Gestão Financeira Necpar Programa de Pós graduação Lato sensu Fevereiro 2013 Aline Fonseca Page 2 Histórico O cenário é o mesmo em cozinhas industriais ou comerciais! Caixa de madeira → Caixa registradora → Contabilidade Custos Fixos e Variáveis Funcionários Impostos Má – administração – empréstimos Segundo o SEBRAE, 57% dos empreendimentos gastronômicos fecham em 3 anos: Falta de preparo Falta de planejamento Erros de Gestão Perspectivas Futuras Copa do Mundo –Brasil. Olimpíadas Brasil se fortalecendo no turismo corporativo Brasil sendo reconhecidamente respeitado O brasileiro cada vez mais aumenta o consumo de alimentos fora do lar 6. As empresas, cada vez mais preferem os “vale alimentação” 7. A alimentação “fora do lar” se fortalece. 1. 2. 3. 4. 5. Mas.... Não temos mão de obra qualificada... então.... Vamos trabalhar! Mas afinal o que é gerenciar? Materiais Patrimoniais Humano Capital Tecnológico RECURSOS 5 Conceitos de Gestão Fatores chave do Sucesso: Precificação, Custo, Qualidade, Tempo e Inovação Cadeia de Fornecimento Total •Análise da Cadeia de Valor Atrair e Reter Clientes Lucrativos Enfoque Interno e Externo Melhoria Contínua Tecnologia da Informação 6 Mas afinal, como gerenciar o seu negócio? Qual o objetivo do negócio? Quanto eu tenho para investir? Onde ele vai estar? Quem ele quer atender? O que vai vender? Quanto as pessoas vão pagar? Quanto eu quero ter de lucro? Quanto tempo eu tenho para querer ter de volta o investimento? Eu quero trabalhar com isso? Mas afinal, o que gerenciar no seu negócio Manipulação sem devidos cuidados Técnicas corretas de preparo de alimentos Abastecimento inadequado Reposição sem planejamento Controle de giro de estoque Má condição de armazenamento Qualidade de matéria prima Departamento de compras mal estruturado Identificar custos de produção Comparar informações de consumo com informações de saída O que é custo? CUSTOS Soma de valores de bens e serviços consumidos ou aplicados para obtenção de novos bens e serviços. Despesas, aplicações, consumo É um conjunto de atividades de acompanhamento, classificação, apropriação, análise e registros ocorridos direta ou indiretamente na fabricação de bens ou prestação de serviço. O que é preço? Em UANS, negociam-se preços de produtos e serviços. Preço – é o valor que se vende determinado produto ou serviço A composição do preço é bastante variável, mas = custos de produção + administração + recuperação de impostos. 3 Grandes contas! Alimentos e Bebidas 25% Mão de obra 25 – 30 % Custos Diversos 30% Total 80 – 85% de custos Lucro Previsto 15 – 20% de lucro (+ Marcap) Custos Diversos 1. Local 2. Equipamentos , Móveis e utensílios 3. Materiais de Informática (serviços, equipamentos, taxas de manutenção, papelaria, etc) 4. Material de Limpeza 5. Consultorias: Advogados, contadores, nutricionistas, chef´s, etc. 6. Publicidade 7. Impostos 8. Energias – Água, luz, telefonia móvel e / ou fixa, Gás 9. Transporte Tem que representar no máximo 30% do faturamento Mão de Obra 1. Pró labore 2. Salários 3. Encargos sociais (INSS, FGTS, 13º, Férias) 4. Rescisões 5. Acordos trabalhistas 6. Alimentação 7. Vale transporte 8. Uniforme 9. Contribuição Sindical (patronal e funcionários) 10. Seguros de Vida e de saúde 11. Brindes para funcionários e familiares Tem que representar de 25 à 30% do faturamento Alimentos e Bebidas 1. 2. 3. 4. 5. 6. Estocáveis Carnes Hortifrutigranjeiros Sobremesas Bebidas Descartáveis Tem que representar 25% do faturamento(CMV) Receitas 1. 2. 3. 4. 5. Quem são meus clientes? Quantos são? Quantos eles vão gastar? Como eles vão pagar? Como eu vou receber? Plano de contas Exercício Vamos montar um restaurante? 1. 2. 3. 4. 5. Dias e horários de trabalho Tipo de serviço Quantas pessoas atenderá? Quanto cada pessoa vai gastar? Qual o faturamento mensal? Custos Diversos Local: Alugado ou próprio? Leis de zoneamento Legislação sanitária Manutenções necessárias ( planejamento, prevenção). Seguro do local Seguro Fiança Segurança Custos Diversos Equipamentos , móveis e utensílios 1. Próprios ou alugados? 2. Qual o tipo de energia? 3. Manutenção Custos Diversos Manutenção 1. Ficha de equipamento – Aproveitar as garantias 2. Plano de manutenção – Evita interrupção de processo, que fatalmente trarão prejuízos materiais, financeiros ou estratégicos 3. Controles de manutenção Prevenção médica Durabilidade de equipamentos de cozinha – 10 anos, mas se bem mantidos Manutenção por empresas especializadas Através dos controles de manutenção pode-se detectar: Vida útil do equipamento Qual o custo real do equipamento A confiabilidade do equipamento 4. Controles de temperatura Ficha de Manutenção Controle de temperaturas Custos Diversos Informática Sistemas operacionais Devem ser customizados Devem se de fácil entendimento Tem que ter um custo benefício adequado 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Computadores Fitas Cartuchos Etiquetas Locação de Máquinas de cartões Taxas de cartões Taxas de Doc´s de pagamentos de cartões Prazos de pagamentos dos cartões X Pagamentos de fornecedores. Custos Diversos Material de limpeza 1. 3º custo de produção 2. Legislação sanitária 3. Centrais de diluição 4. Desperdício Custos Diversos Consultorias 1. Advogados 2. Contadores (da área) 3. Nutricionistas (contrato ou CLT?, profissional multifuncional) 4. Chef´s 5. Consultorias financeiras 6. Consultorias de qualidade 7. Consultorias ambientais Custos Diversos Publicidade 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Decoração Tv´s Brindes de clientes Datas comemorativas Promoções Cortesias Apoios, patrocínios e parcerias Gastos Diversos Impostos 1. 2. 3. 4. 5. 6. Regime especial Simples ou conta garantida Pagamento em dia Anistia não existe Parcelamento é possível Pagar os devidos, cuidado com as cobranças indevidas 7. Podem chegar à 17% 8. Deve ter um contador que entenda do assunto! Custos diversos Energias Não ter todos os equipamentos de uma mesma energia Acompanhar o consumo Escolher equipamentos que utilizem energias de forma racional Politicamente correto com o meio ambiente e o “bolso” Custos Diversos Transporte 1. 2. 3. 4. 5. Combustível Manutenção Pedágio Impostos Seguros Lembrem-se, custos diversos devem representar, no máximo 30% do Faturamento do Restaurante Mão de obra Pró labore Deve ser considerado, mesmo que tenha que ser o primeiro a ser cortado! 2. Contribuição Sindical (patronal e funcionários) É uma segurança para o patrão e o empregado Cuidado com qual taxa pagar! 3. Salários 4. Alimentação 5. Vale transporte 6. Uniforme Devem seguir o acordo sindical, comparando com o mercado. Mão de Obra 1. 2. 3. 4. 5. 6. Acordos trabalhistas Encargos sociais (INSS, FGTS, 13º, Férias) Rescisões Seguros de Vida e de saúde Devem seguir as orientações de um bom contador Treinamentos É legislação É essencial Atualização Pode ser caro, mas deve-se avaliar Custo benefício Brindes e benefícios para funcionários e familiares Mão de obra Como não errar na mão de obra Dimensionar a equipe através de um descritivo: 1.Cardápio 2.Materiais 3.Equipamentos Fazer um organograma Estudar relações trabalhistas 1.Cargos e salários 2.Horista X Mensalista 3.Elaboração de escalas 4.Intervalos 5.Estagiários 6.Temporários 7.Terceirização 8.Cooperativa Continuando... Distinguir o custo com mão de obra e o investimento em mão de obra Efetuar recrutamento e seleção, munido de descrição de cargos, municiado de cargos do mercado quanto a salários, carga horária, regime trabalhista. Ter programas de integração e treinamento Implantar critérios claros de remuneração e méritos Possuir controle de horários e criar índices de produtividade Fazer avaliações periódicas de desempenho Acompanhar mensalmente o passivo trabalhista da empresa Estudar turnover Integrar o conjunto de ações de racionalização de custos da empresa com a racioalização de custos de mão de obra. Lembrem-se, Mão de obra deve representar, de 25 - 30% do Faturamento do Restaurante Bom dia! Page 36 Alimentos e Bebidas Cardápio: Que tipo de cardápio?Buffet, a la carte, cardápio do dia, bandejão, self service? Regional, típico, quantas opções? Haverá sugestão da casa?Como será apresentada? Tem desconto, tem promoção? Haverá cardápio para eventos? Qual a margem de lucro prevista? Qual a previsão de venda? Alimentos e Bebidas Objetivos definidos.... Intuição – nada científico, normalmente imagina-se a partir da decoração, uniformes, logotipos, cores modismos; Tendências Gastronômicas; Informação – Objetiva e mensurável – Pesquisa! 1. Horário 2. Tipo de refeição e serviço 3. Tema – datas comemorativas / alimentação também e cultura 4. Estação climática – Previsão do tempo 5. Tempo de duração do serviço Montando cardápio – Pensando nas finanças 1. Disponibilidade dos alimentos / Sazonalidade 2. Perfil do cliente(hábitos, cultura, faixa etária, idade, sexo, poder aquisitivo,etc) 3. Escolaridade e formação profissional da mão de obra necessária 4. Custo de matéria prima e equipamentos O Cardápio tem que atender a demanda do cliente, para reduzir desperdícios e aumentar clientes. Cardápios - Cuidados especiais Conhecimento técnicos de produção Conhecimentos de serviços de alimentação Análise de estatísticas de vendas Definição da colocação dos preços Mercado abastecedor Custo Concorrência Planejar para um período Seriedade e profissionalismo Deve ser vendido aquilo que realmente é oferecido. As improvisações afetam a imagem do Restaurante Custo moral! Exercício Vamos montar o cardápio do Restaurante? Page 41 Formando preço – Ficha Técnica Ingredientes Unid. Quant. Aprov. Líquida Quant. Preço Custo % Custo Bruta Contra filet em Bifes Kg 0.800 80% 1.000 8,00 8,00 68 Molho de tomate pronto Kg 0.500 100% 0.500 1.49 0.74 8 Queijo mussarela Kg 0.150 100% 0.150 7 1.05 9 Farinha de Rosca Kg 0.250 100% 0.250 1.43 0.35 3 Ovo Un. 2 100% 2 0.25 0.50 4 Óleo Lt 0.500 100% 0.500 2.22 1.11 9 Sal Kg 0.012 100% 0.012 0.29 0.03 0 Ficha técnica Tem que ser na cozinha Com o cozinheiro Com os ingredientes corretos Com os equipamentos que serão utilizados Deve ser revista semestralmente ou... Quando trocar o cozinheiro Quando trocarem os custos Quando trocarem os equipamentos Exercício Vamos fazer a Ficha técnica de 1 preparação Page 44 Formação de Preços Técnicas utilizadas na formação de preços: Métodos Informais Métodos Formais Métodos Informais Não tem análises de custos Baseiam-se nos seguintes critérios Formação de preços Métodos Informais Não tem análises de custos Baseiam-se nos seguintes critérios: 1.Intuição – muito poucas informações 2.Competidores – é o método mais utilizado, cobra-se o mesmo preço dos concorrentes, só é valido se os serviços e os produtos são exatamente iguais aos dos concorrentes, e se o preço resulta em lucro satisfatório. 3.Seguir o líder – Só funciona se houver um líder cuja política de preços pode ser seguida, esse método é similar ao competitivo, a diferença é que apenas um dita os preços Formação de preços Métodos Informais 4. Psicológico – Estabelece o preço de acordo com o que o consumidor pretende pagar, é utilizado para produtos novos, sem concorrência, especializado ou de difícil disponibilidade. 5. Tentativa e erro – ele mede a sensibilidade do consumidor, , mas essa constante alteração de preços pode confundir o consumidor e afetar a decisão da compra. Os métodos informais somados aos processos formais são importantes , pois definem um preço lógico e determinado formalmente. Formação de preços Métodos Formais Definem preços através de: Custo de produção diretos Custos indiretos Receita prevista Resultados: Maior veracidade no processo de venda Valores justos, sem exagerar o subvalorizar os produtos Média do CMV(custo mercadoria vendida) – 28 á 30% Formação de preços Métodos Formais Método de indexação O índice indexador será o CMV absoluto, ou seja, o custo direto da matéria prima para a produção de um produtos.(quanto que a matéria prima vai representar no custo de um produto) Parte-se da Ficha técnica do produto e sobre ela incidirá o fator indexador. Preço de venda = Custo / fator percentual do custo Preço de venda parcial = R$3,36/0,30 Preço de venda parcial = R$ 11,20 Formação de preços Métodos Formais Método de indexação Esse não é um bom método porque ele só prevê o custo de matéria prima, ou seja, ele aproxima-se dos métodos informais, porque faltam outros fatores; Para isso deve-se incluir o ICMS; para base de cálculo – padrão 18% Preço parcial de venda(PPV) – (18% x custo da Ficha Técnica)/82% Formação de preços Simplificando: PPV / 0,82 No exemplo: PPV = R$11,20 Preço de venda = R$11,20/0,82 Preço de venda = R$13,66 Tem que comparar com a concorrência, pois ele pode estar fora da realidade, vc pode estar com um custo de matéria prima alto! O CMV é um custo médio, não deve ser aplicado cegamente; o ideal é termos uma variação aceitável na composição final de vendas Exercício Vamos formar o preço daquela preparação que fizemos a Ficha Técnica Page 52 Formação de preços - UANS Método Formal Método indexador TRA(texas restaurant association) Custos do restaurante = CMV(custo de mercadoria vendida + Folha de pagameto + gastos operacionais Custo de eventos A&B +MO +Locação + Lucro previsto = Preço Orçamento real Avaliação do orçado e realizado Intervalo Page 55 Administração de Alimentos e Bebidas 56 Compras Deve ser criterioso, pois negocia preços,prazos e quantidades a serem compradas. Compras diretas – perecíveis – não passam pelo estoque – direto produção, salvo em caso de armazenamento frio. Compras de estoque – direto para almoxarifado Objetivo do departamento de Compras: 1.Produto correto 2.Preço correto 3.Tempo certo 4.Fornecedor adequado Aquisição de Materiais Compras: A função de compras é um segmento essencial do departamento de materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento. Objetivos Básicos: a) Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de qualidade e quantidade; b) Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições para a empresa, principalmente as de pagamento. Os objetivos de compras devem estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa como um todo, visando o melhor atendimento ao cliente externo e interno. Essa preocupação tem tornado a função compras extremamente dinâmica, utilizando-se de tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais, como a Internet. 58 Condições de Compras Para efetuar uma boa compra, a empresa deve seguir certos mandamentos que incluem a verificação de prazos, preços, qualidade e volume. Deve-se manter cadastros de fornecedores, analisá-los, fazer uma seleção e procurar ter uma bom relacionamento com o mercado fornecedor. Entre as caracteristicas básicas de um sistema adequado de compras, podemos destacar: a) b) c) d) Sistema de compras a três cotações; Sistema de preços objetivos; Duas ou mais aprovações; Documentação escrita. 59 Condições de Compras • Prazos (de recebimento e compras) • Frete (incluso ou não?) • Embalagens (tamanhos, retornáveis e não retornáveis, padronizações) • Condições de pagamento e descontos (aplicações financeiras X prazos e descontos) • Capacidade de estoque (espaço físico, valores de giro financeiro, inflação) 60 Fluxo de Compras Fornecedores Requisição de Compra Pedido de Cotação Compra s Cotação 1 Cotação 2 Controle de Estoque Armazenagem Fornecedor Recebimento Cotação n Cotações Cotação 3 Cadastro de Fornecedores NF Pedido de Compra Decisão Material 61 Formulários Avaliação de amostra Visita Técnica ao fornecedor Cadastro Cotação Avaliação de recebimento Avaliação de desempenho do fornecedor: 62 Material de apoio Marcas aprovadas Fatores de correção, cocção, diluição, rendimento. Lista de substituições 63 Ficha de pedidos diários Produto Quant. Unid. Obs. Produto Quant. Verduras Laticínios Acelga Leite A Agrião Leite B Alface C. de leite Almeirão Leite cond Legumes Mussarela Abobrinha Q. Prato Berinjela Ricota Quiabo Parmesão Abóbora Unid. Obs. Regulamento de Compras Solicitação de Compras: - É um documento que dá autorização para o comprador executar uma compra. - É o documento que informa o que deve se comprar, a quantidade, o prazo de entrega, local de entrega e prováveis fornecedores. 65 Comprar. . . • Per capitas X cotações de preço • Contratos de prestação de serviços: direitos e deveres • Comprar ou produzir • Quanto comprar... • Descontos na compra X valores no mercado financeiro: • 1% aplicações • 5,5 % cheques especiais • 3 % empréstimos • Recebimentos de clientes X aquisições 66 Ordem de compra Formulário específico,contendo: Características do produto Condições de pagamento Indicação do fornecedor Data da entrega Endereço de entrega Horário de entrega Quantidade de produtos Deve ser em 3 vias: Comprador Vendedor(via fax, e-mail) Produção Exercício Vamos comprar aquela ficha técnica que fizemos, para 1 semana, lembre-se que lá na frente vc disse quantas pessoas comeríam em seu Restaurante. Page 68 Fornecedores Análise, Controle e Reajuste de Preços Preço justo???? - Correlação entre: qualidade, quantidade, atendimento e utilidade!!!! - As condições que definem o preço podem ser:: - Qualidade - Quantidade - Atendimento - Utilidade - Entrega - Capacidade competitiva - Integridade do fornecedor - Termos de aceitação do pedido - Política da empresa 69 Fornecedores Classificação de Fornecedores Pelo tipo de venda: - De matéria-prima - De serviços - De mão-de-obra Poder de venda e domínio de mercado: de Fornecedores: - Monopolistas - Fornecedores habituais - Fornecedores especiais 70 Fornecedores O melhor fornecedor é aquele que oferece um bom prazo de pagamento, juntamente com o prazo de entrega almejado pela empresa, aliado a um bom preço, porém com a máxima qualidade e a melhor tecnologia. Tendo em vista a dificuldade de encontrar um fornecedor que possua todos os requisitos supracitados, cabe ao setor de compras analisar qual é a sua verdadeira necessidade no que diz respeito ao preço e ao prazo que a empresa necessita. É essencial que o departamento de compras procure manter um bom relacionamento com seus fornecedores e, da mesma forma, possua mais de uma opção de fornecedor para cada produto que utiliza. Afinal, a união desses dois fatores pode garantir que a segurança no processo de reposição seja ainda maior. 71 Fornecedores Falhas de Entrega Avaliações Técnicas (POPs descritos pelos MBP ou HACCP) Avaliações Administrativas Falhas de Qualidade Escolha das Fontes Ética 72 Fornecedores de Alimentos Ideal o comprador avaliar: - Cadastros - Marcas ofertadas - Rendimentos e per capitas - Procedência dos alimentos - Avaliação do fornecedor 73 Fornecedores de Alimentos Como comprar produtos de boa qualidade? 1. Não adquirir produtos clandestinos (sem nome e endereço do fabricante e sem outras informações obrigatórias do rótulo); 2. Verificar as condições de higiene e manipulação do fornecedor; 3. Possuir uma lista dos fornecedores, para ter opções de escolha dos produtos; 4. Verificar as condições da embalagem, do produto, não compre produtos com embalagens violadas, amassadas, enferrujadas, molhadas, emboloradas ou rasgadas. 74 Recebimento Envolve: Verificar qualidade do produto Verificar quantidade do produto Comparar com a ordem de compras X fatura do fornecedor Preço da fatura = preço da cotação A partir do momento da assinatura da nota – o estabelecimento toma posse do produto. Em caso de discordância de algum item – nota de devolução(anexada ao relatório de recebimento) – departamento de compras e fornecedor. O motivo da devolução deve ser informado ao fornecedor. Hortifrutigranjeiros em caixas plásticas Compras e Recebimento Prazos de entrega devem ser cumpridos sob pena de cancelamento do pedido, em todo ou em partes, sem qualquer prejuízo ao comprador. Todo material fornecido deve cumprir as especificações, desenhos, etc, e sua aceitação se condicionar a aprovação dos sistemas de inspeção. Em caso de rejeição, o material deve ser colocado à disposição do fornecedor, por sua conta e risco. Qualquer despesa de transporte, relativa a materiais rejeitados, devem correr por conta do fornecedor. 76 Compras e Recebimento Reservar-se no direito de recusar ou devolver, às custas do fornecedor, qualquer parcela de material recebido em quantidade superior àquela cujo fornecimento foi autorizado pelo presente. O produto encomendado não poderá ser faturado por preços mais elevados do que aqueles previamente estabelecidos, salvo prévia modificação e posterior consentimento do comprador. Não devem ser aceito as responsabilidades de pagamento referentes a transportes, embalagens, seguros, etc., salvo se especificamente autorizados pelo comprador. 77 Compras e Recebimento Qualquer débito resultante do pagamento por parte do fornecedor sobre transportes, embalagens, seguro, etc., quando autorizado, deverá ser corretamente documentado junto à fatura correspondente ao fornecimento feito. Não assumir qualquer responsabilidade por mercadorias, cujas entregas não tenham sido autorizadas por um Pedido de Compra devidamente aprovado ou que, de qualquer modo, não estejam de acordo com os termos e condições supra-estabelecidas. O fornecedor deverá avisar o comprador sobre qualquer dilatação que venha a sofrer o prazo de entrega originalmente fixado ou sobre sua responsabilidade em cumprir qualquer cláusula anteriormente acordada. 78 Estoque Objetivos: Identificar a necessidade de compra Determinar quando comprar Dimensionamento de espaço para estocagem: Devem ser adequados para o volume de compras. Arejado Inflação reduzida – menor volume de compras Quanto maior o estoque:maior limpeza, risco de roedores,necessidade de mais controles, risco maior de desperdício e de desvios, risco maior da possibilidade de vencimento e deterioração PVPS Movimentação de materiais, armazenamento Padrões higiênico sanitários como critérios para recebimento, armazenamento e uso de MP: - Localização dos materiais no almoxarifado Estruturação do cadastro de fornecedores Levantamentos estatísticos de compras e estoques Estratificação do estoque quanto ao seu valor Ordem de Produção (OP) Custos diários 80 Movimentação de materiais, armazenamento Na definição do local adequado para o armazenamento devemos considerar: Volume das mercadorias / espaço disponível; Resistência / tipo das mercadorias (itens de fino acabamento); Número de itens; Temperatura, umidade, incidência de sol, chuva, etc; Manutenção das embalagens originais / tipos de embalagens; Velocidade necessária no atendimento; 81 Controle de Estoque Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; Controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque; Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; e Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. 82 Lançamento de Entrada FICHA KARDEX ÚLTIMO PREÇO OU PREÇO MÉDIO 83 Boa Tarde! Ficha Kardex Histórico de consumo Movimentação de entrada, saída e destino dos produtos. Evolução de preços Comparação de consumos Arrumação de estoque Indica nível regulador Indica o nível de nova encomenda Estoque mínimo / Estoque máximo Preenchimento contínuo Inventário periódico Ficha de controle de estoque – Kardex Modelo de ficha de controle de estoque Produto Código Máximo: Mínimo: Data Entrada Saída Unidade: Ponto de pedido: Data saída Estoque atual Lançamento de Saída Devolução Transferência Outras situações 87 Controle de Estoque Manter estoque trancado; Separar mercadoria com antecedência, de acordo com requisição; Manter os produtos próximos aos locais de utilização; Adotar sistemática para requisições extras; Retornar produtos nos estoques; Realizar inventário periódico; O estoque físico deve ser igual ao estoque do sistema. 88 Controle de Estoque Após a separação do estoque diário, se houver a necessidade de retirar algum produto do estoque geral, este deve ser registrado, de forma que ao final do período de produção, o gestor do restaurante possa analisar a ocorrência tomando ações corretivas se necessário. Para tanto este registro deve conter: - Data da ocorrência; - Produto retirado: relacionar todos os produtos que foram retirados na ocorrência em questão. - Quantidade: informar a quantidade retirada de cada produto relacionado. - Ocorrência: qual o motivo da necessidade da utilização de uma quantidade maior de produtos de que havia sido planejado. 89 Controle de Estoque ESTOQUE FÍSICO INVENTÁRIO ESTOQUE TEÓRICO 90 Planilha de inventário Código Descrição Und Estoque Atual Inventário Diferença % variação 101 Tomate Kg 7,415 6,300 - 1, 115 -6% 111 Alface Kg 3,186 3,350 0,164 0,7% 201 Picanha Kg 16,561 11,150 -5,411 -8,8% 202 Coxão duro Kg 5,700 5,450 -0,250 -1,1% 211 Frango Kg 21,240 23,200 1,960 5,2% 011 Feijão Kg 5,050 5,000 -0,050 -0,4% 021 Parfuso Kg 1,560 1,500 -0,060 -0.7% 301 óleo L 12,330 10,200 -2,130 -10,1% Controle de Estoque Estoque diário • Requisição - respeitar gêneros e quantidades • Local específico • Relacionar gêneros, qtdds e motivo Liberação • Analisar necessidade extra Produtos não utilizados • Relacionar gêneros, qtdds e motivo • Analisar ocorrência 92 Controle de Estoque Para evitar diferenças no estoque: Controle rígido de recebimento Registros de entrada de acordo com as NF imediatamente após o armazenamento Controle rígido das SAÍDAS (requisição e extras) Registros de saídas imediatamente após terminado o processo de produção do dia Inventário no mínimo quinzenalmente (contabilizar requisição que já foi separada) 93 Diferenças de estoque Baixas automáticas(aferição de fichas técnicas) Controles(a ocasião faz o ladrão) Perdas extraordinárias devem ser avisadas – urgente Bebidas quentes – Fitas(inventário em doses Produtos próximos de validade Perdas por erro de técnica Perdas por segurança alimentar – Comida alimenta, mas se mal manipulada – mata! Estoque de Materiais Quebra de materiais – aceitável – 1% ao mês – reposição rápida! Porque quebra? 1.Lavagem – manual ou mecânica 2.Qualidade dos copos 3.Habilidade do lavador 4.Condições de serviço Produção É a transformação da matéria prima em produtos prontos para consumo. O principal ponto de produção é a cozinha. A documentação do processo de produção é a Ficha Técnica – Objetivos gerenciais(gestão) e operacionais(manter padrão) Gestão da Produção Diária A produção e a distribuição estão intimamente relacionadas, e, portanto devem ser gerenciadas concomitantemente. Qualquer ocorrência na produção deve gerar uma ação na distribuição, assim como um problema na distribuição deve ter seu reflexo previsto na produção. Para gerenciar estes processos, além do acompanhamento em período integral da distribuição, fazendo o atendimento ao cliente, com a atenção voltada a perceber qualquer sinal transmitido, é preciso o acompanhamento de alguns sistemas como: - Produção cadenciada; - Porcionamento; - Resto; - Sobra limpa; - Calculo do custo diário; - Verificação do consumo; - Gerenciamento do faturamento. 97 Ficha de saída Diária PLANILHA DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL NA COZINHA DATA: ___/___/___ EVENTO: FOLHA: ___/___ ESPECIFICAÇÃO Descrição QUANTIDADE Unidade Preço Solicitada Devolvida Utilizada Custo final Intervalo Page 99 Avaliar Cardápios Sobras Resto Ingesta Sobra Limpa Realizar medição em todos os períodos (almoço e jantar), inclusive sábados, domingos e feriados; Pesar os alimentos não consumidos considerando todos os serviços; Pesar recipiente vazio (tara); Preencher planilha de registros em cada turno. 101 Sobra Limpa SL = Peso total das sobras de alimentos (Kg) x 1000 Número de refeições total dia % SL = SL(g) x100 / peso do prato padrão análise de sobra limpa em relação a valores médios do mês - minimizar a interferência de fatores como clima, tipo de elaboração, aceitabilidade, entre outros. MÉDIA MERCADO – 4% (busca de 2%) 102 Resto Realizar controle todos os períodos, inclusive sábados, domingos e feriados; Pesar recipientes de coleta vazios (tara); Coletar as sobras provenientes dos pratos, desprezando descartáveis, ossos e cascas; Cuidar para que não seja agregada à coleta, a água que fica na esponja de limpeza; Preencher planilha de registro em cada turno. 103 Resto R = Peso total dos restos alimentares (Kg) x 1000 Número de refeições total dia % R = RI(g) x100 / peso do prato padrão análise de resto em relação a valores médios do mês - minimizar a interferência de fatores como clima, tipo de elaboração, aceitabilidade, entre outros. MÉDIA MERCADO – 7% (busca de 4%) 104 Macrofluxo Planejamento de cardápio Compras Estoque trancado Requisição de mercadorias Baixa diária do estoque Recebimento / controle de estoque Porcionamento Produção cadenciada Sobra limpa Resto Análise de custos Tomada de ação 105 Mas quanto ao Investimento? Projetar receita média mensal Identificar a futura e potencial receita Como está funcionando o mercado ao redor. Cálculo da taxa de retorno do investimento – base no lucro mensal O custo médio de montagem de um estabelecimento é de 3 a 5 vezes o faturamento mensal esperado O retorno, no Brasil, quando se dá, é em 2 anos. Portanto, o investimento é viável quando a taxa de lucro proporciona o retorno do investimento em até 24 meses. Gestão Financeira Custos X Vendas Uma empresa nunca é igual a outra – a receita não pode ser a mesma para as 2! Plano de custos, com metas, e o acompanhamento do realizado; Empresa ideal Faturamento 100.000,00 Alimentos e Bebidas 25.000,00 Mão de Obra 25.000,00 Gastos Operacionais 30.000,00 Lucro 20.000,00 Page Fluxo de Caixa Gerenciamento de Capital – Tem que ter, independente do tamanho! O fluxo de caixa cresce: Aumentam as vendas Estabilizam os custos Aumenta a diminuição dos custos O Plano de contas é que determinará o limite do fluxo de caixa, através do demonstrativo de despesas e receitas Determinação de padrões em A&B Importante: A comunicação entre setores é fundamental A troca de informações deve ser formal e documentada Trabalho integrado Instrumentos para documentação de suas atividades Esses documentos é que avaliarão o desempenho do estabelecimento Transações contábeis – pessoa especializada, com formação específica Deve haver conferência de dados pela gerência, de maneira criteriosa e contínua, para que possa ser confiável e efetiva. Determinação de padrões em A&B Não adianta ter informações se elas não são bem trabalhadas ou sequer trabalhadas Documentação do processo deverá ser: Constante Planejada Criteriosa Sistemática Fatores Críticos •Planejamento é a base de tudo; •Evasão de refeições; •Estoque “capital” do restaurante; •Nem sempre o prato que os gerentes acreditam ser mais caro é, exemplo: bife à milanesa; •Utilizar a panela certa para cocção de arroz; •Importante negociar com o cliente; •Evasão com faturamento: Problemas com leitura de catraca/ pagamento; Problemas com o sistema de catraca/ pagamento; Layout do restaurante; •Retorno do cliente ao balcão de distribuição; •Controles ineficientes dos serviços vendidos; •Falta de conhecimento do contrato. 112 Fatores Críticos •A importância do custo diário; •O trabalho em equipe e o comprometimento de todos na cozinha; •Pontualidade na entrega de informações e documentos; •Gramagem de carne; •A importância da relação entre custo e contrato, como por exemplo: se no contrato temos 120gr de proteína devemos segui-lo a risca; •A elaboração do cardápio é 50% do resultado por isso deve ser muito bem elaborado. 113 Possíveis Soluções REDUÇÃO DE CUSTO REVISÃO DOS PROCESSOS GESTÃO DOS INDICADORES NEGOCIAÇÃO COM CLIENTE 114 Possíveis Soluções Empresas modernas necessitam de informações que identifiquem como e onde os custos ocorrem, isto é, suas causas e efeitos. A gestão de custos juntamente com a gestão de Garantia de Qualidade visa à melhoria de processos e a minimização dos custos, despendendo recursos com investimentos que adicionam valor para o consumidor e trazem retorno para a empresa, assim, a redução do custo é um alvo a ser alcançado pela empresa através de melhorias contínuas. 115 Custos da Qualidade São os custos ligados ao controle de qualidade na produção,logística de um produto ou serviço. Os custos da qualidade podem ser divididos em quatro grupos: 1. custos de prevenção, 2. custos de inspeção, 3. custos de falhas internas, 4. custos de falhas externas. 116 Custos da Qualidade No primeiro grupo são registrados todos os gastos que a empresa incorre no intuito de evitar as falhas. No segundo grupo são registrados os gastos relacionados com as atividades de inspeção realizadas pelas empresas. O terceiro grupo abriga os gastos relacionados com as atividades de retrabalhos. Sendo assim, caso a inspeção não tenha sido eficiente, será neste grupo de custos que serão verificados os gastos para a adequação do produto. Finalmente, o quarto grupo diz respeito aos custos relacionados à falhas descobertas pelos consumidores. São registrados as coberturas de garantia, gastos com recall etc. 117 Custos da Qualidade A empresa deve ter em mente que é necessário manter investimentos permanentes não só para adquirir a qualidade e sim para a sua manutenção. Assim sendo, quanto mais investimentos nos primeiros dois grupos menor tende a ser ao longo do tempo os custos dos dois últimos grupos. 118 Tenha na cabeça Empresa com foco no cliente = Sucesso Tire proveito das dificuldades Reveja as formas de produção Máquinas facilitam a sua vida , mas não a modificam Pessoas podem fazer tudo ficar melhor Sua equipe é o seu maior patrimônio e o mais caro O barato pode sair caro Retrabalho é burrice Cuidado com os custos fixos Seja competitivo Dúvidas 120 Savart gastronomia e nutrição [email protected] Tel (11) 94099983