Quarta-Feira 20 Março de 2013 Passatempos Conferências Registo/Alterar Dados Assinaturas Pesquisa Notícias Gente e Negócios Suplementos PME News Esp. de Negócios M. Seguro Especiais Lifestyle Desporto Texto a pesquisar Intermail Entrevistas Casos de sucesso EmTrânsito Opinião OPINIÃO O IRC no país das maravilhas NOTICIAS ÚLTIMAS 20/03/13, 09:47 + LIDAS DESTAQUES Primeira viagemoficial de XI Jinping é à Rússia e a África Por José Pedroso de Melo* A acreditar no anúncio feito pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, a reforma do IRC vai mesmo avançar em 2013. Tendo presentes as linhas mestras que, pelo que foi sendo entretanto desvendado, deverão nortear aquela reforma - e que incluem, para além da redução substancial da taxa do imposto, o alargamento da base tributável, a simplificação do sistema, a alteração na tributação dos dividendos e mais-valias e, em geral, a criação de condições de promoção da competitividade das empresas nacionais e da atratividade de investimento estrangeiro desvendado -, é difícil não estar a torcer pelo sucesso de tão ambiciosa empreitada. 20/03/13, 11:44 Administração Pública perdeu 24 mil funcionários por ano nos últimos sete 20/03/13, 11:40 Chipre falha tentativa de acordo sobre empréstimo russo 20/03/13, 11:29 Leilão comjuros mais altos a 3 meses e a cair nos 18 meses 20/03/13, 11:24 Rajoy contra perda de depósitos no Chipre garante que não tomará tal medida 20/03/13, 11:11 Trata-se, no geral, de medidas há muito reivindicadas e em sentido inegavelmente positivo no atual contexto da economia portuguesa e das limitações decorrentes da perda de soberania no quadro da União Europeia (em que a política fiscal, como agora se parece reconhecer, assume importância ímpar). Acresce que o perfil do escolhido para liderar a comissão encarregada de laborar as linhas gerais da reforma - o Dr. António Lobo Xavier - não poderia deixar-nos mais descansados quanto à qualidade das soluções técnicas que virão a ser propostas para a sua concretização. Juros de Portugal semtendência definida Infelizmente, porém - e espero que a realidade demonstre estar enganado -, não vislumbro condições para que, no atual quadro político e macroeconómico, uma reforma desta dimensão possa vir a ser implementada ainda nesta legislatura. E, como já aqui escrevi, é grande a probabilidade de a montanha vir a parir um rato. NEWSLETTER 20/03/13, 10:55 Bolsas europeias embaixa ainda sob influência do Chipre 20/03/13, 09:52 Ver Todas Receba as últimas notícias no seu email! Para personalizar a sua newsletter clique aqui. Email Palavra Chave De resto, foi o próprio secretário de Estado quem já o veio reconhecer, ao afirmar publicamente que, apesar de a vontade política ser grande, uma reforma substancial do IRC estará sempre dependente da reforma do Estado e da redução da despesa. Isto parece-me óbvio: a menos que o Governo se prepare para cometer harakiri político, descriminando positivamente o investimento estrangeiro em detrimento das asfixiadas empresas portuguesas, não se vê, à luz do que são as conhecidas carências financeiras do Estado, margem para qualquer cenário generalizado de redução substancial das taxas para níveis minimamente atrativos. Seria caso para perguntar se será este o mesmo país que, há escassos três meses, aprovou o maior aumento de impostos de que há memória. Acresce, por outro lado, que o sucesso da criação, em Portugal, de um centro financeiro ou de uma qualquer "IP Box" em condições de competir com a Holanda ou o Luxemburgo, teria sempre de passar pela consagração estrutural de um conjunto de regras que, como o emonstraram as recentes polémicas sobre a deslocalização de grupos económicos para a Holanda e o esclarecimento das dúvidas respeitantes à eliminação da dupla tributação económica, ou o permanente borburinho em torno dos regimes da Zona Franca da Madeira e das SGPS, dificilmente não seriam potenciadoras de maior revolta social e arma de arremesso político. Ora, não se antevendo como provável um consenso político que garanta um mínimo de estabilidade legislativa nesta matéria, nunca, em qualquer circunstância, estaremos em condições de criar um ambiente propício ao investimento e um sistema verdadeiramente competitivo. E, nesse quadro, talvez não fosse má ideia, sob pena de males maiores, começar por cuidar dos que cá estão, resolvendo os problemas estruturais do país real. Começando, por exemplo, pelo funcionamento dos tribunais e relação da máquina fiscal com os contribuintes, ou pela simplificação das obrigações acessórias que, é bom lembrar, há bem pouco tempo vieram a ser ainda mais densificadas. Estes sim, serão sempre os pilares de um regime minimamente apelativo. *Sócio da CCA e especialista em Direito Fiscal 0 Comentários 0 Página 1 de 1 votos Imprimir Comentar Envia a umamigo Estatísticas Votar RSS Digg Del.icio.us Yahoo 20/03/13, 09:44 O poder, o Papa e a Europa Por Bernardo Vaz Pinto* converted by Web2PDFConvert.com