ARQUITETURA AFRICANA: UMA INTRODUÇÃO História e Cultura Africana Professora Elane Albuquerque OBJETIVOS: Explorar o modo como o ambiente construído (arquitetura) forma, expressa e reflete a ecologia, a cultura e história de vários povos Africanos. Demonstrar a variedade de arquitetura que existe no continente Africano. Identificar a diversidade de materiais utilizados na criação da arquitetura Africana. Cabana de fulbe Gazana, Níger DESCONHECIMENTO GERAL? Existem muitos preconceitos com relação à arte africana e à África em geral. A denominação genérica de africano engloba maior quantidade de raças e culturas do que a de europeu, já que no continente africano convivem dez mil línguas, distribuídas entre quatro famílias, que são as principais. Daí ser particularmente difícil encontrar os traços artísticos comuns, embora, a exemplo da Europa, se possa falar de um certo aspecto identificador que os diferencia dos povos de outros continentes. Cabanas circulares de construção tradicional – Gana PARA INÍCIO DE CONVERSA A arquitetura africana teve um caráter utilitário, em vez de comunitário, e salvo raras exceções nunca foi empregada, como no resto das civilizações, como representação de poder. Comum a todos os povos foi a utilização de materiais pertencentes à sua região geográfica e o uso intencional e comedido dos materiais em equilíbrio com o meio ambiente. Independentemente de sua hierarquia, todos possuíam o mesmo tipo de casa, não como expressão de igualdade, mas de pertinência ao mesmo grupo. Os materiais utilizados variavam, então, segundo a região, mas normalmente eram semelhantes: desde o barro até fibras secas tecidas, ou uma combinação de vários. De modo geral, o povoado se protegia com uma muralha de barro, que rodeava e marcava os limites da aldeia. Povoado Dogom, Mali O GRANDE ZIMBÁBUE O Grande Zimbábue é o que restou de um povoado, todo construído por uma muralha monumental. Centro de uma importante cultura dedicada à pecuária, seus muros medem quase 10 m de altura. O motivo de seu abandono repentino é desconhecido, embora sua lenda como santuário tenha persistido até o início deste século. Figura 1 - Detalhe do muro e entrada do templo de Zimbábue Figura 2 - Torre redonda do complexo de ruínas do Grande Zimbábue – Zimbábue AS MESQUITAS A exceção a esse tipo de arquitetura rudimentar são os povos de Gana e Mali, no sudoeste, que construíram palácios de plantas variadas e o reino de Lalibela, a leste, onde, a partir do século XIII, foram encavados edifícios e templos nas rochas das montanhas. Figura 6 - Mesquita de Djingerber - Timbuctu Figura 7 - Mesquita de Mercadores de Sal – Timbuctu GRANDES PALÁCIOS E TEMPLOS Além das diferentes variações de choças de adobe e palha, existem na África outros estilos arquitetônicos autóctones. Os ashantis constroem grandes palácios e templos com paredes de barro sustentadas por uma armação de estacas. São numerosas as mesquitas erguidas desse modo, como a Mesquita ashanti de Larabanga, em Gana. REFERENCIAS http://www.pegue.com/artes/arquitetura_africana.htm