O USO DA LITERATURA NAS AULAS DE MATEMÁTICA: LEWIS CARROLL EM SALA DE AULA Rafael Montoito [email protected] Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – Brasil CB Nível Médio Investigação didática Literatura e matemática. Lewis Carroll. Educação matemática A literatura evoca a imaginação e a criação. Pensando nisso, e em como aliar estas faculdades do aluno com aquelas que normalmente se exige numa aula de matemática, temos pesquisado o uso da literatura em sala de aula, com a finalidade de introduzir conteúdos e conceitos matemáticos. Apesar de serem muitos os livros que se poderia usar para estas tarefas, temos dado especial enfoque às obras de Lewis Carroll, autor de "Alice no país das maravilhas", pois ele era professor de matemática e já manifestava esta intenção (de aliar matemática e literatura), inserindo em suas obras passagens que abordam partes da disciplina. Nossa proposta aqui é discutir este elo entre as duas disciplinas, falar de algumas pontencialidades cognitivas que, cremos, são alavancadas pelos livros de Carroll e mostrar alguns exemplos e resultados do nosso trabalho. Matemática e Literatura: o Universo de Lewis Carroll Quando pensamos em educação, há uma palavra chave, denominada motivação, que se assemelha a um enigma que precisa ser desvendado em cada época, em cada ambiente de ensino. Na matemática, este enigma parece, ainda, mais difícil de ser desvendado, pois a racionalização exigida pela disciplina escolar tende a conduzir os alunos a um mundo de objetividade que, desprezando muitas vezes a criatividade, a intuição e a imaginação, desmotiva o estudante, o qual se vê reduzido a uma repetição de processos e fórmulas que lhe são destituídas de significado. Isto ocorre porque, “privilegiando o cálculo, a objetividade e a lógica e recusando tudo o que é entendido como ilusório, fantasioso e irreal, o ensino formal opera uma redução em relação às potencialidades cognitivas do sujeito humano. Isso porque somos constituídos por dois itinerários do pensamento que se parasitam permanentemente: um empírico-lógico-racional, outro mítico-simbólico-mágico. Qualquer redução de um desses pólos do espírito ao outro compromete a amplitude de nossas concepções de mundo, nos faz andar com uma perna só. O ilusório sozinho nos encerra no delírio. A razão sozinha se torna racionalização, se Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 443 embrutece, fica cega para tudo o que não é cálculo, regra, lógica” (ALMEIDA, 2006, p. 12). Em nossas pesquisas, deparamo-nos com Charles Lutwidge Dodgson, professor da Universidade de Oxford e matemático do século XIX que, já em sua época, preocupavase em motivar seus alunos para a aprendizagem e, talvez ainda mais importante, tentava unir os dois pólos descrito por Almeida numa educação matemática significativa. Mais conhecido pelo pseudônimo de Lewis Carroll, sua fama deve-se principalmente à publicação do romance matemático1 Alice no país das maravilhas. A maioria dos leitores, sejam estes professores de matemática ou não, desconhecem que, neste romance, Carroll apresenta personagens e acontecimentos propícios para o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático do leitor. Desde que percebeu que seus alunos chegavam à universidade sem domínio dos conhecimentos considerados básicos, Carroll foi, habilmente, inventando e escrevendo histórias, construindo, sobremaneira, um universo de nonsense2 que lhe serviu de apoio para o desenvolvimento do raciocino lógico-matemático do leitor. Este universo parece, em muitas vezes, contradizer as regras do universo físico em que vivemos, quebrando as noções instintivas de tempo, ordem e espaço, mas é exatamente com este artifício que ele força o leitor a refletir sobre todas as possibilidades e extrapolar o senso comum. Ao mexer com a percepção e o imaginário do leitor, este, sem se dar conta deste processo, é conduzido por Carroll através de armadilhas lógicas que sempre apresentam, no final, um resultado coerente e matematicamente correto, pois “seus escritos não desmantelam ou destroem a lógica, nem são uma crítica à razão; são um canto à glória do raciocínio, um canto de glória sarcástico, já que demonstra que, tão pura é [a] perfeição [da lógica] e tão perfeita é sua pureza, que ela pode funcionar, ainda que lhe sejam propostas resoluções absurdas, e que, mesmo nutrida de nonsense, a lógica mantém inabalável o seu sentido” (THÉRIAULT, 2007, tradução nossa). Esta lógica matemática baseada na provocação das ideias, na desordem e confusão aparentes, a qual chamaremos daqui para frente de lógica do nonsense, é o principal 1 Chamaremos de romance matemático à literatura que, explicita ou implicitamente, apresenta personagens ou passagens que podem ser interpretadas matematicamente com o objetivo de desenvolver o raciocínio matemático do leitor. 2 Nonsense, oriundo do termo francês non-sens, é um termo utilizado para designar algo fora dos parâmetros comuns e sem sentido no mundo real, mas cuja estrutura, através da sua construção sintática ou sequência de acontecimentos, forma um sentido em si mesmo. Segundo Myriam Ávila, em seu livro Rima e solução: a poesia nonsense de Lewis Carroll e Edward Lear (1996), somente estes dois autores escreveram obras nonsências. O estilo nonsense, que teria acabado com a morte de Carroll, deixou influências para os estilos literários e artísticos posteriores. Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 444 argumento motivacional das obras de Carroll: é possível encontrá-la nos seus romances matemáticos, nos desafios que inventava, nos artigos (matemáticos ou não) que escrevia, nas cartas que enviava, em seus poemas e, até mesmo, nas suas publicações matemáticas. A lógica do nonsense é, então, a característica que difere Carroll de qualquer outro escritor/matemático da história da matemática e, também, a que o torna um escritor didático com o objetivo de fomentar a imaginação, ou seja, mexer com os aspectos cognitivos do leitor, pois “a imaginação vem seduzir ou inquietar – mas sempre despertar – o ser adormecido nos seus automotismos” (BACHELARD apud VERGANI, 2003, p. 50). Isto equivale a dizer que somente leitores com capacidade de imaginar além do comum conseguirão romper a formatação existente no ensino tradicional e, consequentemente, terão maior aprendizagem matemática, pois “a matemática vive da função imaginal” (VERGANI, 2003, p.125). Nosso estudo surgiu, então, com o objetivo de verificar as principais características da lógica do nonsense, as suas materializações nas obras de Carroll e suas implicações para a Educação Matemática. Acreditamos, pelo que se segue, que ela é um fator motivador para a aprendizagem e que o universo carrolliano, com seus conteúdos matemáticos escondidos, é capaz de despertar no leitor o interesse em aprender, fazendo-o tomar parte em um ambiente no qual a construção do conhecimento matemático é feita de maneira divertida. Elementos Cognitivos das Obras de Lewis Carroll Carroll não foi o único a escrever romances matemáticos. Podemos citar, como exemplo, dentre tantos, os livros Aritmética da Emilia (Monteiro Lobato, 1935), O Homem que Calculava (Malba Tahan, 1939) e As Viagens de Gulliver (Jonathan Swift, 1726). A diferença entre os livros destes autores e as obras de Carroll é que a narrativa destes evidencia uma matemática explícita: os termos matemáticos aparecem presentes na história, muitas vezes algum trecho se desdobra em contas a serem feitas, figuras geométricas são facilmente identificadas nas narrativas etc. Os romances matemáticos de Carroll, ao contrário, possuem uma matemática implícita que é esfumaçada através da narrativa, deixando a compreensão e as conclusões finais disponíveis para os que aprenderam a ver o mundo matemático através da sua lógica do nonsense. Para explicitar a diferença de linguagens e abordagens, transcrevemos a seguir um extrato de Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 445 As Viagens de Gulliver (1) e de Algumas Aventuras de Sílvia e Bruno (Lewis Carroll, 1997) (2). (1) “Meu jantar foi trazido e quatro pessoas de qualidade, que eu lembrava de ter visto postadas bastante próximas do rei, deram-me a honra de acompanhar-me no jantar. Foram dois cursos de três pratos cada. No primeiro havia um quarto dianteiro de carneiro, cortado na forma de um triângulo equilátero, uma peça de carne na forma de um romboide e um pudim formando um cicloide (...). Os servos cortaram nosso pão em cones, cilindros, paralelogramos e várias outras formas matemáticas (SWIFT, 2003)”. (2) “ ‘Qual é o valor do meu débito este ano, meu rapaz?’ O alfaiate apareceu enquanto ele fazia a pergunta. ‘Bem, como você sabe, ele duplica a cada ano’, replicou o alfaiate um pouco grosseiramente. ‘E eu gostaria de receber o meu dinheiro agora. O débito é de 2000 libras, exatamente!’ ‘Oh, não é nada!’, comentou despreocupadamente o Professor, examinando os bolsos, como se ele sempre trouxesse consigo aquela quantia. ‘Mas, diga-me uma coisa: você não gostaria de esperar mais um ano e receber 4000 libras? Pense nisso: você se tornaria rico! Você poderia mesmo ser um Rei, se o desejasse!’ ‘Não sei se desejo ser um Rei’, respondeu o alfaiate pensativamente. ‘Mas o que você me oferece é muito dinheiro! Bem, eu penso que esperarei...’ ‘É claro que esperará!’, disse o Professor. ‘Você possui bom senso, posso ver isso. Adeus, meu rapaz!’ ‘Então você vai lhe entregar 4000 libras?’, perguntou Sílvia quando a porta se fechou atrás do credor. ‘Nunca minha criança!’, o Professor replicou enfaticamente. ‘Deixarei que o Valor da Dívida se duplique, de ano para ano, até que meu credor morra. Você percebe que será sempre proveitoso esperar mais um ano, a fim de obter duas vezes mais dinheiro!’” (Carroll, 1997, p. 64 - 65). Ainda que haja números na narrativa de Carroll – o que pode levar nosso leitor a pensar que sua literatura contém uma matemática explícita como a de Swift –, está implícita nesta passagem a ideia de sequência numérica (progressão geométrica) e, dependendo do nível de ensino com a qual se desejar trabalhá-la, a idéia de limite no infinito. Muitas vezes, dependendo do grau de estudo do leitor, o conceito comunicado em determinada passagem pode ser absorvido de maneiras e em profundidades diferentes. Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 446 Para comunicar os conceitos que deseja aos seus leitores, ou seja, para desenvolver sua narrativa através da lógica do nonsense, o autor utiliza-se comumente de três ‘artimanhas’, por nós chamadas de elementos cognitivos: 1) Diálogo com o leitor: em muitas ocasiões, Carroll interrompe a narrativa e chama a atenção do leitor, dirigindo-se diretamente a ele, o que torna o leitor um participante da história. Há um forte impacto quando o narrador dirige-se ao leitor e, em algumas vezes, Carroll usa este artifício como uma provocação, como podemos perceber no Documento de zoologia, n. 4 – A pomba de uma asa só, publicado em The Rectory Umbrella, conforme o trecho transcrito abaixo: “ ‘Mas’ você me pergunta ‘como poderiam os ‘pexes’3 matar a Pomba?’ Oh estulto e ignorante Leitor! não têm ‘ângulos’ os ‘pexes’? Não são ‘ângulos’ afiados e capazes de ferir? Quão fácil não há de ser, pois, ferir de morte a uma criatura tão terna com a Pomba de Asa Única! E agora, passemos à grande questão de ‘como a Pomba perdeu sua asa’ e à misteriosa relação entre as afirmações 1 e 6. Leitor, pense outra vez! A Pomba escreve no Punch, e para semelhante mister necessita uma pena bem cortada; então... vem esta ou não de uma pluma... pluma de... Sim! Acertou! ‘usa suas próprias plumas’. Talvez você não saiba que o Punch sai há nove anos; assim, se a Pomba contribuiu com ele desde o primeiro, a perda da sua asa se explica com claridade total. Admite, querido leitor, que até o momento relacionamos nossas conjecturas inteiramente com a realidade?” (CARROLL, 1998, p. 49, tradução nossa). 2) Uso desordenado das noções de tempo e espaço: no capítulo 13 de Algumas aventuras de Sílvia e Bruno, ao apertar o pino do relógio, a família que está sendo observada pelo Professor, na hora do jantar, começa um estranho diálogo no qual primeiro aparecem as respostas e, posteriormente, as perguntas e, nesta cena, toda a ordem de suas ações é invertida: Oh, leitor hipercrítico que decidiu resolutamente não acreditar em nenhuma palavra da minha fantástica aventura! De que valerá narrar-lhe agora como o carneiro foi colocado de volta no espeto e lentamente tornou-se cru: ou como as batatas recuperaram a sua casca e foram entregues ao jardineiro, para serem outra vez enterradas; ou como o fogo, quando a carne do carneiro estava inteiramente crua, foi perdendo a sua vivacidade e finalmente se extinguiu, mas tão subitamente que a cozinheira teve tempo apenas de 3 Neste texto, usamos propositalmente a palavra pexe para a espécie criada por Carroll: uma espécie rara de peixes cujo corpo é constituído de ângulos retos e que, por ser diferente dos demais, não ganha do autor o nome com a grafia correta (no texto em espanhol, esta espécie é chamada de pesces). Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 447 recolher a última chama na extremidade de um palito; ou como a criada, após retirar o carneiro do espeto, levou-o (andando para trás, naturalmente) para fora da cozinha, a fim de entregá-lo ao açougueiro, que nesse momento se aproximava (também de costas) da casa? (CARROLL, 1997, p. 157) Esta é, para nós, a maior evidência de que a mente de Carroll não seguia padrões lineares de raciocínio, ou seja, não construía as conclusões passo a passo, partindo do problema e analisando as alternativas. Sua imaginação era capaz de fazer também o contrário: ter uma solução e para esta criar um problema (como no livro Problemas de almohada), imaginar uma história inteira de trás para frente (La caza del Snark) ou misturar “mundos paralelos” na mesma história, cruzando-os várias vezes ao longo da narrativa (Algumas aventuras de Sílvia e Bruno). Para seguir as narrativas de Carroll, o leitor deve abandonar a ordem das coisas que conhece e acreditar na desordem do tempo e do espaço, fazendo com que seu pensamento também possa seguir direções e ordens diferentes. 3) Ilustrações: em muitos dos seus romances, Carroll recorre às ilustrações para apresentar melhor o seu universo ao leitor, ou até mesmo para instigá-lo à curiosidade. A maioria das ilustrações dos dois livros de Alice não servem somente para compor a apresentação geral do livro, mas também para ressaltar as relações lógico-matemáticas entre as passagens ou para manipular a atenção do leitor com relação aos dois itens expostos anteriormente. Em Alice no País das Maravilhas, o Gato, que vai desaparecendo do rabo para o sorriso, é outra personificação ilustrada do modo como o autor faz o pensamento vir do fim para o início; as cartas são divididas em castas de acordo com os naipes, além de exporem sua forma bidimensional que difere de todos os demais personagens tridimensionais (um espaço bidimensional incluído num tridimensional). Em Alice Atrávés do Espelho, as imagens se fazem ainda mais necessárias, uma vez que a história toda se desenrola sobre um tabuleiro de xadrez, e os personagens, que são as peças do jogo, só podem se mover de acordo com os movimentos das respectivas peças que representam; Humpty Dumpty, na sua discussão sobre as coisas e os nomes das coisas, tem sua forma definida pelo seu nome; Tweedledum e Tweedledee representam figuras enantimorfas as quais, mesmo que o leitor não saiba que matematicamente representam imagem especular uma da outra, compreenderá pelo modo como se unem e estendem as mãos etc. Acreditamos que estas três características podem auxiliar muito o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático dos alunos. Pensemos numa sala de aula ou mesmo na Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 448 elaboração de uma aula ou de um livro didático: a necessidade de ilustrações é indiscutível, mas elas não podem aparecer somente como algo decorativo – têm que estar completa e coerentemente articuladas com o texto. O diálogo com o leitor também é importante, pois o faz partícipe da própria aprendizagem e lhe chama a atenção para algo mais importante do que o contexto que há em volta, tirando-o de uma leitura morosa. E, finalmente, considerar uma linha de raciocínio não linear parece-nos de suma importância na aprendizagem da matemática, pois muitas vezes temos informações dispersas e desordenadas que, se vistas num todo e reorganizadas coerentemente, conduzem inequivocamente à resposta. Estes exercícios podem ser feitos através das obras de Carroll, escolhidas adequadamente pelos professores, a fim de gerar um novo panorama de aprendizagem em suas aulas. Chá com Lewis Carroll: Trechos de Histórias em Sala de Aula Quem lê os livros de Alice com os olhos de um adulto desatento, tenderá a classificá-lo como uma simples história para crianças, mas Claude Roy (apud THÉRIAULT, 2007, tradução nossa), ao contrário, afirma que a obra mais célebre de Carroll mantém-se interessantes até nossos dias porque “tudo está em Alice, a metafísica e a política, a moral e a imoralidade, a economia e a poesia. [Ele] não é somente um livro para o usuário de alguma nação específica: ele responde a todos os que se interrogam e lhe demandam ajuda”. Isto se estende também às suas demais obras, de modo que acreditamos ser possível comungar literatura e matemática e, através delas, a dimensão racional e a dimensão afetiva do aluno, além de possibilitar, também, atividades interdisciplinares. Temos levado, para as aulas de matemática, trechos dos livros de Carroll que, através de atividades pré-organizadas, auxiliam os alunos a pensarem nos conceitos de conjuntos, números primos, elipses, regra de três, eixos de simetria, raciocino lógico etc. Em resposta, os alunos têm se mostrado interessados: a surpresa em descobrir matemática na literatura tem contribuído para desmistificar a disciplina, mudando um pouco as arraigadas impressões de que a matemática é uma ciência sem emoção, imaginação ou subjetividade, e transformado a sala de aula em um ambiente mais prazeroso para a aprendizagem. E começam, também, a chegar outras histórias... A partir de suas experiências com as obras de Lewis Carroll, alguns alunos têm buscado indícios em Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 449 outros livros que estão lendo, mostrando terem sido ‘contaminados’ por este novo olhar que reconhece, quando possível, as teias tecidas pela matemática e pela literatura. Trabalhar com esta abordagem (sem, obviamente, desperdiçar ou desvalorizar todas as outras abordagens em educação matemática) é uma aposta na diversidade e na criatividade tão necessárias às aulas de matemática. E, sendo assim, também manifestamos nosso desejo de que os esforços feitos por Carroll para o ensino desta disciplina não se percam. Além das relações aqui expostas, muitas outras aparecem em ‘Chá com Lewis Carroll’, um romance matemático escrito a partir da nossa dissertação de mestrado. Referências Bibliográficas: ALMEIDA, Maria da Conceição de. Prefácio - um alpendre lilás para a educação. In: FARIAS, Carlos Aldemir. Alfabetos da alma: histórias da tradição na escola. 1ª Edição. Porto Alegre: Sulina, 2006. CARROLL, Lewis. Algumas aventuras de Sílvia e Bruno. São Paulo: Iluminuras, 1997. CARROLL, Lewis. Alice – edição comentada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. CARROLL, Lewis. Alicia em el país de las maravillas / A través del espejo / La caza del Snark. Barcelona: Editorial Optima, 2003. CARROLL, Lewis. El paraguas de la rectoría / Cajón de sastre. 1ª Edição. Barcelona: Parsifal Ediciones, 1998. CARROLL, Lewis. Problemas de almohada. Tres Cantos: Nivola, 2005. LOBATO, Monteiro. Aritmética da Emília. São Paulo: Brasiliense, 2003. MONTOITO, Rafael. Chá com Lewis Carroll. Jundiaí: Paco, 2011 [no prelo]. SWIFT, Jonathan. As viagens de Gulliver. São Paulo: Nova Cultural, 2003. TAHAN, Malba. O homem que calculava. São Paulo: Record, 2001. THÉRIAULT, Mélissa. Lewis Carroll: Tenir hors de la portée des enfants. Disponível em: <http://www.uqam.ca/~philo/portail/pourquoi/pourquoi3_3_03.html>. Acesso em 18/04/2007 VERGANI, Teresa. A surpresa do mundo: ensaios sobre cognição, cultura e educação. 1ª Edição. Natal: Editorial Flecha do Tempo, 2003. Actas del 3er CUREM, 2011 ISBN 978-9974-98-432-5 450