Integração e Qualidade de Serviço – QoS IP, Frame-Relay e ATM Edgard Jamhour Sinalização nas Interfaces • Os protocolos de sinalização do ATM são definidos para cada uma dos quatro tipos de interfaces: – UNI Privada, NNI Privada, UNI Pública, NNI Pública Versões de Protocolo • Os protocolos também divergem se a interface é pública ou privada. • Versão atual: – UNI 3.1, UNI 4.0, definida pelo ATM Forum – P-NNI (Private NNI), Phase 1, definida pelo ATM Forum • Protocolo de sinalização • Protocolo de roteamento Canal de Sinalização • Toda a sinalização no ATM é transportada no canal PVC (Permanet Virtual Circuit) VPI=0, VCI=5. ILMI: Interim Local Management Interface • ILMI é um protocolo de gerenciamente para o ATM – Implementado na UNI e na NNI – Existe em todos os dispositivos de uma rede ATM (switches e dispositivos terminais) – É baseado no protocolo de gerenciamento SNMP (foi definida uma MIB para ILMI) • ILMI utiliza um circuito virtual definido: – VPI=0, VCI=16. • O protocolo ILMI permite a nós adjacentes: – determinarem várias características do outro nó • tipo de protocolo de sinalização – opções de autoconfiguração • como endereçamento. Endereços ATM • Endereços ATM podem ser configurados automaticamente a partir dos endereços MAC dos computadores. • Esse mecanismo é implementado através do ILMI. Ao ser inicializado o nó Endereços ATM • Baseado em 3 componentes: – Authority and Format Identifier (AFI) • Identifica o tipo de endereço e a autoridade – Initial Domain Identifier (IDI): • Identifica a autoridade que gerencia o endereço – Domain Specific Part (DSP): • Contém informaçãoes de roteamento – End System Identifier (ESI): • Identifica o Host QoS no ATM • P-NNI topology state packets (PTSP), – Permite monitorar o estado de um enlace ATM – Um switch ATM pode conhecer o estado de todos os demais nós da rede e assim decidir se vale a pena encaminhar ou não uma requisição para ele. • As métricas usadas para medir o estado do link são relativas: – – – – – Máxima taxa de transferência de célula Variação de atraso máxima Taxa de perda de células Taxa sustentável de célula Taxa de células disponíveis (ACR – Avaiable Cell Rate) Topologia Hierárquica • Para minimizar a troca de informações de QoS, as redes ATM são organizadas em grupos: O grupo é Os swiches se reconhecem através de um discover protocol (Hello). Eles sabem a que grupo pertencem pelo ID do seu endereço. identificado pelos 12 bytes mais significativos do endereço. O lider é escolhido por eleição. Envia PTSP para os outros grupos. A informação é passada de maneira sumarizada (Aggregated PTSP). Estabelecimento da Conexão DTL: Designated Transit List (DTL) Mensagem com a descrição da rota SubNetwork ou Overlay Model • O modelo de integração de ATM com outros protocolos é denominado “Overlay Model”. – Neste modelo, o ATM funciona como um modelo independente dos protocolos das camadas superiores. • Por esta razão, os dispositivos de rede executando ATM possuem dois endereços: – Endereço de rede do protocolo de rede (IP) – Endereço ATM Integração de ATM com outras Redes • Existem duas técnicas para integrar redes ATM com outros protocolos, como IP ou IPx: – Método NATIVO: • Utiliza métodos de resolução de endereços para mapear os endereços do protocolo (IP), em endereços ATM. – LANE: • LAN Emulation LANE: LAN Emulation • Princípio: – LANE faz com que a rede ATM pareça uma rede LAN convencional (Ethernet ou Token-Ring) para os protocolos das camadas superiores (IP). • VANTAGEM: – As redes ATM tiram proveito dos mecanismos existentes de integração de protocolos com redes do tipo Ethernet. Equipamentos para LANE • A função básica do LAN é resolver endereços MAC em endereços ATM. • Para isso, são utilizados dois tipos de equipamento. • 1. Placas de Rede ATM – Transferem informações na forma de células, isto é, conectam-se diretamente a um switch ATM. – Se apresentam para o sistema operacional como se fossem uma placa de rede Ethernet (com endereço MAC). • 2. Equipamentos Switch de Interconexão – Possuem portas ATM e Ethernet. – Permitem interconectar dispositivos Ethernet (como Switches Ethernet) e Switches ATM. LANE • Com LANE é possível interconectar, de maneira transparente, equipamentos Ethernet e ATM. ELAN – Emulated LANs • Redes LANs ATM são denominadas ELANs – Emulated LANs Elementos da ELAN Elementos da LANE • LAN Emulation Client (LEC) – Interface ATM de um host ou outro dispositivo (roteador, switch) • LAN Emulation Server (LES) – Responsável por simular o funcionamento da LAN • Broadcast and Unknown Server (BUS) – Simula broadcast e multicast para rede ATM • LAN Emulation Configuration Server (LECS) – Responsável por controlar quais LECs pertencem a cada ELAN. Protocolos de Modo NATIVO • LANE transporta todos os tráfegos num único circuito virtual, por isso não suporta QoS. – Apenas os modos ABR e UBR são suportados. • Os Protocolos de Modo Nativo são uma alternativa para permitir a utilização de redes ATM com tráfego do tipo VBR, com QoS garantida. • Os principais protocolos que se integram ao ATM de modo nativo são: – IP over ATM – MHS – MPOA IP over ATM • IP over ATM utiliza realiza várias comunicações no mesmo circuito virtual, com ABR e UBR, mas utiliza um circuitos virtual para cada comunicação quando QoS é exigido (VBR). • A adaptação do IP sobre o ATM é feita através da AAL5. Resolução de Endereços Roteamento em IP sobre ATM • Circuitos virtuais são criados entre as interfaces ATM dos roteadores. • Uma interface do roteador pode ter várias conexões ATM. • Cada conexão ATM é facilmente identificada pelo endereço IP do gateway de destino. • O roteamento é feito utilizando tabelas de roteamento IP em modo convencional. • O mapeamento entre os endereços IP’s e os identificadores de circuito virtual pode ser feito de duas formas: – Manualmente – Automaticamente: IP Clássico sobre ATM Exemplo de Configuração Manual • CONFIGURAÇÃO DE UMA PVC 1.Criar a PVC (Obrigatório) 2.Mapear o IP na PVC (Obrigatório) 3.Definir o tipo de encapsulamento AAL (Opcional) 4.Configurar os parâmetros de tráfego PVC (Opcional) PASSOS • 1. Criar um PVC – Para criar a PVC deve atribuir-se um VPI/VCI a interface do roteador: • pvc VPI/VCI • Exemplo: pvc 10/31 • 2. Mapear um endereço de protocolo ao PVC – Vários protocolos podem ser mapeados a uma única interface ATM. • protocol protocol protocol-address • Exemplo: Protocol IP 10.1.2.3. • 3. Configurar o Tipo de Encapsulamento AAL – O tipo de encapsulamento default num roteador CISCO é o AAL5. – Encapsulation aal5-encap PASSOS • 4. Configurar os parâmetros de tráfego PVC – abr output-pcr output-mcr • Available Bit Rate (ABR). • PCR: taxa de pico e MCR: taxa mínima. – ubr output-pcr • Unspecified Bit Rate (UBR). – ubr+ output-pcr output-mcr • UBR com taxa máxima e mínima. – vbr-nrt output-pcr output-scr output-mbs • Variable Bit Rate-Non Real Time (VBR-NRT) QOS. – vbr-rt peak-rate average-rate burst • Configure the real-time Variable Bit Rate (VBR). – atm abr rate-factor [ rate-increase-factor][rate-decrease-factor] • Indica como a interface responde aos comandos de controle de congestionamento (valor default 1/16). IP Clássico Sobre ATM • IP Clássico Sobre ATM – Permite a resolução automática de endereços IP em circuitos virutais. – Definido pela RFC 1577 • É Baseado no Conceito de LIS: – Logical IP Subnet – Uma LIS é uma rede IP ligada a um circuito virtual ATM, isto é, uma rede LOCAL IP ligada a um roteador com interface ATM. • LIS define um dispositivo denominado ATMARP server – Todos os elementos de uma LIS são configurados com o endereço ATM do ARPServer. – Ao ser inicializado o elemento da LIS (cliente) faz uma conexão com o ARPServer. – ARPServer responde, enviando ao cliente uma requisição Inverse ARP para o novo cliente e armazena seu IP e endereço ATM numa tabela interna. – Para descobrir o endereço ATM de outro computador da rede, todos os computadores enviam uma requisição ARPRequest para o LIS. IP Clássico Sobre ATM Limitação: Dois dispositivos pertences a LIS diferentes sempre se comunicam através de roteadores, mesmo que estejam ligados a mesma rede ATM. IP Clássico sobre ATM LIS 1 LIS 2 Servidor ARP Servidor ARP TE SWITCH ATM TE TE TE TE TE Roteador NHRP • • IP clássico sobre ATM é destinado a redes pequenas, pois sua capacidade de resolver endereços é limitada. O IETF definiu um outro protocolo denominado NHRP – Next Hop Resolution Protocol • No lugar dos ARP Servers, NHRP usa a noção de NHRP server (NHS). – Cada NHS mantém informações de roteamento ("next-hop resolution“), com o mapeamento de IP para ATM de todos os nós alcançáveis. Os NHS se comunicam Para permitir a resolução de endereços Em redes muito maiores. Protocolo de roteamento interdomínio MPOA – Multiprotocol Over ATM • Definido pelo ATM Forum em conjunto com o IETF – MPOA funciona como um roteador virtual. • Permite integrar os conceitos de: – LANE (IP Clássico) (comunicação na Subnet) – NHRP (Comunicação entre Subnets) Switch Camada 3 IP e ATM