O que é memória?
Processos e estruturas envolvidos na
capacidade de armazenar e recuperar
informações
“Memória é uma forma de conhecer o
passado que não tem correspondente
no conhecimento que podemos ter do
futuro” (B. Russell, 1921)
Experimental 3 2008/1 - Memória
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Métodos 1 - Sílabas sem sentido
Hermann Ebbinghaus (1850-1909)
Desempenho na recuperação de listas de
letras – “sílabas sem sentido”

ZEB, XALVO, MONUL, RULL, NAMAK
Variações (controle experimental de VI´s):




Quantidade de ensaios
Intervalo entre aquisição e recuperação
Intervalo entre ensaios
Tipo de estímulo: letras ou números
Desempenho (medida da VD)

Quantidade de sílabas lembradas
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Sílabas sem sentido
Principais achados:



50% das sílabas são esquecidas em 40 min.
Dificuldade aumenta com listas maiores que 7 sílabas
Lembra-se melhor com repetições distribuídas
Curva de esquecimento:
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Métodos 2 - Café da
manhã e associação
Francis Galton (1822-1911)
Memória cotidiana

“o que você teve para o café da manhã na
quarta-feira passada?”
Teste de associação (Galton-Crovitz)

“Relate a primeira memória que lhe vem à
mente quando ouve as seguintes
palavras”...
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Café da manhã e associação
Perguntas são de outra natureza:
Que tipos de acontecimentos lembramos
mais?
 Que tipo de informação é mais difícil de
lembrar?
 Quão vívidas são as memórias de algo
que aconteceu há três dias ou há três
anos?

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Processos de memória
Codificação

Processamento inicial de informação que leva da
percepção do objeto/evento a uma representação na
memória
Armazenamento

Retenção com o passar do tempo do material
codificado
Recuperação

Ato de acessar posteriormente a informação
armazenada, a partir de uma pista interna ou externa
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Modos de recuperação
Evocação:



Lembrar livremente é mais difícil:
Mais tempo, mais esforço, mais processos cognitivos
envolvidos na tarefa
“Quem é o ministro da fazenda?”
Reconhecimento:




Lembrar informação partir de uma lista é mais fácil:
Pistas concretas diminuem o tempo, esforço e número de
processos envolvidos
Pistas ativam os “nós” da organização da memória
“Quem é o ministro da cultura? Gilberto Gil ou Chico
Buarque?”
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Estruturas da memória
Memória Sensorial (MS)


Icônica - visual – frações de segundos
Ecóica – auditiva – 5 a 10 seg.
Memória de Curto Prazo (MCP)
 Memória de trabalho


Capacidade limitada: “O mágico número 7 (mais
ou menos 2)” (Miller, 1956)
Segundos ou alguns minutos
Memória de Longo Prazo


Recordação e reconhecimento de informação
declarativa (fatos e eventos) e não-declarativa
(habilidades)
Horas, dias, meses, anos
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Curto prazo e longo prazo
Efeitos de posição serial
Quando estudamos uma lista, lembramos
mais de itens do início e do final
 Efeito de primazia



Itens do início foram para a MLP
Efeito de recentidade

Itens do final estão na MCP
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Modelo de múltiplos
armazenamentos
(Broadbent, 1958; Atkinson & Schiffrin, 1968)
Memória
Sensorial
Memória de
Curto Prazo (MCP)
Experimental 3 2008/1 - Memória
Memória de
Longo Prazo (MLP)
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Processos de memória –
Como lembramos?
Codificação

Especificidade da codificação

Contexto de codificação igual ao contexto de
recuperação
Armazenamento


Ensaio / repetição
Consolidação
Recuperação


Recordação
Reconhecimento
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Sensação
Percepção
Memória sensorial
(MS)
Informação se perde
Após alguns segundos
Não
Prestei atenção
à informação?
Informação se perde
Após alguns segundos
Repetição de
manutenção
Sim
Informação se perde
após cerca de
15 segundos
Nenhum
processamento
Codificação
Repetição
reflexiva
Memória de
Curto Prazo (MCP)
Como a informação
é processada?
Processamento
profundo
Memória de
longo prazo (MLP)
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Recuperação
Informação é
Mantida na MT
por mais tempo
Processamento
superficial
Se a informação for
necessária mais tarde, é
transferida para a MT
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Sistemas Múltiplos de Memória
Curto prazo /
Memória de trabalho
Longo prazo
Procedural
(não-declarativa)
Habilidades
(motoras, perceptivas,
cognitivas)
Aprendizagem
não-associativa
(habituação)
Pré-ativação
(priming)
Declarativa
Episódica
(Eventos)
Semântica
(Fatos)
Condicionamento
clássico e operante
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