Pergunte a um Expert Jorge Faber responde: A Ortodontia tem vivenciado um período de muitos avanços que tem contribuído para alterar a conduta frente a certas condições. Um desses avanços é a distração dentária. O que é a técnica e como implementá-la? É possível utilizá-la como rotina na clínica ortodôntica? Rosely Suguino 12 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 Jorge Faber introdução A distração dentária (DD) é uma técnica de movimentação dentária ortodôntica que permite que espaços de extração, usualmente de primeiros pré-molares, sejam fechados em um intervalo de tempo que varia de uma a três semanas pela retração, de corpo, do canino. A técnica é derivada da distração osteogênica13,14,15 e foi introduzida por Liou e Huang20 e modificada posteriormente por outros autores16. Entretanto, a técnica descrita originalmente tem muitas vantagens sobre suas alterações posteriores, por ser menos invasiva e mórbida. Tenho utilizado a DD em minha clínica há alguns anos e ela tem se mostrado uma técnica de simples execução e capaz de encurtar de forma significativa o tempo total de tratamento de pacientes que necessitam de extrações de primeiros pré-molares. Construção do distrator O primeiro passo para a realização da DD é a confecção do distrator. Não existem no mercado brasileiro distratores pré-fabricados com essa finalidade. Mas distratores eficazes podem ser confeccionados a partir de expansores maxilares tipo Hyrax, que podem ser cortados, desgastados e polidos (Fig. 1). Após a construção do parafuso distrator, ele precisa ser soldado às bandas nos primeiros molares e caninos que tenham sido previamente transfe- a b c d Figura 1 – Esquema que representa os procedimentos necessários para se confeccionar um distrator dentário a partir de um expansor maxilar do tipo Hyrax, apresentado em A). O expansor deve ser aberto como em B) e cortado sobre a linha pontilhada para que o resultado seja o esquema em C). Por fim, todas as arestas devem ser arredontadas e polidas como em D), em especial as apontadas pelas setas. ridas para um modelo de gesso de trabalho. É importante salientar que, antes de ser soldado às bandas, o parafuso distrator precisa ser aberto em um número de milímetros que equivalha, pelo menos, à dimensão mésio-distal do pré-molar a ser removido. Na seqüência, o distrator deve ser cimentado e a remoção do pré-molar feita sob anestesia local. Usualmente, meus pacientes têm seus distratores cimentados um ou dois dias antes da cirurgia. Técnica cirúrgica para a distração dentária Após a remoção do dente e durante o mesmo tempo cirúrgico, importantes procedimentos precisam ser realizados para permitir a DD. O primeiro deles é o aprofundamento do alvéolo. Isso é feito com uma broca esférica em baixa rotação e refrigerada, abundantemente, com água destilada ou soro fisiológico (Fig. 2). A profundidade final do alvéolo deve ultrapassar em cerca de dois milímetros o comprimento do canino para permitir adequada movimentação desse dente. O segundo procedimento consiste em realizar corticotomias no septo ósseo interdental com uma broca #701 (Fig. 3). Elas objetivam fragilizar a estrutura do septo para permitir que esse segmento ósseo se movimente junto com o canino em direção distal. É importante que as corticotomias verticais se localizem o mais medial e lateralmente possível, fornecendo, assim, um trilho para deslocamento do dente. A corticotomia horizontal inferior precisa localizar-se ao nível do ápice do canino ou levemente abaixo desse. Essa é mais uma razão para que o aprofundamento do alvéolo trespasse o nível do ápice dentário em cerca de dois milímetros. Se esta corticotomia não se localizar no nível correto por erro em sua execução ou pelo inadequado aprofundamento do alvéolo, o canino pendulará para distal, ao invés de realizar um movimento de corpo. O pós-operatório se assemelha ao de uma extração comum. A diferença reside em um pequeno sangramento proveniente das corticotomias que pode persistir, de forma intermitente, nas primeiras 24 horas. O paciente deve ser alertado desse fato e orientado a morder compressas de gaze, quando necessário. Retração do canino A retração dentária pode se iniciar após um período de latência de cerca de uma semana ou começar durante a cirurgia. Não há um consenso em relação a essa questão. Entretanto, como a DD tem origem na distração osteogênica8, a literatura deste tópico merece ser analisada. Na distração osteogênica para alongamento de ossos, a necessidade3,11 ou não1,10 desse intervalo é motivo de controvérsia. Muitos estudos em animais e em pacientes utilizaram esse período R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 13 Pergunte a um Expert a b c Figura 2 – Esquema do aprofundamento alveolar necessário para a realização da distração dentária. As perspectivas B, C) representam vistas póstero-anteriores da mandíbula após um corte no corpo mandibular que passa sobre o alvéolo do primeiro pré-molar, como demonstrado em A). O aprofundamento é feito com uma broca esférica em baixa rotação e refrigerada com irrigação. As setas salientam o aprofundamento do alvéolo em direção ao osso esponjoso. Figura 3 – Esquema demonstrando as corticotomias feitas no interior do alvéolo dentário com uma broca #701 (seta verde) em baixa rotação, sob irrigação. Todas as corticotomias não tocam o canino e visam apenas fragilizar o septo ósseo interdentário. As setas vermelha e amarela apontam as corticotomias lateral e medial, respectivamente. Elas são conectadas inferiormente por uma corticotomia horizontal que se localiza ao nível ou abaixo do ápice do canino. 14 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 Jorge Faber de inatividade do distrator por até cerca de sete dias12,15,19,21,24,26,29, tendo sido atribuído a ele um aumento na quantidade de regeneração15,29. Contudo, uma revisão de 3278 casos de aplicações crânio-faciais da distração osteogênica não encontrou evidências que sustentassem a necessidade do período de inatividade do distrator23. Aparentemente, à medida que o cirurgião adquire experiência clínica com o uso da distração osteogênica, ele tende a diminuir ou eliminar o período de latência2,23. Essas evidências inferidas da distração osteogênica têm sustentado minha ação clínica de não aguardar um período de latência para iniciar a ativação do distrator dentário, cujo emprego clínico ideal seria de uma distração rápida (taxas de muitos milímetros por dia) e com baixa freqüência de ativação (uma vez ao dia ou menos). Isso seria, a princípio, o mais cômodo para paciente e profissional. Entretanto, ainda não existem evidências que fundamentem a adoção de um único protocolo. Assim busquei, novamente, inferências provenientes da distração osteogênica para nortear a distração dentária. Nos alongamentos ósseos, percebemos que praticamente não há discordâncias a respeito da necessidade diária de ativação4,5,17,22 do distrator, mas muitas variações existem na taxa e freqüência empregadas2,15,18,21,26, que variam de 1,0 mm ao dia em 4 incrementos de 0,25 mm15,23, a mais de 1,0 mm diariamente em uma única ativação23. Entretanto, ganhos diários maiores que 1,0 mm tenderam a diminuir o estímulo osteogênico23,25. Por essa razão, eu tenho retraído os caninos maxilares e mandibulares em taxa e freqüência de 0,75mm/dia. Isso equivale a ¾ volta/dia na maior parte dos parafusos tipo Hyrax no mercado. Durante os primeiros três dias, a ativação do distrator é realizada na clínica por mim ou por alguém do meu grupo clínico em uma única sessão diária. O procedimento, tipicamente, incomoda levemente o paciente por cerca de 30 minutos após o término da ativação. A partir do terceiro dia, a responsabilidade da ativação é transferida para o paciente, à semelhança do que nós ortodontistas já fazemos com as expansões maxilares. Nesse momento, por uma questão de conforto, o paciente passa a ativar o distrator ¼ de volta, três vezes ao dia. É interessante lembrar que, até do ponto de vista morfológico, as suturas e o ligamento periodontal guardam certas semelhanças entre si. Nas conferências e cursos que tenho ministrado sobre o assunto, comumente, os profissionais se mostram impressionados, ou mesmo assustados, com o grande estiramento do ligamento periodontal. Creio que o mesmo nível de perplexidade acometeu os cirurgiões dentistas quando Angell, no século 19, descreveu uma das primeiras expansões maxilares. As evidências são que o ligamento periodontal comporta esse estiramento e reconstitui sua microanatomia. Essa plasticidade do ligamento periodontal foi, inclusive, demonstrada por mim recentemente quando apliquei uma outra forma de distração, a periodontal, para obter a regeneração dos tecidos periodontais6,9. A capacidade de reestruturação do ligamento periodontal foi tamanha, que consegui obter uma quantidade de regeneração periodontal que jamais foi demonstrada com qualquer outra técnica regenerativa, tal como a regeneração tecidual guiada. Após o término da distração, eu tenho deixado o distrator como contenção por três dias. Em seguida, o canino é colado ao segundo pré-molar pelas faces linguais dos dentes, com um fio de aço trançado 0.020”, e o distrator removido. Na mesma sessão são colados os braquetes e uma amarração conjugada7 é feita entre canino e segundo pré-molar. Essa conjugação viabiliza a remoção da contenção lingual na próxima visita do paciente para tratamento. A distração dentária na rotina ortodôntica A distração dentária pode ser inserida em uma clínica ortodôntica convencional, pois o procedimento tem mais semelhanças no manejo clínico com a expansão maxilar que com as distrações osteogênicas. Dessa forma, tanto a cimentação do aparelho distrator quanto suas ativações demandam a mesma rotina clínica que as expansões maxilares. Caso clínico Para exemplificar a aplicação da DD, selecionei o primeiro indivíduo que tratei utilizando esse procedimento. Ele se apresentou para tratamento com uma deformidade dentofacial de Classe III e necessitava de cirurgia ortognática. Sua má oclusão se caracterizava por apinhamentos anteriores superior e inferior, mordidas cruzadas anterior e posterior, e mordida aberta anterior (Fig. 4 A - D, 5). O dente 12 estava em palatoversão e não havia espaço disponível para o seu alinhamento no arco. O planejamento do tratamento incluiu a descompensação da deformidade por meio da exodontia dos primeiros pré-molares superiores. As extrações também intencionavam permitir que o dente 12 fosse alinhado. Após uma extensa discussão sobre as alternativas de fechamento do espaço por meio da distração dentária ou retração convencional, optamos por realizar a primeira para diminuir o tempo de tratamento. Foram confeccionados dois distratores a partir de parafusos expansores tipo Hyrax da marca Leone. Nesse paciente não foram realizados todos os passos de acabamento descritos na figura 1D e foi o leve incômodo apresentado por ele que motivou uma maior atenção no arredondamento dos distratores utilizados posteriormente. Os distratores (Fig. 6 A - D) foram cimentados um dia antes da cirurgia. O procedimento cirúrgico foi feito sob anestesia local e incluiu a exodontia dos primeiros pré-molares superiores, o aprofunda- R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 15 Pergunte a um Expert a b c d Figura 4 – Fotografias intrabucais do paciente em vistas lateral direita A), lateral esquerda B), frontal C) e oclusal do arco superior D). A seta em D) aponta a grave má posição do dente 12. Figura 5 – Radiografia panorâmica inicial do paciente. As setas apontam para os caninos maxilares. É importante notar a inclinação axial desses dentes. 16 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 Jorge Faber mento dos alvéolos e a realização de corticotomias da forma descrita nas figuras 2 e 3 (Fig. 7 A - C). Os distratores foram ativados 0,75mm/dia a partir do dia da cirurgia. Foram necessários 12 dias para completar o fechamento dos espaços de extração com a distalização dos caninos (Fig. 8A - E). Esses dentes se movimentaram de corpo para distal (Fig. 9), com muito pouca inclinação. Três dias após o término da distração, contenções com fio de aço 0,020” foram coladas unindo caninos a segundos pré-molares. Os aparelhos distratores foram então removidos e um aparelho fixo convencional montado nos demais dentes maxilares. O dente 12 recebeu um botão colado pela superfície palatina para auxiliar o tracionamento desse dente para o alinhamento do arco. Um fio de liga de níquel e titânio 0,014” foi amarrado para que, cerca de duas semanas após o início da retração dos caninos, o incisivo lateral começasse seu movimento para o alinhamento no arco dentário (Fig. 10 A - D). Cerca de nove meses após as exodontias dos primeiros pré-molares superiores, todo o alinhamento e nivelamento do arco superior já havia ocorrido (Fig. 11 A - D). O contorno gengival apresentava sinais de normalidade. Os testes de sensibilidade para o calor e frio foram positivos, indicando vitalidade pulpar. Reabsorções radiculares leves podiam ser observadas nas radiografias (Fig. 12 A - E). E, por fim, o osso alveolar não apresentava imagens de anormalidades. a b c d Figura 6 - Fotografias intrabucais do paciente com os distratores cimentados em vistas lateral direita A), lateral esquerda B), frontal C) e oclusal do arco superior D). R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 17 Pergunte a um Expert Figura 7 – A exodontia dos primeiros pré-molares foi seguida pelo aprofundamento do alvéolo e realização de corticotomias, como está demonstrado nas figuras 2 e 3. A) é uma vista oclusal do dente 23 após a exodontia do 24. As setas indicam os locais das corticotomias. Como o primeiro pré-molar possui duas raízes, o septo ósseo interradicular foi removido durante o aprofundamento do alvéolo. B, C) mostram as radiografias periapicais das regiões operadas um dia após a exodontia. (Cirurgia realizada pelo Dr. João Milki Neto, Brasília, DF). a b c d e Figura 8 - Fotografias intrabucais do paciente ao final da distração dentária, 12 dias após a exodontia dos primeiros pré-molares superiores. As vistas lateral direita A), lateral esquerda B) e frontal C) mostram que os espaços de extração dos primeiros prémolares foram completamente fechados. D) e E) apresentam detalhes das regiões realçadas em A, B) e mostram que a gengiva neoformada à mesial dos caninos possui uma textura lisa, atípica para essa região. 18 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 Jorge Faber Figura 9 – Radiografia panorâmica ao fim da distração. As setas apontam os caninos maxilares. É interessante notar que os caninos inclinaram muito pouco durante a movimentação. a b c d Figura 10 - Fotografias intrabucais do paciente uma semana após a montagem do aparelho fixo convencional. As vistas lateral direita A), lateral esquerda B), frontal C) e oclusal do arco superior D) mostram as fases iniciais do alinhamento e nivelamento. Os espaços à mesial dos caninos se fecharam levemente de forma espontânea. R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 19 Pergunte a um Expert a b c d Figura 11 - Fotografias intrabucais do paciente em vistas lateral direita A), lateral esquerda B), frontal C) e oclusal do arco superior D) ao final do alinhamento e nivelamento. O contorno gengival é adequado. a b c d e Figura 12 – Radiografias periapicais A - D) e panorâmica E) do paciente ao final do alinhamento e nivelamento. Ele ainda apresenta vários dentes com inclinações insatisfatórias. Os caninos e incisivos laterais superiores apresentam leves reabsorções radiculares. 20 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 4 - ago./set. 2005 Jorge Faber Conclusão A distração dentária é um procedimento relativamente simples que traz muitos benefícios para o paciente ortodôntico em função da diminuição do tempo total de alguns tratamentos. Sua execução se assemelha, em termos de manejo clínico, à expansão maxilar e deveria ser incorporada à rotina clínica ortodôntica. AGRADECIMENTOS Agradeço a Pedro Henrique Hecksher Faber por sua ajuda na elaboração do manuscrito. Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. ARONSON, J. et al. Preliminary studies of mineralization during distraction osteogenesis. Clin Orthop, Philadelphia, v. 250, p. 43-49, Jan. 1990. CARLS, F. R.; SAILER, H. F. Seven years clinical experience with mandibular distraction in children. J Craniomaxillofac Surg, Edinburgh, v. 26, no. 4, p. 197-208, Aug. 1998. 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