Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti A POLUIÇÃO DA ESTRATOSFERA [email protected] Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Regiões da Atmosfera Principais componentes: - Nitrogênio diatômico (N2, com 78% das moléculas) - Oxigênio diatômico (O2, com 21% das moléculas) - Argônio (Ar, com 1% das moléculas) - Dióxido de carbono (CO2, com 0,04% das moléculas) Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Figura 1. Estrutura da atmosfera. Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti A Química da camada de ozônio •A química da depleção do ozônio é controlada pela luz procedente do sol Relação entre a absorção de luz por moléculas e a ativação: - Um objeto de cor preta absorve luz de 400nm (luz violeta) a 750nm (luz vermelha) 400nm) - O O2 não absorve luz visível, mas alguns tipos de luz UV (50- Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Figura 2. Espectro eletromagnético. Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti •O filtra a maior parte da luz UV na faixa de 120 e 220 nm •A luz UV mais curta que 120 nm é filtrada na estratosfera e acima dela pelo O2 e por outros constituintes do ar, como o N2 •A luz UV mais curta que 220 nm não atinge a superfície da terra, protegendo os seres vivos •A luz UV na faixa de 220-320 nm é filtrada principalmente pelas moléculas de O3 UV-C (200-280 nm) totalmente absorvidoO2 situado acima da estratosfera UV-B (280-320 nm) parcialmente absorvido UV-A (320-400 nm) sem absorção (menos prejudicial) Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti A Camada de Ozônio - Filtra os raios nocivos (UV) Propriedades do Ozônio - Gás - Está presente em pequenas concentrações na atmosfera - Medida = unidades Dobson (UD) (0,01mm) - Quantidade normal = 350 UD (3,5mm) - Concentrações médias: região equatorial = 250 UD região subpolar = 450 UD PV=nRT Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Figura 3. Espectro de absorção do O3; (a) de 200 a 300 nm e (b) de 295 a 325 nm. Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Conseqüências biológicas da depleção de O3 • A redução do O3 permite que mais luz UV-B chegue a superfície da terra • 1% na redução de O3 aumentaria em 2% a luz UV-B Danos causados por pela luz UV-B - Bronzeamento e queimaduras - Câncer de pele - Afeta o sistema imunológico dos humanos - Afeta o crescimento de plantas e animais Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti •A luz UV-B pode ser absorvida por moléculas de DNA •Pessoas de pele clara possuem um máximo de absorção UV solar de aproximadamente 300 nm •A maior parte dos casos de câncer de pele se deve a superexposição à radiação UV-B •25% dos casos de câncer são melanomas malígnos Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti •O período de tempo entre a primeira exposição ao sol e o aparecimento de melanoma oscila de 15 a 25 anos •O uso de protetores solares que bloqueavam os raios UV-B, mas não os raios UV-A, pode levar a um aumento na incidência de câncer de pele. •1% na diminuição do O3 pode ocasionar de 1 a 2% de aumento na incidência de câncer maligno de pele Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Cloro e Bromo atômicos como catalisadores X •Fontes de cloro na estratosfera: - Compostos clorados - CH3Cl ( formado nos oceanos) Quando as moléculas intactas atingem a estratosfera, temos: CH3Cl + UV-C Cl• + CH3• ou OH• + CH3Cl Cl• + outros produtos Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Os átomos de cloro são catalisadores X eficientes para a destruição do O3 Cl• + O3 ClO• + O2 ClO• + O Cl• + O2 -------------------------------------Total O3 + O 2O2 •Cada átomo de cloro pode destruir cataliticamente milhares de moléculas de O3 (cerca de 10 mil moléculas) •Grande parte do cloro está presente na forma cataliticamente inativa Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti O cloro se encontra na forma de: - Gás cloreto de hidrogênio (HCl) Cl• + CH4 HCl + CH3• - Gás nitrato de cloro (ClONO2) ClO• + NO2• ClONO2 •Uma fonte de cloro são os clorofluorcarbonetos (CFCs) Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti •Assim como o cloro, grandes quantidades de brometo de metila são produzidos pela natureza •As moléculas chegam a estratosfera e são fotoquimicamente decompostas formando o bromo atômico Br• + O3 BrO• + O2 BrO• + O Br• + O2 •Na estratosfera quase todo o bromo está na forma ativa, pois as formas inativas (HBr e BrONO2) são fotoquimicamente decompostas de maneira eficiente pela luz solar Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti O buraco de ozônio na Antártida •O buraco aparece desde aproximadamente 1979 •Ocorre na primavera devido a maior concentração de O3 •Todo o cloro inativo é transformado em sua forma ativa, causando a depleção do ozônio •A conversão de cloro inativo em ativo ocorre na superfície de partículas formadas por uma solução de H2O, H2SO4 e HNO3 Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Figura 4. Esquema ilustrativo da produção de cloro molecular a partir de formas inativas de cloro na estratosfera. Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti Prof. Dr. Marcus Tullius Scotti A depleção do O3 no Ártico •No Ártico a depleção do O3 é mais branda do que na Antártida - Temperaturas mais elevadas - Melhor circulação de ar •Os cristais formados são menores, dificultando a formação de cloro ativo •Em 1995-6 devido ao frio intenso, chegou-se a concentração de O3 de 130 UD, sendo que o normal era de 200 UD