RELAÇÃO ENTRE PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E ESTADO NUTRICIONAL DA COMUNIDADE DO IFPE: DISCENTES E ADMINISTRATIVOS - CAMPUS PESQUEIRA- PE. José Romero Diniz; Célia Maria Ribeiro de Vasconcelos; Maria Amanda Lima Batista; Ana Raquel Ferreira Galindo. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - Campus Pesqueira-PE. Resumo: Problematização: “Sobrepeso e obesidade consistem, na atualidade, em importantes problemas de saúde pública, estando listados dentre as cinco principais causas de morte no mundo, e terceira em países em desenvolvimento” (WHO, 2009). A OMS aponta as mudanças comportamentais, principalmente alimentação inadequada e aumento da inatividade física, como uma das principais causas do rápido aumento na prevalência do número de obesos (WHO, 2003). Em virtude das grandes diferenças na prevalência de obesidade entre os países e os grupos socioeconômicos, consideram-se também importantes os determinantes ambientais e socioculturais da dieta e atividade física (BRANCAN; NIKOGOSIAN; LOBSTEIN, 2006). “Este fenômeno gera bastante preocupação para os órgãos de saúde pública, particularmente pela estreita relação com os fatores de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e metabólicas” (WHO, 2006). Objetivos: Relacionar prática de atividade física e o estado nutricional dos discentes e administrativos do IFPE - Campus Pesqueira- PE. Referencial Teórico: A atividade física regular contribui para a prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente aquelas que se constituem a principal causa de mortalidade, como as doenças cardiovasculares e o câncer. Além disso, a atividade física está associada a uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida (MATSUDO, 2006; 2009). A obesidade representa, na atualidade, um problema de saúde pública de magnitude considerável, quer pela associação às outras doenças crônico-degenerativas, quer pela prevalência crescente tanto na infância como na fase adulta, o que pode constituir um processo epidêmico (AMER ; MARCON; SANTANA, 2011). A atividade física regular contribui para a prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente aquelas que se constituem a principal causa de mortalidade, como as doenças cardiovasculares e o câncer. Além disso, a atividade física está associada a uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida (MATSUDO, 2006; 2009). Por meio de pesquisas realizadas em diversos países, comprovou-se que o estilo de vida passou a ser reconhecido como um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades (NAHAS, 2001). O IMC, também conhecido como índice de Quételet, utilizado na avaliação do estado nutricional de populações, é obtido a partir da divisão da massa corporal em quilogramas, pela estatura em metro, elevada ao quadrado (kg/m2). Largamente utilizado, tanto em nível individual como populacional, o IMC expressa às reservas energéticas do indivíduo, sendo considerado um índice de adiposidade (CERVI; FRANCESCHINI; PRIORE, 2005). Metodologia: Os dados foram coletados por meio da técnica de entrevista individual face a face, com os participantes selecionados por categorias, e o registro das informações fora efetuado utilizando-se um questionário semiestruturado, composto por questões fechadas e abertas, organizados em blocos por conjuntos temáticos, o qual inclui variáveis socioeconômicas, prática de atividade física, e através das seguintes medidas antropométricas: peso, altura, Índice de massa corporal (IMC). Resultados, discussão e conclusões: No que diz respeito à prática de atividade física entre os discentes e os administrativos do IFPE- Campus Pesqueira- PE constatou-se que 44,7% dos discentes e 42% dos administrativos referiram realizarem alguma atividade física, enquanto que 53,3% dos discentes e 58% dos administrativos revelaram não praticarem nenhuma atividade física, os tipos de atividade física serão apresentados através de gráficos. Quanto ao estado nutricional dos discentes e a administrativos do IFPE-Campus Pesqueira-PE agrupamos em três categorias de acordo com a tabela de Classificação de Índice de Massa Corporal da Organização mundial de Saúde (1998): IMC ≥ 25 “acima do padrão recomendado”, IMC 18,5 – 24,9 “dentro do padrão recomendado” e IMC ≤ 18,4 “abaixo do padrão recomendado” respectivamente. Onde é possível visualizar que os discentes encontram-se dentro do padrão recomendado apresentando 67,3% nesta condição, em contra partida, os administrativos 58% acima dos padrões recomendados, isso significa que esta parcela da população da comunidade do IFPE apresenta-se com sobrepeso ou obesidade. Diante desta constatação, conclui-se que há necessidade de ser realizada uma intervenção visando corrigir estas distorções encontradas. PALAVRAS-CHAVE: Obesidade; Atividade Física, Transição Nutricional. 1. Introdução A atividade física regular contribui para a prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente aquelas que se constituem a principal causa de mortalidade, como as doenças cardiovasculares e o câncer. Além disso, a atividade física está associada a uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida (MATSUDO, 2006; 2009). A obesidade representa, na atualidade, um problema de saúde pública de magnitude considerável, quer pela associação às outras doenças crônico-degenerativas, quer pela prevalência crescente tanto na infância como na fase adulta, o que pode constituir um processo epidêmico (AMER et al., 2011). A prevalência de sobrepeso e de obesidade no Brasil, seguindo a tendência mundial, também está aumentando. Três pesquisas brasileiras – ENDEF (Estudo Nacional de Despesa Familiar), PNSN (Pesquisa Nacional Sobre Nutrição) e PPV (Pesquisa sobre Padrões de Vida) –, realizadas em 1975, 1989 e 1999, respectivamente, compararam as regiões Nordeste e Sudeste e identificaram aumento do sobrepeso e da obesidade na maior parte dos grupos populacionais. A prevalência de obesidade em adultos com 20 anos ou mais, no período de 1975 a 1989, quase dobrou: passou de 4,4% para 8,2%, chegando a 9,7% em 1999. Quanto ao excesso de peso, a prevalência passou de 21% para 32% no primeiro período em que se fez a comparação. Os resultados da PPV, apresentados separadamente para as regiões Nordeste e Sudeste, mostraram prevalências de excesso de peso de 34,2% e 40,9%, respectivamente (BRASIL, 2004). Segundo Guimarães et al. (2006), embora a prevalência de sobrepeso e obesidade em indivíduos de ambos os sexos, em diferentes faixas etárias e em diversos países do mundo possa ser considerada um fenômeno mundial e de natureza multifatorial, a redução nos níveis de atividade física usual e os hábitos alimentares inadequados, de forma isolada ou combinada, parecem serem os principais determinantes destes eventos. “Sobrepeso e obesidade consistem, na atualidade, em importantes problemas de saúde pública, estando listados dentre as cinco principais causas de morte no mundo, e terceira em países em desenvolvimento” (WHO, 2009). Já está comprovado que a obesidade representa fator de risco cardiovascular independente. Com prevalência crescente, ela é considerada um problema de saúde pública que ocorre tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento e implica um impacto desfavorável aos cofres públicos. A ocorrência da obesidade na velhice potencializa o efeito de outras comorbidades de prevalência elevada nessa fase da vida: hipertensão arterial, diabetes mellitus não insulino dependente e as doenças cardiovasculares (VASCONCELOS, 2011). Apesar dos múltiplos fatores que determinam o aumento do peso, os aspectos relacionados à adoção de dietas com elevado valor energético, ricas em gorduras de origem animal, e reduzido consumo de frutas, verduras e fibras são aspectos que merecem destaque (MARQUES et al., 2007; MONTENEGRO NETO et al., 2008; HAUN et al., 2009). Segundo Aranceta (2003), nos últimos anos, algumas transformações na sociedade contemporânea têm sido observadas. A combinação de mudanças dos hábitos alimentares saudáveis para outros pouco recomendados, bem como de estilo de vida ativo para uma vida mais sedentária têm contribuído significativamente para o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade. Maciel et al. (2011), destaca as escolhas cotidianas de consumo alimentar realizadas pela população leiga, de modo geral, são guiadas pela influência de fatores que perpassam os aspectos das condições de vida mais gerais, como nível de renda, urbanização local e acesso à variabilidade de alimentos, incluindo também as características individualizadas de nível educacional, faixa etária e cultura alimentar familiar. Para avaliar o acúmulo de massa gorda, em geral são utilizados os seguintes métodos antropométricos: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), relação cintura/quadril (RCQ) e dobras cutâneas (KRAUSE et al., 2007). No âmbito da saúde pública, os dados antropométricos são de grande utilidade na identificação de grupos que necessitam de intervenção nutricional e como instrumento de vigilância nutricional (BATISTA et al., 2002; CERVI et al., 2005). Dessa forma, a presente pesquisa visa: relacionar a prática de atividade física e o estado nutricional da comunidade discente do IFPE - Campus Pesqueira- PE. Os dados coletados poderão subsidiar a formulação de estratégias de intervenção direcionadas para melhoria da qualidade de vida desta clientela. 2. Referencial teórico A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vem sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente. Atualmente é praticamente um consenso entre os profissionais da área da saúde que a atividade física constitui um fator determinante para o sucesso do processo do envelhecimento (MATSUDO et al., 2001). Durante o processo de envelhecimento, evidências epidemiológicas comprovam que a prática de atividade física regular e a adoção de um estilo de vida ativo são fatores de promoção da saúde e qualidade de vida. A atividade física regular contribui para a prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente aquelas que se constituem a principal causa de mortalidade, como as doenças cardiovasculares e o câncer. Além disso, a atividade física está associada a uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida (MATSUDO, 2006; 2009). Os benefícios da atividade física para a saúde e a longevidade são conhecidos desde o princípio dos tempos. A prática regular dessa atividade pode contribuir muito para evitar a incapacidade, além de trazer inúmeros outros benefícios físicos e mentais. Atualmente está comprovado que, quanto mais ativa é uma pessoa, menos limitações físicas ela possui (VALENÇA, 2008). Gonçalves et al. (2006) destacam ainda a importância da prática da atividade física para melhoria nas relações sociais em decorrência da convivência em grupo, propiciadas pelo contato com outras pessoas da mesma idade. De acordo com Ferreira et al. (2005), a morbimortalidade associada às doenças crônicas poderia ser reduzida com mudanças no estilo de vida, principalmente na dieta e prática da atividade física. Esses autores referenciam os estudos de Montenegro Neto et al., (2008), nos quais ficou comprovado que a prática da atividade física regular reduz o risco de mortalidade por doença coronariana e por outras causas, aumentando assim a longevidade. Portanto, a atividade física tem sido amplamente adotada como estratégia para melhorar a qualidade de vida do idoso, diminuindo os efeitos deletérios causados pelas alterações decorrentes do avançar da idade. Entre os inúmeros benefícios da prática de exercícios físicos, está a proteção da capacidade funcional em todas as idades, principalmente nos idosos. Por capacidade funcional (CF) entende-se o desempenho para a realização das atividades do cotidiano (NAHAS, 2003; VALENÇA, 2008). O exercício físico pode ser considerado uma intervenção não medicamentosa para o tratamento de distúrbios relacionados aos aspectos psicobiológicos, uma vez que provoca alterações fisiológicas, bioquímicas e psicológicas (MELLO et al., 2005; FALSARELLA; SALVE, 2007). Gonçalves et al. (2006) referenciam o trabalho de Smith e Zigmond (2003) e ratificam que o exercício físico conduz ao aumento do nível de cálcio, da síntese de dopamina no cérebro, promovendo alívio para alguns sintomas da doença de Parkinson. Pesquisas científicas revelam o efeito positivo da atividade física na autoestima, no autoconceito, na autoimagem, pois ela minimiza a depressão, a ansiedade, a insônia e contribui para uma melhor socialização. Estudos indicam benefícios ao processo cognitivo (memória, aprendizagem, atenção) e a associação entre a atividade física e o menor risco de demência, demência senil e doença de Alzheimer (MATSUDO, 2006). Mello et al. (2005) afirmam que a prática regular de exercício físico minimiza os possíveis distúrbios do sono, como também contribui para maior equilíbrio emocional, combatendo os transtornos de humor, como ansiedade e depressão. A antropometria tem-se mostrado um instrumento importante para a avaliação do estado nutricional de indivíduos de vários grupos etários, uma vez que proporciona informações sobre medidas físicas e composição corporal, além de ser um método não invasivo, de baixo custo, de fácil e rápida aplicação. Estudos epidemiológicos realizados com idosos têm utilizado variáveis antropométricas como forma de avaliar o estado nutricional. Nesses, as variáveis antropométricas comumente utilizadas são: peso, estatura, índice de massa corporal (IMC), perímetros (braço, panturrilha) e dobras cutâneas (tricipital, subescapular) (ENGSTROM, 2002; PERISSIONOTTO; PISENT; GRIGOLETTO, 2002; ACUÑA; CRUZ, 2004; MENEZES; SOUZA; MARUCCI, 2008). Para avaliar o acúmulo de massa gorda, em geral são utilizados os seguintes métodos antropométricos: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), a relação cintura/quadril (RCQ) e dobras cutâneas (KRAUSE et al., 2007). No âmbito da saúde pública, os dados antropométricos são de grande utilidade na identificação de grupos que necessitam de intervenção nutricional e como instrumento de vigilância nutricional (BATISTA; FRANCESCHINI; PRIORF, 2002; CERVI et al., 2005). O IMC, também conhecido como índice de Quételet, utilizado na avaliação do estado nutricional de populações, é obtido a partir da divisão da massa corporal em quilogramas, pela estatura em metro, elevada ao quadrado (kg/m2). Largamente utilizado, tanto em nível individual como populacional, o IMC expressa as reservas energéticas do indivíduo, sendo considerado um índice de adiposidade (CERVI et al., 2005). 3. Objetivos 3.1 Objetivo geral: ● Relacionar prática de atividade física e o estado nutricional da comunidade do IFPE: discentes e administrativos - Campus Pesqueira- PE. 3.2 Objetivos específicos ● Classificar o estado nutricional da comunidade do IFPE: discentes e administrativosCampus Pesqueira (PE), segundo o Índice de Massa Corporal (IMC); ● Identificar se a comunidade do IFPE: discentes e administrativos - Campus Pesqueira (PE) pratica atividade física; ● Encaminhar os indivíduos que apresentam distúrbio nutricional (baixo peso/ desnutrição ou sobrepeso/obesidade para serem atendidos pelo profissional nutricionista da instituição. ● Estimular a comunidade do IFPE: discentes e administrativos - Campus Pesqueira (PE), a adotar hábitos de vida saudável através da prática da atividade física; ● Contribuir para a redução da incidência de agravos à saúde relacionados aos distúrbios nutricionais através da realização de palestras educativas sobre alimentação saudável, visando à prevenção dos distúrbios alimentares e do aparecimento das doenças crônico-degenerativas. 4. Metodologia Os dados foram coletados por meio da técnica de entrevista individual face a face, com os participantes selecionados por categorias, e o registro das informações foi efetuado utilizando-se um questionário semiestruturado, composto por questões fechadas e abertas, organizados em blocos por conjuntos temáticos, o qual inclui variáveis sociodemográficas, condição de saúde autorreferida, prática de atividade física regular, consumo de bebidas alcoólicas e hábito de fumar por sexo, e através das seguintes medidas antropométricas: peso, altura, objetivando classificar o estado nutricional através do Índice de massa corporal (IMC). Para obtenção das medidas antropométricas foram realizados os seguintes procedimentos: ● Aferição do Peso Aferido em uma balança de plataforma tipo Filizola com capacidade de 150 kg, precisão de 0,1kg e 0,5 cm. O participante foi pesado com o mínimo de vestes e descalço. ● Aferição da estatura A estatura foi verificada no antropômetro vertical fixo à balança. O participante deverá estar descalço, em cima da plataforma da balança e de costas para o seu marcador, com os pés unidos, em posição ereta, mantendo o “plano de Frankfort”. A leitura foi feita no 0,5 centímetro mais próximo, com a haste horizontal da barra vertical de escala da balança encostada na cabeça (WHO, 2009). ● Índice de Massa Corporal (IMC) Foi obtido a partir da divisão da massa corporal em quilogramas, pela estatura em metro, elevada ao quadrado (kg/m2). Baseando-se no risco de mortalidade associado ao IMC, a World Health Organization (WHO), em 1998, propôs a utilização dos seguintes pontos de corte para classificação do estado nutricional de adultos e idosos: Quadro - Classificação do Índice de Massa Corporal Fonte: OMS (1998). ● Procedimento de análise: Foi montado um banco de dados e realizada análise quantitativa das informações, mediante processo sistematizado em base estatística. A análise dos dados foram processadas utilizando-se o programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 14.0. Os resultados serão descritos por medidas de frequência, de tendência central e de dispersão e serão apresentados através de tabelas ou gráficos. A apresentação dos resultados atenderá às normas recomendadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT: NBR 14724. ● Aspectos éticos O projeto da pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IFPB. Dessa maneira, a investigação atenderá aos requisitos preestabelecidos na resolução 196, de 10 de Outubro de 1996, do Ministério da Saúde, referente ao desenvolvimento de pesquisa científica envolvendo seres humanos, resguardando os princípios éticos da justiça, beneficência e da não maleficência. Aos participantes da pesquisa foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em que serão explicados os objetivos da pesquisa, a presença do anonimato e a possibilidade de desistência da pesquisa, caso julgue necessário. 5. Resultados, discussão e conclusões Os resultados da pesquisa estão apresentados sob a forma de tabelas e gráficos abaixo: A Tabela-1 abaixo, apresenta a distribuição do estado nutricional dos Discentes e Administrativos do IFPE Campus Pesqueira, segundo o IMC, levando-se em consideração o ponto de corte sugerido pela recomendação da World Health Organization (WHO - 1998). Para melhor visualização, estão agrupados em três categorias: IMC ≥ 25 “acima do padrão recomendado”, IMC 18,5 – 24,9 “dentro do padrão recomendado” e IMC ≤ 18,4 “abaixo do padrão recomendado” respectivamente. Onde é possível visualizar que os discentes encontram-se dentro do padrão recomendado apresentando 67,3% nesta condição, em contra partida, os administrativos 58% acima dos padrões recomendados, isso significa que esta parcela da população da comunidade do IFPE apresenta-se com sobrepeso ou obesidade. Diante desta constatação, conclui-se que há necessidade de ser realizada uma intervenção visando corrigir estas distorções encontradas. TABELA 1 - Estado Nutricional de acordo com o IMC dos Discentes e Administrativos do IFPE- Campus Pesqueira – PE, 2014. Variável IMC Discentes Administrativos Total * Acima do padrão 72 (21,2%) recomendado **Dentro do padrão 229 (67,3%) recomendado ***Abaixo do padrão 39 (11,5%) recomendado Total 340 (100%) * IMC ≤ 25 ** IMC = 18,5 – 24,9 *** 29 (58%) 101 (26%) 20 (40%) 249 (64%) 1 (2%) 40 (10%) 50 (100%) IMC ≥ 18,4 390 (100%) Diante dos gráficos apresentados abaixo, podemos visualizar o comportamento adotado pelos Discentes e Administrativos em relação a práticas de atividade física. Verificamos no gráfico-1 que apenas 44,7% dos Discentes realizam atividade física e 42% dos funcionários Administrativos praticam, dados preocupantes tendo em vista os males causados pelo sedentarismo. O sedentarismo é considerado o principal fator a explicar o excesso de peso encontrado na sociedade moderna. Vários estudos apontam estreita relação entre consumo calórico, obesidade e inatividade, tanto em crianças quanto em adultos (SILVEIRA NETTO, 2000). Destacamos que o estilo de vida contemporâneo, que tem como soma todos os fatores já citado acima, tem causado consequências para que os indivíduos tenham um estilo de vida menos ativo, contribuindo posteriormente para o aparecimento de doenças. Mesmo com as vantagens sobre as gerações passadas, pelo maior conhecimento, nem sempre as pessoas tem se preocupado com a saúde, tendo a falta de tempo para realização de atividade física e uma dieta hipercalórica fator primordial para o aparecimento de doenças crônicas. A prática de exercícios físicos bem como a adoção de um estilo de vida ativo proporciona ao organismo humano uma série de adaptações desejáveis a nível metabólico, cardiorrespiratório e músculo-ósteoarticular que promovam benefícios ao bom funcionamento geral dos sistemas orgânicos, proporcionando saúde e por consequência melhorando a qualidade de vida (SILVEIRA NETTO, 2000; PRADO; DANTAS, 2002). O melhor procedimento para reduzir e manter os níveis de gordura corporal é realizando modificações comportamentais permanentes, como a combinação de uma dieta apropriada e um estilo de vida mais ativo (NAHAS, 2003). A prática regular de atividades físicas reflete-se na redução de diversos dos fatores de risco, têm efeitos positivos na qualidade de vida e se relaciona inversamente com o aparecimento de doenças crônico degenerativas (PATE et al., 1995). Gráfico 1 – Prática de Atividade Física entre os Discentes e Administrativos do IFPECampus Pesqueira – PE, 2013. Observamos abaixo nos gráficos-2 e 3 que maiorias dos Discentes e Administrativas que praticam alguma atividade física optam pela musculação, respectivamente 42% e 38%. A musculação quando sobre supervisão adequada, representa uma excelente opção para a manutenção da saúde e melhoria da qualidade de vida, pois qualquer indivíduo pode se beneficiar da mesma, desde que o protocolo seja ajustado a sua realidade e objetivos. A musculação apresenta benefícios como: 1) Manutenção e Aumento do Metabolismo - decorrente do aumento de massa muscular, pois a mesma é responsável pela maior parte do metabolismo orgânico (PRAZES, 2007 apud COUTINHO, 2001). 2) Diminuição da perda de Massa Muscular - efeito este de grande utilidade aos idosos, pois no processo de envelhecimento há uma diminuição progressiva da Massa Muscular (PRAZERES, 2007 apud VIEIRA, 1996). 3) Redução da Gordura Corporal - devido ao aumento do gasto energético e da consequente queima de calorias, ocorre uma diminuição das reservas de gordura corporal (PRAZERES, 2007 apud FOX, 2000). 4) Diminuição das Dores Lombares - com um programa adequado de alongamento e fortalecimento da musculatura lombar ocorre uma significante queda no desconforto lombar (PRAZERES, 2007 apud VIEIRA, 1996). 5) Melhora do sono - Quem se exercita dorme com mais facilidade e aproveita melhor o sono, um programa de exercícios leves (como caminhar de 30 a 40 minutos por dia ou praticar ginástica aeróbica de baixo impacto, quatro vezes por semana), comprovadamente melhora a qualidade e duração do sono e ajuda o praticante a adormecer com mais facilidade. O efeito dos exercícios no sono são explicados pelo maior relaxamento muscular e a redução da tensão nervosa decorrentes da atividade física (PRAZERES, 2007 apud VIEIRA, 1996). 6) Minimização da Ansiedade e da depressão Deprimidos podem encontrar melhora na prática de exercícios. Indivíduos com tendência a ansiedade e depressão são beneficiados pela liberação de substâncias calmantes e relaxantes durante os exercícios. As endorfinas, aumentadas no organismo de quem pratica musculação, por exemplo, ajudam muito na diminuição da hiperatividade (PRAZERES, 2007 apud PONTES, 2003). 7) Prevenção de doenças cardíacas – Segundo Prazeres (2007) apud Funchal (2004), correr (com a devida orientação) pode ser um bom remédio para o seu coração. Homens que se exercitam regularmente têm menor risco de sofrerem problemas cardíacos. Mulheres que caminham o equivalente a três ou mais horas diárias também apresentam, de uma maneira geral, 35% menos chance de sofrer um acidente vascular ou cardíaco. Exercitar-se proporciona um aumento considerável na oxigenação do organismo (e consequentemente do músculo cardíaco) além de criar novos vasos sanguíneos, facilitando a circulação cardíaca e diminuindo o risco de entupimentos. 8) Controle de diabetes - Fatores de risco para o desenvolvimento de diabete, como obesidade, podem ser reduzidos com a prática de exercícios. Exercitar-se ajuda a diminuir as taxas de açúcar no sangue e também aumenta a absorção celular de insulina (hormônio responsável pela quebra de carboidratos durante o metabolismo celular). Mesmo em pessoas com histórico favorável à diabetes (obesas, com pressão alta ou com casos da doença na família), há redução dos riscos. Estudos comprovam que mulheres que caminham pelo menos três horas por semana reduzem em 40% o risco de desenvolver qualquer tipo de diabete (PRAZERES, 2007 apud NAHAS, 2001). 9) Diminuição de riscos de quedas e fraturas - Aumento da densidade dos ossos diminui risco de fraturas em quem se exercita. Mulheres com idade avançada e que praticam um exercício frequente sofrem menos problemas relacionados a quedas e fraturas. Atividades físicas que proporcionam o desenvolvimento de equilíbrio e força proporcionam um caminhar mais seguro e uma musculatura mais rígida e eficiente. De uma maneira geral, exercitar-se também amplia a velocidade de resposta e a agilidade, diminuindo o risco do praticante ser "pego de surpresa" por um escorregão, por exemplo, (PRAZERES, 2007 apud VIEIRA, 1996). 10) Controle da pressão sanguínea - Com o aumento da circulação e da quantidade de vasos sanguíneos, os exercícios físicos ajudam tanto no controle de pressão alta quanto baixa. Com um acompanhamento médico correto, atividades físicas de média ou baixa intensidade podem facilitar a manutenção de uma pressão sanguínea média (PRAZERES, 2007 apud FUNCHAL, 2004). 11) Combate à osteoporose em mulheres – Segundo Prazeres (2007) apud Katch F., Katch V. e Mcardle (1998), Musculação é indicada para melhorar a qualidade de vida na pós-menopausa. Desenvolver uma atividade física (em especial aquelas direcionadas para o aumento de força, como musculação) ajuda a aumentar a densidade óssea. Na pós-menopausa, é comum para as mulheres terem problemas relacionados a perda de consistência dos ossos, fator que pode ser minimizado com uma composição óssea mais densa. 12) Autoestima: A prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo (PRAZERES, 2007 apud PONTES, 2003). 13) Colesterol: Exercícios vigorosos e regulares aumentam os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade, o “bom colesterol”) no sangue, fator associado à redução dos riscos de doenças cardíacas e reduz níveis de LDL (mau colesterol) (PRAZERES, 2007 apud FOX, 2000). 14) Depressão: Pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam exercícios de 15 a 30 minutos em dia alternados, experimentam uma variação positiva do humor já após a terceira semana de atividade (PRAZERES, 2007 apud PONTES, 2003). 15) Doenças Crônicas: Os sedentários são duas vezes mais propensos a desenvolver doenças cardíacas e respiratórias. A atividade física regula a taxa de açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes (PRAZERES, 2007 apud COBRA, 2003). 16) Envelhecimento: Ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidades físicas, os exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento e dependência (PRAZERES, 2007 apud VIEIRA, 1996). 17) Ossos: Exercícios regulares com sobrecargas adequadas são acessórios fundamentais na construção e manutenção da massa óssea. O treinamento com pesos leva a uma mineralização na matriz óssea (PRAZERES, 2007). 18) Sono: Quem se exercita tem sono com mais facilidade, dorme profundamente e acorda restabelecido (PRAZERES, 2007 apud VIEIRA, 1996). 19) Stress e Ansiedade: A atividade física libera os hormônios acumulados durante os momentos de stress. Também funciona como uma espécie de tranquilizante natural, depois do exercício a pessoa experimenta uma sensação de serenidade (PRAZERES, 2007 apud GUEDES, 2003). 20) Saúde cardiovascular: O trabalho de musculação ativa o sistema cardiovascular na tentativa de aumentar a oxigenação dos músculos durante os exercícios. Com esse estímulo, o coração e os vasos sanguíneos desenvolvem a capacidade de manter a contratilidade do miocárdio (PRAZERES, 2007 apud FUNCHAL, 2004). 21) Diabetes: Exercícios habituais diminuem a resistência à insulina nas células (PRAZERES, 2007 apud FOX, 2000). 22) Estética: Homens e mulheres sempre buscam a estética corporal a fim de se conseguir uma harmonia corporal buscando o "belo" (PRAZERES, 2007 apud GUEDES, 2003). 23) Profilática ou Terapêutica: A musculação pode ser utilizada na recuperação de lesões musculares e na correção de desvios posturais (PRAZERES, 2007 apud NAHAS, 2001). 24) Recreativa: Podemos utilizar a musculação como uma atividade recreativa na quebra de tensões, como lazer ou ainda como higiene psicossomática (PRAZERES, 2007 apud NAHAS, 2001). Gráfico 2 – Tipos de atividade Física Realizada pelos Discentes do IFPE- Campus Pesqueira – PE, 2013. Gráfico 3 – Tipos de atividade Física Realizada pelos Administrativos do IFPE- Campus Pesqueira – PE, 2013. 6. 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