalações 1.2.3 ATIVO IMOBILIZADO Máquinas Industriais Móveis e utensílios (-)Depreciação Acumulada de máquinas Industriais (-)Depreciação Acumulada de Móveis e Utensílios 1.2.4 INTANGÍVEL Marcas e Patentes TOTAL DO ATIVO Quadro 58 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do ativo do 2º exercício prático. 102 2. PASSIVO 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS X-0 AH AV X-1 AH AV Salários a Pagar Comissões a Pagar FGTS a Pagar INSS a Recolher 2.1.2 FORNECEDORES Fornecedores 2.1.3 OBRIGAÇÕES FISCAIS ICMS a Recolher IPI a Recolher Pis a Recolher Cofins a Recolher Contribuição Social a Pagar Imposto de Renda a Recolher 2.1.4 OUTRAS OBRIGAÇÕES Seguros a Pagar 2.1.5 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Empréstimo a Pagar (-) Juros a Transcorrer 2.1.6 PROVISÕES Provisão para Férias Provisão de 13º Salários Provisão de INSS s/ Férias e 13º Salários Provisão de FGTS s/ Férias e 13º Salários 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.1 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS-LP Financiamentos a Longo Prazo (-) Juros a Transcorrer 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1 CAPITAL SOCIAL Capital Social Subscrito (-) Capital Social a Integralizar 2.3.2 RESERVAS DE LUCROS Reservas de Lucros para Expansão 2.3.3 PREJUIZOS ACUMULADOS Prejuízos Acumulados Lucro do Exercício TOTAL DO PASSIVO Quadro 59 - Análise horizontal e vertical do balanço patrimonial do passivo do 2º exercício prático. 103 Análise horizontal e vertical da Demonstração do Resultado do Exercício – Período X-1 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - DRE PERÍODO X-1 AH AV FATURAMENTO BRUTO VENDAS DE PRODUTOS (-) IPI sobre Faturamento (=)RECEITA BRUTA (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA ICMS sobre Vendas PIS sobre Vendas Cofins sobre Vendas (=) RECEITA LÍQUIDA (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO (-) DESPESAS COM VENDAS Comissões sobre Vendas (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS Depreciação móveis e utensílios Despesas Administrativas (+) RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO (+) Juros ativos transcorridos (-) Juros passivos transcorridos (=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DA CS E IRPJ (-) Contribuição Social (-) Imposto de Renda Pessoa Jurídica (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO Quadro 60 - Análise horizontal e vertical da demonstração do resultado do exercício – período X-1 do 2º exercício prático. 104 Diagnóstico das análises - Relatório final 105 REFERÊNCIAS BORNIA, Antonio César. Análise Gerencial de Custos. Aplicações em Empresas Modernas. São Paulo: Bookman, 2002. BEULKE, Rolando; BERTÓ, Dalvio José. Gestão de Custos. São Paulo: Editora Saraiva, 2006. FERREIRA, José Antonio Stark. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. FLEURIET, Michel. A Dinâmica Financeira das Empresas. Belo Horizonte: Editorial, 1980. FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. São Paulo: Atlas,1997. INDICES comparativos por setores da Revista Exame. Disponível em: http://centraldo-investidor.exame.abril.com.br/Ranking.aspx. Acesso em: julho. 2010. IUDICIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerencial. 6ªed. São Paulo: Atlas,1998. IUDICIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. 7ª ed, São Paulo: Atlas,1998. IUDICIBUS, Sérgio de, MARION José Carlos. Análise de Balanços. Livro de Exercícios. 4ªed. São Paulo: Atlas,1998. LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de Contabilidade de Custos. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2000. LEMES, Junior, A. B.; CHEROEM, A. P.; RIGO, C.M. Administração Financeira. São Paulo: Campus, 2005. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos.9ª ed.São Paulo: Atlas, 2003. MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. Contabilidade Empresarial. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2006. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. Abordagem Básica e Gerencial. 5ª ed., São Paulo: Atlas,1998. MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e Gestão. 2ª ed., São Paulo: Pearson Prentice Hail, 2006. 106 DADOS, Índices Econômicos e financeiros. Revista Exame - Melhores e Maiores. Editora Abril, p. 308-310. Julho 2008. SILVA, Affonso. Contabilidade e Análise Econômica Financeira. São Paulo: Atlas, 2008. SILVA, José Pereira. Análise Financeira das Empresas.São Paulo: Atlas,2007. STARK, José Antonio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. VALLE, Marco Aurélio. Administração financeira uma abordagem brasileira. Prentice Wall, Brasil, 2008. 107