Pesquisa Qualitativa 1 ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Introdução ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Objetivos • Objetivo central: – apresentar e discutir questões relativas à Pesquisa Qualitativa – aprofundar conhecimento e gerenciamento de dados quali – promover formação e aprimoramento profissional nesta área • Após o curso, os alunos deverão ter desenvolvido e adquirido: – uma visão crítica da área qualitativa, em termos de: • escopo e linhas de abordagem • usos, limitações e possibilidades – referencial para tirar máximo proveito de pesquisas qualitativas • acompanhando proativamente o planejamento e execução • avaliando as implicações estratégicas dos resultados ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Tópicos Desenvolvidos • • • • • • • • • Conceituação da Pesquisa Qualitativa Especificidades frente à Pesquisa Quantitativa Aplicações Processo e etapas dos Projetos Qualitativos Métodos de Coleta Técnicas disponíveis Papel e funções do pesquisador e do cliente Ética na Pesquisa Qualitativa Tendências ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Estrutura do Curso • Conteúdo expositivo e teórico – Desenvolvimento dos tópicos do programa • Exercícios práticos – Sedimentação e exemplificação dos tópicos • Leitura - artigos selecionados – Complemento das informações teóricas – Desenvolvimento de postura crítica sobre o tema/área ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org CONCEITUAÇÃO DE PESQUISA QUALITATIVA ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org O que é pesquisa qualitativa? ÁREA DA PESQUISA DE MERCADO LINHA DE PENSAMENTO PESQUISA QUALITATIVA TIPO DE QUESTIONAMENTO NÍVEL DE RESPOSTA/RESULTADO Metodologia específica, com técnicas próprias ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Qualitativa: área de pesquisa PESQUISA QUALITATIVA PESQUISA DE MERCADO CAMPO ESPECÍFICO DE PESQUISA DE MERCADO Poderoso instrumento de Marketing: apoio à decisão Em conjunto com: • cenário sócio-econômico • dados de vendas/varejo • trade / distribuição • R&D - desenvolvimento • produção / fábrica • experiência local / global • players - fornecedores ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Qualitativa: pensamento Pesquisa de mercado Empirismo Experimentos | referencial científico PESQUISA QUALITATIVA Ciências Humanas: Psicologia, Sociologia ferramenta específica neste referencial pensamento indutivo Observação da realidade ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Hipóteses, explicações www.abep.org Qualitativa: questões O que o consumidor pensa, sente e faz? Por quê? • Opiniões Como? O quê? O que motiva? Por quê? • Atitudes • Motivações • Comportamentos • Emoções Como é a sua percepção? Como o consumidor se expressa? • Linguagem verbal e não verbal • Imaginário • Símbolos e projeções • No plano consciente e verbalizável • De forma consciente, mas de difícil verbalização ou acesso • Em nível não consciente, ou seja, latente/subjacente ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Qualitativa: respostas Conhecimento profundo do tema estudado Vínculos entre o consumidor e as propostas de marketing testadas - em sentido amplo Direções para otimizar estas propostas •explicações e hipóteses além do discurso, mas também o considerando •tendências, indicações, caminhos •Linguagem •traços/atributos •benefícios e símbolos •reações globais a estímulos (*) (*) o consumidor não cria soluções ou conceitos: reage a estímulos - exceção: pesquisas criativas/elaboradas para gerar novas idéias ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Qualitativa: metodologia MALEABILIDADE E SUBJETIVIDADE: intrínsecas ao pensamento qualitativo dados qualitativos = “conversa” / livre expressão necessidade de sistematização observação pura e simples muitas vezes pouco acrescenta riscos: dados gratuitos, não confiáveis vulnerabilidade e manipulação “terra de ninguém” Há espaço para subjetividade, mas também há limites claros ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Planejamento Controle - Ética Metodologia específica Técnicas validadas www.abep.org Algumas visões parciais e equivocadas • A PESQUISA QUALITATIVA NÃO É, DEFINITIVAMENTE: – Um tipo de pesquisa oportuno por ser mais barato e rápido – Uma técnica de coleta de dados e resultados fáceis, acessíveis e compreensíveis mesmo por parte de clientes “leigos” – Uma metodologia que permite acompanhamento interferência direta do cliente na coleta de dados e análise – Uma forma de pesquisa que se define só por utilizar amostras reduzidas e não representativas do universo estudado – Uma metodologia com interpretação subjetiva - e cuja análise, por isso, traz resultados diferentes conforme o pesquisador – Uma forma agradável e até “festiva” do cliente observar e entrar em contato direto com seu consumidor ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org “Escolas” de qualitativa • Mais intuitiva e humanista LINHA EUROPÉIA (ou “conotativa”) Tradição brasileira identifica-se mais LINHA AMERICANA (ou “cognitiva”) Alvo de críticas e mesmo preconceitos • Foco: interpretação e conotações das manifestações do consumidor • Entender a percepção do consumidor com suas próprias palavras • Não diretividade na coleta dos dados • Mais disciplinada e estruturada • Foco: fatos ou verbalizações, como ocorreram na coleta de dados • Destaque: discurso e postura do entrevistado, de forma mais pontual • Roteiros pré-definidos e objetivos ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org “Escolas” de qualitativa Tendência geral de unificação: globalização, profissionalismo Profissionais de ambas as linhas mostram certa abertura Européia: aceitação progressiva de práticas da linha Americana • algumas têm sido reconhecidas como relevantes Americana: preocupação com profundidade dos dados e análise • acompanhada por grande produção • artigos, cursos, sites, debates Eventos/congressos conjuntos de entidades americanas e européias: ESOMAR, QRCA, AQR ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org “Escolas” de qualitativa Mesmo assim, há sutis mas reveladoras diferenças de linguagem entre elas Focus Groups X Group Discussions Respondents X Participants Moderator X Qualitative Market Researcher “One-on-one” ou “One-to-one” X “In-Depth Interview” ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org PESQUISA QUALITATIVA VERSUS PESQUISA QUANTITATIVA ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Algumas diferenças relevantes • • • • • • • Amostragem: tamanho e tipo Coleta de informações Qualificação do entrevistador Avaliação dos resultados Tipo de análise de dados Possibilidade de projeção dos dados Representatividade estatística da informação Além de objetivos, tipo de problema e aplicação ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Quali X Quanti QUALITATIVA AMOSTRA COLETA DE DADOS QUANTITATIVA •mais reduzida •não representativa do universo estudado • seleção não aleatória •mais ampla •representatividade do universo é muito importante •entrevistas/observações individuais ou em grupo •roteiro aberto e indireto •questões podem (e devem) ser acrescentadas no momento da entrevista ou grupo •situação mais informal •entrevistas individuais •questionário mais rígido •formulado/fechado previamente •necessidade de padronização: questionário e procedimentos •entrevista mais formal ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Quali X Quanti QUALITATIVA PAPEL DO ENTREVISTADOR TIPO DE DADOS QUANTITATIVA •entrevistador atento ao não verbal •participação mais ativa: analisa os dados, modifica as questões •entrevistados determinam: • ritmo geral do evento • até certo ponto, a ordem dos assuntos •entrevistador treinado de forma mais genérica •participação limitada: deve seguir o questionário rigidamente •ritmo do questionário/ entrevista é determinado previamente •investiga os *porquês* do tema, em profundidade: • explicações mais amplas e tendências •propicia dados subjetivos, íntimos, não explícitos •busca informações precisas: • onde? • quando? • quanto? •dificuldade em obter dados mais profundos ou íntimos ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Quali X Quanti QUALITATIVA ANÁLISE RESULTADOS QUANTITATIVA •interpretação: discurso, •dados em geral podem ser gestual, indícios, dados tratados estatisticamente subjacentes, informações •interpretação feita usando projetivas dados diretos e indiretos •análise global: tendências • contagem/tabulação •não se faz uma tabulação das • análises estatísticas questões nem cálculos •números e relações entre eles •apontam significados, além de atitudes e conotações •são mais genéricos, globais •indicativos de tendências • hipóteses •não projetáveis para o universo ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 •apontam incidência •são mensuráveis e projetáveis para o universo •maior segurança dos dados: • em geral • relativos a estratos específicos da amostra www.abep.org Quali X Quanti • A pesquisa qualitativa indica a presença • ou ausência de algo e a quantitativa indica • o quanto este algo está presente. • A pesquisa quantitativa seria um retrato em • em preto e branco, enquanto a pesquisa • qualitativa seria um retrato colorido. ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Quali X Quanti • A pesquisa qualitativa não substitui a pesquisa quantitativa • ou vice-versa Os dois métodos têm um caráter complementar ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org APLICAÇÕES DA PESQUISA QUALITATIVA ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Contextos Abarcados Categorias Mercado Concorrência Trade Mídia/Veículos Marca Conceito Produto Embalagem Comunicação UNIVERSO MIX DE MARKETING CONSUMIDORES Segmentos, Perfis, Hábitos, Atitudes, Valores Aspirações, Sentimentos, Percepções ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org ABRANGÊNCIA DA QUALITATIVA ABRANGÊNCIA MUITO SEMELHANTE À DA PESQUISA DE MERCADO EM GERAL A pesquisa qualitativa pode ser usada em praticamente todas as etapas do ciclo de marketing dos produtos ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org CICLO DE MARKETING lançamento do produto D I A G N Ó S T I C O análise da situação AVALIAÇÃO categoria conceito produto VALIDAÇÃO comunicação ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 D I A G N Ó S T I C O monitoramento da performance www.abep.org QUALI X CICLO DE MARKETING • Entendimento global do consumidor • motivações, aspirações, hábitos Pesquisas exploratórias isoladas ou associadas a quanti • Atitudes, percepção: produto e categorias • Imagem de marcas • Estudos para segmentação: • mercado e consumidores • Desk research • Histórico de marcas e mercado • Tendências gerais: categoria e mercado ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org QUALI X CICLO DE MARKETING • • linguagem e benefícios Desenvolvimento, refinamento Conceitos de produto e comunicação • e avaliação Mix: embalagem e aspectos de produto • sabor, perfume, cor, variantes • Comunicação: campanhas, peças • finalizadas ou não • Avaliação: • concorrência e cenário global Diagnóstico • Razões de adoção, escolha ou abandono • produtos e marcas • Potencial de extensão de marcas • outros produtos e categorias ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Aplicações: Tipos De Pesquisa • Pesquisas exploratórias iniciais – desk research: informações anteriores e/ou dados secundários – levantamento de valores, hábitos e atitudes • • Pesquisas de imagem de marcas e da concorrência Testes de elementos do mix dos produtos – embalagem - frascos, rótulos – produto - formulação, aspectos físicos • sabor, cheiro, cor, consistência, etc. • Pesquisas de comunicação – conceito – caminhos criativos – propaganda/comunicação - anúncios/peças • Avaliação de sites e comunicação on line ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Aplicações: Necessidades • • Gerar hipóteses e insights Explorar em profundidade atitudes, comportamentos, percepções, linguagem – consumidores e segmentos – mitos das categorias • Subsidiar criação e desenvolvimento – vários aspectos do ciclo de marketing e do mix dos produtos • • • • Prever tendências e comportamentos Orientar caminhos de comunicação e posicionamento Identificar novas oportunidades, negócios, “brechas” Apoiar pesquisas quantitativas, antes e depois: – levantar hipóteses a serem testadas – auxiliar na compreensão de resultados – gerar atributos a serem confirmados • E mais uma série de aplicações - atuais e futuras ... ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org ETAPAS DA PESQUISA QUALITATIVA ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Fluxograma - Quali EMPRESA DESK RESEARCH, INSIGHTS NECESSIDADE DE INFORMAÇÕES Decisão de colher dados primários BRIEF PLANEJAMENTO Proposta Metodologia Amostra Roteiro EXECUÇÃO Recrutamento Coleta de dados Análise DECISÃO: Alterações das idéias iniciais Quantificação ou não Características do produto RESULTADOS RECOMENDAÇÕES INSTITUTO ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Brief • Fundamental para o sucesso de toda pesquisa, deve considerar: •Definição do problema de marketing •Necessidade / utilidade de dados primários •Viabilidade da pesquisa: prazo, custos, tema (é pesquisável?) •Há um padrão de ação? O que a empresa vai fazer com os resultados? ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Decisão de usar Pesquisa Qualitativa – em conjunto com o Instituto (método é o mais indicado?) Informação no brief: •Histórico/problema de marketing/ objetivos do projeto e pontos a investigar •Padrão de ação •Target, variáveis da amostra, locais •Especificações, prazos, estímulos, modelos www.abep.org Planejamento • Definido o problema, formaliza-se o planejamento feito pelo instituto, muitas vezes junto com o cliente (ou vice-versa) Elaboração da Proposta •Metodologia: em geral Discussões em Grupo ou Entrevistas em Profundidade •Técnicas recomendadas / possíveis •Amostra – locais e segmentos de entrevistados •Áreas de abordagem / roteiro •Cronograma/prazos •Custos ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Uma vez aprovada a proposta • Cronograma e viabilização do campo • Decisões sobre logística • instalações • profissionais • materiais de estímulo • registro • viagens • Preparação dos questionários, normas de recrutamento e roteiros www.abep.org Definição da Amostra • Amostras: em geral reduzidas • Poucas unidades de informação / eventos – grupos / entrevistas / observações dados se “repetem” após alguns grupos relação custo-benefício: custo elevado de cada evento ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 N° de grupos / entrevistas depende das características de seu target (variáveis ≠s segmentos) e dos objetivos do projeto N° de grupos e entrevistas é o resultado destas considerações, nunca n° a priori www.abep.org Definição da Amostra • Estabelecida segundo as variáveis relevantes para o caso: • Demográficas: classe (*), sexo, idade, cidade, renda, raça/etnia • Estilo de vida: família, escolaridade, hábitos de mídia, lazer • Consumo: uso, fidelidade, freqüência, uso concorrência • Variáveis de atitudes ou segmentos específicos: profissões / cargos perfil psicográfico (escala aplicada no recrutamento) (*) Em quali, a classe raramente é considerada isoladamente filtros para > sensibilidade ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Amostragem em Qualitativa Seleção não-aleatória, a partir de critérios pré-estabelecidos Representatividade não se coloca como preocupação em Quali Participantes devem “representar” bem seu segmento mas não precisam ser “representativos” do universo total ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Segmentos são incluídos para ouvir sua impressão / opinião e detectar possíveis grandes ≠s de atitudes / comportamento: levantar tendências / hipóteses sujeitas à confirmação quanti www.abep.org Cuidados ao definir amostra Atenção para aspectos como: Se possível ter eventos duplicados por segmento Limitar as variáveis desejadas Procurar comparabilidade nos segmentos “isolar variáveis” “excesso” de eventos (ex.: homens classe A/B RJ; homens classe A/B SP) (ex.: 2 grupos com mesma composição) possibilita detectar diferenças entre variáveis consistência entre dados levanta hipóteses consistentes atenua risco de grupos atípicos custo-benefício desfavorável ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Roteiro Roteiro em qualitativa Não é um questionário É uma relação/lista de pontos importantes para abordar na entrevista/grupo - cobrindo o brief • Ritmo maleável • Necessidade: instrumento flexível • Garantir acesso a dados • Racionais • verbais, concretos, lineares • Emocionais • intuitivos, não verbais, menos conscientes ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 • Projetos mundiais requerem • Certa padronização • comparação • análise consolidada • E, por outro lado: • respeito ao ritmo e cultura locais www.abep.org Recrutamento •Em geral, os entrevistados têm que ser recrutados previamente •dificuldade dos targets, timing, infra-estrutura, custos •Questionário de recrutamento: deve contemplar filtros •não deixar claro o assunto ou filtros (disfarces) •dados de classificação social critério Brasil •perguntas atitudinais / comportamentais (locais que freqüenta, hábitos de mídia...) ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Trabalho muitas vezes terceirizado, mesmo em grandes institutos Área delicada, suscetível a fraudes | necessidade de controles www.abep.org Coleta de dados Sempre permite a expressão livre do consumidor Caracterizam-se como uma conversa + atividades projetivas Não há questionário a ser respondido, há um roteiro e técnicas projetivas que facilitam a tarefa do entrevistador/moderador Discussões em Grupo (DG) Métodos mais usados Entrevistas em Profundidade (EP) Observação ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Análise • Exploratória --> hipóteses Natureza diferenciada da quali se manifesta na análise • resultado de “conversa” e projeções • Resultados não são lineares • vão além do que foi expresso/discurso • Análise global • do que se disse • do que está “por trás” do que foi dito Cria-se sistema interpretativo coerente: significado dos fenômenos • Comportamentos • Atitudes • Reações • Tendências ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Análise • • Questão importante: preferências/rankings Diferença entre gostar/preferir e conotações • vital para a análise Ex: alternativas de embalagem ou propaganda • questão estratégica: • o que se pretende comunicar • consequências para a marca e posicionamento • parte do mix, conjunto • conotações: mais relevantes que as preferências Softs de análise - conhecidos como CQDAS • Mais usados nas universidades, pouco empregados pelos profissionais • Possibilitam: contagem das palavras, organização dos temas, verbetes • Em suma, podem até auxiliar na pré-análise, mas não bastam ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Relatório/Resultados Esquemático Relatório específico, com particularidades não um longo relatório, de estilo acadêmico • Avaliações rápidas têm sido muito solicitadas • Debrief: • cada vez mais comum, em especial no caso de grupos • avaliação dos pontos principais logo após os grupos Highlights: • resumo dos principais resultados Nem sempre aconselháveis, mas tem sido necessário: timing Riscos: esvaziar conclusões, decisões precipitadas ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Relatório/Resultados • Comunicação dos resultados: particularmente difícil em quali • Não se conta com o apoio de questionários/tabelas • Tem que ser criado, a cada vez, um esquema de exposição Dados organizados para facilitar: • Compreensão: • do raciocínio da análise • embasamento: conclusões e recomendações • Visualização, por parte do cliente, dos pontos fundamentais ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Devem constar: • metodologia, amostra, datas de campo • possibilidade de localizar cenário, interferências de ações do produto ou da concorrência, etc www.abep.org Relatório/Resultados Função consultoria do Instituto Fica clara na estruturação dos relatórios qualitativos • Necessidade de ir além dos dados propriamente ditos • Sempre que possível, fundamentar a análise em outros dados • • mercado, vendas, dados secundários • pesquisas anteriores, experiências da empresa • publicações, mídia Incluir recomendações estratégicas • cada vez mais importante e exigido ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Relatório/Resultados Dados de cenário • São muito importantes para compreensão das informações • É interessante que estejam sempre presentes • ao menos como anexo • Podem ser de grande utilidade, inclusive no futuro • • • • • Verbetes Agradam a alguns, mas deve-se usar com parcimônia Podem ilustrar e exemplificar bem alguns pontos da análise Mas não substituem a análise e a avaliação dos resultados • nem fundamentam as colocações Não têm uma função correlata à das tabelas, em quanti!! ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org MÉTODOS DE COLETA DE DADOS ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Coleta de dados em quali Métodos qualitativos de coleta de dados instrumental consagrado e com normas específicas criados para facilitar e sistematizar a obtenção de dados qualitativos fruto de uma “conversa” Não diretividade e livre expressão não podem ser confundidas com excesso de subjetividade e ausência de sistematização ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org MÉTODOS DE COLETA DE DADOS ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Coleta de dados em quali Métodos qualitativos de coleta de dados instrumental consagrado e com normas específicas criados para facilitar e sistematizar a obtenção de dados qualitativos fruto de uma “conversa” Não diretividade e livre expressão não podem ser confundidas com excesso de subjetividade e ausência de sistematização ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org ENTREVISTAS EM PROFUNDIDADE ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Entrevistas em Profundidade Entrevistas Individuais (1 entrevistador e 1 entrevistado) • Explorar menos tópicos em maior detalhe / profundidade (histórico de uso de uma marca / categoria) • Abordar temas mais delicados ou potencialmente constrangedores (ex.: fraldas para incontinência urinária, preservativo) Método permite utilizar situação de intimidade que se estabelece • Atingir targets de difícil recrutamento (“coexistência grupal”, médicos, executivos) ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Entrevistas em Profundidade Uma entrevista tradicional •Duração 1 a 2h aproximadamente •Em geral, em ambiente conveniente e familiar ao entrevistado (casa, escritório) favorece situação de intimidade /relaxamento •Roteiro menos desestruturado que para DG (apesar de ainda sem grandes estruturaçÕes) em geral: + perguntas e detalhes • Desafio: seguir o fluxo de pensamento do entrevistado e cobrir questões específicas naturalmente Necessidade de entrevistadores especializados ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Variações DGs / EPs Mini Grupos 4 / 6 part.) Entrevistas tríades (3 part.) Entrevistas pareadas (2 part.) • Obtenção de dados em profundidade / > detalhamento • Permitir a interação social e, muitas vezes, o confronto (tríades, pareadas) • Targets de recrutamento difícil ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Variações DGs / EPs Grupos com Retorno Entrevistas com amigos 2 ou mais sessões consecutivas (limite 4/5) intercaladas com uso de produto com observação / diários ou até mesmo para possibilitar > empatia e intimidade (pesquisas comportamentais, atitudinais, “os adolescentes”) 2 ou 3 pessoas que já se conhecem previamente situação diminui inibições,favorece a colocação de cada um muito usadas: crianças e adolescentes ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org OUTROS MÉTODOS QUALITATIVOS ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Inovação Etnográficas Grupos Seqüenciais Metodologia especialmente interessante para subsidiar o processo de INOVAÇÃO em produtos / serviços / marcas Grupos Criativos Grupos de Retorno Uso em fases precoces de um projeto ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Etnografia - Observação •Observação sistematizada das pessoas / consumidores em geral, equipe instituto + staff do cliente •em seu próprio ambiente (casa) •em ambiente de uso do produto (ex Praia – Protetor Solar) •em ambiente de compra •Tentativa: haver o mínimo de interferência na realidade observada atitude investigativa vs. avaliativa Método inspirado na tradição antropológica ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Ver com os olhos do consumidor, penetrar sua realidade Especialmente interessante para realidades distantes / diferentes / desconhecidas do cliente (targets e categorias) www.abep.org Etnografia – Exemplo de Observação Preparação do time Treinamento das equipes (definição de papéis, postura ética, limites) Campo: equipes de 2 a 3 pessoas cada - observação - gravação / filmagem / fotografia Discussão das vivências / experiências fechamento ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Documento final: registro escrito + material gráfico (fotos / gravações) www.abep.org Grupos Criativos • Grupo de consumidores “diferenciados” / especializados criativos dinâmicos experts Trazer insights para resolução de determinada questão-chave a partir do ponto de vista do consumidor • Longa duração (4 a 6 h) ou grupos de retorno futuro da marca novas estratégias novos produtos • N° reduzido de grupos (1 a 4) Discussão + Técnicas operativas (ex. construção de produtos com sucata) ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Grupos Seqüenciais • Grupo com consumidores de rápida duração (1-1:30h) • Promover refinamento de conceitos e idéias • Em geral, vários por dia (4 em média) • Também usados para screening / triagem • Cada grupo traz insights de grande n° de para mudanças a serem alternativas apresentadas nos grupos seguintes • Importante: mesmo perfil de consumidores Processo de construçãoreconstrução ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Quali Online • Abordagem cada vez + comum fora do Brasil • Métodos principais: • e-mail – entrevistas abertas / semiestruturadas • grupos em tempo real – hora marcada • bulletin boards – fóruns, abertos por alguns dias Vantagens: economia de tempo e esforços - acesso a targets difíceis - possibilidade de reunir pessoas geograficamente distantes • Porém, ainda receios / críticas: alvo de estudos / normas pouco realizada no Brasil barreira dos profissionais / desconhecimento limitação cobertura Internet custos altos ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org TÉCNICAS QUALITATIVAS ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas qualitativas Além de permitir a livre expressão dos consumidores existem algumas técnicas facilitadoras específicas Técnicas projetivas Sua aplicação parte do conceito de projeção Operação psíquica que atribui significados a eventos, objetos ou pessoas externos a eles, derivados de desejos e sentimentos inconscientes. Ferramentas herdadas da prática clínica ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas qualitativas Muitas técnicas podem ser classificadas como projetivas, outras podem ser consideradas mais EXPRESSIVAS que projetivas. Em ambos os casos, • Técnicas Projetivas e/ou “Expressivas” têm o objetivo de trazer um discurso menos racional e linear • Permite aflorar contradições / inconsistências • A idéia é tocar em determinado assunto (uma marca, um produto, um tema) de forma indireta para que os sentimentos mais difíceis de serem expressos verbalmente possam ser acessados. Úteis para estudar a imagem de uma marca, efeitos de novos elementos de mix sobre a imagem de um produto/marca em suas várias dimensões. ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas Projetivas Técnicas projetivas - exemplos Personificação Planeta • Solicita-se aos participantes que transformem determinada marca /produto / comunicação em uma pessoa. • Solicita-se que falem de determinada marca/produto como se fosse um planeta. • Devem construir esta pessoa: suas características gerais, seu mundo social, familiar. • Caracterização do ambiente, tipo de atmosfera, da população, etc. Analogias Se determinada marca/produto fosse um animal, que animal seria... ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas Expressivas Técnicas Expressivas – o objetivo é romper a linearidade do discurso verbal Colagem Associação Livre •A partir de um tema de interesse (categoria estudada, uma marca, etc.) solicitar que falem o que vier à cabeça livremente, sem reservas. •Objetivo: retirar as reservas, a censura sobre o próprio discurso. •Expressão passa a ser através de imagens. •Solicita-se aos participantes que expressem seu sentimentos através de uma colagem de imagens (fotos de revista). •Ajudar a caracterizar um tema, uma categoria de produtos, uma marca sob um novo prisma. ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas Expressivas Exemplo de colagem ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Mapeamento Mapeamento • De marcas ou produtos • A partir das marcas /produtos do mercado. Os participantes são solicitados a agrupá-los segundo o critério que julgarem relevante. Objetivo: investigar segmentação, posicionamento e imagem de marca e produtos, sob a ótica do consumidor ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Mapeamento Exemplo de mapeamento – mercado sabão em pó: Mercado maduro imagem de marca Omo Ariel Reconhecidos como os mais caros, líderes. Minerva Brilhante Ace Bold Intermediários: preço justo com qualidade. Surf/ Campeiro Biju Carrefour Desvalorização: limpar chão ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Mapeamento Exemplo de mapeamento Mercado de barras de cereal: NUTRY - banana Banana e Musli - c/ chocolate NUTRY - salada de frutas NUTRY - banana c/ chocolate NESTON - morango c/ iogurte TRIO -coco e chocolate NESTON - coco tostado NUTRY - castanha c/ chocolate NUTRY - frutas e castanha do Pará NUTRY - coco c/ chocolate NUTRY - coco GRUPO DAS FRUTAS OLEOSAS GRUPO DAS FRUTAS ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 GRUPO DAS FRUTAS OLEOSAS GRUPO DAS FRUTAS C/ CHOCOLATE www.abep.org Mapeamento TRIO - damasco, maçã e mamão - light TRIO - avelã e castanha com chocolate - Light TRIO - manga com iogurte - light FIBRA TOTAL - ameixa c/ chocolate - Light NESTON – damasco e maçã - light NUTRY - frutas vermelhas c/ chocolate - light NUTRY - pêssego - diet LÍNEA - avelã e castanha c/ chocolate - diet LÍNEA - maçã c/ uva passa - diet LÍNEA - banana com aveia - diet FRUTAS LIGHT/DIET LÍNEA - avelã e castanha c/ chocolate - diet FRUTAS C/ CHOCOLATE – LIGHT/DIET Mercado em desenvolvimento: mapeamento por tipos (objetivo e racional) ; ausência de diferenciação de marcas ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Outras Técnicas Balões de diálogos / “bubbles” Participantes atribuem diálogos a personagens, como discussão ou reação a tema / marca / conceito / comercial Completar frases ou histórias Desempenho expressivo Participantes Participantes “completam” representam uma frase ou em desenhos sua lembrança história / imagem de proposta pelo um tema / entrevistador marca / produto /moderador / categoria. ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 Ex.:: desenho dos principais ícones de uma embalagem Relaxamento Técnicas de relaxamento para criar um ambiente confortável que estimule os participantes a expressar-se livremente www.abep.org Mais outras técnicas Estímulos diferenciados Estímulos visuais, tácteis, sonoros, etc.: gerar associações a determinado tema / marca / categoria / conceito / comercial Associação de fotos /atributos Seleção dos que remetem a marcas / categoria / conceito Role-playing Participantes assumem papéis para descrever aspectos negativos e/ou positivos de um tema / marca / produto / categoria. Ex.: “tribunal” – equipes que “defendem” ou “atacam” o tema / produto Laddering / cadeias de benefícios Forma de explorar exaustivamente atributos e benefícios, até chegar a sua origem e motivação psicológica mais profunda. Ex.: “gosto de tomar banho” entrevistador: “por que gosta?” – “é agradável” – “Por que á agradável?” “fico atraente” “Por que é importante ficar atraente?” – e assim por diante... e muitas outras ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org PAPEL DO CLIENTE EM QUALITATIVA ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Estágios Inciais – Antes do “Campo” • Checar a real necessidade de partir para a coleta de dados primários – Já há respostas disponíveis internamente? – Haverá padrão de ação para a pesquisa, seja quais forem os resultados? • Redigir o briefing de pesquisa de forma isenta – não é uma peça publicitária do produto! – com subsídios para que o fornecedor: • entenda o problema de marketing • possa propor a alternativa de estudo mais adequada. • Ser acessível ao fornecedor – de forma a esclarecer dúvidas e questões – especialmente as que surgem ao longo da preparação da pesquisa ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Estágios Inciais – Antes do “Campo” • Cumprir suas “tarefas”, dentro do cronograma proposto: – aprovar o roteiro – se necessário, elaborar materiais de estímulo para a pesquisa • de preferência com a orientação do fornecedor • Ter consciência de que: – uma vez agendados os grupos a mudança de datas só deverá ocorrer em caso de extrema necessidade • pois isso implica em custos – especialmente quanto mais próximo for o cancelamento/adiamento das datas previstas – todos ganham com uma atitude de colaboração e com um verdadeiro trabalho em equipe ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Assistir a grupos - Regras • Antes do grupo: • Ao chegar – identificar-se apenas pelo nome na sala de espera. Evitar falar o nome da empresa, trazer material com identificação – os participantes podem estar no mesmo ambiente. • Durante o grupo: • Manter a conversa em tom baixo, controlar risadas – sons muito altos podem ser ouvidos na outra sala. • Prestar atenção a qualquer luz. • Bilhetes ao moderador: podem atrapalhar sua concentração, retirar o sentido de intimidade que se estabelece entre o grupo evitar. É possível combinar que o moderador vá periodicamente atrás do espelho. • No fim da reunião, evitar sair da sala junto com as participantes. ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Assistir a grupos - Regras Assistir aos grupos é um momento importante Importante: atitude de “investigador” • despojar-se de suas próprias verdades A oportunidade de assistir a um grupo é de grande valor para o cliente: pode ouvir as necessidades, reações de seu consumidor. • observar as especificidades do target (em relação aos próprios valores) sem idéias pré-concebidas, sem preconceitos • exercitar a prática de entrar em seu ponto de vista, enxergar como ele enxerga • ouvi-lo de forma respeitosa – ele está nos ajudando ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Dicas de aproveitamento O que ouvir e observar: • Verbalizações – o que falam • Significados – o que querem dizer • Que tipo de linguagem utilizam, vocabulário, expressões • Omissões – o que não falam • Dicas não-verbais: expressões faciais, linguagem corporal, nível de energia do grupo (pode indicar reações a estímulos ou tema), mudança de emoções, sentimentos ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 •Anotar o grupo pode ajudar a sistematizar impressões, separar áreas de interesse. •Não tentar quantificar o grupo. Não se preocupar com respostas individuais. Tentar assimilar o todo. www.abep.org ÉTICA EM QUALITATIVA ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Ética em Quali Quali rege-se pelos códigos de ética gerais ANEP, ESOMAR, MRA, SBPM – – – – – – – – – – Direito a privacidade e anonimato Direito a segurança Não pode ser prejudicado por participar da pesquisa A cooperação é sempre voluntária Direito de saber os objetivos reais da pesquisa Direito de escolher que perguntas responder Pode se recusar a responder/participar da pesquisa Deve ser informado da gravação e observação da entrevista/grupo Possibilidade de checar a veracidade das afirmações do pesquisador Cuidado especial – crianças e adolescentes ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Ética na Prática •Cordialidade e hospitalidade - pontos muito importantes – contribuição voluntária e gratuita: • “lanche”, incentivo, deixar à vontade - sinais de respeito •Necessidade de rapport inicial/aquecimento: grupos e entrevistas – alguns clientes se irritam: tempo de aquecimento • “perda de tempo” – mas na realidade é indispensável: “é um tempo bem gasto!!” • cultura brasileira: é necessário conversar um pouco mais • estabelecer as condições do “contrato” com entrevistados • esclarecimentos técnicos e éticos – neutralidade e permissividade ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org TENDÊNCIAS ÁREA QUALITATIVA Segundo Pat Sabena •paper de 1999 •Inauguração do capítulo brasileiro da QRCA ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Tendências • • Grande crescimento do setor - importância como negócio Corrente favorável – bem em anos ruins e muito bem em anos bons • Expansão das áreas de atuação – não apenas produtos/bens de consumo – também imagem corporativa, saúde, universidades, etc… • Maior respeitabilidade, menos “polêmica” – maior reconhecimento como metodologia científica • 60 anos de história! • Aliança crescente com pesquisa quantitativa – maior presença em institutos tradicionalmente quanti – auxiliar: elaboração de questionários, complementação de dados • Tudo cada vez mais rápido – prazos menores, entrega de resultados por meios eletrônicos … ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Tendências • Mudanças no formato da análise – relatórios mais curtos e extremamente estratégicos – menos verbatim/citações literais da amostra – apresentações em vídeo/multimídia, distantes de relatórios acadêmicos • Maior variedade de metodologias e técnicas de coleta de dados • Mais flexibilidade no tempo de duração de entrevistas/grupos • Mais etnografia e observação – casa/trabalho do consumidor e pontos de venda • Aumento no papel da tecnologia – grupos/entrevistas por vídeo-conferências, pesquisa on line • Pressão para o desenvolvimento de novas técnicas ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Tendências • Crescente profissionalização – cursos/treinamentos – filiação a associações como ESOMAR, QRCA, AQR, etc… • Duas categorias de profissionais: dubiedade – aumento de pesquisa qualitativa como consultoria – mas: mais “candidatos” a apenas moderadores • Amadurecimento da profissão – novas gerações de pesquisadores especializados na área qualitativa • Mais projetos internacionais – pesquisa globalizada, colaboração entre países • Departamentos de pesquisa mais enxutos/menores (empresas) – e tendência crescente de terceirização (institutos) ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Tendências • Mudança no relacionamento com os clientes – relação de parceria - mais envolvimento/ responsabilidade • Mais participação dos clientes – observação proativa/acompanhamento da coleta de dados/ – debriefs • Melhores instalações – salas de grupos/entrevistas mais sofisticadas, melhor equipadas • Aperfeiçoamento das técnicas de recrutamento • Maior ênfase em ética/confidencialidade para os participantes • Consumidores mais conscientes/“espertos”/preparados/articulados • Mais “lição de casa” antes de grupos ou entrevistas – técnicas de ambientação/preparação – pro-atividade dos participantes ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Preocupações/Receios Ainda segundo Pat Sabena – Valorização exagerada de novidades • independente do conteúdo – – – – – Tudo cada vez mais rápido MESMO! Constante necessidade de provar a relevância da quali Mania de querer quantificar dados qualitativos! Perigos do telemarketing, identificado como pesquisa Pesquisa on line: • será possível desenvolver uma metodologia quali? ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org EXERCÍCIOS PRÁTICOS (complementares) ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Abrangência da Quali Exercício prático Tarefa: listar as possíveis aplicações de pesquisa qualitativa CONTEMPLAR: Tipos de pesquisas Problemas/necessidades Checar com a apostila e relacionar com o quadro do ciclo de planejamento de marketing ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Definição da Amostra Exercício de planejamento inicial Tarefa: determinar o desenho amostral do projeto a seguir: Objetivo geral: conhecer hábitos e atitudes do target em relação à categoria de TV por assinatura Definir: Target: • Mulheres, homens • Assinantes de TV por assinatura (Net, Direct TV, SKY e TVA) • Classes A, B e C • Moradores de São Paulo e RJ • Com idades entre 15 e 50 anos a) Número ideal de grupos b) Número “viável” de grupos ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas qualitativas • Exercício prático - Personificação • Tarefa: Vamos imaginar que uma dessas marcas de cerveja (Skol e Antarctica) se transformou em uma pessoa. Como ela é? – – – – – – – – Sexo, idade O que faz no seu cotidiano, trabalho, estudo, lazer Com quem vive, como é a sua família, como convive com a família Como é a sua personalidade, suas qualidades seus defeitos Como essa pessoa se veste, seu estilo Como é a casa desta pessoa, cômodos, estilo dos móveis Ela tem carro? Se tiver que carro tem O que eu gosto / desgosto nela ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas qualitativas 2. Exercício prático – Variação técnica projetiva Cidade levantar níveis de extensão e elasticidade de uma marca / composição de linha Vamos imaginar uma cidade... Sabemos que em uma cidade há diferentes bairros:O centro – o coração da cidade, a periferia, o centro financeiro, os bairro da moda com lojas de grife, bares e restaurantes, os bairros residenciais, a zona industrial, a parte antiga A nossa cidade imaginária se chama AVON. Os seus bairros são as categorias/marcas Avon. A nossa tarefa é construir essa cidade distribuindo os bairros, qual marca/ produto é o centro, qual a periferia... É possível criar novos bairros. ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org Técnicas Qualitativas ira rre Fe n eo o br tem Se e d te Se id a n e uri Baaccu Av uaa Lima B Ru R as rg Va ira rre Fe s o am ho aR tin ia Ru o ou an C ib ulh r .L eJ ho d n D se R. ez on aD aM Ru Ru co bu Na l io e tu aG id en Av s da y on on in nt m pa sA ui aL Ru im qu oa aJ Ru na Pe aE nid aL Ru a Ru e Av Categorias/marc as Avon: a que bairros correspondem? Ru im qu oa aJ Ru Ss A cidade Avon Rua Moreira Rua Dr. Moreira o Deodoro Rua Mal Deodor a reirira More G. Mo Rua G. ass Dia a M. Di Ru Rua to en rm Sa LEGENDA: • O centro – o coração A periferia O centro financeiro O bairro antigo O bairro da moda com lojas de grife, bares e restaurantes O bairro residencial • A zona industrial s x ia Ca de ree ue leeg Al uq rto aD Po Ru de de on isc aV AVON Manaus r he a lc M o ar d Jose a nagu Para Qu Rua o Bo intin va caiiuu s rraade A nd d os Rua Leao iranda Rua M s Bare dos Rua N Amazon River I994 MAGELLAN GeographixSM Santa Barbara, CA (800) 929-4MAP ABEP– AssociaçãoBrasileiradeEmpresasdePesquisa– 2004 www.abep.org