MANEJO DO TRATAMENTO
DE PACIENTES COM
HIPERTENSÃO
– PARTE I
CAUSAS
OBJETIVO
Capacitar o farmacêutico para implementação
do serviço de aferição de pressão arterial e
manejo do paciente com hipertensão,
conforme preconiza a Resolução RDC nº 44/09.
CAUSAS
INTRODUÇÃO
PA
=
VS, FC,
Contratilidade
X
DC
RVP
Volemia
SNP
Na+
Mineralocorticóides
Constritor
α
Dilatador
β
Humoral
Baroceptores
Dilatação
PG
Cininas
Constrição
ATII
Catecolaminas
Endotélio
NO
PGG
PGH
EDHF
ET
ATII
Classificação da Hipertensão Arterial
Classificação
PAS (mmHg)
PAD (mmHg)
Ótima
< 120
< 80
Normal
< 130
< 85
130 – 139
85 – 89
Estágio I (leve)
140 – 159
90 – 99
Estágio II (moderado)
160 – 179
100 – 109
Estágio III (grave)
≥ 180
≥ 110
Sistólica isolada
≥ 140
< 90
Limítrofe
Hipertensão
Quando as pressões sistólica e diastólica de um paciente situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da
pressão arterial.
Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) e
Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 2006
Fonte: O que é HAS? Sociedade Brasileira de Cardiologia
♦ Hipertenso baixo - moderado risco.
♦ Hipertenso alto risco e/ou diabético.
♦ Hipertenso alto risco com proteinúria.
CAUSAS
FATORES DE RISCO
Na maioria das vezes não é possível saber
com precisão a causa da hipertensão arterial,
mas sabe-se que muitos fatores podem ser
responsáveis.
Fonte Imagem:
http://www.colegiomilitarpmvr.com.br/noticia.php?
NotID=91
Fonte Imagem:
http://www.culturalivre.net/2008/11/21/n
ego-aco/negrosjpg/
Fonte Imagem: http://www.gandaiabr.net/2008/06/tipos-econsequencias-da-obesidade.html
Fonte
Imagem:http://mamaequeroserpop.w
ordpress.com/2009/11/26/ideias/
Fonte Imagem:
http://danielaoas.blog.uol.com.br/arch200
9-02-22_2009-02-28.html
Lipidemia
Fonte Imagem:
http://www.stimed.com.br/modeloedu/e
tilsig.html
Sal em excesso
Fonte Imagem: http://escoladaalimentacao.blogspot.com/2008/03/principaiserros-alimentares-dos.html
Fonte Imagem:
http://www.nossanoite.com.br/divadomasini/Index.asp?p=61
CAUSAS
SINTOMAS
A pressão alta é silenciosa.
Normalmente os sintomas só aparecem
quando a hipertensão já existe há algum
tempo e um pouco antes de complicações
como infartos, acidentes vasculares e
problemas nos rins.
CAUSAS
FISIOPATOLOGIA
RECEPTORES E SUAS ATIVIDADES
CORAÇÃO
β-1
RIM
β-1
VASOS
α-1
VASOS
AT II
VASOS
ET
CAUSAS
PORQUE TRATAR?
Epidemiologia - Brasil
Estimativas:
• 17 milhões de portadores de hipertensão arterial,
• 35% da população de 40 anos ou mais,
• 4% das crianças e adolescentes.
No Brasil a Hipertensão é responsável por:
• 25% das mortes por doença arterial coronariana,
• pelo menos 40% das mortes por AVE,
• 50% dos casos de IR terminal, em combinação com o
diabetes.
BRASIL. Ministério da Saúde – 2006.
MORTALIDADE CARDIOVASCULAR
Risco relativo ajustado de mortalidade cardiovascular por níveis da pressão arterial sistólica (PAS) em homens
Arch Intern Med 1993; 153: 186-208
ALTERAÇÕES IDADE-DEPENDENTES NA PA (EUA)
Alterações idade-dependentes na pressão arterial sistólica e diatólica nos Estados Unidos Hypertension 1995; 25:305-313
COMPONENTES DA ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR
EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO
•Componentes da síndrome metabólica; TGF = Taxa de filtração glomerular
• JAMA 2003: 289: 2560 - 2572
Estagiamento da pressão arterial
Avaliação do risco
cardiovascular
Pistas para HAS
secundária
Lesões de órgãos-alvo
Causas Identificáveis de HAS
Apneia do sono
Induzida por drogas (licitas e ilícitas)
Doença renal crônica
Aldosteronismo primário
Doença renovascular
Síndrome de Cushing - uso de corticosteroides
Feocromocitoma
Coarctação da aorta
Doença tireoidiana ou paratireoidiana
JNC 7
Indícios de hipertensão secundária
• Início da hipertensão antes dos 30 anos
•Tríade do feocromocitoma: palpitações, sudorese e cefaleia em crises
• Uso de medicamento e drogas que possam elevar a pressão arterial
• Fácies ou biotipo de doenças que cursam com hipertensão: doença
renal, hipertiteoidismo, acromegalia, síndrome de Cushing
• Presença de massas ou sopros abdominais
• Diminuição da amplitude ou retardo do pulso femoral
• Aumento da creatinina sérica
• Hipopotassemia (< 3,0 mEq/1)
• Exame de urina anormal (proteinúria ou hematúria)
MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO
O Sr.(a) _________________________________________foi devidamente
informado sobre a finalidade deste atendimento e quanto ao sigilo dos seus
dados, concordando livremente com o registro destas informações.
O paciente também foi informado que poderá retirar o seu consentimento a
qualquer momento, sem que seja aplicada nenhuma penalidade e sem
nenhum prejuízo do seu atendimento neste estabelecimento.
Assinatura:___________________________________
Nome legível:______________________________
RG:____________________
___________(local),___(data) de _____________(mês) de _______(ano).
OUTROS REQUISITOS LEGAIS
Somente são considerados regulares os serviços
farmacêuticos devidamente indicados no licenciamento de
cada estabelecimento (art. 61 § 3º da RDC nº44/09);
A autoridade sanitária realizará prévia inspeção para
verificação do atendimento aos requisitos mínimos (art. 61 § 4º
da RDC nº44/09);
O estabelecimento deve disponibilizar uma lista dos
estabelecimentos públicos de saúde mais próximos, contendo
o endereço e o telefone.
30
A Pressão Arterial deve ser aferida com técnica adequada,
utilizando-se aparelhos confiáveis e devidamente calibrados,
respeitando-se as recomendações para este procedimento.
Art. 71. Para a medição de parâmetros fisiológicos e bioquímico permitidos
deverão ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios que possuam registro,
notificação, cadastro ou que sejam legalmente dispensados de tais requisitos junto
à Anvisa.
Parágrafo único. Devem ser mantidos registros das manutenções e calibrações
periódicas dos aparelhos, segundo regulamentação específica do órgão
competente e instruções do fabricante do equipamento. (RDC 44/09)
•
Ao adquirir um aparelho novo, exija que ele contenha a marca de verificação
inicial, que pode estar afixada no instrumento ou na embalagem.
•
Conforme determinam as Portarias Inmetro 153/2005 e 96/2008, a verificação
periódica dos esfigmomanômetros deve ser realizada anualmente e a verificação
eventual deve ser realizada após reparo ou manutenção ou mediante solicitação
do detentor do instrumento. Deve-se preferir locais designados pelo Inmetro ou
dependências dos órgãos da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade –
RBMLQ (IPEMs – Institutos de Pesos e Medidas Estaduais).
www.ipem.sp.gov.br
www.inmetro.gov.br
Instituto de Pesos e Medidas (IPEM)
Telefone: 0800-0130522
Dados importantes:
1. Calibração somente de aparelhos aneroides (não calibração de digital);
2. Aparelho deve ser acompanhado de carta com dados da empresa, marca e
quantidade de aparelhos;
3. É facultativo solicitar com certificado ou não (validade de 1 ano);
4. Custo: R$ 9,00 cada aparelho e R$ 7,00 reais cada certificado (emissão de boleto em
10 dias);
5. Recomenda-se ligar para saber qual regional atende a sua cidade;
6. Recomenda-se enviar primeiro para manutenção e depois para calibração, pois caso
o aparelho necessitar de manutenção, será cobrado o custo da calibração da
mesma forma;
7. As empresas autorizadas estão em uma relação no site;
8.
Maiores
informações
no
site
do
IPEM
(http://www.ipem.sp.gov.br/3emp/instrumento.asp?vpro=esfigmo#)
CAUSAS
PACIENTES ESPECIAIS
Idosos
Desaparecimento dos sons na
ausculta durante a deflação do
manguito, geralmente entre o final
da fase I e o início da fase II dos
sons de Korotkoff.
Medidas falsamente aumentadas
devido à rigidez arterial.
Gestantes
Fonte – imagem: http://www.portalmidia.net/wp-content/uploads/16_MHG_1601_mul_gravidez.jpg
Obesos
Bolsa inflável
estreita
Bolsa inflável
larga
PA falsamente
elevada
PA falsamente
baixa
Outras Situações Especiais
Paciente com fístula (shunt);
Pacientes mastectomizadas;
Pacientes cateterizados;
Ingestão recente de bebida alcoolica, café,
fumo e distensão vesical;
Exercícios físicos antes da medida;
Hipertensão do “jaleco branco”
Mais frequente nos idosos (Fotherby and Potter, 1993)
Medidas domiciliares
Monitorização ambulatorial da PA
Índice de Massa Corpórea (IMC)
IMC =
Peso (kg)
Altura2 (m)
Classificação
IMC (kg/m2)
Risco de co-morbidade
Normal
18,5−
−24,9
Baixo
25−
−29,9
30,0−
−34,9
35,0−
−39,9
≥ 40,0
Pouco aumentado
Moderado
Grave
Muito grave
Sobrepeso
Obeso classe I
Obeso classe II
Obeso classe III
Fonte: Organização Mundial de Saúde, 1998.
Redução do consumo de bebidas alcoólicas
Consumo máximo diário de álcool / etanol
Homens - 30g por dia
Cerveja - (4% álcool) - 30g = 720ml -(uma garrafa ou duas latinhas)
Vinho - (12% álcool) - 30g = 240ml - (dois copos)
Destilados - (40% álcool) - 30g = 60ml - (duas doses)
Mulheres - 15g por dia
Metade das quantidades acima
Aos pacientes que não conseguem se
enquadrar nesses limites de consumo sugere-se
o abandono do consumo de bebidas alcoólicas.
Recomendações para parar de fumar
• Marque uma data para o abandono: o ideal é que seja dentro de duas
semanas;
• Avise amigos, familiares e colegas de trabalho e peça apoio (a
presença de outros fumantes em casa dificulta o abandono).
• Retire os cigarros de casa, carro e local de trabalho e evitar fumar
nesses locais.
• Reflita sobre o que deu errado em outras tentativas de abandono.
• Preveja as dificuldades, em especial a síndrome de abstinência.
• Abstinência total é essencial: não dê a primeira tragada;
• Alerta: a bebida alcoólica está fortemente associada com recaídas. É
preciso ser persistente no seu objetivo.
• Medicamentos para abandonar o vício: somente com orientação e
acompanhamento médico.
BRASIL. Ministério da Saúde. Prevenção clínica de doenças
cerebrovasculares e renais - Cadernos de Atenção Básica, n. 14 - 2006
cardiovasculares,
Princípios gerais do tratamento medicamentoso
O medicamento deve ser eficaz por via oral.
Deve ser bem tolerado.
Administração do menor número
preferencialmente dose única diária.
possível
de
tomadas
diárias,
Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas, com aumento
gradual/ou associação.
Respeitar o período mínimo de 4 semanas para se proceder ao aumento
da dose e/ou à associação de drogas, salvo em situações especiais.
Instruir o paciente sobre a doença, sobre os efeitos colaterais dos
medicamentos utilizados e sobre a planificação e os objetivos
terapêuticos.
Considerar as condições sócio-econômicas.
Escolha do fármaco
HAS sem indicação
compulsória
Estágio 1
Baixo e médio risco
Monoterapia inicial
HAS com indicação
Compulsória*
Estágio 1
Alto risco
Combinações iniciais
Busca das metas
(avanço protocolos)
MNEMO TÉCNICA
Se PAS > 20 mm/Hg → COMBINAÇÃO
Se PAD > 10 mm/Hg → COMBINAÇÃO
Estágio ≥ 2
Combinações iniciais
Classe
Meia dose padrão
(↓ potência%)
Dobro dose padrão
(↑ potência%)
TZ
16
14
BB
16
16
IECA
21
21
ARA II
21
14
BCC
34
34
Média
20
18
Meta análise Law et al (Combinações de Fármacos)
Diuréticos - Alça
Célula epitelial tubular
Sangue
Alça de Henle
Na
ATP
K
K
Cl
Luz Tubular
Na
K
Cl
K
Mg, Ca
Diuréticos Tiazídicos
Célula epitelial tubular
Sangue
Túbulo inicial distal
PTH
Luz Tubular
Na
Na
ATP
Cl
K
Ca
Ca
Na
Diuréticos – Poup K+
Célula epitelial tubular
Túbulo distal final e coletor
Luz Tubular
Sangue
Na
Na
ATP
K
+
K
+
MPA
Aldosterona
Cl
Simpatolíticos
Betabloqueadores
β1
X
NA
NA
X
β1
renina
Sensibilidade á insulina x BB
Ce
lip
ro
lo
Ca
l
rv
ed
ilo
Di
l
le
va
lo
l
Pi
nd
ol
ol
At
en
ol
M
ol
et
op
r
Pr
ol
ol
op
ra
no
lo
l
40
30
20
10
0
-10
-20
-30
-40
X
β2
Antagonistas canal de cálcio
PH
PH
PO
BCC
PO
PH
PO
PH
PO
Inibidores da ECA
↑
↑
IECA
Inibidores dos receptores Angiotensina II
SELETIVIDADE AT1
Candesartan,
Irbesartan,
Telmisartan =Valsartan.
FENÔMENO DO ESCAPE
AGO
ARP + 150%
ARP + 200%
ARP - 70%
AT I
ECA
↓
QUIMASE
AT II
ARAII
Recep AT II
O escape dos IECA e ARAII
decorre do efeito compensador
sobre a APR teoricamente
minimizado pelo alisquireno.
O que não é destacado na
monografia é a queda nos níveis de
AT 1-7!!!
Sugestões para leitura
MANEJO
DO TRATAMENTO DE
PACIENTES COM
HIPERTENSÃO – PARTE II
• ACOLHIMENTO
• ELABORAÇÃO DO PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO
• ACOMPANHAMENTO
– AFERIÇÃO PA
– MEV
– DETECÇÃO DE PRM
Ainda que o farmacêutico não seja o responsável
pelo diagnóstico de hipertensão arterial e
tratamento farmacológico, seu papel passa por
colaborar com o médico na detecção precoce,
controle e seguimento desta patologia crônica.
Desta forma, deve-se conhecer todos os aspectos
vinculados com o diagnóstico e tratamento da
hipertensão para cumprir sua função de forma
adequada.
Processo educativo na HAS: uma abordagem interdisciplinar
• Conhecer preliminarmente as atitudes, crenças, percepções, pensamentos e
práticas do portador de hipertensão da região em questão;
• Incentivar e permitir uma participação ativa dos pacientes no tratamento;
• Levar em consideração as necessidades do paciente em questão e não
apenas as indicações dos profissionais;
• Estabelecer uma adequada comunicação e interação entre pacientes e
profissionais da saúde, dando ênfase ao diálogo, à interação e à reflexão;
• Saber escutar e buscar compreender o portador de hipertensão arterial e
também ter uma fala que seja acessível ao paciente;
• Trabalhar os aspectos cognitivos e psicossociais do paciente atendido;
• Buscar o envolvimento da família no tratamento do portador de hipertensão
arterial.
Rev Saúde Pública 2003;37(5):635-42 Péres DS et al
A participação dos farmacêuticos no controle da
hipertensão arterial sistêmica consiste na
seleção, gerenciamento do estoque, do
armazenamento correto e na dispensação dos
medicamentos, mas, principalmente, na
promoção da Atenção Farmacêutica ao
paciente.
Rev Latino-am Enfermagem 2006 maio-junho; 14(3):435-41. Lyra Júnior DP, Amaral RT, Veiga EV,
Cárnio EC, Nogueira MS, Pelá IR.
RDC nº 44/2009 da Anvisa
Art 81
...
§3º É proibido utilizar a Declaração de Serviço Farmacêutico com
finalidade de propaganda ou publicidade ou para indicar o uso de
medicamentos para os quais é exigida prescrição médica ou de outro
profissional legalmente habilitado.
§4º A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser emitida em duas vias,
sendo que a primeira deve ser entregue ao usuário e a segunda
permanecer arquivada no estabelecimento.
Art. 82. Os dados e informações obtidos em decorrência da prestação de
serviços farmacêuticos devem receber tratamento sigiloso, sendo vedada
sua utilização para finalidade diversa à prestação dos referidos serviços.
CAUSAS
REQUISITOS - INFRA-ESTRUTURA MÍNIMA
SALA DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Deve possuir:
Mobiliário compatível com as atividades e serviços
a serem oferecidos;
Lavatório contendo água corrente;
Toalha de uso individual e descartável;
Sabonete líquido;
SALA DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Gel bactericida;
Lixeira com pedal e tampa;
Piso, parede e teto – superfície lisa e impermeável;
Boas condições de higiene;
SALA DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Área protegida contra insetos, roedores e outros
animais;
Ventilação e iluminação compatível com atividade a ser
desenvolvida.
O ambiente de serviço farmacêutico não
pode dar acesso a sanitário.
OUTROS REQUISITOS LEGAIS
Somente são considerados regulares os serviços
farmacêuticos devidamente indicados no licenciamento de
cada estabelecimento (art. 61 § 3º da RDC nº44/09);
A autoridade sanitária realizará prévia inspeção para
verificação do atendimento aos requisitos mínimos (art. 61 § 4º
da RDC nº44/09);
O estabelecimento deve disponibilizar uma lista dos
estabelecimentos públicos de saúde mais próximos, contendo
o endereço e o telefone.
70
CAUSAS
PROCEDIMENTOS
Direta
Cateterização Arterial
Registro Contínuo
Indireta
Técnica auscultatória ou
Oscilométrica
Contínua
Intermitente
Casual
Automático
Coluna de Mercúrio
Aneroide
Preciso
Fácil manutenção
Não perde calibração
Práticos
Fácil transporte
Fácil
manuseio
Calibração
com aparelho
de mercúrio
Precisão e
manutenção
questionáveis
Cuidados - mercúrio
Difícil transporte
Esfigmomanômetro: os tipos mais usados são os de
coluna de mercúrio e o ponteiro (aneróide), possuindo,
ambos, um manguito inflável que é colocado em torno
do braço do paciente;
Estetoscópio: é o instrumento que amplifica os sons e
os transmite até os ouvidos do operador;
Fita métrica: para medição da circunferência do braço
do paciente e escolha do manguito adequado.
CAUSAS
TÉCNICA
1. Prepare o material separando o estetoscópio, o
esfigmomanômetro, caneta e papel para registro,
fita métrica;
2. Certifique-se de que o estetoscópio e o
esfigmomanômetro estejam íntegros e calibrados;
3. Certifique-se de que o manguito esteja
desinsuflado antes de ser ajustado ao membro do
paciente;
4. Lavar e fazer antissepsia das mãos utilizando técnica apropriada;
5. Posicione o paciente em local calmo e confortável, com
o braço apoiado ao nível do coração, permitindo 5
minutos de repouso;
6. Esclareça o paciente sobre os procedimentos aos quais será
submetido, a fim de diminuir a ansiedade; certifique-se de que o
paciente não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos
60 a 90 minutos antes da medida, não ingeriu bebidas alcoólicas, café
e não fumou nos 30 minutos que antecedem a tomada da pressão
arterial;
TÉCNICA
1. Descubra o membro a ser
aferido e meça a circunferência do
braço para assegurar-se do
tamanho do manguito;
2. Selecione o tamanho ideal da bolsa inflável a ser
utilizada - deve corresponder a 40% da circunferência
braquial, para a largura; e 80% para o comprimento;
3. Meça a distância entre o acrômio (ombro) e o
olecrano (cotovelo) colocando o manguito no
ponto médio; Posicionar o braço na altura do
coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º
espaço intercostal), apoiado, com a palma da
mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente
flexionado;
5. Solicitar que o paciente não
fale durante a medição;
6. Palpe a artéria braquial e centralize
a bolsa inflável ajustando o meio da
bolsa sobre a artéria, mantendo- a de
2 a 3 cm de distância da sua margem
inferior
à
fossa
antecubital,
permitindo que tubos e conectores
estejam livres e o manômetro em
posição visível, sem deixar folgas. Para
identificar o centro da bolsa inflável
basta dobrá-la ao meio e colocar esta
marcação sobre a artéria palpada;
7. Com a mão “não dominante”, palpe a artéria radial e simultaneamente, com a
mão dominante, feche a saída de ar (válvula da pêra do esfigmomanômetro),
inflando rapidamente a bolsa até 70 mmHg e gradualmente aumente a pressão
aplicada até que perceba o desaparecimento do pulso, inflando 10 mmHg acima
deste nível;
8. Desinsufle o manguito lentamente, identificando pelo método
palpatório a pressão arterial sistólica;
10. Posicione corretamente as olivas do estetoscópio no canal
auricular,
ausculta
adequada
na campânula (a
9.
Aguardecertificando-se
1 minuto parada
inflar
novamente
o manguito;
posição correta das olivas do estetoscópio é para frente em
relação ao diafragma, pois permite maior adequação ao conduto
auricular, diminuindo a interferência de ruídos ambientais
externos);
11. Posicione a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, palpada abaixo
do manguito na fossa antecubital, sem compressão excessiva, e simultaneamente,
com a mão dominante, feche a saída de ar (válvula da pêra do esfigmomanômetro),
com a mão “não dominante” palpe a artéria braquial e em seguida, novamente com
a mão dominante, insufle o manguito gradualmente até o valor da pressão arterial
sistólica estimada pelo método palpatório e continue insuflando rapidamente até
ultrapassar em 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica;
12. Desinsufle o manguito lentamente, de modo que a pressão caia de 2 a 4 mmHg
por segundo, identificando pelo método auscultatório a pressão sistólica (máxima)
em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro ruído
regular audível - 1ª fase dos sons de Korotkoff, que é um som fraco seguido de
batidas regulares
;
13. Aumentar ligeiramente a velocidade de deflação, com atenção voltada ao
completo desaparecimento dos sons e identificar a pressão diastólica (mínima) em
mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente à cessação dos ruídos
(5ª fase dos sons de Korotkoff, no adulto);
14. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa até que o
manguito desinsufle por completo;
15. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão
diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da
sistólica/diastólica/zero;
• Fase I: aparecimento do primeiro som. É fraco,
seguido de batidas regulares.
• Fase II: sons suaves e longos. Podem sumir
• Fase III: sons mais crispados
• Fase IV: sons sofrem nítido abafamento
• Fase V: desaparecimento dos sons.
Korotkoff 1
Fonte sons: http://vsites.unb.br/fs/enf/nipe/korotkoff.html . Acesso em 02/03/2010.
Korotkoff 2
Fonte Imagem: http://www.uftm.edu.br/ligahiper/aulas/AVIligahiper091125123510.ppt
16. Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medições;
17. Informe ao paciente o valor da pressão aferida;
18. Retire o aparelho do membro do paciente, deixando- o confortável;
19. Registre a posição em que o paciente se encontrava no momento
da verificação da pressão arterial, o tamanho do manguito utilizado, o
membro utilizado e os valores da pressão arterial (em mmHg);
20. Guarde os aparelhos em local adequado e lave as mãos após
terminar qualquer procedimento;
PREENCHIMENTO
• Cada atendimento – 2 medidas (braços diferentes);
• 1° Atendimento – ambos os membros superiores utilizar o de maior pressão;
• Posição sentada;
• Posição
ortostática
–
idosos,
diabéticos,
disautonomias, alcoólicos, uso de anti-hipertensivos.
Outras Situações especiais
Paciente com fístula (shunt);
Pacientes mastectomizadas;
Pacientes cateterizados;
Ingestão recente de bebida alcoolica, café,
fumo e distensão vesical;
Exercícios físicos antes da medida;
COLOCANDO EM PRÁTICA
COLOCANDO EM PRÁTICA
Dividir em grupos de 3 farmacêuticos, alternando as
seguintes funções:
(1) Farmacêutico que afere a PA;
(2) Paciente que tem sua PA aferida e,
(3) Observador que anota a desenvoltura do farmacêutico
no check list fornecido pelo docente.
Cada observador deverá fornecer a devolutiva para o colega
farmacêutico, entregando o check list com suas anotações.
A postura deverá ser colaborativa, evitando-se críticas
destrutivas.
Dinâmica de grupo
Exercitando a
relação
farmacêutico e
paciente
hipertenso
Etapa 1
Divisão dos grupos:
Dividir os participantes em
quatro grupos (grupo 1,
grupo 2, grupo 3 e grupo 4),
designando os números 1, 2,
3 e 4 para cada um,
distribuindo-os nos quatro
cantos da sala.
(1 a 2 minutos)
Etapa 2
Denominação dos grupos:
Grupo 1: farmacêuticos
Grupo 2: pacientes
Grupo 3: observadores de
farmacêutico
Grupo 4: observadores de
paciente
(1 a 2 minutos)
Etapa 3
Distribuição das tarefas dos grupos:
Grupo 1 (farmacêuticos): levantamento dos possíveis problemas
relacionados ao tratamento da HAS;
Grupo 2 (pacientes): construir um personagem em uma situação clínica
que envolva a HAS;
Grupo
3
(observadores
de
farmacêutico) e Grupo 4 (observadores
de paciente): elaboração de ficha de
avaliação
dos
farmacêuticos
e
pacientes, respectivamente, elencando
indicadores que possam monitorar o
desempenho de cada um.
(20 a 30 minutos).
Etapa 4
Reorganização dos grupos:
Nova formação do grupo, construído ao
acaso, buscando não escolher
propositalmente um ou outro colega:
Integrante 1: farmacêutico
Integrante 2: paciente
Integrante 3: observador de farmacêutico
Integrante 4: observador de paciente.
(2 a 5 minutos)
Etapa 5
Dramatização
Grupo busca um lugar reservado na sala,
colocando-se o paciente à frente do
farmacêutico; observadores sentam ao lado,
porém sem ficar muito próximo.
Inicia-se
a
simulação
de
orientação
farmacêutica
Paciente, de forma dramatizada, expõe seu
problema ao farmacêutico, que fornece a
orientação; os observadores anotam a
desenvoltura dos seus observados de acordo
com os indicadores por ele elencados.
(10 a 15 minutos)
Etapa 6
Devolutiva dos observadores
Observadores apresentam ao
farmacêutico e ao paciente o
resultado de suas anotações,
comentando sua visão de cada
indicador.
Farmacêutico e paciente poderão
solicitar esclarecimento dos
indicadores e emitir sua opinião.
(2 a 5 minutos)
Etapa 7
Retorno e partilha no interior do grupo de origem
Debate no grupo de origem (grupo dos farmacêuticos, pacientes e
observadores de farmacêutico e de paciente).
Cada participante apresenta seu
relato da percepção, emoção,
destacando as principais dificuldades
encontradas durante o processo de
dramatização.
Convidar cada um dos grupos a
destacar um relator, que expressará
as observações de todos os
integrantes.
(3 a 5 minutos)
Etapa 8
Partilha com toda a sala
Relatores a expõem os pontos importantes na discussão do grupo
de origem, com destaque às percepções de cada um e às principais
dificuldades encontradas.
Buscar pontos importantes para
um debate proveitoso,
correlacionando as dificuldades
apresentadas e o baixo
desempenho nos indicadores
apontados pelos observadores.
(5 a 10 minutos).
Etapa 9
Aprofundamento
Proporcionar um novo momento
de reflexão individual.
Esta reflexão deverá girar em
torno da comparação feita entre
as
diferentes
percepções,
emoções e sensações observadas
no grupo de partilha.
(2 a 5 minutos)
Etapa 10
Aprendizagem
Objetivo: discutir a importância da comunicação na
relação farmacêutico e paciente como um recurso
pedagógico profissional, no desenvolvimento do
processo de Atenção Farmacêutica.
Desenvolver a percepção dos fatores que interferem
na comunicação interpessoal, potencializando as
habilidades necessárias para o processo.
Trabalhar a criatividade, a autoconfiança, o trabalho
em equipe e o compromisso ético.
Permitir a experiência da escuta de nós mesmos, dos
outros. Exercitar o respeito às diferenças e a
convivência solidária. (1 a 3 minutos)
Benson, Herbert; Stark. Marg. Medicina Espiritual: o poder essencial da cura. Editora Elsevier-Campus, 11ª
Edição, 1998
Qualquer caminho é apenas um caminho e não
constitui insulto algum – para si ou para os outros
– abandoná-lo quando assim ordena o seu
coração. (...)
Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tenteo tantas vezes quantas julgar necessárias...
Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo uma
pergunta: possui esse caminho um coração? Em
caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário,
esse caminho não possui importância alguma.
(Carlos Castañeda).
Referências Bibliográficas
CECIL, Russell Lafayette. Tratado de medicina interna. Rio de Janeiro: Elsevier,
2005. 2 v.
Semiologia Cardiovascular – 2005. Prof. Cláudio Leinig Pereira da Cunha –UFPR.
Disponível em www.hc.ufpr.br/acad/clinica.../Semiologia%20Cardiovascular.ppt.
Acesso em 09/03/2010
Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e
Agravos não Transmissíveis. Brasil, 15 capitais e Distrito Federal 2002–2003. Texto
elaborado pela Coordenação Geral de Agravos e Doenças Não Transmissíveis,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde, a partir das tabelas fornecidas
pela
CONPREV/INCA/
Ministério
da
Saúde.
Disponível
em
www.inca.gov.br/inquerito/docs/hipertensaoarterial.pdf. Acesso em 06/03/10
VEIGA, E.V. Medida de Pressão Arterial – Oficina de Projetos em Esfigmomanometria.
Departamento de Enfermagem Geral e Especializada - Escola de Enfermagem de
Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo. Disponível em: <http://
www.eerp.usp.br/ope/eugenia.ppt>. Acesso em:11/01/2010.
Referências Bibliográficas
O que é HIPERTENSÃO ARTERIAL? Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em:
http://prevencao.cardiol.br/campanhas/hipertensao/2008/arquivos/O_que_e_Hipertens
ao_arterial.ppt Acesso em: 26/02/2010
Tratamento da Hipertensão Arterial: “Principais Classes Medicamentosas”. VII Curso da Liga
de Hipertensão Arterial da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. 20 de Março de
2.009.
Prof:
Marco
Antonio
Vieira
da
Silva
.
Disponível
em:
http://www.uftm.edu.br/ligahiper/aulas/AVIligahiper091125123510.ppt. Acesso em:
26/02/2010
Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério
da Saúde, 2006. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/dab/caderno_ab.php .
acesso em 25/02/2010. Acesso em 25/02/2010.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Prevenção clínica de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília : Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: http://dtr2004.saude.gov.br/dab/
caderno _ab.php . acesso em 25/02/2010. Acesso em 25/02/2010.
Referências Bibliográficas
Aula de Hipertensão Arterial, 2002 - PLANO DE REORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO À
HIPERTENSÃO ARTERIAL E AO DIABETES MELLITUS. Disponível em: http://dtr2004.
saude.gov.br/dab/cnhd/publicacoes.php. Acesso em 27/02/2010.
Caso Clínico de Hipertensão Arterial, 2002
- PLANO DE REORGANIZAÇÃO DA
ATENÇÃO À HIPERTENSÃO ARTERIAL E AO DIABETES MELLITUS. Disponível em:
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/cnhd/publicacoes.php. Acesso em 27/02/2010.
Manuais de Cardiologia. Hipertensão Arterial Sistêmica – Fisiopatologia. Dr. Reinaldo
Mano .
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica.
Disponível
em
http://www.manuaisdecardiologia.med.br/has/
has_Page520.htm . Acesso em 01/03/2010;
SONS DE KOROTKOFF - Núcleo Integrado de Pesquisa em Esfigmomanometria –
Universidade
de
Brasília
NIPE
/
UnB.
Disponível
em:
http://vsites.unb.br/fs/enf/nipe/korotkoff.html . Acesso em 02/03/2010.
V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2006. Disponível em:
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2006/VDiretriz-HA.asp. Acesso em 3/03/2010.
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2010. Disponível em:
http://www.sbh.org.br/pdf/diretrizes.pdf
Download

HIPERTENSÃO [Modo de Compatibilidade]