UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE COMO ESSENCIAL PARA O SUCESSO DAS ORGANIZAÇÕES Por: Bianca Ramalho Lucas Orientador Prof. Jorge Vieira Rio de Janeiro 2011 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM 2 A FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE COMO ESSENCIAL PARA O SUCESSO DAS ORGANIZAÇÕES Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial obtenção do grau de especialista em Marketing Por: Bianca Ramalho Lucas. para 3 AGRADECIMENTOS Gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos a todos que de alguma forma me deram forças para que a conclusão deste trabalho fosse possível: Aos meus pais Ajaircine Ramalho Lucas e João Carlos Lucas por estarem sempre presentes; Ao meu esposo Walllace Ferreira Oliveira por incentivo e apoio; A todos os meus amigos e funcionários que auxiliaram direta ou indiretamente, me dando forças e ajudando nos momentos mais difíceis; Ao meu professor orientador Jorge Vieira pelo comprometimento e conhecimento compartilhado; Enfim, agradeço a DEUS por estar sempre ao meu lado, tornando possível a conclusão da minha monografia e do meu curso em si. 4 DEDICATÓRIA Dedico essa monografia aos meus pais pela minha educação e pelo amor que sempre recebi. 5 RESUMO A presente pesquisa objetiva estar estudando as empresas que estão tomando cada vez mais ações de marketing voltadas à fidelização dos clientes para obter um melhor posicionamento de mercado. Primeiramente o trabalho visou conhecer o comportamento do consumidor, ou cliente, de uma forma geral e mais especificamente caracterizar o consumidor brasileiro. Conseqüentemente verificar os fatores que influenciam esses consumidores no momento da compra. Após um embasamento teórico com enfoque no marketing, onde acredita-se ser uma ferramenta estritamente necessária para o bom funcionamento de todas as áreas da empresa. A pesquisa foi delineada com o intuito de estar comprovando as vantagens da empresas em frente outras, em fidelizar seus clientes e assim ter um diferencial competitivo. Assim chegou-se ao estudo de excelência no atendimento, como as organizações mudaram a postura em relação aos seus clientes externos e também internos com a finalidade de tornar os clientes fiéis a empresa e também melhoramento nos seus processos. Palavras- Chave: Marketing. Relacionamento. Fidelização. Competitividade. Satisfação. 6 METODOLOGIA Os estudos exploratórios se basearam numa pesquisa bibliográfica, que é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes relacionados com o tema. Uma pesquisa desenvolvida a partir de material já elaborado e de conhecimento público em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, dissertações, teses e gravações audiovisuais. Assim, esta pesquisa constituiu-se de livros de autores clássicos e de novos autores da área de marketing, bem como de periódicos, mídia impressa e Internet, que permitiram a fundamentação conceitual e teórica do tema, respondendo aos seguinte objetivo: fidelização de clientes analisar a importância de retenção e 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I - O comportamento do consumidor 1.1- O perfil do consumidor brasileiro 1.2- Fatores que influenciam no momento da 08 10 12 Compra. 14 CAPÍTULO II – Conceitos de Marketing 18 2.1- Marketing de Relacionamento e CRM . 20 2.2- Ferramentas do Marketing . 24 CAPÍTULO III - A fidelização dos clientes como diferencial competitivo. 28 3.1- A excelência no atendimento 29 3.2- Ferramentas para acompanhar e medir a satisfação de clientes. 31 3.3- 34 Fidelização na percepção do cliente CONCLUSÃO 36 ANEXOS 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42 BIBLIOGRAFIA CITADA (opcional) 43 ÍNDICE 44 FOLHA DE AVALIAÇÃO 45 8 INTRODUÇÃO Diante de tantas incertezas quanto ao futuro, existe apenas uma certeza, de que a necessidade de se manter atualizado será questão de sobrevivência no mercado. O comportamento do consumidor na década de 90 é muito diferente do atual consumidor, e para que as necessidades ou desejos desses novos clientes fossem saciados as empresas mudaram e continuam mudando, simplesmente pelo fato de se manter e se posicionar de melhor forma no mercado. O primeiro passo foi saber quem é o seu cliente, e o que deixa-o satisfeito, e que o faz ser fiel a marca. Diante disso as organizações buscam no marketing a resposta para esses questionamentos, e seja pelo preço, qualidade dos produtos ou serviços prestados, atendimentos, estruturas físicas, prazos, entre outras estratégias, as empresas sempre tentam estar sendo distintas de seus concorrentes. Para estar sendo competitiva, as empresas buscam as ferramentas de marketing para conquistar e manter seus clientes, assim como conquistar novos e assim tornando-os seus parceiros. O foco das empresas hoje sem dúvida alguma está voltada para o cliente e diante disso o marketing que antes era apenas uma ferramenta direcionada à vendas e produção, se tornou uma ferramenta para auxiliar as empresas quanto ao seu planejamento estratégico frente aos seus clientes. Dessa forma, a pesquisa buscou no marketing todo o suporte necessário para estar propondo o estudo voltado para fidelização dos clientes nas organizações. No capítulo um, para que fosse compreendido o resultado da pesquisa, definimos o comportamento do consumidor, o perfil do consumidor brasileiro e os fatores que influenciam no momento da compra. No capítulo dois, ressaltou-se sobre a revisão conceitual do marketing e a evolução de suas ferramentas para melhor adequação ao atual cenário 9 mercadológico. Discorrendo sobre conceitos de marketing e gerenciamento de relacionamento com o cliente. No capítulo três coloca-se a proposta do estudo, de ser observada a necessidade das empresas estarem competindo em tempo real para assim construírem um diferencial com as concorrentes. Destacando a importância da excelência no atendimento e a medição da satisfação desses clientes. 10 CAPÍTULO I O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR A figura mais importante de todo o processo empresarial é o consumidor. Sem ele, nenhuma empresa, de qualquer natureza, justificaria sua existência. Até mesmo as empresas públicas possuem o seu consumidor final, que é o contribuinte. Dessa forma fica muito claro e lógico afirmar que todas as empresas devem ter como foco o consumidor. Os consumidores de hoje são mais educados, exigentes e muito mais bem informados do que alguns anos atrás, isso faz com que as empresas de um modo geral invistam agressivamente em propagandas e estratégias de marketing. O perfil dos consumidores está em constante mutação, de acordo com novas tendências, motivações, oportunidades, necessidades e inovações. Kotler afirma que “uma pessoa possui muitas necessidades em qualquer momento”. E complementa: ”Algumas necessidades são fisiológicas; elas surgem de estados de tensão psicológicos, como fome, sede e desconforto. Outras necessidades são psicológicas: elas surgem de estados de tensão psicológicos, como necessidade de reconhecimento, estima ou integração. Uma necessidade passa a ser um motivo quando alcança um determinado nível de intensidade. Um motivo é uma necessidade suficientemente importante para levar a pessoa agir.” (KOTLER 2000, p. 194). 11 Devido a essa mudança de comportamento do consumidor as empresas buscam cada vez mais entender seus clientes, nesse contexto é estudado alguns conceitos para que possam ter um melhor entendimento e assim melhorar a qualidade da pesquisa. Segundo Lemes (2002, p.22), “o comportamento do consumidor costuma depender do mercado no qual ele está inserido.. Assim, entende-se que, para mercados diferentes, as características do consumidor tendem a ser diferentes”. No mercado de consumo podemos encontrar vários tipos de consumidores e de variados comportamentos. Temos nesse mercado aqueles consumidores que acham que tudo está bom, ou mais ou menos, e de outro lado encontramos aqueles consumidores exigentes, que levam em conta todos os fatores que podem lhes prejudicar diante do ato de consumo. Desta forma, Gama (2002) destaca cinco grupos de consumidores e como se comportam frente aos seus direitos no mercado. • Alienados: Para o autor, estes são as maiores partes dos consumidores, a grande massa da população, aqueles que aceitam tudo o que acontece nas relações de consumo, e geralmente acreditam que tudo que acontece é por sorte ou azar do destino e até envolvem os deuses em seus problemas, deixando de se aperceberem as obrigações dos fornecedores. Estes consumidores são considerados como “burros mansos” no mercado. E ainda, segundo o autor, é a maioria esmagadora de consumidores e a parte mais pobre da população. • Tolerantes: Estes são os grupos dos consumidores que têm conhecimento de seus direitos no mercado de consumo, mas se desvalorizam perante as dificuldades, e acham que não adianta reclamar. Então se conformam com as desconsiderações e até as lesões que sofrem no mercado de consumo. • Responsáveis Pacíficos: Neste grupo, encontram-se aqueles consumidores que têm conhecimento de seus direitos, mas que, por motivos de relações familiares,sentimentais ou sociais e até mesmo por falta de tempo, não vão 12 atrás de seus direitos.Fazem parte, também, neste grupo, os consumidores que acham que fazer reclamações é perda de tempo e de dinheiro. • Responsáveis exigentes: Grupo dos consumidores que têm plena noção de seus direitos e procuram fazer prevalecê-los, sem criar atrito com seus fornecedores.São aqueles que querem ser respeitados, reclamam, e não aceitam qualquer desculpa,pois têm consciência de seus direitos. • Renitentes: São os consumidores que buscam a valorização da dignidade de pessoa humana no mercado de consumo. Têm consciência de seus direitos e reagem contra os danos que sofrem, e ainda dão real valor ao seu dinheiro. Segundo o autor, um só consumidor renitente, extravasando ódio, pode destruir a imagem de uma empresa ou de um produto, através da mídia. Podemos verificar que são vários os tipos de consumidores no mercado de consumo, mas, muitos ainda não têm consciência do que é realmente ser um consumidor, ou seja, não reconhecem os seus direitos e se deixam ser considerados apenas como clientes, usuários, fregueses, etc. 1.1 – O perfil do consumidor brasileiro De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 29 milhões de pessoas ingressaram na classe C (renda familiar bruta de R$ 1.126 a R$ 4.854) entre 2003 e 2009.O levantamento representa um crescimento de 34,3% e o país contava em 2009 com cerca de 95 milhões de habitantes nessa faixa de renda, em uma população total de 190,7 milhões (Censo 2010). Esses dados mostram como mais pessoas passaram a ter mais poder de consumo. O novo perfil do consumidor brasileiro nasceu com o crescimento da classe C. Com essa realidade a classe média, dita novas regras de consumo, exige novos produtos e serviços, forçando as empresas a atender essas necessidades e com intuito de captar esses consumidores para manter um posicionamento competitivo. Alheio a isso existem outras mudanças, como as 13 mulheres que ficaram mais preparadas para o mercado de trabalho e consequentemente mais independentes no seu consumo. O aumento da população mais madura com idade de acima de 60 já representa 10% dos brasileiros. Os casais que estão dando importância primeiramente a carreira profissional adiando a decisão de ter filhos também estão ajudando a moldar esse novo perfil de consumidor brasileiro. Segundo Richers (1994) , para cada etapa da evolução do marketing no Brasil , há um tipo de consumidor. Nas décadas de 50/60, não havia marketing no Brasil e o tipo de consumidor que prevalecia era o “despretensioso”. Para Ferreira (1988, p.216), despretensioso é o que não tem ou em que não há pretensão ou pretensões; modesto e franco. Algumas características do consumidor “despretensioso”: consome acima de tudo produtos primários como leite, feijão, arroz, carne; é inexperiente com produtos industriais sofisticados; é passivo, confia no vendedor, não regateia e dificilmente rejeita produtos; aceita o preço como representando qualidade; está sempre disposto a experimentar novidade ; não tem quase escolhas entre marcas competitivas. A ênfase do marketing no Brasil, nas décadas de 60/70 estava voltada para venda, e o tipo de consumidor era o “ávido”. Àvido é o “que deseja ardentemente, ansioso;ansioso;ambicioso” ( Ferreira, 1988 p. 76). São características desse: melhorar sua qualidade de vida, em boa parte através do consumo; procurar status; dar muito valor a inovação; aumentar sua sensibilidade À mensagem publicitária televisionada; atribuir importância Às marcas e dar maior atenção aos preços. Nas décadas de 70/80, a ênfase dada ao marketing no Brasil era a comunicação e “Judicioso” era o tipo de consumidor que prevalecia. Segundo Ferreira ( 1988, p.378), judicioso é o “ que julga com acerto; avisado; sensato; prudente”. Suas características são: ser filho da industrialização e da ascensão social na classe média; ter melhor instrução que seus pais; ter poder aquisitivo (aumento real + concentração de renda); utilizar o cartão de crédito; ser “conquistado” pelo vendedor através de publicidade, financiamentos, ofertas especiais, embalagens sugestivas e promoções; ter opções de escolha ( entre produtos substitutivos: mais marcas para o mesmo tipo de bem, mais pontos 14 de venda, mais alternativas de tamanhos, acessórios, modelos, categorias de preços por cada tipo de produto. O produto era a ênfase dada ao marketing no Brasil, nas décadas 80/90. Nos anos 90 mais, a ênfase do marketing no Brasil está voltada para o cliente. O tipo de consumidor que predomina nessa nova etapa é o “precavido”. Para Ferreira (1988, p.523) precavido é o “que se acautela com antecipação; prevenido; tem cuidado; precatado”. São suas características: viver com o orçamento apertado; desconfiar da mercadoria nas lojas, inspecionar mais, reclamar; conferir preços e pesos; comprar o mínimo por sua vez, procurando evitar os estoques; pesquisar preços de loja em loja; estar mais ciente da saúde; comprar menos por impulso; procurar entretenimento como meios de “escape” das pressões diárias. 1.2 – Fatores que influenciam no momento da compra Cada consumidor reage de forma diferente a estímulos iguais, ou seja, as pessoas são diferentes umas das outras e necessitam de alimentar-se, vestir-se e até mesmo se divertirem, são as suas diferenças que vão determinar seus atos de compra e seus comportamentos em relação às outras no mercado de consumo. Os fatores que influenciam no momento da compra são relacionados a fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos: - Fatores Culturais exercem a mais ampla e profunda influência sobre o comportamento do consumidor. Os papéis exercidos pela cultura, subcultura e classe social do consumidor são particularmente importantes. Cultura é o determinante mais fundamental dos desejos e do comportamento de uma pessoa. A criança em crescimento adquire um conjunto de valores, percepções, preferências e comportamentos através da vida familiar e de outras instituições básicas. Cada cultura consiste em subculturas menores que fornecem identificação e socialização mais específicas para seus membros. As subculturas incluem as nacionalidades, religiões, grupos raciais e regiões 15 geográficas. As classes sociais não refletem apenas renda, mas também outros indicadores como ocupação, nível educacional e área residencial. Nelas, há diferenças em termos de vestuário, conversação, atividades de lazer e em muitas outras características. - Fatores sociais o comportamento do consumidor é influenciado por fatores sociais como grupos de referência, famílias e papéis e posições sociais. Muitos grupos de referência influenciam o comportamento de uma pessoa. Esses grupos de referência expõem o indivíduo a novos comportamentos e estilos de vida. Eles também influenciam as atitudes e o auto conceito das pessoas e criam pressões para o conformismo que podem afetar suas escolhas de produto e marca. As pessoas são também influenciadas por grupos dos quais não são membros. A família é a organização de compra de produtos de consumo mais importante da sociedade e tem sido extensivamente pesquisada. Uma pessoa participa de muitos grupos no decorrer de sua vida, família, clubes, organizações. A posição da pessoa em cada grupo pode ser definido em termos de papel e posições sociais. - Fatores pessoais as decisões de um comprador são também influenciadas por características pessoais, que incluem a idade e o estágio do ciclo de vida, ocupação, situação econômica, estilo de vida, personalidade e auto-estima. A ocupação de uma pessoa também influencia seu padrão de consumo. Condições econômicas a escolha de produtos. é bastante afetada pelas condições econômicas de uma pessoa, que consistem em renda disponível (nível, estabilidade e período de tempo), poupança e patrimônio (grau de liquidez), dívidas, condições de crédito e atitude em relação às despesas versus poupança. O estilo de vida de uma pessoa representa seu padrão de vida expresso em termos de atividades, interesses e opiniões. Retrata a "pessoa por inteiro" interagindo com seu ambiente. Personalidade e autoconceito cada pessoa possui uma personalidade distinta que influenciará seu comportamento de compra. - Fatores psicológicos as escolhas de compra de uma pessoa são também influenciadas por quatro importantes fatores psicológicos - motivação, percepção, aprendizagem e crenças e atitudes. Motivação: uma pessoa possui 16 muitas necessidades em determinado momento. Algumas necessidades são fisiológicas; surgem em estados psicológicos de tensão como fome, sede, desconforto. Outras são psicológicas; surgem de estados psicológicos de tensão como a necessidade por reconhecimento, estima ou posse. A maioria das necessidades fisiológicas não são intensas o suficiente para motivar alguém a agir imediatamente sobre elas. Um motivo (ou impulso é uma necessidade que está pressionando suficientemente para levar a pessoa a agir). A satisfação da necessidade reduz o sentimento de tensão. Percepção é o processo pelo qual uma pessoa seleciona, organiza e interpreta as informações para criar um quadro significativo do mundo. A aprendizagem envolve as mudanças no comportamento de um indivíduo decorrentes da experiência. A maior parte do comportamento humano é aprendida. Os teóricos acreditam que a aprendizagem de uma pessoa é produzida através da atuação recíproca de. impulsos, estímulos, sugestões, respostas e reforço. Crenças e atitudes através da ação e da aprendizagem, as pessoas adquirem suas crenças e atitudes. Estas, por sua vez, influenciam o comportamento de compra. Em relação os fatores que influenciam o comportamento do consumidor, Kotler e Armstrong, reforçam que: “Os fatores que influenciam os consumidores no processo de compra são: fatores culturais (cultura, subcultura, classe social); fatores sociais (grupo de referência, família, papéis e posições sociais); fatores pessoais (idade e estágio de ciclo de vida, ocupação, condições, estilo de vida, personalidade psicológicos (motivação, e auto conceito); fatores percepção, aprendizagem, crenças e atitudes)”. (KOTLER E ARMSTRONG, 1998, p.162) Concluímos que o consumidor age diferentemente uns dos outros, isso segundo os seus costumes e estilos de vida, que levam as pessoas a 17 decidirem na compra. No mercado, as pessoas passam por etapas na decisão de compra, são processos para a satisfação e necessidades dos consumidores. Pode-se dizer que o consumo é composto de influências para a compra e que o consumidor determina o seu consumo, conforme sua posição econômica e cultural dentro da sociedade 18 CAPÍTULO II CONCEITOS DE MARKETING O marketing é uma ferramenta que as empresas estão usando para alcançar seus objetivos, está presente no dia das empresas e das pessoas. Na visão de Kotler e Armstrong (1996, p. 31), “marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos dos processos de troca”. Pode ser percebida na abordagem do autor que o marketing é uma ferramenta que auxilia as empresas quanto a satisfação dos desejos e necessidades de seus clientes. O marketing está sendo usado como ferramenta pelas empresas para fazer o diferencial em relação as seus concorrentes. No ponto de vista de McKenna (1997, p.126), “marketing significa comunicar a personalidade de uma empresa, a fim de criar uma presença única e torná-la visível”. Marketing pode ser entendido como várias ações das empresas, e neste contexto McCarthy e Perreault (1997, p19), ressalta que “se a maioria das pessoas forem forçadas a definir marketing, inclusive alguns gerentes de empresas, eles afirmarão que marketing significa “venda” ou “propaganda”. É verdade que são partes do marketing, mas marketing é muito mais abrangente. Ressaltando, McKenna afirma que: “O marketing será ou já está sendo absorvido por outras funções na empresa em tempo real. A qualidade não é mais uma função em si; ela realmente funciona melhor quando todos estão sendo envolvidos no processo de qualidade. O marketing é um tipo de atividade muito semelhante: várias funções devem se envolver com ele, 19 como projeto de produtos, fabricação, distribuição e canais de serviços”. (MCKENNA, 1998, p.8) Para Cobra (1992, p.34 ), “ marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apressamento, promoção e distribuição de ideais, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Sabe-se que as empresas necessitam planejar suas ações para estarem alcançando seus objetivos, e nesse sentido, Chuchil, Peter (2003, p.04) definem marketing como “ o processo de planejar e executar a concepção e, esclarecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços, a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. Durante anos, os conceitos de marketing mudaram, evoluíram, como pode ser observado no quadro a seguir, na observação feita por Cequimel (2005 apud CHAVES, 2006, p. 24) AUTOR/ANO CONCEITO American Marketing O desempenho das atividades de negócios que dirigem o Association – 1960 fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador Drucker – 1970 O marketing deve ser encarado como uma forma para tornar o ato de vender supérfluo. McCarthy e Marketing é a execução de atividades que buscam realizar Perreault – 1971 os objetivos de uma organização, prevendo as necessidades do freguês ou cliente, e dirigindo o fluxo de bens e serviços para a satisfação dessas necessidades, a 20 partir do produtor para o freguês ou cliente. Zaltman – 1987 Marketing é ligar a organização com o meio ambiente e com os valores, as normas e a cultura geral da sociedade. Kloter – 1998 Marketing é um processo social gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtem o que necessitam e desejam através de criação, oferta e troca de produtos de valor com outros. Cobra – 2000 Marketing é a ação de descobrir necessidades e desejos dos consumidores, visando desenvolver produtos e serviços que o encantem. Giuilian i –2003 Conjunto de esforços criativos e táticos que devem ser utilizados para adaptarmos o produto ou serviço ao mercado, as mudanças ocorridas no macroambiente com o foco de conservar e tornar leal o cliente. BASTA et AL, 2005 Marketing é um processo pelo qual se planeja e efetua a concepção, a fixação do preço, a distribuição de idéias, a promoção e bens e serviços que estimulam trocas que satisfazem aos objetivos individuais e organizacionais Fonte: Chaves ( 2006, p.24), adaptado de Cequimel (2005). 2.1- Marketing de Relacionamento ou CRM O marketing de relacionamento é uma ferramenta que tem auxiliado as empresas quanto ao bom relacionamento com seus clientes. Dessa forma, o CRM que é uma expressão de origem inglesa (Customer Relationship Management) pode ser traduzida na língua portuguesa como Gerenciamento 21 de Relacionamento com o Cliente, também é um gerenciamento de clientes, envolvendo e reestruturando os negócios. Pode se perceber ainda que no marketing de relacionamento é necessário que todos os departamentos da empresa estejam interligados, voltados ao mesmo objetivo, pois é uma atividade voltada a longo prazo, como afirmado: “O Marketing de Relacionamento significa criar, manter e acentuar sólidos relacionamentos com os clientes e outros públicos”. ( Kloter & Armstrong, 1998, p. 397) Na concepção de que cada cliente deve ser atendido de acordo sua necessidade, Kloter e Armstrong (1998, p.619 ), afirmam que o “ marketing de relacionamento é baseado na premissa de que os clientes importantes precisam receber atenção contínua”, isto é, mesmo após a venda do produto, ou prestação do serviço, a empresa precisa prestar o serviço de pós venda, manter contato com o cliente, prestando-lhes a assistência necessária e só assim o mesmo sentir-se importante para a empresa. É através do marketing de relacionamento, que as organizações podem projetar e lançar ações voltadas aos clientes, buscando sempre que estes tornem-se cada vez mais próximos de seus produtos e/ou serviços, de forma a utilizá-los e recomendá-los a inúmeras pessoas, pois indiretamente e imperceptivelmente, reconhecem o valor e o esforço a eles disponibilizado por aquela empresa, que a todo momento se preocupa com seu bem estar e atende prontamente suas solicitações. As características do Marketing de relacionamento: • Concentrar-se nos parceiros e nos clientes. • Dar ênfase a retenção e satisfação dos clientes. • Ouvir e aprender mais do que falar. • Marketing coordenado e trabalho em equipe. Segundo Mckenna (1992), o marketing de relacionamento se faz essencial e indispensável ao desenvolvimento da liderança no mercado, à 22 rápida aceitação de novos bens e serviços e à consecução da fidelidade do consumidor. O marketing de relacionamento, segundo Gordon (2000), é um processo contínuo de identificação e criação de novos valores com clientes individuais e o compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parceria. Na concepção de Ries e Trout (1998), a atuação individualizada em mercados específicos passou a ser prioritária, ao invés da economia de escala. O foco deixou de ser fabricar um produto para um mercado demasiadamente grande. As empresas se viram obrigadas a desenvolver produtos diferenciados para mercados específicos, apresentando um target cada vez mais segmentado. O marketing de relacionamento pode ser comparado ao casamento do cliente com a organização. As partes possuem expectativas distintas e necessidades específicas. É relevante frisar que o sucesso desta abordagem de marketing, assim como no casamento, dependerá de um relacionamento inevitável de interdependência e compreensão (LEVITT, 1988). Para compreender o desafio do Marketing de Relacionamento, Bretzke (1999,p.23) traçou um paralelo entre o que foi a década de 90 e quais as tendências para a primeira década do século XXI. Década de 90 Era do cliente. Primeira década do século XXI Era do comprometimento com o cliente em tempo real. Enfoque na melhoria do diálogo com Enfoque no conceito de ” importar-se o cliente. e cuidar “ do relacionamento. Crescente diversidade de produtos e Desenvolvimento serviços. de customizados maciçamente. produtos 23 Crescente concorrência Global Crescente globalização dos negócios Segmentação de mercados, Segmentação de clientes. tecnologias e soluções. Mudanças organizacionais estruturais Reengenharia de marketing, nova na empresas, buscando novas organização de vendas, consolidação maneiras de administrar os negócios das estruturas criadas. As empresas usarão o conceito de parceria. Canais de distribuição em constante As mega fusões e mega alianças movimento. Ainda que estar próximo alteram e otimizam os canais de do consumidor seja preponderante, distribuição. os canais frequentemente eletrônico. Crescente comércio negligenciam o diálogo com o cliente. As mídias Tradicionais falham em Crescente esforço de comunicação comunicar claramente as mensagens. integrada. Nova força de vendas. Maior uso do marketing direto, e a propaganda procura encontrar novas soluções criativas e de mídia para atingir os prospects e obter a resposta desejada. O ambiente de negócios e o cenário O ambiente de negócios e o cenário futuro da imprevisíveis. competitividade são futuro da competitividade serão ainda mais imprevisíveis. As previsões e pesquisas de mercado Maior uso do database marketing não fornecem um rumo claro as para a formulação estratégicas ações. 24 Demografia mutantes, e estlos de vidas Surgimento de novos grupos de sendo que os consumidores ávidos por produtos de não estão mais entretenimento, culturais e espirituais. consumidores alinhados como grandes grupos alvos simples e previsíveis. As exigência do tempo pessoal. Os As exigências do tempo pessoal consumidores estão reconhecendo o criam um novo varejo, com conceitos valor do tempo, mudando os hábitos de serviços ampliados de consumo, seus valores e necessidades. O declínio da lealdade a marca. As Valorização da experiência de marca promoções e descontos e a falta de como fator de construção da lealdade. diferenciação aos olhos dos clientes estão levando a compra por oferta. Fonte: BRETZKE (1999:23) O marketing de relacionamento é uma estratégia das empresas para reter e conquistar novos clientes. 2.2 – Ferramentas do marketing O marketing utiliza de algumas ferramentas para que a fidelização dos clientes aconteça. Veremos algumas delas como por exemplo: banco de dados de clientes, venda pessoal, mala direta, telemarketing e marketing on-line. Sabemos que empresa para estar fidelizando seus clientes é preciso buscar conhecer melhor seu comportamento, seus gostos e desejos. Através de um banco de dados, a empresa poderá estar obtendo informações mais precisas sobre esses clientes e assim identificando-os de forma a estar estabelecendo critérios personalizados de acordo suas preferências e necessidades. O banco de dados de clientes na concepção de Kloter ( 2006, 25 p. 160), “ é um conjunto de dados abrangentes sobre clientes atuais ou potenciais atualizados, acessível, prático e organizado para fins de marketing, tais como gerações de indicações, de venda de um produto ou serviço ou manutenção do relacionamento com os clientes”. Para Vavra( 1993, p.76), “ hoje, cada vez é maior o número de empresas que estão descobrindo o potencial dos bancos de dados para ajudálas a construir um relacionamento mais forte com seus clientes”. O banco de dados é um forte aliado na conquista e satisfação mantendo assim um bom relacionamento com os clientes, pois diante de sua utilidade, diz- se que é uma ferramenta indispensável para estar estabelecendo um contato mais aberto com os clientes. A venda pessoal, que entende-se ser um método e gerenciamento de clientes, onde são considerados a personalidade e perfil de cada cliente. Quanto à venda pessoal como uma ferramenta do marketing, Cobra diz que: “Ninguém melhor que o vendedor para sentir o mercado e suas necessidades, pois sabendo pesquisar o mercado, ele pode sugerir ações estratégicas ou táticas que valorizem os negócios da empresa, devendo agir em seu território com um autentico gerente de vendas que conhece o potencial de mercado e que engloba para obter o melhor desempenho possível de seu território”. (COBRA, 1994, p. 29) Cobra ainda acrescenta que “no mundo de marketing, a venda pessoal é dentre outros compostos, a mais importante forma de comunicação de uma empresa com o seu mercado”. Portanto, pode-se dizer que a venda pessoal, é desenvolvida para assim estar estabelecendo uma comunicação mais direta com seus clientes. Através da mala direta, o cliente pode estar recebendo correspondência em sua residência, podendo ser essas correspondências jornais, revistas entre 26 outros, sendo os mesmos entregues pelos Correios. Para Cobra (1992, p.634) mala direta “é qualquer propaganda direta enviada pelo correio”. Já Kloter (1998, p.629), ressalta que “ é o meio popular porque permite alta seletividade do mercado alvo, podendo ser personalizada, é flexível e permite teste e mensuração da resposta”. Por fim, a mala direta se bem planejada pode auxiliar as empresas a produzir clientes potenciais, no entanto, se não for bem planejada, poderá estar causando insatisfação quanto a demora ou conteúdo. Assim percebe-se que a mala direta pode ser um fator facilitador do contato da empresa com seus clientes e divulgador de seus produtos e/ou serviços. O telemarketing pode ser uma das ferramentas com um feedback mais rápido no sentido da empresa estar sentindo a reação imediata de satisfação ou não do cliente quanto aos seus serviços. Quanto a comunicação da empresa com seus clientes com o uso do telemarketing, observa-se na sustentação de Vavra que: “O telefone é o principal meio para a empresa comunicarse com seus clientes. Primeiro a comunicação é melhor e mais completa e a emoção pode ser facilmente controladas ou enfatizadas em uma conversa telefêonica. A ansiedade, satisfação, frustração ou indiferença do cliente podem ser sentidas pelo receptor, que dará uma resposta adequada para ajudar a criar satisfação por parte do cliente”. ( VAVRA, 1993, p.137) Portanto, para empresa que utiliza o telemarketing de forma coerente, pode-se dizer que tem chance de muitas vezes estar reconquistando um cliente que por motivos x possa não ter ficado satisfeito com determinado fator durante a aquisição de um produto e/ou serviço. Como muitas vezes esse cliente não retornaria a empresa para estar expressando sua satisfação pelo telemarketing, é possível está contornando essa situação. 27 As empresas tem utilizado cada dia mais a propaganda on-line para estar oferecendo seus produtos e/ou serviços, sendo assim essa ferramenta que a empresa pode utilizar para atingir e comunicar clientes potenciais e atuais. Quanto a essa forma de empresa está mantendo contato com seus clientes, Gomes (2001, p. 189) sustenta que “a confiança do internauta de ser conquistada homeopaticamente e com cautela, lembra-se de que esse mercado é aberto e que a facilidade com que se ganha um cliente, se perde também”. No entanto, ressalta-se que para que haja política de fidelização onde tanto ganha o cliente quanto a empresa, é preciso haver bom relacionamento construído no oferecimento de serviços. 28 CAPÍTULO III A FIDELIZAÇÃO DOS CLIENTES COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO Conquistar novos clientes custa entre 5 a 7 vezes mais do que manter os já existentes. Então, o esforço na retenção de clientes é, antes de tudo, um investimento que irá garantir aumento das vendas e redução das despesas. Clientes fiéis são muito mais propensos a comprar através de mais de um canal (telefone, loja, internet, etc) e tendem a consumir mais. E quanto mais fiéis, maior a vida útil da carteira de clientes da empresa, menor o custo de recuperação de clientes e maior valor financeiro agregado à marca. Seguindo a linha de pensamento de Gomes (2001), percebe-se que para estabelecer um relacionamento duradouro com os clientes, é preciso oferece- lhes confiança e um atendimento personalizado, atendendo as suas particularidades transformando visitantes em clientes e em freqüentes consumidores. Reafirmando o raciocínio do autor acima citado acima, Giglio diz que: “Propõe-se que o gerente de marketing, além de conhecer o seu consumidor com todos os detalhes, deve também construir uma visão de futuro sobre o destino final dos usos, ou conseqüências do consumo de seus produtos e serviços. Mais do que vender, ele deve ter sua parcela de educador e orientar sua empresa para a conjunção dos interesses pessoais e coletivos”. (GIGLIO, 2002, p.249) Clientes fiéis reclamam quando têm uma experiência ruim, porque querem ver seu problema resolvido, acreditam na marca/empresa e querem melhorá-la. Já os clientes infiéis vão embora sem o menor remorso e pior - 29 ainda falam mal da empresa. Segundo Kotler, 95% dos clientes insatisfeitos não reclamam, apenas deixam de comprar, e Terry Vavra, consultor americano, afirma que um cliente insatisfeito costuma contaminar outros 13, enquanto que um satisfeito influencia apenas 5. As empresas podem estar deixando de ganhar, além da perda do cliente insatisfeito, há a perda de outros que são influenciados negativamente e o custo de recuperar esses clientes perdidos, se a empresa decidir investir nessa recuperação. De acordo com Vaz (2008) as exigências dos clientes já estão sendo atendidas e afirma que algumas empresas vão além de simplesmente ouvir o cliente, também os deixam influenciar diretamente no próprio produto, acreditando que muitas vezes o próprio consumidor, além de apontar os problemas, também os resolve. “Isto é por seu cliente no seu devido lugar, na direção da empresa“ (VAZ 2008). A satisfação pode ser obtida em uma única transação, mas a fidelidade só se conquista a longo prazo. Nada garante que um cliente satisfeito recusará as ofertas da concorrência. Já um cliente fiel pensará duas vezes antes de trair. 3.1- A Excelência no Atendimento As organizações que se empenham em prestar um serviço de alta qualidade está obtendo melhores resultados financeiros. Essas organizações crescem mais rápido e são mais lucrativas em relação as que oferecem o mínimo em termos de atendimento. Para que a excelência no atendimento fosse uma realidade foi necessário uma 2mudança de postura das empresas, de todos os níveis de 30 cargos, da diretoria aos colaboradores de ponta. Um dos maiores desafios das empresas foi primeiramente deixar seu cliente interno satisfeito para que assim o atendimento ao cliente final fosse uma experiência agradável. Um funcionário feliz tem maiores chances de fazer um atendimento satisfatório. Quanto mais a empresa valoriza seus funcionários menor será a rotatividade, número de faltas ao trabalho e maior empenho para o conhecimento profissional. “Uma pessoa dotada de paixão, é melhor do que 40 meramente interessados.” ( CONNELLAN, 2001 ) Com essa mudança de comportamento tanto por parte das empresas quanto para os profissionais de atendimento ao cliente, veio uma grande quantidade de pesquisas e treinamentos sobre excelência no atendimento. Um dos maiores exemplos de sucesso desse relacionamento empresa, colaboradores e clientes é a Disney World. O autor Tom Connellan mostra na sua obra “ Nos bastidores da Disney”, como 5 executivos bem sucedidos, conhecendo a metodologia de trabalho da Disney, poderiam mudar o resultado de suas empresas. Uma das mensagens que o livro passa é que cada detalhe é muito importante, e que todos devem estar envolvidos no mesmo objetivo, que todos são donos do negócio e prestar um atendimento magnífico é o diferencial em relação as outras empresas que oferecem os mesmos produtos. Não é necessário que as empresas ofereçam o mesmo produto para serem concorrentes, os clientes quando possuem um atendimento que é marcante de forma positiva costuma comparar com outro atendimento ruim independente do que está sendo ofertado. “Corrente é qualquer empresa coma qual o cliente o compara”. (CONNELLAN,2001) 31 E em um mundo cada vez mais competitivo, o Walt Disney World especializa-se em estreitar o seu relacionamento com os seus clientes, ou melhor, seus convidados. Reconhecido e admirado em todo o mundo, seu notável sucesso está em sua capacidade de fazer com que seus clientes sempre retornem. Quase setenta por cento dos freqüentadores dos parques já o visitaram antes. (CONNELLAN,2001) Oferecer um bom atendimento é muito mais que ser cortês. Um ponto de partida é conhecer seus clientes, saber tudo sobre o seu serviço, conhecer seus concorrentes, vender sonhos no lugar de produtos, preparar a equipe, fazer pós-venda e realizar um acompanhamento frequente do índice de satisfação de seus clientes. A empresa Performance Research Associates divulga no Livro Atentimento Nota 10: “Proporcionar um atendimento Nota 10 é criar uma experiência positiva e inesquecível para cada cliente. Corresponde a suprir expectativas e satisfazer necessidades, de tal modo que você seja visto como alguém com quem é fácil negociar. Significa procurar oportunidades de surpreender e cativar o cliente de um modo único e inesperado.” 3.2- Ferramentas para acompanhar e medir a satisfação de clientes As pesquisas de satisfação é uma das ferramentas mais importantes da Gestão Empresarial. O objetivo da pesquisa é mensurar o que os clientes estão pensando, sentindo ou fazendo sobre os processos, produtos e serviços da organização. O resultado final da Pesquisa de Satisfação de Clientes deve apresentar informações necessárias para a identificação de oportunidades de melhoria de um plano de ações. 32 Kloter (1999) descreve que as organizações que almejam conquistar, manter e aumentar a fidelidade de seus clientes devem: monitorar o nível de satisfação do seu cliente atual com relação aos seus produtos e serviços; não presumir que seus clientes atuais estão garantidos; de vez em quando faça algo especial para eles; encorajar seu feedback. Segundo Hayes (1992) a elaboração e aplicação de questionários de satisfação de clientes segue um processo: 1- Determinar as necessidades do cliente; 2- Elaborar e avaliar o questionário; 3- Aplicar o questionário. O questionário da pesquisa deve ser fácil de apresentar, fácil de preencher e fácil de ser processado. Em uma regra geral se define que se houver mais de 50 perguntas, as repostas se tornam menos confiáveis, o mais prático é um questionário entre 25 e 30 perguntas, ou até menos se for possível. Seguindo o mesmo raciocínio Albrecht & Bradford (1992) descrevem algumas orientações a serem observadas para elaborar as questões da pesquisa: • As perguntas devem ser o mais curtas possíveis. • Usar uma terminologia simples e concreta, evitando termos que o leitor não conheça. • Indagar apenas um item em cada questão, evitando perguntas compostas. O cliente pode ter opiniões diferentes sobre o mesmo assunto. • Usar um padrão simples e consistente na frases das questões. • Usar “você” sempre que for possível, tornando o questionário pessoal. • Não “dar pistas” de respostas, ou seja, evitar questões que sugiram que avaliações positivas ou negativas sejam adequadas. • Não obrigar o respondente a fazer cálculos ou tirar conclusões lógicas • Para responder as questões. Para permitir que os clientes respondam cada questão em graus variados, pode- se usar um formulário de respostas tipo Likert, desenvolvido pelo Dr. 33 Rensis Likert, da Universidade de Michigan para pesquisas em indica o comportamento. Exemplo de formulário de reposta tipo Likert: Discordo Discordo Inteiramente Não concordo Concordo Concordo Plenamente Nem discordo 1 2 3 4 5 Muito Insatisfeito Nem satisfeito Satisfeito Muito Insatisfeito 1 Nem insatisfeito 2 3 Satisfeito 4 5 Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo 1 2 3 4 5 Fonte: Hayes (1992), p.81. Para analisar a satisfação do público, conferir o seu posicionamento e descobrir o que cada um dos convidados aprovou ou não sobre sua experiência, o Walt Disney World adota múltiplos postos de escuta. Alguns membros do elenco, denominados Super anfitriões, munidos de laptop, percorrem os parques em diferentes momentos do dia realizando pesquisas com os convidados. Para não entediá-los e nem atrapalhar a sua diversão, quem realiza a entrevista é uma Sininho virtual, que torna aquele momento bastante divertido. Ao todo, os Super anfitriões chegam a entrevistar de 700 a 1400 pessoas semanalmente. Os resultados são somados, analisados e repassados também semanalmente ao elenco com o único objetivo de alcançar 100% de satisfação dos futuros convidados. Outros postos de escuta são os próprios funcionários, que estão sempre atentos a todos os movimentos dos convidados, bem como à suas reclamações, sugestões ou elogios. 34 Outra ferramenta que é muito simples porém muito eficaz a do cliente oculto ou misterioso. A avaliação é feita por pessoas que assumem o papel de clientes e agem exatamente como uma situação real de consumo, buscando uma informação, solicitando um serviço ou comprando um produto. Técnicas como estas têm sido largamente utilizadas por diversas empresas que buscam melhorar suas performances de atendimento e venda. O Mystery Shopper faz parte hoje de uma série de programas de qualidade, recursos humanos e marketing que, atuando de forma integrada, buscam uma solução prática para a melhoria de sua prestação de serviços, visando manter a fidelidade de seus clientes. E hoje esse tipo de avaliação está presente e diretamente relacionada a perdas e ganhos diretamente ligadas aos funcionários, a maioria das empresas estabelecem metas de satisfação do cliente, com o atingimento dessa meta o colaborador é bonificado. 3.3- Fidelização na percepção do cliente Como as expectativas dos clientes aumentam com o tempo, eles tendem a não mais se satisfazer se a empresa não conseguir acompanhar as mudanças de suas necessidades e desejos, o que demanda tempo e investimento. O que influencia na satisfação dos clientes são os produtos e serviços de qualidade, preço percebido como justo, condições de pagamento satisfatórias, cumprimento de prazos e compromissos assumidos pela empresa, disponibilidade dos produtos/serviços, entrega adequada, escuta atenciosa, diálogo de compromisso, descontos e ofertas especiais e facilidade da compra. Para melhorar esse valor percebido pelos clientes, devemos atuar sobre vários fatores: • Acessibilidade. Entendemos por acessibilidade a facilidade para obter o serviço. Um banco com muitos caixas automáticos é mais accessível. Se 35 dispusermos de um horário amplo também melhora a acessibilidade. Se o cliente pode localizar o diretor da empresa somos mais acessíveis. • Comunicação. Não somente devemos dar um bom serviço senão comunicarlo. As vantagens de nosso serviço devem ser comunicadas para que possam ser avaliadas pelos clientes. • Participação do cliente. Um aspecto fundamental nas economias modernas, especialmente nos serviços é a participação do cliente. Quando o cliente participa no serviço manifestando sua opinião, selecionando entre alternativas ou realizando alguma atividade pode aumentar o valor percebido. • Incorporar serviços adicionais. Um aspecto vital para incrementar o valor percebido é complementar o serviço básico padrão com serviços adicionais ou suplementares. • Programar ações para melhorar a percepção dos atributos críticos.Os clientes utilizam certos atributos que consideram fundamentais para avaliar alternativas de compra. Um aspecto fundamental é detectar os atributos que o consumidor considera como principal e por em prática ações que melhorem a percepção dos atributos críticos. Por exemplo, se os consumidores consideram vital a limpeza do quarto do hotel, devemos concentrar nesse aspecto. O quarto tem que estar limpo e ademais apresentar tal aspecto. Quer dizer, não só tem que estar limpo senão estar perfumado, que apresente limpo. • Empregados com orientação ao consumidor. A interação dos clientes com os empregados é uma parte essencial do processo de prestação de serviço. Tabela 1 – Por que os clientes trocam de empresa Razões pelas quais os clientes abandonam uma empresa em troca de outra. Achou produto melhor Achou produto mais barato Falta de atenção pessoal Atendimento rude, desatencioso Fonte: Adaptado de (CARDOSO E FILHO, 2001, P.25) % 15 15 20 45 36 CONCLUSÃO Podemos assim concluir que para atingir os objetivos desejados adotando esta nova filosofia de como fazer negócio, não basta criar um banco de dados, um Call Center, programas de fidelidade e diversos questionários de pesquisa de satisfação para obter dados dos clientes, tem que transformar essa informação em conhecimento, entender e influenciar o comportamento do consumidor para criar o diferencial competitivo da empresa, levando o produto ou serviço certo, para o cliente certo, na hora certa, aumentando assim a longo prazo a lucratividade da empresa. O trabalho apresentou o comportamento do consumidor que está cada vez mais exigente na hora do consumo, e que o consumidor brasileiro mudou de postura após a classe C ter mais poder de compra e outros fatores importantes como a inserção da mulher do mercado de trabalho. A fidelização dos clientes, também diminui os custos com a atração de clientes novos, porque clientes leais tendem a comprar mais e a experimentar os novos produtos ou serviços. E ainda atuam como profissionais de marketing boca a boca. A estratégia de fidelização solicita muitos esforços, mas, é a única que realmente traz um diferencial competitivo para empresa, porque qualquer outro concorrente pode oferecer, atrair clientes pode ser tecnicamente fácil, com métodos do marketing tradicional como promoção de preços, bônus, mas, o lucro real, está em reter os clientes lucrativos à longo a prazo. Vimos na pesquisa que o papel de marketing evoluiu muito nos últimos anos e deixou de ser apenas uma ferramenta de promoção e vendas, atualmente a empresas que realmente desejam ser diferenciadas no mercado investem muito no CRM, que como dito anteriormente significa nada mais que Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente. Com todo esse estudo as organizações entenderam o quanto é importante ter sua equipe satisfeita e que assim o atendimento também seria satisfatório. As empresas investiram em treinamentos para conscientizar e envolver todos os setores da empresa que para se obter bons negócios é necessário ter o foco principal no cliente. Com 37 isso a excelência no atendimento ganhou papel importante dentro das organizações, chegando ao ponto de fazer com que os colaboradores, principalmente equipe de vendas, ganhassem ou perdessem bônus de acordo com o índice de satisfação do cliente em relação aos produtos e serviços oferecidos pela empresa. Verificamos que há vários meios para medir essa satisfação, pesquisas e clientes misteriosos. Por fim entendemos que fidelizar não é tarefa fácil mas essencial para o sucesso das organizações. 38 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 >> Email de um cliente satisfeito; 39 ANEXO 1 E-MAIL DE UM CLIENTE SATISFEITO. Belém. em 30 de janeiro de 2009 Ao Sr. Mauro Barros, Gerente da TOULON – Concessionária Peugeot da BR-316. Prezado Senhor, Boa tarde! Hoje estive na Toulon da BR para a realização da primeira revisão do meu carro e gostaria de registrar o excelente atendimento que eu obtive, sobretudo em função de um atendimento personalizado, conduzido pelo funcionário LUCIANO VALENTE, o qual, desde o momento em que cheguei, dispensoume um tratamento vip e singular, que por sinal ainda não havia recebido em outra Concessionária. Observei que os atendentes dessa conceituada empresa são bem treinados para lidar com seus clientes; são comprometidos com o negócio, são brilhantes e irrepreensíveis nos atendimentos, o que se constitui em excelente estratégia na fidelização de clientes. Permita-me transmitir-lhe o que se segue: Sabemos que cliente satisfeito é a alma de qualquer negócio de sucesso. O grande desafio de vendas e prestação de serviços é a conquista de clientes absolutamente fiéis. Entendo que o papel de um funcionário bem treinado é fundamental nesse processo, e a cultura da empresa em valorizar a área de vendas também é vital para que esse cliente seja seu segundo vendedor. O cliente satisfeito nem cobra comissão e te indica para todo mundo. O maior engano das empresas é achar que o responsável por vendas são os 40 vendedores e o restante do pessoal não tem nenhuma obrigação. Empresa que faz sucesso tem uma cultura organizacional onde todos são "vendedores e bons atendentes", inclusive o porteiro, isso tudo com ética, profissionalismo e honestidade de propósitos. Muitas empresas acreditam que fornecer produtos e serviços continuamente melhorados, a preços competitivos, seja o suficiente para fidelizar clientes. Não é. Tem que ter um pessoal comprometido com o negócio, vibrante, que saiba manter bons relacionamentos com os clientes. O sucesso, em meio a tanta competitividade, é consequência dos bons relacionamentos. Adaptar-se à clientela é fundamental e tornou-se uma prioridade. Uma boa estratégia de Marketing depende do estudo aprofundado dos públicos, das novas tecnologias envolvidas, do ambiente organizacional, dos recursos disponíveis e de qualquer fator que possa influenciar na execução dos planos elaborados pela gerência. Se antigamente o objetivo era manipular consumidores, na atualidade o desejo é de convidá-los a participar da organização. Assim é que se alcança a credibilidade e, em longo prazo, uma marca com boa reputação agregada, importantes diferenciais para uma empresa na atual situação do mercado. O uso do CRM (Customer Relationship Management) é indicado quando a empresa pretende "ter clientes para sempre", conquistando gerações. Para que os objetivos sejam alcançados de maneira eficaz, o emprego da ferramenta deve ser um processo contínuo, para que a venda seja uma conseqüência do bom relacionamento. Vale à pena, portanto, apostar na excelência de atendimento. O modelo “Disney”, adotado por várias empresas em todo o mundo, prioriza a motivação dos colaboradores para maximizar a qualidade de atendimento aos clientes. Todas as relações que podem influenciar na maneira como o consumidor vê a organização devem ser trabalhadas com muito cuidado. Para tudo operar em perfeita sintonia, ter um bom relacionamento com clientes, fornecedores, governo, imprensa, funcionários e a concorrência é essencial. Nesse contexto, a fidelização de clientes chega a ser vital para a empresa, e o processo de fidelizar inicia-se pela implantação de um sistema de informação que pesquise 41 continuamente o nível de satisfação do cliente, que identifique por tipo, por grau, por periodicidade, a incidência de erros operacionais que possam afetar o bom andamento do relacionamento. A partir das informações, espera-se das empresas a capacidade de identificação das causas, um rápido processamento e encaminhamento de soluções, sempre procurando evitar a principal razão pelo qual um cliente abandona um fornecedor, o descaso pela falta de atendimento apropriado quando da existência de problemas. E, por fim, se a empresa necessita de velocidade e precisão para geração de respostas eficientes em prol do relacionamento, faz-se mister que cada colaborador entenda e conheça bem a sua função, e que todos tenham competência para lidar e conjugar o verbo "clientar", criando inovações que surpreendam os mercados pela diferenciação de sua empresa, de seus colaboradores, frente ao seu principal patrimônio: o seu cliente. Meus parabéns! Transmita ao Luciano meus agradecimentos. Atenciosamente, Alessandri Campos Vilanova e Silva. Administrador de Empresas – C.R.A. nº 1356/PA. 42 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 7ª ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos Editora S.A., 1998. GOMES, Gustavo Carneiro G. Marketing Digital. Tubarão: Universidade do Sul de Santa Catarina, 2001. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio básico língua portuguesa. Rio de Janeiro: 1988. CONNELLAN, Tom. Nos Bastidores da Disney – Os segredos do sucesso da mais poderosa empresa de diversões do mundo. 8 ed. São Paulo: Futura, 2001. GORDON, Ian. Marketing de relacionamento: estratégias, técnicas e tecnologias para conquistar clientes e mantê-los para sempre. 3. ed. São Paulo: Futura, 2000. RIES, Al; TROUT, Jack. Marketing de Guerra. 31 ed. São Paulo: M. Books, 1998. BRETZKE, Miriam. Marketing de relacionamento e competição em tempo real com CRM: (Customer relationship management). São Paulo: Atlas, 2000 43 BIBLIOGRAFIA CITADA LEMES, A.R.P. Implementação de estratégia para satisfação de clientes de micro e pequena empresa – comércio de Taubaté. 2002. 94 p. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing. 7ª ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos Editora S.A., 1998. GOMES, Gustavo Carneiro G. Marketing Digital. Tubarão: Universidade do Sul de Santa Catarina, 2001. GIGLIO, Ernest. O comportamento do consumidor. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 2002. VAZ, Conrado Adolpho. Google Marketing: o guia definitivo do marketing digital. São Paulo : Novatec, 2008. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio básico língua portuguesa. Rio de Janeiro: 1988. RICHERS, Raimar. Recordando a infância do marketing brasileiro: um depoimento. Revista de administração de Empresas, São Paulo,v.34,n.3,p.2640,maio./jun. 1994. CONNELLAN, Tom. Nos Bastidores da Disney – Os segredos do sucesso da mais poderosa empresa de diversões do mundo. 8 ed. São Paulo: Futura, 2001. GORDON, Ian. Marketing de relacionamento: estratégias, técnicas e tecnologias para conquistar clientes e mantê-los para sempre. 3. ed. São Paulo: Futura, 2000. McKENNA, Regis. Marketing de Relacionamento: estratégias bem-sucedidas para a era do cliente. 15 ed. São Paulo: Campus, 1992. 44 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I O comportamento do consumidor 10 1.1 – O perfil do consumidor brasileiro 12 1.2 – Fatores que influenciam no momento da compra 14 CAPÍTULO II Conceitos de Marketing 18 2.1 – Marketing de Relacionamento e CRM 20 2.2 – Ferramentas do Marketing 24 CAPÍTULO III A fidelização dos clientes como diferencial competitivo 28 3.1 – A excelência no atendimento 29 3.2 – Ferramentas para acompanhar e medir a satisfação de clientes 31 3.3 – Fidelização na percepção do clientes 34 CONCLUSÃO 36 ANEXOS 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42 BIBLIOGRAFIA CITADA 43 ÍNDICE 44