RESOLUTIVIDADE EM UMA UNIDADE DE PRONTO-SOCORRO: ALTA PRECOCE DO PACIENTE APÓS PROCEDIMENTO DE CARDIOVERSÃO ELETRICA Campos ES, Vigo LRA, Pinheiro, DA, Batista SA Hospital TotalCor [email protected] Introdução: Em pacientes com fibrilação atrial, descrita como uma arritmia auto-perpetuante, que promove mudanças eletrofisiológicas no tecido atrial, a cardioversão elétrica tem se demonstrado a principal forma de tratamento, pois corresponde ao uso terapêutico da corrente elétrica continua liberada ao miocárdio durante a despolarização ventricular somente após a identificação da onda R pelo desfibrilador. Atualmente, com a grande demanda de atendimentos nas unidades de saúde, o procedimento de cardioversão elétrica tem se tornado cada vez mais comum, trazendo benefícios ao paciente, evitando a necessidade de internação. Justificativa: Diante da grande demanda de pacientes com arritmias cardíacas em unidade de pronto-socorro, procurou-se conhecer a quantidade de procedimentos de cardioversão elétrica realizados com alta precoce. Objetivo: Descrever a evolução do número de procedimentos de cardioversão elétrica em pacientes estáveis em uma unidade de pronto-socorro e que receberam alta precoce após o procedimento. Método: Avaliação de estatísticas de atendimento de pacientes que realizaram o procedimento de cardioversão elétrica em uma unidade de pronto-socorro de um hospital particular, especializado em cardiologia na cidade de São Paulo. Os dados estatísticos foram levantados através de um sistema eletrônico de prontuário de pacientes, onde estes foram avaliados por enfermeiros, e classificados em diferentes procedimentos. Resultados: Dentre os anos de 2011 e 2014 foram realizados 293 procedimentos de cardioversão elétrica no serviço de pronto-socorro, sendo que 245 (83%) destes pacientes receberam alta para a residência horas após o procedimento. No ano de 2011, início do acompanhamento, foram realizados 52 procedimentos, sendo que 47 pacientes (90%) receberam alta horas após a realização do procedimento. No ano de 2012, foram realizados 68 procedimentos, com 61 altas precoces (90%). No ano de 2013, foram realizados 82 procedimentos, com apenas 63 altas precoces (77%), e no ano de 2014, houve um aumento no número de procedimentos, sendo 91 no total, com 74 pacientes com alta precoce (81%). Conclusões: em um hospital de nível terciário, em que a equipe de enfermagem é treinada e preparada para procedimentos de alta complexidade, é possível oferecer aos pacientes a oportunidade de realização de procedimentos que garantam a sua alta precoce, proporcionando ao paciente a rápida resolução de sua condição, sendo possível também evitar a internação hospitalar. O conhecimento da patologia e dos cuidados pré, intra e pósprocedimentos garantem ao enfermeiro e a toda a equipe de enfermagem a experiência e a vivência para se realizar estes procedimentos com segurança e qualidade. Referência: BARBOSA, Eduardo Correa et al . Remodelagem atrial elétrica reversa após cardioversão de fibrilação atrial isolada de longa duração. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 93, n. 3, set. 2009 . http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066782X2009000900004&lng=pt&nrm=iso Acesso em 16 fev. 2015. Disponível em