CONTROLO DA TEMPERATURA NA CADEIA DE FRIO DA CARNE DE AVES Raimundo, A, J. F.*; Dias, I. A.; Amaro, D. RESULTADOS CONCLUSÕES *[email protected] 1 PRODUTOS Não deverão permanecer nas salas para além de 20 minutos 2 SALAS Para atingir um controlo de temperaturas que garanta carne segura >> há que exercer um esforço adicional >> para eliminar os casos de temperatura nas salas acima de 12°C NOS PRODUTOS Temperaturas de 3,9°C ou superiores foram atingidas aos 20, 30, 45, 45 e 75 min, respetivamente, em: galinha, frango pequeno, frango grande, perna de peru e peito de peru NO AR DAS SALAS Em 540 medições da temperatura do ar nas salas Somente em cerca de 15 % delas a temperatura foi acima de 12°C, e todas elas na sala de calibragem METODOLOGIA Para verificar que a carne de ave não ultrapassasse o limite de 4ºC e o limite de 12ºC nas salas de laboração Controlo das temperaturas na cadeia de frio da carne de aves Ao longo de 210 minutos (1 sessão) De 10 em 10 minutos nos primeiros 30 minutos da sessão, de 15 em 15 minutos nos 90 minutos seguintes e de 30 em 30 minutos nos últimos 90 minutos Em 4 salas (e, respetivamente, em diferentes produtos) Calibragem carcaças [carcaças: frango grande, frango pequeno (8 sessões) e galinha (4 sessões)] Expedição [carcaças: frango grande, frango pequeno (8 sessões) e galinha (4 sessões)] Desmancha de carcaças, nos mesmos produtos e número de sessões, e em peito de peru (3 sessões) Produção de espetadas (3 sessões; em pernas de peru) Temperatura do ar nas salas registada temperatura indicada nos mostradores das respetivas salas Temperatura na carne sonda de penetração (Sartorius, modelo PY-T01) acoplada a potenciómetro (Sartorius, Basic Meter PT- 10), inserção centro do peito do frango ou de galinha e no peito ou perna de peru, a partir da face externa, até atingir o centro térmico. no PRESSUPOSTOS 7 Além disto, de acordo com o mesmo regulamento, os operadores das empresas do setor alimentar devem assegurar que na desmancha e na desossa a laboração da carne seja organizada de forma a evitar ou minimizar a contaminação, garantindo, nomeadamente, que: a) a carne para desmancha seja introduzida nas salas de trabalho à medida que for sendo necessário; b) durante a desmancha, a desossa, a aparagem, o corte em fatias, o corte em cubos, o acondicionamento e a embalagem, a carne seja mantida a uma temperatura não superior a 3ºC no caso das miudezas e a 7ºC no caso da restante carne, através de uma temperatura ambiente máxima de 12ºC ou de um sistema alternativo de efeito equivalente. 6 Após a inspeção e a evisceração, os animais abatidos devem ser limpos e refrigerados até atingirem uma temperatura não superior a 4ºC assim que possível, a não ser que a carne seja desmanchada a quente (Regulamento n.º 853/2004). 5 Se as carcaças forem devidamente arrefecidas (entre 4 a 10ºC), a multiplicação de patogénicos diminui. 4 3 Segundo FAO (2013), para reduzir o risco da multiplicação de microrganismos patogénicos nas carcaças e na carne de aves, as carcaças devem ser refrigeradas ou consumidas imediatamente após o abate. Deverão existir sistemas que assegurem um controlo eficaz da temperatura quando esta se torna fundamental para a segurança e aptidão dos alimentos. 2 Tais controlos incluem as temperaturas de arrefecimento, processamento e armazenamento 1 Segundo o Codex Alimentarius (2003), o controlo inadequado da temperatura dos alimentos é uma das causas mais frequentes da sua deterioração ou das doenças por si transmitidas. REFERÊNCIAS o Codex Alimentarius. General principles of food hygiene CAC/RCP 1-1969 rev. 4 2003. 2003. Rome: Codex Alimentarius, 31 p. o FAO. Poultry development review. 2013. Rome: Food and Agriculture Organization, 127 p. o Regulamento (CE) n.º 853/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho de 29 de Abril de 2004 que estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos géneros alimentícios de origem animal. Jornal Oficial da União Europeia, L139, 55-205 o Imagem Chicken plate. https://openclipart.org/detail/201644/chicken-on-plate-by-iggyoblomov-201644. acedida 25/10/2014