Universidade do Brasil –UFRJ Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Odontologia ALONGAMENTO DOS OSSOS CRANIOFACIAIS PELA TÉCNICA DA DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA Adriana de Alcantara Cury Saramago CD, MO Tese submetida ao corpo docente da Faculdade de Odontologia da Universidade do Brasil -UFRJ, como parte dos requisitos, para a obtenção do Título de Doutor em Odontologia (Ortodontia). Rio de Janeiro - 2009 – Livros Grátis http://www.livrosgratis.com.br Milhares de livros grátis para download. EFEITOS CLÍNICOS DO ALONGAMENTO DOS OSSOS CRANIOFACIAIS ATRAVÉS DA DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA – ESTUDOS CEFALOMÉTRICOS Adriana de Alcantara Cury Saramago, CD, MO Orientador: Prof. Dr. Eduardo Franzotti Sant’Anna Profa. Dra. Maria Evangelina Monnerat Tese submetida ao corpo docente da Faculdade de Odontologia da Universidade do Brasil - UFRJ, como parte dos requisitos, para obtenção do Título de Doutor em Odontologia (Ortodontia). Comissão Examinadora: _____________________________ Prof. Dr. Álvaro de M.Mendes,CD _____________________________ Profa. Dra. Margareth Maria G. Souza,CD _________________________________ Profa. Dra. Márcia Tereza de O.Caetano,CD ________________________________ Profa. Dra. Matilde da Cunha G. Nojima,CD ______________________________ Profa. Dra. Mônica Tirre de S. Araújo Rio de Janeiro 2009 Ficha Catalográfica Cury-Saramago, Adriana de Alcantara Efeitos Clínicos do Alongamento dos Ossos Craniofaciais através da Distração Osteogênica – Estudos Cefalométricos. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Odontologia, 2009. x, 110f. Tese: Doutorado em Odontologia (Ortodontia) – Universidade do Brasil – UFRJ, Faculdade de Odontologia, 2009. 1. Distração Osteogênica 2. Malformações Craniofaciais 3. Cefalometria 4. Teses I. Título II. Tese (Doutorado – UFRJ/Faculdade de Odontologia) AGRADECIMENTOS Ao Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao Prof. Dr. Eduardo Franzotti Sant´Anna pela amizade, exemplo, respeito, paciência e valiosa orientação deste estudo. À Profa. Dra. Maria Evangelina Monnerat Ao Prof. Dr. Lincoln Issamu Nojima e Prof.a Dr.a Margareth Maria Gomes de Souza, Coordenador e Sub-Coordenadora do Programa de PósGraduação em Ortodontia, Aos Professores do Curso de Doutorado em Ortodontia, Profa. Dra. Ana Maria Bolognese, Prof. Dr. Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, Prof.a Dr.a Mônica Tirre de Souza Araújo,Prof. Dr. Paulo José Medeiros e Prof. Dr. Renato Kobler Pinto Lopes Sampaio, pelos conhecimentos transmitidos durante o Curso. À Universidade Federal Fluminense, especialmente ao Prof. Dr. José Nelson Mucha, titular e coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia, pelo incentivo e apoio de sempre. Aos colegas da UFF, Andréa Motta, Márcia Tereza de Oliveira Caetano, Oswaldo Vilella, Paulo Sérgio de Assunção e Márcio Barroso, pela amizade e ambiente fraterno, que tornam nosso trabalho tão agradável. Aos Professores do Curso de Mestrado em Ortodontia da UFRJ, Prof.a Dr.a Ana Maria Bolognese, Prof. Alderico Artese, Prof. José Fernando Stangler Brazzalle, Prof.a Teresa Cristina Moreira, Prof. Dr. Lincoln Issamu Nojima, Prof. Dr. Eduardo Franzotti Sant’anna, pela atenção. Aos colegas de turma de Doutorado, Andréa Fonseca Jardim da Motta, Fernando, Giovanna, Luciana e , pela amizade e companheirismo. Aos meus irmãos, em particular a Sérgio Caetano pela disponibilidade em ajudar em todos os momentos. Ao Prof. Licínio Esmeraldo da Silva, do Departamento de Estatística da UFF, responsável pelo tratamento estatístico dos dados desta tese. À Prof.a desta tese. , que colaborou na versão para a língua inglesa dos artigos À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa de estudo concedida. Aos funcionários da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRJ, pela amizade e atenção concedidas. Aos pacientes que aceitaram fazer parte da amostra, bem como aos colegas e amigos que colaboraram para obtenção deste grupo de pessoas. À Comissão de Ética e Pesquisa da UFF pela avaliação do protocolo de pesquisa. A todos que, de algum modo, auxiliaram na elaboração desta tese. ÍNDICE Página 1 INTRODUÇÃO............................................................................... 1 2 PROPOSIÇÃO............................................................................... 15 3 DELINEAMENTO DA PESQUISA 16 4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA ............................... 26 4.1 ARTIGO 1: Cury-Saramago, A.A., Sant’Anna, E.F., Souza, 27 M.M.G., Figueroa, A.A., Polley, J.W. Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial (será enviado) 4.2 ARTIGO 2: Cury-Saramago, A.A., Sant’Anna, E.F., Figueroa, 52 A.A., Polley, J.W. The Cleft Palate-Craniofacial Journal. 4.3 ARTIGO 3: Cury-Saramago, A.A., Sant’Anna, E.F., Araújo, 77 M.T.S., Figueroa, A.A., Polley, J.W. Journal of Craniofacial Surgery (será enviado). 5 DISCUSSÃO.................................................................................. 99 6 CONCLUSÃO................................................................................. 109 7 RECOMENDAÇÕES ..................................................... 110 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9 ANEXOS..................................................................... 1 INTRODUÇÃO O alongamento ósseo por Distração Osteogênica (DO) é uma técnica cirúrgica aplicável ao complexo craniofacial, capaz de modificar o destino dos indicados para dela se beneficiar. A DO também é conhecida por técnica de Ilizarov; alongamento ósseo de Ilizarov; alongamento ortopédico rápido; calotase; “callus distraction” e osteodistração (Swennen, Schliephake et al., 2001; Swennen, Dempf et al., 2002). É utilizada para gerar osso e osteossíntese a partir de osteotomia e estiramento gradual dos segmentos ósseos, mediante ativação de um sistema ortopédico (Mccarthy, Schreiber et al., 1992; Proffit Wr, 2003). Possibilidades de alongamento, expansão, alargamento, remodelamento e transporte ósseos são reais através desta técnica (Swennen, Schliephake et al., 2001; Swennen, Dempf et al., 2002). O conceito de alongamento ósseo, entretanto, não é recente. Foi descrito por Alessandro Codivilla, em Bolonha, na Itália, em 1904, para o tratamento de fêmures curtos de anões (Codivilla, 1994). Além de relatar o aumento entre 3 a 8cm do comprimento ósseo femoral obtido nos 26 casos tratados, discutiu as indicações e contra-indicações para a aplicação da sua técnica de “extensão contínua”(Samchukov, 2001). A introdução do alongamento da tíbia e fíbula (Abbott e Saunders, 1939) entremeou as pesquisas relacionadas ao procedimento no fêmur. Contudo a aplicação da técnica, sobretudo nesses dois ossos, foi rejeitada temporariamente, devido às complicações locais, entre elas a infecção da pele e a necrose tecidual, além das complicações gerais (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999). Foram os estudos clínicos e experimentais comandados pelo cirurgião ortopédico russo Gavriel Ilizarov, a partir de 1951, que possibilitaram o entendimento de diversos fatores mecânicos e biológicos participantes do processo de formação óssea (Ilizarov, 1989a; b; 1990), e marcou o inicio da era moderna da DO (Mccarthy, Schreiber et al., 1992; Proffit Wr, 2003). A tensão mecânica, um dos sinais chave da morfogênese durante o crescimento e desenvolvimento ósseo natural, foi utilizada por Ilizarov como preconizadora da técnica de distração osteogênica (Samchukov, 2001). A lei Tração/Tensão de Ilizarov postula que havendo uma estabilidade de tração aplicada aos fragmentos ósseos resultantes de corticotomia ou osteotomia, o osso estará passível de alongamento pela osteogênese no sítio cirúrgico durante a formação do calo mole, o que atrasa a evolução para o calo duro e estimula a osteogênese (Ilizarov, 1989a; b; Crago, Proffit et al., 2003). Ilizarov também preconizou que a forma e a massa dos ossos e articulações são dependentes da interação entre a carga mecânica aplicada e o suprimento sangüíneo. Sendo assim considerou preponderantes para a formação de novo osso os seguintes fatores: a preservação da circulação intramedular, da medula óssea e do periósteo; a estabilidade da fixação externa; a quantidade e ritmo de ativação da distração e o nível da osteotomia (Ilizarov, 1989b; a). Minuciosos detalhes técnicos introduzidos modificaram o prognóstico dos tratamentos. Além das mudanças particulares na cirurgia e no protocolo de ativação, Ilizarov viabilizou a correção das deformidades ósseas simultaneamente ao alongamento. A popularização da DO na Europa pode ser atribuída a De Bastiani e colaboradores (De Bastiani, Aldegheri et al., 1987) e nos EUA a Golyakhovsky, após ter participado da equipe de Ilizarov (Golyakhovsky, 1988). De qualquer modo, a técnica da DO tornou-se amplamente aceita como o tratamento de escolha para a correção das discrepâncias de comprimento, deformidades esqueléticas e defeitos ósseos severos das pernas, através de aparelhos distratores externos (Cope, Samchukov et al., 1999). O processo biológico da DO pode ser mais bem entendido quando comparado à consolidação normal de uma fratura (Quadro 1). Fases histológicas distintas do reparo ósseo podem ser identificadas: fase de inflamação; formação do calo mole; conversão para o calo duro e remodelamento ósseo (Crago, Proffit et al., 2003). Estas fases são associadas aos seguintes períodos técnicos da DO: período inicial de cicatrização (período de latência); aplicação gradual das forças da distração (período de distração); consolidação do osso neoformado, enquanto o aparelho distrator está mantido (período de consolidação) (Figueroa, 2002). Quadro 1 – Associação entre fases do reparo ósseo e fases da DO. Fases do Descrição histológica após Reparo ósseo técnica da DO Inflamação Hematoma incial; substituído por tecido de granulação. Períodos técnicos da DO após corticotomia e posicionamento do distrator Período de latência – 0 a 7 dias Estrutura fibrovascular cria o calo Formação do Calo mole que une os segmentos fraturados. Iniciada entre 3-7 dias e dura até 2-3 semanas na fratura por trauma. Com a DO fibroblastos e fibras colágenas alinhados em paralelo, relacionados ao vetor da Conversão para o Calo duro distração; proliferam-se capilares no interior e osteoblastos migram do periósteo para depositar osteóide na zona de mineralização Período de distração – aplicação de tração/tensão nos segmentos ósseos e calo. Duração aumentada, em decorrência das ativações da DO. Conversão atrasada, pelo estiramento do calo mole. periférica. A zona central existente é alongada. Remodelamento Maturação esquelética; Período de consolidação; ósseo osso organizado. pretende-se diminuir duração. As forças de distração aplicadas ao osso também criam tensão nos tecidos moles circunjacentes, iniciando uma seqüência de mudanças adaptativas nos vasos sanguíneos, nos ligamentos, nas cartilagens, nos músculos e nos nervos, denominada distração histogênica. Estas mudanças permitem maiores movimentos esqueléticos e tendem a diminuir a recidiva evidenciada em correções ortopédicas feitas em um mesmo tempo cirúrgico (Ilizarov, 1989a; b; 1990; Samchukov, 2001). A origem e evolução da DO craniofacial resultou do desenvolvimento e melhoria dos métodos cirúrgicos tradicionais de tração dentofacial, osteotomia facial e fixação esquelética; somados aos conhecimentos oriundos das experiências com a DO nos ossos longos (Cope, Samchukov et al., 1999). Os pioneiros Snyder e colaboradores (Snyder, Levine et al., 1973) descreveram a DO para o uso sobre o complexo craniofacial, ao realizarem experimentos com mandíbulas de cães onde previamente provocaram defeitos ósseo, e utilizaram para o alongamento mandibular o fixador externo desenvolvido por Swanson, um dos pesquisadores do grupo. Após estudos experimentais de alongamento mandibular, complementados por análises histológicas detalhadas com modelos de cães e de coelhos (Karp, Thorne et al., 1990; Karp, Mccarthy et al., 1992), coube a McCarthy e colaboradores a primeira publicação do alongamento de mandíbulas em humanos, utilizando distratores externos com sucesso, em quatro meninos com idades entre dois e 11 anos, portadores de deformidades craniofaciais (três com microssomia hemifacial e um com síndrome de Nager) (Mccarthy, Schreiber et al., 1992). Desde então a DO é aplicada com sucesso nas correções de diversas deformidades craniofaciais, também conhecidas como anomalias, displasias ou malformações craniofaciais. As deformidades craniofaciais possuem etiologia variada: causas conhecidas pré-natais específicas (síndromes faciais e defeitos congênitos) e pós-natais (distúrbios de crescimento); fatores hereditários e influências ambientais englobam esta lista etiológica (Troulis, 2006). A maioria dos tecidos da face se origina das células da crista neural. Estas migram para baixo, ao lado do tubo neural, sob a superfície do ectoderma. Completada a migração celular, o crescimento facial é dominado pelos centros regionais de crescimento, enquanto os sistemas do organismo são formados e ocorre a diferenciação dos tecidos. As influências genéticas são muito importantes, contudo os insultos pré-natais ambientais estão presentes em muitas síndromes e deformidades craniofaciais (Troulis, 2006). As malformações craniofaciais mais encontradas, excluindo as fendas labiais e/ou palatais, são àquelas que envolvem a mandíbula (microssomia hemifacial); a face média e abóbada craniana (craniossinostoses) (PrahlAndersen, 2005) e são todas objetos de estudo no presente trabalho. As fendas labial e palatal podem ser isoladas ou participarem de síndromes craniofaciais. A etiologia é geral, sendo as condições genéticas as maiores contribuintes. Um terço dos casos ocorridos em lábio e palato podem ser atribuídas a um único gene recessivo. Fatores ambientais também são importantes fatores etiológicos (Bell, 2007). As duas síndromes mais freqüentemente relacionadas à crista neural são a microssomia hemifacial e a disostose mandibulofacial, conhecida por síndrome de Treacher Collins (Figueroa e Friede, 2000; Troulis, 2006). A microssomia facial é um defeito congênito caracterizado pela falta de tecido no lado afetado da face, freqüentemente na área do ramo mandibular e orelha. Raramente afeta os dois lados e em quaisquer circunstâncias existe assimetria. As evidências sugerem que seja iniciada em conseqüência da perda de células da crista neural no estágio de origem e migração (Figueroa e Friede, 2000; Troulis, 2006). A disostose mandibulofacial parece ser causada pela morte celular excessiva no gânglio trigeminal e acometimento secundário das células da crista neural. É uma desordem bilateral caracterizada por deficiências no contorno lateral da órbita e na área zigomática. Em relação à mandíbula, o côndilo está ausente ou é rudimentar, o ramo ascendente é curto, a chanfradura antigoniana é severa e há retrogenia com deslocamento para baixo marcante da sínfise. Alguma musculatura mastigatória está ausente e os ligamentos estilomandibular, esfenomandibular e a musculatura suprahioidea estão afetados (Figueroa, Peterson-Falzone et al., 1993; Figueroa e Friede, 2000; Troulis, 2006). Entre as diferentes síndromes envolvendo craniossinostoses descritas, as mais conhecidas são as síndromes de Apert, de Pfeiffer e de Crouzon. O fechamento prematuro das suturas craniofaciais poderá constituir um sério problema clínico, e, deste modo, justifica-se a necessidade de uma ou mais intervenções cirúrgicas na infância, com o objetivo de prevenir efeitos patológicos no desenvolvimento do cérebro e olhos, evitando também o surgimento de problemas funcionais relacionados à respiração, mastigação e fonação, freqüentemente observados nestes indivíduos (Figueroa e Polley, 1999; Figueroa e Friede, 2000; Figueroa e Polley, 2007). Atualmente é possível selecionar o alongamento ósseo por DO como tratamento alternativo para pacientes já submetidos, insatisfatoriamente, aos procedimentos cirúrgicos ortognáticos convencionais. Contudo, é o tratamento eleito para os indivíduos que apresentam displasias craniofaciais esqueléticas severas que ultrapassam os limites de alcance dos tratamentos orto-cirúrgicos convencionais (Proffit Wr, 2003). Estes indivíduos representam a pequena fração de 1% a 2% da população e com freqüência são portadores de síndromes congênitas ou síndromes decorrentes de acidentes ou problemas de desenvolvimento. Infelizmente, porém, apresentam graus variados de desproporções dentárias e faciais cujos prejuízos funcionais, estéticos e sociais podem afetar a qualidade de vida dos mesmos. (Figueroa e Friede, 2000; Proffit Wr, 2003). O momento de aplicação da técnica também é variado (Ortiz Monasterio, Molina et al., 1997), abrangendo desde recém-nascidos que precisam respirar através de traqueostomia (Hamada, Ono et al., 2007) até adultos que precisam melhorar a qualidade de vida. A confiança sobre esta técnica ganhou tal magnitude que as indicações não são restritas somente aos portadores de displasias ou malformações craniofaciais (Quadros 2 e 3). Quadro 2 – Indicações gerais da DO. GERAIS Referências Craniossinostoses (síndromes de Apert, Pfeiffer, de Crouzon, Jackson-Weiss e outras) (Polley, Figueroa et al., 1995; Polley e Figueroa, 1998; Satoh, de Mitsukawa et al., 2003; Meling, de Due-Tonnessen et al., 2004; Fearon, 2005; Figueroa e Polley, 2007; Jensen, Mccarthy et al., 2007) microssomia hemifacial (Figueroa e Pruzansky, 1982; Mccarthy, Schreiber et al., 1992; Ortiz Monasterio, Molina et al., 1997; Troulis, 2006; Chow, Lee et al., 2008) Síndrome de Nager (Mccarthy, Schreiber 1992; Troulis, 2006) et al., Disostose mandibulofacial (Mccarthy, Schreiber 1992; Troulis, 2006) et al., sequência de Pierre Robin (Williams, Maull et al., 1999; Burstein e Williams, 2005) Malformações craniofaciais hipoplasia maxilar secundária (Polley e Figueroa, 1997; 1998; Figueroa e Polley, 1999; Hierl e a fendas orofaciais Hemprich, 1999; Harada, Baba et al., 2001; Figueroa, Polley et al., 2004) Quaro 3 – Indicações locais da DO. LOCAIS mandíbula deficiente em mais (Denny, Talisman et al., 2001; Denny, 2004) de 10 a 15mm (micrognatia) apnéia obstrutiva do sono (Cohen, Lefaivre et al., 1997; Hamada, Ono et al., 2007) ramo mandibular tão curto (Bell, 2007) que requeira alongamento mandíbulas estreitas em (Bell, 2007) forma de “V” que devam ser expandidas transversalmente anquilose da articulação (Eski, Deveci et al., 2008) temporomandibular seqüelas de câncer - defeitos (Bell, 2007) ósseos amplos da ressecção de tumores seqüelas de câncer – da (Gantous, Phillips et al., 1994; Grover, Murray et al., 2008) radiação induzida reconstrução pós-trauma (Bell, 2007) síndrome de Brodie (Tae, Kang et al., 2005) artrite reumatóide - ATM (Singer, Southall et al., 2006) acelerar o ortodôntico movimento (Liou e Huang, 1998; Liou, Figueroa et al., 2000) reconstruir osso alveolar (Kinzinger, Janicke et al., 2003) deficiente nas dimensões vertical e transversa aumentar a circunferência do (Guerrero, Bell et al., 1997; arco dental na maxila e na Contasti, Guerrero et al., 2001; Bayram, Ozer et al., 2007) mandíbula nivelar dentes permanentes anquilosados (Razdolsky, El-Bialy et al., 2004; Alcan, 2006) Referências Abbott, L. 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Todos os pacientes analisados receberam tratamento em um centro médico, com a técnica da distração osteogênica. Todos eram portadores de malformações craniofaciais. O material obtido consta de diferentes imagens anteriores e posteriores aos tratamentos, incluindo radiografias extraorais e fotografias faciais. ARTIGO 1 Tratamento da hipoplasia da face média em pacientes sindrômicos e com fendas oro-faciais através do aparelho distrator externo rígido (RED). No primeiro artigo foi realizada uma revisão da literatura sobre o emprego da distração osteogênica. Relataram-se as indicações e sua importância no tratamento das deformidades craniofaciais. Descreveu-se uma técnica com aparelho RED introduzido por dois autores desta pesquisa (Alvaro Figueroa e John Polley), indicado para o tratamento da hipoplasia da face média em pacientes sindrômicos e com fendas oro-faciais (Polley e Figueroa, 1997). Foram ilustrados e descritos dois casos clínicos nos quais o RED foi utilizado. Um dos pacientes era portador de fenda labial e palatina e o outro, de síndrome de Crouzon. ARTIGO 2 Evaluation of maxillary permanent molars in patients with craniosynostosis after monobloc osteotomy and midface advancement with rigid external distraction (RED). No segundo artigo foram avaliados, através de radiografias, os efeitos da distração osteogênica sobre os molares superiores de 14 pacientes portadores de craniossinostoses, nos quais foi utilizado o aparelho apresentado no primeiro artigo (RED). Foram incluídos neste estudo 14 pacientes tratados no Hospital Universitário do Rush Craniofacial Center, em Chicago, através do avanço da face média em monobloco com o aparelho distrator externo rígido (RED) (Figueroa, 2006b; a). Dez pacientes eram do gênero feminino e quatro do masculino. Dez deles eram portadores da síndrome de Crouzon, dois da síndrome de Apert e dois da síndrome de Pfeiffer. Dos 14 pacientes, oito haviam sido submetidos a um avanço prévio da face média, através do método tradicional de avanço em monobloco (cirurgia ortognática), contudo em outras instituições. Em cada um dos pacientes foi confeccionado um splint intra-oral composto por fios de aço inoxidável soldados a anéis ortodônticos. O splint foi instalado em ambiente clínico. Além disto foram encaixadas no splint, alças removíveis para a tração externa. Estes procedimentos foram realizados previamente à cirurgia. No momento da cirurgia foram amarrados fios cirúrgicos ao redor dos caninos decíduos ou permanentes, para o reforço de ancoragem. Foi também realizada incisão coronária e osteotomia Le Fort I com disjunção pterigomaxilar cuidadosa e instalação do halo externo craniano. Não ocorreram complicações maiores intra e pós-cirúrgicas. O período de latência de cinco a sete dias foi interrompido com o início do período de distração, cujo ritmo de ativação do distrator foi o de 1-1,5mm por dia. O período de consolidação variou entre os pacientes, tendo uma média de duração de seis semanas, tempo em que o halo externo permaneceu fixado ao crânio. Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com o desenvolvimento dentário e a idade cronológica, atitude que permitiu melhor entendimento das comparações dos dados obtidos. Três pacientes estavam na fase da dentição decídua, com idades variando entre 4,15 a 5,31 anos; oito pacientes encontravam-se na fase da dentição mista, com idades variando entre 6 a 10,83 anos; enquanto os últimos três pacientes, com idades variando entre 14,25 a 21,49 anos já apresentavam a dentição permanente. Foram tomadas radiografias panorâmicas em três diferentes tempos. O tempo um (T1) foi anterior à cirurgia. Nos tempos dois e três foram tomadas as radiografias respectivamente após 3,72 meses (T2) e 14,87 meses (T3) da remoção do RED. Telerradiografias da cabeça em perfil tomadas em T1 e T2 também foram analisadas. As radiografias panorâmicas foram utilizadas para auxiliar na análise das diversas anormalidades dentárias pesquisadas. Isto incluiu seis diferentes possibilidades: (a) trauma dentário cirúrgico; (b) desenvolvimento interrompido da coroa/raiz; (c) deslocamento do germen dentário; (d) dilaceração da raiz; e (e) outras anormalidades dentárias possíveis. Os diferentes estágios de desenvolvimento normal da coroa e raiz dos dentes permanentes descritos por Carmen Nolla (Nolla, 1960) serviram como referências para as comparações realizadas no momento de retorno dos pacientes (T2). Tanto a análise visual das radiografias panorâmicas quanto os traçados cefalométricos manuais obtidos a partir das telerradiografias foram realizados de forma padronizada, em ambiente preparado para tal fim, por um mesmo operador. A análise cefalométrica utilizada permitiu mensurar os deslocamentos lineares horizontais e verticais dos primeiros e segundos molares e também a inclinação axial destes mesmos dentes em T1 e T2. Foram selecionados sete pontos anatômicos cefalométricos para a análise: (OP) Opisthion: definido como o ponto mais posterior da margem posterior do foramen magnum (Miyashita, 1996); (BA) Basion: definido como o ponto mais inferior da margem anterior do foramen magnum (Miyashita, 1996); (S) Sella; (M1) ponto mais distal da face distal do primeiro molar superior; (M1’) ponto mais inferior da cúspide mésio-bucal do primeiro molar superior; (M2) ponto mais distal da face distal do segundo molar superior; (M2’) ponto mais inferior da cúspide mésio-bucal do segundo molar superior. Op, BA e S foram os pontos cefalométricos utilizados para o traçado das linhas de referência horizontal (H) e vertical (V). A linha H foi traçada a partir da união entre os pontos Op e BA; e a linha V foi traçada em perpendicular à linha H, através do ponto S. Foram obtidas linhas paralelas à linha V, traçadas a partir do ponto mais anterior e oclusal da cúspide mésio-bucal dos primeiros e segundos molares (M1’ e M2’) até a linha H, para a medição linear das mudanças verticais, comparando as medidas de cada molar, obtidas na fase anterior (T1) e posterior à distração (T2). Já para a análise do deslocamento horizontal dos molares após o avanço em monobloco, foram traçadas linhas paralelas à linha de referência H, a partir do ponto mais distal da face distal dos primeiros e segundos molares (M1 e M2) até a linha V, e obtidas medidas lineares antes (T1) e após a distração (T2). A diferença entre os ângulos referentes à inclinação axial dos molares em T1 e T2 também foram obtidas a partir do traçado da linha através do longo eixo dos primeiros molares e sua medida angular relacionada à linha de referência H, nas duas radiografias de cada paciente. Para a análise estatística dos resultados utilizou-se o teste t pareado (p<0.05). ARTIGO 3 Combined maxillary and mandibular distraction osteogenesis (DO) in patients with hemifacial microsomia (HFM). No terceiro artigo foram analisados resultados dos tratamentos cirúrgicos de oito pacientes portadores de microssomia hemifacial do tipo II (Figueroa e Pruzansky, 1982). O propósito foi o de determinar mudanças faciais esqueléticas e dos tecidos moles após a aplicação da distração simultânea da maxila e mandíbula nestes pacientes. Oito pacientes (quatro do gênero feminino e quatro do masculino) com idade média de 13,2 anos utilizaram um distrator mandibular unilateral no Rush Craniofaical Center, em Chicago, Illinois. Foram obtidas telerradiografias frontais da cabeça (AP) e fotografias faciais de todos os pacientes, antes e após a distração osteogênica. As radiografias e fotografias foram traçadas por um mesmo operador. Cada medida foi repetida três vezes, e a média aritmética foi utilizada para comparação. A reprodutibilidade foi testada pelo método de Dahlberg. Os procedimentos cirúrgicos englobaram a osteotomia Le Fort I completa; a osteotomia horizontal do ramo mandibular do lado afetado (hipoplasia); a mobilização da maxila; a instalação do aparelho distrator mandibular unilateral no lado afetado; a fixação intermaxilar externa com fio metálico em forma de anel, no lado não afetado; e a fixação intermaxilar, com fios de aço, para manter a oclusão dentária dos pacientes. O período de latência compreendeu os sete primeiros dias após a cirurgia (Figueroa, 2002). Em seguida o aparelho distrator começou a ser ativado duas vezes ao dia, com alongamento de 0,5mm a cada ativação, e durante 22 dias consecutivos, período que correspondeu à fase ativa de distração. A fase de consolidação foi iniciada após o último dia de ativação, quando houve a troca dos fios intermaxilares por elásticos intermaxilares. Esta fase durou quatro a seis semanas, quando foi removida a fixação intermaxilar. O distrator mandibular foi mantido em posição durante três a seis meses. A análise cefalométrica utilizada permitiu avaliar numericamente a conseqüência do tratamento na formação óssea vertical entre as osteotomias, na rotação da maxila e da mandíbula, na restauração da simetria e no nivelamento do plano oclusal. Foram selecionados sete pontos anatômicos cefalométricos bilaterais: (Lo) Latero-orbital: definido como ponto de interseção entre o contorno lateral da órbita e a linha innominata; (Co) Condillion: definido como ponto mais externo da margem lateral da cabeça do côndilo; (NF): definido como ponto mais lateral na superfície óssea interna da cavidade nasal - Robert M. Ricketts - 1989; (J) processo jugal: definido como ponto onde o processo jugal da maxila cruza com o contorno da tuberosidade maxilar - Robert M. Ricketts – 1989; (um) molar superior: ponto lateral mais proeminente da face bucal do segundo molar decíduo ou primeiro molar permanente superior - Athanasios E. Athanasiou 1992; (lm) molar inferior: ponto lateral mais proeminente da face bucal do segundo molar decíduo ou primeiro molar permanente inferior - Athanasios E. Athanasiou 1992; e (Go) Gonion. Cinco pontos cefalométricos unilaterais foram também identificados: (CG) Crista galli: ponto no pescoço da crista galli, ponto mais constrito da projeção da lâmina perpendicular do osso etmóide (quase ao nível do planum) - Viken Sassouni 1960; (tns) topo do septo nasal: ponto mais alto do aspecto superior do septo nasal - Athanasios E. Athanasiou 1992; (ANS) Espinha nasal anterior: ponta da espinha nasal anterior logo abaixo da cavidade nasal e acima do palato ósseo – Carl F. Gugino 1977; (isf) incisivo superior frontal: ponto médio entre os incisivos centrais superiores, ao nível das bordas incisais - Athanasios E. Athanasiou 1992; (Me) menton. Os dois pontos cefalométricos Lo foram os utilizados para a obtenção da linha de referência horizontal (HL). A linha de referência vertical (VL) foi traçada em perpendicular à linha horizontal, passando pelo ponto CG. Em cada um dos pacientes foram obtidas e traçadas as telerradiografias em dois tempos: antes (T1) e após (T2) a distração osteogênica. Cinco medidas angulares verticais e três horizontais foram obtidas a partir do traçado dos planos e linhas. Os cinco ângulos verticais foram: (HL-CoCo): ângulo formado entre a linha HL e o plano bicondilar; (HL-NFNF): ângulo formado entre a linha HL e o plano do soalho nasal; (HL-JJ): ângulo formado entre a linha HL e o plano maxilar jugal; (HL-ocl): ângulo formado entre a linha HL e o plano oclusal e (HL-GoGo): ângulo formado entre a linha H e o plano goniano. Os três ângulos horizontais formados foram: (VL-isf): entre as linhas VL e linha média interdentária superior; (VL-Me): entre as linhas VL e mental; e (CgtnsANS): ângulo referente ao septo nasal. Foram calculadas duas razões a partir de cada telerradiografia dos pacientes: razão entre as medidas lineares da altura entre o gônio do lado afetado até a linha H (H-Go), sobre a distância correspondente do lado não afetado (H-Go) e razão entre as medidas lineares da altura do ramo mandibular (Co-Go) do lado afetado sobre o lado não afetado (CoGo). Fotografias faciais também foram obtidas em cada um dos pacientes, nos dois tempos: antes (T1) e após (T2) a distração osteogênica. Foram identificados três pontos bilaterais nos tecidos moles: (em) endocanthion: definido como o ponto mais medial da comissura da pálpebra do olho; (sbal) sub-alar: definido como o ponto do limite mais inferior da base alar; (ch) cheilion: ponto mais lateral da comissura labial. Um ponto unilateral, pogônio, foi também identificado na fotografia, conhecido como (pog): ponto mais anterior localizado no meio do mento. Duas linhas de referência também foram traçadas nas fotografias, a linha horizontal (HL): linha conectada aos dois pontos endocanthion; e linha vertical (VL): construída em perpendicular à linha horizontal, através do ponto que representa a distância média entre os pontos endocanthion. Uma medida vertical e duas medidas horizontais foram obtidas nos tempos T1 e T2 de cada paciente e calculadas as diferenças individuais, e posteriormente as médias aritméticas de todas as medidas do grupo. Os ângulos verticais formados foram: HL-sbalsbal, entre a linha HL e o plano da base nasal e HL-chch, entre a linha HL e o plano da comissura labial. O ângulo horizontal VL-pog foi aquele formado entre a linha VL e a linha traçada do ponto pog até a linha H. O teste t pareado foi o utilizado para a análise das diferenças entre o tempo anterior (T1) e posterior à cirurgia (T2), para cada medida das análises radiográfica e fotográfica (p<0,05 e p<0,01) (SPSS 11.0 software). Referências Figueroa, A. 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Management of severe maxillary deficiency in childhood and adolescence through distraction osteogenesis with an external, adjustable, rigid distraction device. J Craniofac Surg, v.8, n.3, May, p.181-5; discussion 186. 1997. 4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA 4.1 ARTIGO 1 Cury-Saramago, A.A., Sant’Anna, E.F., Souza, M.M.G., Figueroa, A.A, Polley, J.W. Tratamento da hipoplasia da face média em pacientes sindrômicos e com fendas oro-faciais através do aparelho distrator externo rígido (RED). Será enviado para a Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial. 4.2 ARTIGO 2 Cury-Saramago, A.A., Sant’Anna, E.F., Figueroa, A.A., Polley, J.W. Evaluation of maxillary permanent molars in patients with craniosynostosis after monobloc osteotomy and midface advancement with rigid external distraction (RED). Aceito para a publicação na Revista The Cleft Palate-Craniofacial Journal (CPCJ). 4.3 ARTIGO 3 Cury-Saramago, A.A., Sant’Anna, E.F., Araújo, M.T.S, Figueroa, A.A., Polley, J.W. Combined maxillary and mandibular distraction osteogenesis (DO) in patients with hemifacial microsomia (HFM). Será enviado para a Revista Journal of Craniofacial Surgery. Identificação dos autores Adriana de Alcantara Cury-Saramago1 Eduardo Franzotti Sant’Anna4 Margareth Maria Gomes de Souza4 John W. Polley2,3 Álvaro A. Figueroa2 1 Doutoranda em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Professor Substituto Auxiliar do Curso de Graduação e Colaborador do Curso de Especialização em Ortodontia da Universidade Federal Fluminense; 2 Co-Diretor do Rush Craniofacial Center, Departamento de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, na Rush Univeristy Medical Center, Chicago, IL; 3 Professor Titular, Departamento de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, na Rush Univeristy Medical Center, Chicago, IL; 4 Professor Adjunto de Ortodontia do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Título Tratamento da hipoplasia da face média em pacientes sindrômicos e com fendas oro-faciais através do aparelho distrator externo rígido (RED). Treatment of the severe cleft and syndromic midface hypoplasia with rigid external distractor (RED). Resumo A Distração Osteogênica (DO) tornou-se uma alternativa para o tratamento das displasias craniofaciais esqueléticas severas, promovendo maior simplicidade e segurança em comparação aos métodos cirúrgicos tradicionais. Um aparelho distrator externo rígido (RED) vem sendo utilizado com êxito para avançar tão somente a maxila, mas também todo o complexo maxilar-orbital-frontal (monobloco) de crianças, adolescentes e adultos. Esta abordagem proporciona resultados previsíveis e estáveis, podendo ser aplicada isoladamente ou adjunta aos procedimentos cirúrgicos ortognáticos craniofaciais. As razões para o alcance da estabilidade são aqui discutidas. Além disto são apresentados os aspectos técnicos pertinentes a uma adequada aplicação, o que inclui o planejamento e os procedimentos cirúrgicos e ortodônticos. Uma rotina de colaboração entre pesquisadores e clínicos renderá benefícios ao já promissor e gratificante procedimento. Palavras-chave: distração, maxila, face média, distrator externo rígido. Abstract Distraction Osteogenesis (DO) has become a treatment alternative to treat severe craniofacial skeletal dysplasias. A rigid external distraction (RED) device has been successfully used to advance the maxilla as well as the maxillary, orbital and forehead complex (monobloc) in children, adolescents and adults. This approach has provided predictable and stable results. It can be applied by itself or as an adjunct to traditional orthognathic and craniofacial surgical procedures. The reasons for stability are discussed. The technical aspects, including planning, surgical and orthodontic procedures, required to properly apply the technique are presented. The need for collaboration between researchers and clinicians is emphasized to maximize the benefits of this already promising and rewarding approach. Key words: distraction, maxilla, midface, rigid external distraction. INTRODUÇÃO O tratamento convencional dos pacientes que apresentam deformidades dentofaciais inclui a cirurgia ortognática e o tratamento ortodôntico combinados. Os procedimentos cirúrgicos de escolha para a correção destas condições englobam a osteotomia Le Fort I, a osteotomia Le Fort III, a expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente, a osteotomia sagital do ramo mandibular e, ocasionalmente, a genioplastia; todos com utilização de técnicas de fixação rígida. Estas abordagens proporcionam freqüentemente uma bem sucedida e previsível correção, porém, não se espera resultado satisfatório semelhante quando aplicada ao grupo de pacientes portadores de condições mais severas, relacionadas a hipoplasia maxilar secundária a fendas oro-faciais e a síndromes. (Thomas Pm, 2003) A recente divulgação do risco comparado de ocorrência de complicações pós-cirúrgicas entre pacientes com e sem fendas, submetidos à cirurgia maxilar Le Fort I, corrobora estas afirmações; pois ocorre em 5% dos pacientes sem fendas, enquanto em 25% daqueles com fendas orofaciais e outras deformidades. (Kramer, Baethge et al., 2004) Mesmo a técnica cirúrgica ortognática multisegmentar, aplicada para a correção destas severas deformidades, oferece um já conhecido alto risco para os pacientes. Dentre as possíveis complicações estão: a instabilidade dos segmentos e a perda secundária de dentes, ou até a perda de segmentos compostos por múltiplos dentes e osso, após um comprometimento vascular (Thomas Pm, 2003). Além das já mencionadas complicações, sabe-se que os pacientes portadores de fendas, submetidos ao avanço maxilar, estão predispostos à recidiva ao longo prazo; diferentemente dos pacientes sem fendas, nos quais este tipo de tratamento é mais estável (Cheung, Samman et al., 1994; Erbe, Stoelinga et al., 1996). Parece, portanto, correto pensar que as informações ora apresentadas desmotivam o tratamento ortognático cirúrgico convencional neste grupo de pacientes com displasias craniofaciais esqueléticas severas; medida que requer a exploração de tratamentos alternativos, conforme o aqui sugerido, com um aparelho distrator externo rígido (RED). REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O alongamento ósseo por distração osteogênica (DO) é uma técnica cirúrgica introduzida no início do século XX (Codivilla, 1994), utilizada para gerar osso e osteossíntese a partir de osteotomia e estiramento gradual de segmentos ósseos, mediante ativação de um sistema ortopédico (Crago, Proffit et al., 2003). Os estudos clínicos e experimentais comandados pelo cirurgião ortopédico russo Ilizarov, a partir de 1951, (Ilizarov, 1989a; b) impulsionaram a então controvertida utilização, e marcaram a era moderna da DO. Snyder e colaboradores (Snyder, Levine et al., 1973) descreveram-na para o uso sobre o complexo craniofacial, ao fazerem experimentos com mandíbulas de cães. Somente em 1992 McCarthy e colaboradores (Mccarthy, Schreiber et al., 1992) introduziram o uso da distração osteogênica para o alongamento mandibular em três crianças portadoras de microsomia hemifacial e uma portadora da síndrome de Nager. Até agora o uso da DO é selecionado como um tratamento alternativo de pacientes já submetidos, insatisfatoriamente, aos procedimentos cirúrgicos ortognáticos convencionais. É, porém, o tratamento eleito para os pacientes portadores das síndromes de Crouzon (Figura 1) e de Apert (Polley, Figueroa et al., 1995; Satoh, Mitsukawa et al., 2003; Meling, DueTonnessen et al., 2004; Fearon, 2005); microssomia hemifacial (Mccarthy, Schreiber et al., 1992; Ortiz Monasterio, Molina et al., 1997) e disostose mandibulofacial conhecida também por síndrome de Treacher Collins. Outrossim, sua aplicação bem sucedida beneficia pacientes com hipoplasia maxilar secundária a fendas oro-faciais (Polley e Figueroa, 1997; 1998; Figueroa, Polley et al., 1999; Hierl e Hemprich, 1999; Harada, Baba et al., 2001; Figueroa, Polley et al., 2004); recém-nascidos que apresentam problemas respiratórios obstrutivos conforme os ocorridos nos portadores de seqüência de Pierre Robin e em outros que possuem micrognatia (Denny, Talisman et al., 2001; Denny, 2004) e também pacientes que apresentam defeitos ósseos amplos resultantes de ressecção de tumores ou decorrentes de traumas. Mais recentemente a técnica começou a ser aplicada para acelerar o movimento ortodôntico (Liou e Huang, 1998; Liou, Figueroa et al., 2000); e na reconstrução de osso alveolar deficiente nas dimensões vertical e transversa (Kinzinger, Janicke et al., 2003); além de aumentar a circunferência do arco dental na maxila e na mandíbula (Guerrero, Bell et al., 1997; Contasti, Guerrero et al., 2001) e promover o alcance do nivelamento de dentes anquilosados em infra-oclusão (Alcan, 2006). Molina e Ortiz Monastério (Molina, Ortiz Monasterio et al., 1998) foram os pioneiros da utilização da DO para o avanço maxilar, com o auxílio da aplicação de tração através de máscara facial e elásticos. Os resultados insatisfatórios destes primeiros tratamentos motivaram então o desenvolvimento do aparelho distrator externo rígido (RED). Apresentação da técnica O aparelho distrator externo rígido é composto por um halo externo fixado ao crânio; parafusos cranianos de fixação, compostos por titânio e com parte ativa de 45mm; uma haste vertical de fibra de carbono; dois ou quatro parafusos distratores; duas ou quatro barras horizontais (de acordo com a quantidade de parafusos distratores); fios de aço cirúrgicos (0.018”) e um splint intra-bucal (Figura 2). O splint intraoral promove um ponto de ancoragem para o avanço maxilar, e as demais estruturas permitem a conexão entre a dentição e o halo externo. O splint intraoral é composto por um arco palatino, semelhante a um arco lingual (0.036”) e um arco vestibular com mesma espessura de um aparelho extra-oral (0.051”). Estes arcos são soldados aos anéis adaptados aos primeiros molares permanentes ou aos segundos molares decíduos (Figura 3). Em alguns casos pode-se optar pela utilização de coroas metálicas cimentadas aos segundos molares decíduos, ato que confere maior estabilidade ao aparelho na dentição decídua. Dois tubos retangulares mediais, soldados à porção anterior do arco vestibular do splint (0.051”), são utilizados para ancorar os ganchos conectores do splint que serão instalados após a cirurgia, no consultório, juntamente com a haste vertical anterior de carbono, os parafusos distratores e a(s) barra(s) horizontais. O splint será ligado aos parafusos distratores, montados entre a haste vertical e as barras horizontais, através de fios cirúrgicos (0.018”) (Polley e Figueroa, 1999). O protocolo destinado ao tratamento da DO maxilar com este distrator externo pode ou não incluir um alinhamento dentário ortodôntico pré-cirurgico, dependendo do estágio evolutivo da dentição em que se encontra o paciente portador de hipoplasia da maxila e fenda facial severa (Figuras 4A-I e 5A-F). Já a fabricação do splint intra-oral é obrigatória, sendo o mesmo fixado aos dentes, em consulta clínica que deixará o paciente pronto para a cirurgia. O início da cirurgia é caracterizado pela implantação de parafusos ortodônticos ósseos entre os ápices radiculares do incisivo lateral e canino superiores de ambos os lados, seguida pela ligação destes ao splint com fio de aço cirúrgico, o que adiciona segurança à estabilidade intra-oral. Em seguida realiza-se uma completa osteotomia Le Fort I com disjunção pterigomaxilar. A maxila não é fraturada e deslocada para baixo, conforme freqüentemente verificado durante a cirurgia ortognática convencional. No entanto o cirurgião deverá assegurar-se da completa mobilidade do osso maxilar. Existe a opção de incluir a base dos ossos malares e também o aspecto lateral dos ossos nasais durante a osteotomia, o que possibilita um avanço significativo das regiões nasal e infraorbital. Suturada a incisão, o halo externo é seguramente fixado ao crânio utilizando-se os pinos cranianos específicos de titânio. É imperativo o correto posicionamento dos pinos na parte mais espessa entre os ossos temporal e parietal, normalmente entre 3 a 6cm acima do lóbulo da orelha, em paralelo ou um pouco inclinado para cima, em relação ao Plano Horizontal de Frankfurt (Figura 2). A haste vertical anterior, os parafusos distratores e as barras horizontais somente serão instalados entre três a sete dias após realizada a cirurgia (período de latência), sem desconforto para o paciente e em ambiente clínico. Desta forma, não há interferência no trabalho do anestesista durante a cirurgia. A dieta prescrita nas primeiras 24 horas póscirúrgicas é a líquida e, em progressão incorporada uma dieta pastosa. A haste vertical é afastada anteriormente da face entre 3 a 5cm, posicionada na linha média e paralelamente ao Plano Facial. O protocolo de distração inclui um ritmo de ativação entre 1 a 2mm por dia, dependendo da severidade da condição e da idade do paciente (nos pacientes jovens pode não haver período de latência e o ritmo pode ser mais acelerado). Um período aproximado de uma semana de distração é o suficiente para a correção da maioria dos pacientes, quando então é iniciada a fase de consolidação óssea, compreendida entre quatro a oito semanas. Há ocasiões em que surge uma resistência ao avanço maxilar, no final da fase ativa da distração. Nestas situações opta-se pela montagem de um segundo sistema distrator na haste vertical. Providencia-se assim um sistema de tração, com dois sistemas distratores, cada um apresentando dois parafusos para ativação (lado esquerdo e direito), significantemente mais forte e capaz de ultrapassar qualquer resistência dos tecidos moles. Determinada a consolidação da maxila, segue-se para a remoção do halo externo, das barras horizontais, dos parafusos distratores e dos fios cirúrgicos, em ambiente clínico. É freqüentemente desnecessário anestesiar os pacientes adolescentes e adultos, contrário ao que ocorre em crianças, nas quais é aconselhável esta realização em centro cirúrgico e sob leve sedação. Em seguida serão removidos os ganchos externos componentes do splint intra-oral e orienta-se o paciente para o uso, apenas noturno, da máscara facial de Petit, promovendo contenção. A máscara é usada com elásticos, por meio dos quais se exerce uma força entre 400 a 500gf, durante seis a oito semanas, até a notação clínica de estabilidade da maxila em sua nova posição, quando é possível remover o splint intra-oral e o tratamento ortodôntico poderá ser iniciado ou reiniciado. Nos pacientes em que é planejado um avanço maxilar extremo, o clínico poderá notar a mobilidade do osso maxilar em até 12 semanas após a remoção do halo externo e da máscara facial. Caso a mobilidade da maxila seja desconfortável, o cirurgião poderá decidir pela fixação de placas rígidas para o aumento da estabilidade do osso maxilar. Interessa ressaltar que nos pacientes em que há insuficiente consolidação da maxila, ocorre mobilidade óssea nos planos vertical e transverso, e praticamente nenhuma tendência de movimento anterior ou posterior. Em casos de pacientes portadores de síndromes craniofaciais severas, envolvendo importantes deficiências frontal, orbital e maxilar, o uso do aparelho distrator externo rígido também promove melhoria desta condição. (Figuras 6A-G e 7A-F) A técnica de avanço da face média ao nível de monobloco segue passos similares aos realizados nos pacientes com fenda. Inicia-se com o preparo ortodôntico opcional e segue-se para a confecção do splint intra-oral. No momento cirúrgico o splint é fixado ao osso maxilar através dos parafusos de titânio. Realiza-se a osteotomia clássica para a separação em monobloco, culminando com a completa mobilização do segmento esquelético. A fixação rígida entre o osso frontal às protuberâncias supraorbitais é conduzida através da instalação de três placas de titânio. Além disto, duas placas laterais são destinadas à ancoragem dos parafusos para o futuro recebimento do pino de tração superior que perfura e atravessa a pele ao nível das sobrancelhas (Figura 2). Após ancoragem dos pinos de tração, a incisão coronal é suturada e o cirurgião posiciona o halo externo craniano. Nos casos com síndromes craniofaciais antes tratados cirurgicamente, é importante fixar com cautela os pinos cranianos, pois muitos pacientes possuem defeitos cranianos próprios da condição ou derivados da(s) cirurgia(s) prévia(s). É importante que o halo seja adequadamente ancorado em osso sólido. A parte anterior do halo é posicionada entre 2 a 3cm a frente da fronte, estando o halo localizado paralelamente ou um pouco inclinado para cima, em relação ao Plano Horizontal de Frankfurt, e entre 3 a 6cm acima do lóbulo da orelha. O paciente retornará entre cinco a sete dias após a cirurgia e então será instalado, em ambiente clínico, o aparelho distrator com dois sistemas de distração; um superior, ao nível supraorbital, através dos pinos de tração; e um inferior, ao nível dentário, através dos ganchos externos ligados com fios cirúrgicos ao splint intra-oral (Figura 2). O protocolo de distração é similar ao aplicado em pacientes com fendas, com ritmo de ativação entre 1 a 2mm diário, até o alcance da correção da deformidade esquelética. Ocorrido isto, o halo externo é mantido ainda durante o período de consolidação, compreendido aqui entre seis a 12 semanas. Nos casos submetidos ao avanço em monobloco, é impossível utilizar uma máscara facial como contenção; portanto é recomendado que o período de consolidação seja mais longo do que o dos pacientes com fenda ou limitado até o momento em que o clínico assegure a estabilidade do segmento esquelético, através dos exames clínico, radiográfico e tomográfico. DISCUSSÃO A experiência permite revelar ser a técnica da distração osteogênica, com o distrator externo rígido (RED), relativamente simples, previsível e estável ao longo prazo (Figueroa e Polley, 1999; Figueroa, Polley et al., 2004). Ao invés do avanço radical em monobloco realizado nas cirurgias ortognáticas convencionais (de toda a face média e osso frontal), o segmento será gradualmente avançado e evitar-se-á as principais desvantagens do rápido avanço, quais sejam: o extravasamento do fluido cérebro espinhal; a criação de um espaço intracraniano vulnerável à infecção; a necessidade de enxerto ósseo volumoso e de fixação óssea (Bell, 2007). Em adição, existe limitação na quantidade de avanço, ditada pelas restrições dos tecidos moles (Bell, 2007); o tratamento radical requer transfusões sangüíneas (Meling, Due-Tonnessen et al., 2004) e, por fim, questiona-se a estabilidade em um longo prazo (Bell, 2007). Em contrapartida, as vantagens do avanço gradual do segmento em monobloco incluem um avanço estável e previsível da face média; redução das complicações, focalizando as infecções; redução das morbidades intra e pósoperatória; simplificação do procedimento; não requer enxerto ósseo e nem tampouco a fixação rígida; o tempo cirúrgico é menor e também menor o risco da necessidade de transfusão sangüínea, tudo isto resultante do uso dos princípios da distração osteogênica. Tanto os pacientes com fendas quanto os que apresentam síndromes, experimentam estabilidade resultante do tratamento com os respectivos avanços da maxila e da face média (Figueroa, Polley et al., 2004). A grande quantidade de formação óssea na área pterigomaxilar é o acontecimento crucial que favorece este prognóstico. Além do volume, o tipo de osso lamelar denso, verificado ao exame histológico e radiográfico (Kusnoto, Figueroa et al., 2001; Figueroa, Polley et al., 2004), fortalecem o prognóstico. Esta formação óssea local também possibilita espaço adicional para a erupção dentária. Existe também a possibilidade de conjunção entre o tratamento com o RED e a cirurgia ortognática convencional, aplicada em casos nos quais somente a técnica de distração seria insuficiente, a exemplo de alguns casos em que ocorre limitação de movimento direcional da distração. O benefício de se combinar estas duas técnicas abrange uma correção esquelética resultante principalmente da técnica da distração, seguida por um refinamento do posicionamento dos ossos e da oclusão, conseqüente da cirurgia ortognática. O tratamento de pacientes portadores de hipoplasia maxilar e da face média, dependentes da técnica da distração osteogênica, envolve ainda muitas dúvidas técnicas e outras relacionadas à resposta individual ao tratamento. No aspecto técnico, já há guias para a seleção dos principais casos a serem tratados com a distração isolada, ou da sua combinação com a cirurgia ortognática convencional. Outras questões são especificas à técnica da distração, como a escolha entre o uso de distratores externos ou internos para as diferentes situações. Os sistemas internos são mais sedutores, pois estão confinados; no entanto, há limitações relacionadas à localização, adaptação e grau de avanço. Outras considerações, ainda desafiadoras, incluem a duração do período de consolidação. Sabe-se que existe relação direta à idade, já que nos pacientes mais jovens este período é reduzido. Também se pode relacionar diretamente a quantidade de avanço à duração do tempo ideal de consolidação, o que poderá tornar a fase de consolidação muito longa e até impraticável. Desta forma, é vital obter um relacionamento de cooperação entre clínicos e pesquisadores para possibilitar a redução da fase de consolidação da técnica de distração. O recente uso de proteínas morfogenéticas, fatores de crescimento e ultrassom de baixa intensidade compõem o esforço científico para este destino (Raschke, Bail et al., 1999; El-Bialy, Royston et al., 2002; Sant'anna, Leven et al., 2005; Cheung e Zheng, 2006). Ainda é também insuficiente o conhecimento sobre a resposta dos tecidos moles ao movimento gradual do osso em que estão inseridos. Algumas destas mudanças parecem mais favoráveis ao se utilizar a técnica da distração do que a cirurgia ortognática convencional, a exemplo da melhora dos lábios e nariz em conseqüência ao avanço maxilar (Wen-Ching Ko, Figueroa et al., 2000). E mais, percebe-se uma resposta mais positiva dos tecidos velofaringeanos quando se compara o avanço gradual e o radical (Ko, Figueroa et al., 1999; Guyette, Polley et al., 2001). CONCLUSÃO A técnica da distração externa rígida para o avanço da maxila e da face média, em pacientes que apresentam fendas, assim como para os portadores de síndromes craniofaciais severas, mostra-se segura, previsível e estável. O conhecimento clínico disponível para avaliação permite indicar a distração como técnica de tratamento para condições que outrora eram desafiadoras com a aplicação de técnicas cirúrgicas tradicionais. Contudo o uso das técnicas de distração não exclui a possibilidade de combiná-las a técnicas cirúrgicas tradicionais. Apesar dos benefícios bem reconhecidos da distração, há ainda desafios para a sua adaptação clínica em pacientes com fendas e síndromes. Isto inclui o desenvolvimento de novos aparelhos, a redução do período de consolidação e o entendimento da resposta dos tecidos moles à distração gradual. REFERÊNCIAS Alcan, T. A miniature tooth-borne distractor for the alignment of ankylosed teeth. Angle Orthod, v.76, n.1, Jan, p.77-83. 2006. Bell, W. H. E. 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Lista de Legendas Figura 1 – (A) reconstrução tridimensional da face de um paciente portador de síndrome de Crouzon. Notar acentuadas exoftalmia e hipoplasia da face média. (B) tomografia computadorizada com vistas lateral direita, frontal e lateral esquerda. Notar hipoplasia severa da face média, com acentuada retrusão e atresia maxilar, mordida aberta anterior, mordida cruzada posterior bilateral lingual e apinhamento severo dos dentes permanentes. Figura 2 - Peças componentes do aparelho distrator externo rígido (RED) (a) halo externo craniano; (b) parafusos de titânio para fixação; (c) haste vertical anterior de carbono; (d) parafusos distratores; (e) barras horizontas; (f) fios de aço cirúrgicos (0.018”); (g) ganchos externos conectados ao splint intra-oral; Figura 3 – (A) Splint intra-oral com os componentes (a) Tubo 0.051” + solda; (b) arco palatino 0.036”; (c) gancho externo 0.051”; (d) anel ortodôntico; (e) arco vestibular 0.051”; (f). (B) - Splint confeccionado a partir de arco extra-bucal pré fabricado 0.051”. Observe reforço soldado à parte anterior externa para dar maior estabilidade à peça. Figura 4 – (A-C) Fotografias faciais de um adolescente portador de hipolasia maxilar conseqüente de fenda labial e palatina; após cirurgia reparadora prévia. (D-E) Paciente com o aparelho distrator externo rígido instalado, após osteotomia Le Fort I. (F-H) Notar melhora na harmonia facial com o avanço maxilar e correção da retrusão do lábio superior. Figura 5 – Fotografias intra-orais do paciente mostrado na figura 4; antes (A-C) e depois (D-F) do avanço maxilar com o RED e tratamento ortodôntico. Notar correção da mordida cruzada anterior, manutenção do espaço correspondente ao dente 12 ausente e resultante da reparação prévia à distração; substituição do dente 23 no local do dente 22 ausente; fechamento dos espaços e obtenção de oclusão satisfatória. Figura 6- (A-C) Fotografias faciais de um adolescente portador de síndrome de Crouzon, com hipolasia maxilar e da face média, após cirurgia reparadora prévia na infância. Notar cicatriz bilateral no couro cabeludo. (D-E) Paciente com o aparelho distrator externo rígido instalado, após osteotomia para avanço em monobloco. Notar os quatro pinos de tração, dois na altura da sobrancelha e os outros dois ligados aos ganchos conectores do splint intra-oral, com todos os seus fios conectores. (F-H) Notar melhora na harmonia facial com o avanço maxilar e da face média. Figura 7 – Fotografias intra-orais do paciente mostrado na figura 6; antes (A-C) e depois (D-F) do avanço maxilar e da face média com o RED. Notar correção da mordida cruzada anterior e fechamento da mordida aberta anterior. O paciente receberá tratamento ortodôntico. Lista de Figuras Figura 1 Figura 2 d a b c f g e f e d Figuras 3A e 3B. Figuras 4A, 4B, 4C, 4D, 4E, 4F, 4G, 4H, 4I. A B C D E F G H I Figuras 5A, 5B, 5C, 5D, 5E, 5F. A B C D E F Figuras 6A, 6B, 6C, 6D, 6E, 6F, 6G. A C B D F E G Figuras 7A, 7B, 7C, 7D, 7E, 7F. Evaluation of maxillary permanent molars in patients with craniosynostosis after monobloc osteotomy and midface advancement with rigid external distraction (RED) Adriana de A. Cury-Saramago DDS, MS1, Eduardo F. Sant’Anna, DDS, MS, PhD2,3, Alvaro A. Figueroa, DDS, MS4, John W. Polley, MD4 1 PhD Fellow, Department of Orthodontics, School of Dentistry, Federal University of Rio de Janeiro, Brazil 2 Post-Doc Fellow, Department of Anatomy and Cell Biology and Rush Craniofacial Center, Rush University Medical Center, Chicago, Illinois 3 Associate Professor, Department of Orthodontics, School of Dentistry, Federal University of Rio de Janeiro, Brazil 4 Co-Director, Rush Craniofacial Center, Chicago, Illinois Address for correspondence: Alvaro A. Figueroa, DDS, MS, Rush Craniofacial Center, 1725 W. Harrison St, Suite 425, Prof BLDG I, Chicago, Illinois 60612; fax, (312) 563-2514; phone: 312-563-3000; e-mail, [email protected] Acknowledgments: Dr. Sant’Anna and Cury-Saramago are recipients of scholarships from Capes Agency and FAPERJ, Brazil. Abstract Objective and Design: The aim of this retrospective study was to analyze changes on the maxillary permanent molars after monobloc advancement with rigid external distraction (RED). Setting: University Hospital based Craniofacial Center. Patients: Fourteen patients, 4 on primary, 7 on mixed and 3 on permanent dentition who underwent monobloc advancement with RED. After a latency period of 6 days, distraction was carried out for an average 18 days. Main outcome Measures: Lateral cephalometric radiographs were taken before surgery (T1) and an average of 3.72 months after the removal of the distractor (T2). Panoramic radiographs were taken at T1, T2 and T3 (an average of 14.87 months after RED removal), to search for: surgical tooth trauma; arrested crown/root development; impaction; tooth germ displacement; dilacerations and other possible dental abnormalities. The permanent maxillary molars vertical and horizontal displacements as well as their angulations before and after surgery were evaluated. Statistics: A paired t test was used to analyze significant changes in molar position after distraction. Results and conclusions: Distraction created posterior arch length with significant horizontal forward movement of the first and second molars (p<0.05) with minimal vertical displacement (p>0.05). The procedure disrupted the development of one of the first molars, three of the second molars and two of the third molars. An increased incidence of molar damage occurred in patients operated on during the primary dentition. Careful surgical technique during pterygomaxillary dysjunction especially in young children, and long-term radiographic follow-up of maxillary molars is strongly recommended. Key words: monobloc osteotomy, midface advancement, rigid external distraction, molar development. Introduction Children with craniofacial malformations present a wide spectrum of problems and should be treated by an interdisciplinary team. Among the different craniosynostosis syndromes described the best known are Apert, Pfiffer and Crouzon syndromes. The premature closure of craniofacial sutures in craniosynostosis syndromes may constitute a serious clinical problem warranting surgical intervention in infancy to avert pathological effects on brain and eye development and prevent respiratory, feeding and speech problems usually seen in patients with craniofacial synostosis. Monobloc advancement has been used for correction of midface deficiency in craniofacial syndromes (Ortiz-Monasterio, Fuente del Campo et al. 1978; OrtizMonasterio and Fuente-del-Campo 1979). This procedure as well as the Le Fort III osteotomy has been associated with molar tooth damage in the tuberosity region. Disruption of a normal tooth bud at any stage of development may have a significant effect on its final form and function, as a component of the masticatory system (Santiago, Grayson et al. 2005). Recently, monobloc advancement utilizing rigid external distraction (RED) has been successfully used for the correction of severe midface deficiency in cleft and craniofacial syndromes (Figueroa and Polley 2007; Figueroa, Polley et al. 2001; Jensen, McCarthy et al. 2007; Polley and Figueroa 1998; Polley, Figueroa et al. 1995; Satoh, Mitsukawa et al. 2003). In theory, the gradual nature of this process and the deposition of viable bone in the pterygomaxillary region could have less deleterious effect and facilitate the eruption of the permanent molars. However, the effect of monobloc distraction on posterior maxillary teeth is unknown. Therefore, the purpose of this retrospective radiographic study is to analyze the effect of the monobloc osteotomy, as well as the advancement with rigid external distraction (RED) on erupted and non-erupted maxillary permanent molars. Methods Fourteen patients who underwent monobloc advancement with a rigid external distraction device (RED) were included in this study. There were ten females and four males, ten of them with Crouzon, two with Pfeiffer and two with Apert syndromes. Eight of the 14 patients had a previous failed attempt to advance the midface by traditional monobloc advancement at other institutions. All patients had a maxillary intra oral stainless steel wire splint with removable external traction hooks prepared prior to surgery and attached to either the second primary molars or the first permanent molars through orthodontic bands (Figueroa and Polley 2006a, 2006b). In addition at surgery the splint was further secured with circumdental wires around the maxillary primary or permanent canines. All patients had complete mobilization of the monobloc segment through a coronal incision and careful pterygomaxillary disjunction with an intraoral Le Fort I approach. No attempt was done to advance the osteotomized segment intra operatively. After a latency period of five to seven days, distraction was commenced at the rate of 1-1.5 mm per day. Subsequent to skeletal correction, the halo was left in place an average of six weeks. No major peri or post-operative complications were observed in this group of patients. The patients were subdivided into three groups according to their age and dental development to allow better understanding and comparison of the data. Three patients were in the primary (4.15 to 5.31 years of age), eight in the mixed (6.0 to 10.83 years of age) and three in the permanent dentition stage (14.25 to 21.49 years of age). Panoramic radiographic analysis Panoramic radiographs were taken before surgery (T1), and 3.72 (T2) and 14.87 months (T3) after removal of the external distractor device. The radiographs were utilized to search for (1) surgical tooth trauma; (2) arrested crown/root development; (3) impaction; (4) tooth germ displacement; (5) dilacerations and (6) other possible dental abnormalities. The different stages of normal crown and root development were evaluated (Fig.1) (Nolla 1960) to determine developmental arrest during the follow-up period. Lateral cephalometric radiographic analysis Lateral cephalometric analysis was performed with radiographs taken before surgery (T1) and 3.72 month average after distraction (T2). For each subject, two lateral cephalograms were traced (T1 and T2) by hand on acetate paper by the same examiner. Cephalometric analysis was utilized to measure the horizontal and vertical displacement of the first and second molars as well as their axial inclination before (T1) and after distraction (T2). Seven cephalometric anatomic landmarks were used for the cephalometric analysis: (OP) Opisthion: defined as the most posterior point on the posterior margin of the foramen magnum (Miyashita 1996); (BA) Basion: defined as the most inferior point on the anterior margin of the foramen magnum (Miyashita 1996); (S) Sella; (M1) upper 1st molar distal end; (M1’) upper 1st molar mesio buccal cusp most inferior point; (M2) upper 2nd molar distal end; (M2’) upper 2nd molar mesio buccal cusp most inferior point (Fig.2). Op, BA and S were the landmarks used to draw Horizontal (H) and Vertical (V) reference lines. The V line went perpendicular to the H line through S (Fig.2). To analyze the molar vertical displacement after monobloc advancement, lines from the most anterior and occlusal point of the mesio buccal cusp on the upper 1st and 2nd (M1’ and M2’) molars perpendicular to the H reference line were traced to measure the vertical change in mm before (T1) and after distraction (T2) (Fig.3). To analyze the molar horizontal displacement, lines from the distal end of the 1st and 2nd (M1 and M2) molars perpendicular to the V reference line were traced to measure the horizontal change in mm before (T1) and after distraction (T2) (Fig.3). The molar angular axial inclination was also evaluated by tracing a line through the long axis of 1st and 2nd molars in relation to the Horizontal reference line (Fig.4). Descriptive statistical analyses with paired t test (p<0.05) were utilized to analyze the data. Results Panoramic radiographic analysis: Of all the first permanent molars evaluated on patients operated in the primary or mixed dentition (#24), 14 advanced one developmental stage during follow-up. It could be observed during the period of this study that one first permanent molar had arrest of crown/root development. Of all the first molars available in the sample (#24), one (4.1%) became impacted and was not erupting into its expected position (Fig.7). Of the second permanent molars on patients operated in the primary or mixed dentition (#17), 13 advanced one developmental stage (Fig.5) and one may have arrested crown/root development (Fig.6) but longer follow-up is required. There were 3 (23.5%) unerupted second permanent molars that were disturbed after surgery (T2). These occurred in 2 patients who averaged 4.58 years and were on primary dentition at the time of surgery. After distraction, inter-dental spaces could be seen in-between permanent molars in most patients operated in the primary and mixed (Fig.8). It was possible to evaluate only 5 third molars. Two had extreme tooth germ displacement. One had anterior and one had posterior or distal movement (Fig.8). Three third molars tooth germs were completely disrupted. Cephalometric radiographic analysis: Molar horizontal and vertical displacements: The changes in molar horizontal and vertical position are shown in TABLE 1. First and second molars axial Inclination: The axial inclination of the first and second molars relative to the horizontal reference plane increased by 3 and 18 degrees respectively (p>0.05). Third molars were not cephalometric evaluated due to small sample size (#5). Discussion Before the introduction of distraction osteogenesis, most patients with severe craniofacial synostosis were treated with either a monobloc or a Le Fort III advancement. The potential disadvantage of this approach is that it requires an acute advancement of the bone segment with increased risk for infection, morbidity and the need for bone grafting and rigid fixation for stabilization The acute advancement, the placement of bone grafts and rigid fixation could increase the risk for tissue disruption around the pterygomaxillary region that could lead to dental damage, especially those molars that are unerupted and in close proximity to the area of the required pterygomaxillary disjunction. Midface distraction osteogenesis after complete monobloc osteotomy allows for gradual and controlled advancement, with less disruption or need for secondary surgical manipulation of the osteotomized segment. Advancement and extreme mobilization of the bone segment is not required in the operating room, eliminating the need to use disimpaction forceps, which may have a traumatic effect on the maxillary tuberosity and the developing molars contained within it. In this study, changes on the maxillary permanent molars after monobloc advancement with RED were analyzed. Our goal was to investigate if monobloc advancement with RED was a safer surgical protocol concerning preservation and integrity of the maxillary molars, than that reported for conventional Le Fort III and monobloc advancements (Jensen, McCarthy et al. 2007; Santiago, Grayson et al. 2005). Of the 14 patients evaluated in this study, 8 had previous conventional attempt to midface advancement elsewhere prior to distraction osteogenesis. Therefore some of these patients were already missing teeth or had some form of surgical dental injury. In this investigation only viable teeth prior to the distraction process were analyzed (24 first permanent molars, 17 second permanent molars and 5 third molars). Therefore, it should be recognized that the amount of teeth does not correspond to the expected number of teeth if some of the patients had not been previously operated. In addition, third molars buds were not yet developed or visible in 6 patients in primary and mixed dentition at the time of the first evaluation before surgery. Follow up panoramic radiographs (T2 and T3) ranged from 3.72 (T2) to 14.87 months. The dental development in deciduous and mixed dentition was studied for any disruptions in development. It was observed that 14 out of 24 first permanent molars and 13 out of 17 permanent second molars advanced at least one developmental stage during the period of the study. It should be noted that most of the first molars, were fully developed at the time of surgery (Fig.5) and kept their integrity during the follow-up period. Only one first molar out of 24 had arrested crown and root development which corresponds to 4.1% out of 24 teeth. From the 17 second molars analyzed, 3 had developmental disruption after the monobloc advancement with RED. One had sings of arrested crown and root development (Fig.6). In the near future if damage of this tooth is confirmed, 23.5% of permanent second molars viable teeth were affected by surgery and or distraction. This data should be carefully interpreted as 11 second molars were missing prior to the monobloc distraction surgery. Santiago et al. (2005) found that early Le Fort III (around 5 years of age) did not affect first molars eruption in most cases, however, eruption pattern of 82% of the second permanent molars was compromised or disrupted. An obvious clinical improvement is noted when distraction was utilized over the traditional acute advancement. In our sample only 24% of the second molars had post-operative eruption and/or developmental alterations. Although the surgery protocol improved with distraction, refinements are still needed to preserve the integrity of the dentition especially when surgery is performed in deciduous or early mixed dentition. Surgeons need to carefully complete the pterygomaxillary dysjunction and in certain instances assist themselves with endoscopic techniques. This study is in accordance to that of Santiago et al. (2005) where surgical disruption of the teeth occurred mainly in patients under 5 years of age. On the other hand, the observed changes in the second molars may not be totally related to surgical trauma, but to the rapid creation of space. Developing teeth, especially those in stage 2 of development (Fig.1), in which there is minimal root formation, are susceptible to rotation inside the bony dental crypt after new and rapid arch length development. In addition, the observed alterations in second molar development might have been less if all of the patients had not undergone previous attempt for midface advancement with traditional approaches. In this sample 8 of the 14 patients had previous failed traditional midface advancement surgery. The chances for unaffected second molar development after just midface advancement with distraction are likely to be better as it is a less traumatic procedure than traditional acute midface advancement. The impaction observed in one first permanent molar (Fig.7) could be interpreted as a condition exacerbated by surgery and distraction and not the only cause of it. Dental development in craniosynostosis children is nearly always abnormal. The constricted arch makes crowding of maxillary teeth very common, and ectopic eruption of maxillary first molars can occur in up to 47% of Crouzon patients (Gorlin, M. Michael Cohen et al. 2001). Most patients analyzed had no third molars either because of their young age or due to previous surgery. Of the third molars evaluated one had an extreme superior and posterior displacement and the other had a severe anterior rotation (Fig.8). Three had surgical tooth trauma and had complete disruption of the dental germ. Damage of the third molars will continue to be common after monobloc osteotomy due to its crowded position in the most posterior region of the maxillary tuberosity. Although reported in this study, damage to the maxillary third molars is not considered clinically relevant since most of these teeth need to be extracted at the time or after orthodontic treatment. Patients with craniofacial synostosis have severe maxillary hypoplasia and lack of space for the eruption of the most posterior teeth. Monobloc distraction results in gradual maxillary bone lengthening. In this study bone formed in the posterior aspect of the tuberosity and sufficient space was created for the eruption of the first and second molars. The space created could be confirmed by the horizontal average displacement of 10.37 mm (p< 0.05) for first permanent molars and 11.81 mm (p< 0.05) for second permanent molars. The vertical displacement of 2.87 and 4.38 mm of the first and the second permanent molars respectively were not significant (p> 0.05) and it is a reflection of vertical control of the monobloc segment with the RED technique. Previously we have reported on the controlled forward and downward advancement of the whole monobloc segment without creation of an open bite (Figueroa, Polley et al. 2004; Polley and Figueroa 2003). Jensen et al., reported a counter clock rotation of the Le Fort III midface segment. The reason for this unfavorable rotation was due to the pull force applied along the inferior aspect of the Le Fort III segment with the nasofrontal junction acting as a pivot for the skeletal rotation (Jensen, McCarthy et al. 2007) This resulted in lack of vector control and creation of iatrogenic open bite. Other authors (Fearon 2001; Havlik, Seelinger et al. 2004) have reported on this problem and developed various techniques to control this unfavorable rotation. The monobloc advancement with RED with four external points of pull, two superior (supraorbital) and two inferior (attached to a tooth borne intra-oral splint with external traction hooks) as developed by the authors (Figueroa and Polley 2006a, 2006b; Figueroa and Polley 2007; Figueroa, Polley et al. 2001; Polley and Figueroa 1998; Polley, Figueroa et al. 1995) permits excellent horizontal and vertical control throughout the distraction process. This horizontal and vertical control over the mobilized large skeletal segment is one of the main reasons why the authors prefer the monobloc osteotomy to the Le Fort III osteotomy. Although changes in the axial inclinations of the permanent molars were not statistically significant, the average 3 and 18 degree change in the axial inclination of the first and second molars respectively were favorable and clinically relevant. As observed in the cephalometric radiographs, those teeth developed in a more upright and normal position. Spaces created in-between the molars after distraction could also be observed in the panoramic radiographs indicating creation of arch length necessary for a normal eruption pattern of the permanent molars (Fig.8). Furthermore, the eruption process of the permanent molars contributes to the creation of posterior bone and may further enhance the stability of the monobloc procedure (Figueroa, Polley et al. 2004). Although the spaces detected may benefit the eruption of the permanent molars, future investigations could answer if those spaces could benefit the teeth in the middle segment (premolars and permanent canines) where crowding is severe and premolar extraction or transverse expansion is frequently required to relieve middle and anterior arch crowding. The long-term effects of monobloc distraction on the maxillary molars needs further investigation with longer follow-up and a larger sample of patients, especially those in whom only distraction surgery is performed in infancy or in the primary or mixed dentition stages. As distraction has become the treatment of choice over traditional monobloc and Le Fort III advancements in most centers around the world, obtaining larger patient samples without previous surgical damage might be quite feasible in the near future. Conclusions Monobloc advancement with RED did not damage the development of the first permanent molars and affected in various ways 23.5% of the developing and unerupted second permanent molars in the tuberosity region. Severe tooth damage usually occurred in younger patients in the primary dentition under 6 years of age. Radiographic follow-up of maxillary molars is recommended after monobloc distraction. Distraction created posterior spaces with significant horizontal forward displacement of the second and first permanent molars allowing these teeth to clinically improve their axial inclination and eruption. In addition the maxillary molars were carried forward within the advanced monobloc segment with minimal vertical change. The observations from this study indicate that monobloc advancement with RED causes significantly less damage to the unerupted first and second maxillary molars than conventional surgery. Surgeons must exercise extreme caution when performing pterygomaxillary disjunction to avoid direct damage to the developing maxillary molars, especially in younger patients. References Fearon JA. The Le Fort III osteotomy: to distract or not to distract? Plast Reconstr Surg. 2001; 107: 1091-1103; discussion 1104-1106. Figueroa AA, Polley JW, Ko E. Ellen Distraction osteogenesis for treatment of severe cleft maxillary deficiency with the RED technique. 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Havlik RJ, Seelinger MJ, Fashemo DV, Hathaway R. "Cat's cradle" midfacial fixation in distraction osteogenesis after Le Fort III osteotomy. J Craniofac Surg. 2004; 15: 946-952. Jensen JN, McCarthy JG, Grayson BH, Nusbaum AO, Eski M. Bone deposition/generation with LeFort III (midface) distraction. Plast Reconstr Surg. 2007; 119: 298-307. Miyashita K. Contemporary Cephalometric Radiography. Tokyo, Quintessence Publishing CO; 1996. Nolla CA. The development of the permanent teeth. J Dent Child. 1960; 27: 254-266. Ortiz-Monasterio F, del Campo AF, Carrillo A. Advancement of the orbits and the midface in one piece, combined with frontal repositioning, for the correction of Crouzon's deformities. Plast Reconstr Surg. 1978; 61: 507-516. Ortiz-Monasterio F and Fuente-del-Campo A. Reconstructive Surgery for Crouzon's disease and Apert's syndrome. Symposium on diagnosis and treatment of craniofacial anomalies. J. M. Converse, J. G. McCarthy and D. Wood-Smith. New York The C. V. 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List of figure legends Fig. 1 Different stages of normal crown and root development modified from Nolla (Nolla 1960). Stage 5 - fully developed root Stage 4 - partially developed root (> 2/3) Stage 3 - partially developed root (2/3 a 1/2) Stage 2 - fully developed crown Stage 1- partially developed crown Fig. 2 Cephalometric ladmark; OP, BA, S, M1, M1’, M2, M2’. Horizontal (H) and vertical (V) reference lines. Fig. 3 Measurement of vertical and horizontal displacement of the first and second permanent molar; (a) before and (b) after distraction follow-up. Fig. 4 Measurement of first and second permanent molar axial inclination; (a) before and (b) after distraction follow-up. Fig. 5 Follow-up of crown and root development. Advancement in one developmental stage of a second permanent molar in a 10 year old patient. (a) before and (b) after 7 months. Fig. 6 Example of second permanent molar arrestment crown development during the follow-up period. (a) After surgery, (b) 4 months and (c) 8 months. Fig. 7 Impacted first molar (white arrow) and a second molar extreme displacement (black arrow). Fig. 8 Spaces created in-between molars. (a) Before surgery and (b) after distraction (white arrows). Extreme third molars germs displacement. Dashed arrows (a) before surgery and (b) after distraction (black arrows). TABLE 1 Molars Horizontal (mm) First (M1) 10.37** Second (M2) 11.81** *p>0.05 **p<0.05 Vertical (mm) 2.87* 4.38* List of figures Figure 1 Figure 2 Figure 3a Figure 3b Figure 4a Figure 4b Figure 5a Figure 5b Figure 6a Figure 6b Figure 6c Figure 7 Figure 8a Figure 8b Combined maxillary and mandibular distraction osteogenesis (DO) in patients with hemifacial microsomia (HFM) Adriana de A. Cury-Saramago, DDS, MSa Eduardo F. Sant’Anna, DDS, MSb,c Mônica T. de Souza Araújo, DDS, MSb John W. Polley, MDd Alvaro A. Figueroa , DDS, MSd a PhD Fellow Department of Orthodontics, Federal University of Rio de Janeiro School of Dentistry, Rio de Janeiro, Brazil b Associate Professor Department of Orthodontics, Federal University of Rio de Janeiro School of Dentistry, Rio de Janeiro, Brazil c Post Doc Fellow Department of Anatomy of Rush University Medical Center / Rush Craniofacial Center d Co-Director - Rush Craniofacial Center / Department of Plastic and Reconstructive Surgery, Rush University Medical Center, Chicago, Illinois Address for correspondence: Alvaro A. Figueroa, DDS, MS, Rush Craniofacial Center, Rush University Medical Center, 1725 W. Harrison St, Suite 425, Prof BLDG I, Chicago, Ilinois 60612; fax, 312-563-2514; phone: 312-563-3000; e-mail, [email protected] ABSTRACT: This is a retrospective and descriptive study to determine skeletal and soft tissue changes after simultaneous maxillary and mandibular distraction on severe HFM patients. Eigth patients with facial asymmetry associated to HFM (M=4; F=4; Mean age 13yrs 2mos) underwent unilateral combined maxillary and mandibular distraction. A complete Le Fort I maxillary osteotomy and a unilateral horizontal mandibular ramus osteotomy were performed, and an intraoral distractor was placed vertically on the mandibular ramus. After a latency period of 7 days, distraction was performed at a rate of 0.5mm activation twice a day for an average of 22 days. The maxilla and mandible were together through intermaxillary wire fixation during distraction with a consolidation period of 4-6 weeks. All patients had antero-posterior (AP) x-rays and clinical photographs taken before and after distraction. AP cephalometric analyses were used to assess facial asymmetry before and after treatment. A frontal photographic analysis was also conducted. Vertical skeletal asymmetry improved in all patients in AP analyses as demonstrated by the decrease of the nasal floor (6.28o p=0.004), the occlusal (8.28o p=0.003), and the gonial plane angle (8.42o p=0.035), respectively to the original measurements. The ratio of affected/non-affected ramus height improved from 78.12% to 93.06% (p=0.027) and the gonial height from 65.85% to 86.61%(p=0.042). These findings demonstrated more parallelism among the horizontal planes and an increase of the ramus height. The frontal photographic analyses revealed that the chin position (p=0.004) moved to the non-affected side and the nasal plane (p=0.005) improved. Combined maxillary and mandibular distraction improved facial balance and symmetry while maintaining the patient’s preexisting functional dental occlusion. However, due to the severity of the patient sample, ideal results were not achieved and additional distraction and/or orthognatic surgical procedures will be required in 6 of the 8 patients. Keywords: maxillary and mandibular distraction, hemifacial microsomia, asymmetry. INTRODUCTION HFM is the second most common facial birth defect after cleft lip and palate (Kaban, Mulliken et al., 1981; Murray, Kaban et al., 1984; Molina e Ortiz Monasterio, 1995) and occurs from 1:3500 (Poswillo, 1974) to 1:5600 (Grabb, 1965) live births. The term hemifacial microsomia (HFM) refers to a variable, progressive, and asymmetric congenital craniofacial deformity (Kearns, Padwa et al., 2000). It has been recognized that HFM can be part of a broader and variable phenotypic spectrum known as oculoauriculovertebral dysplasia (Gorlin, M. Michael Cohen et al., 2001) but always involves mandible and ear malformations (Chow, Lee et al., 2008) (Gorlin, M. Michael Cohen et al., 2001). In this group of hipoplasias the mandibular deficiency may be associated with microtia, macrostomia, facial asymmetry and deviation of the chin to the affected side. The unilateral deficiency in mandibular growth alters symmetrical vertical growth of the maxilla and may also alter the position of the orbit (Molina e Ortiz Monasterio, 1995). In this way, the lower half of one side of the face is underdeveloped, including the skeletal, neural, muscular and the soft tissues envelope of the first and the second branchial arches (Troulis, 2006). The skeletal deformities of HFM are classified according to the anatomy of the mandibular ramus and TMJ (Figueroa e Pruzansky, 1982); (Murray, Kaban et al., 1984). A type I skeletal deformity consists of a normally shaped but small mandible and TMJ with all structures present. A type II consists of a small and abnormally shaped mandibular ramus and TMJ. Type III HFM patient’s shows a complete absence of the mandibular ramus and TMJ. Facial asymmetry is one of the main indications for orthognathic surgery. Conventionally, skeletal malformations are corrected using autogenous bone grafts to increase the volume and size of hypoplastic bone (Yamauchi e Takahashi, 2006). Recently, in patients with hemifacial microsomia, distraction osteogenesis has become an acceptable treatment modality for correcting facial asymmetry (Chow, Lee et al., 2008). Mandibular elongation by gradual distraction can be done at any age and this is one of the main advantages of the DO (Ortiz Monasterio, Molina et al., 1997). However, changes in mandibular shape result in severe alterations in dental occlusion, open bite on the affected side and normally requires complex orthodontic treatment over a long period. In children, with mild asymmetry, the maxillary position and occlusal relationship can be managed postoperatively, such as by using a bite block or elastics on the affected side and overcorrection (Jansma, Bierman et al., 2004). In adult patients, in the maxillomandibular complex, it is difficult to acquire facial symmetry and satisfactory occlusion. To avoid this problem, combined maxillary and mandibular distraction was introduced by Ortiz Monasterio, Molina et al. An incomplete Le Fort I is done simultaneously with mandibular corticotomy and combined maxillofacial distraction is initiated after intermaxillary fixation with wires (Ortiz Monasterio, Molina et al., 1997). The procedure is indicated in hemifacial microsomia types I and II when, at least, a small ascending ramus is present (Ortiz Monasterio, Molina et al., 1997). The purpose of this study was to determine skeletal and soft tissue changes after simultaneous maxillary and mandibular distraction of 8 hemifacial microsomia patients. PATIENTS AND METHODS Eight type II hemifacial microssomia patients (four male and four female) with a mean age 13 years 2 months underwent combined maxillary and mandibular distraction (Figueroa e Pruzansky, 1982) at Rush Craniofacial Center, Chicago, Illinois. All patients had antero-posterior (AP) x-rays and clinical photographs taken before and after distraction in a standard manner. Facial asymmetry was measured with anteroposterior (AP) cephalometrics and soft tissue frontal analysis. Radiographs and photographs were hand traced by the same investigator. Each measurement was repeated three times, and the mean was recorded for data comparison. The reproducibility of measurements was determined by Dahlberg’s double determination method. Surgical Procedures Under general anesthesia with nasotracheal intubation, an incision was made along the upper buccal sulcus and was extended to the first molar on both sides. By subperiosteal dissection, the anterior and lateral aspects of the maxilla were exposed to the level of the pterygomaxillary junction. The nasal spine was exposed, and the subperiosteal undermining was extended along the floor and the lateral walls of the nose. With a reciprocating saw, a complete horizontal Le Fort I osteotomy was made on the maxilla at the level of the nasal floor. In contrast to the original OrtizMonasterio method (Ortiz Monasterio, Molina et al., 1997), the pterigomaxillary junction was freed with a curved chisel on both side, and not only on the affected side. Rowe forceps were used to assess the completeness of the osteotomy, but no attempt was made to mobilize the midface. The non-affected maxilla side was secured with a surgical wire, as a hinge that acted as pivot point where the maxilla affected side rotated (Figure IA and IB). Access to the body of the mandible, for the required mandibular osteotomy and placement of the distractor, was obtained through a 5 cm intraoral incision through the inferior buccal sulcus on the affected mandibular side at the level of the ascending ramus. The periosteum was elevated, exposing the bone from its anterior edge behind the last molar to the gonial angle and the surrounding area. The planned bone cut was marked and partially completed with a reciprocating saw with an appropriate size blade. The orientation of the line of the corticotomy and the position of the expander device determined the direction of distraction. Care was taken to avoid tooth buds, as well as the inferior alveolar neurovascular bundle. Semi-buried distraction devices (KLS L.P. Zurich Distractor, Cloverleaf Plate, 15 mm, Martin - Jacksonville, Florida) was positioned adjacent to the bone in the planned direction and were fixed to the mandible using self-tapping 1.5 wide and 5-7 mm long screws to secure the footplates of the device above and below the line of osteotomy. The activating arm, from the semi-buried device, was placed externally through a small incision posterior to the mandibular angle and not intraorally. The osteotomy was than verified by opening the distractor. Before wound closure, the device was deactivated again. The wound was closed in layers with absorbable sutures in the deep layers and nylon skin sutures in an interrupted fashion. Rigid intermaxillary fixation using soft wires was performed. The extent of the bone elongation, as well as the vector of the distraction forces, was determined according to the severity of the deformity. The mandible was maintained in fixation for 7 days (latency period) after the surgery and the nylon sutures were removed. Following this period, the device was lengthened serially 0.5 mm per day, twice a day, for 22 consecutive days by turning the bolt at the end of the device. Activation of the mandibular distractor resulted in both vertical and horizontal elongation of the mandibular affected ramus and maxilla. The patient’s original occlusion was preserved through intermaxillary wire fixation during distraction. After 22 days, during the consolidation period of 4-6 weeks, wires were replaced with the use of 5/16” heavy elastic. The distraction device and pin were left in place for 6 months. Cephalometric AP Analysis Seven bilateral and five unilateral hard tissue landmarks were identified in the anteroposterior cephalograms: Bilateral Lo (Latero-orbitale), point of intersection between the lateral orbital contour and linea innominata; Co (Condillion), external lateral marginal portion of the condilar head; NF (Nasal cavity at wide point), lateral most point on inside surface of the bony nasal cavity – Robert M. Ricketts - 1989; J (Jugal process), point on the jugal process of the maxilla at a crossing with the tuberosity of the maxilla Robert M. Ricketts - 1989; um (Maxillary molar), the most prominent lateral point on the buccal surface of the second deciduous or first maxillary permanent molars - Athanasios E. Athanasiou 1992; lm (mandibular molar), the most prominent lateral point on the buccal surface of the second deciduous or first mandibular permanent molars - Athanasios E. Athanasiou 1992; Go (Gonion) (Miyashita, 1996). Unilateral CG (Crista galli), neck of crista galli, most constricted point of the projection of the perpendicular lamina of the ethmoid (almost at the level of planum) - Viken Sassouni 1960; tns (Top of the nasal septum), the highest point onto the superior aspect of the nasal septum – Athanasios E. Athanasiou 1992; ANS (Anterior nasal spine), tip of anterior nasal spine just below the nasal cavity and above the hard palate – Carl F. Gugino 1977; isf (Incision superior frontale), the midpoint between the maxillary central at the level of the incisal edges - Athanasios E. Athanasiou 1992; Me (Menton) (Miyashita, 1996). Two reference lines were drawn: HL (horizontal line), line connecting the right latero-orbitale to the left latero-orbitale points and VL (vertical line), line perpendicular to the horizontal line through crista galli. Five vertical and 3 horizontal angle measurements were traced in the anteroposterior cephalograms (Figure II): 5 vertical angle measurements: HL-CoCo (bicondilar angle plane), angle between the horizontal reference line and the bicondilar plane; HL-NFNF (nasal floor angle plane), angle between the horizontal reference line and the nasal floor plane; HL-JJ (maxillary jugal angle plane), angle between the horizontal reference line and the maxillary jugal; HL-ocl (occlusal angle plane), angle between the horizontal reference line and the occlusal plane; HL-GoGo (gonial angle plane), angle between the horizontal reference line and the gonial plane. 3 horizontal angle measurements: VL-isf (superior midline), angle between the vertical reference line and the superior midline; VL-Me (mental line), angle between the vertical reference line and the mental line; Cg-tns-ANS (nasal septum deviation), angle between the vertical reference line and the nasal septum. Two ratios were calculated from the anteroposterior cephalograms to compare affected versus non-affected gonial and ramus height (Figure III): H-Go/H-Go (gonial height ratio): ratio between the linear perpendicular distance from the horizontal reference line to the non-affected Go point; and the linear perpendicular distance from the horizontal reference line to the affected Go point. CoGo/CoGo (ramus height ratio): ratio between the linear perpendicular distance from the non-affected Co point to the non-affected Go point; and the linear perpendicular distance from the affected Co point to the Go affected point. Photographic Facial Analysis Three bilateral soft tissues landmarks were identified in the frontal photographs: en (endocanthion), inner comissure of the eye fissure; sbal (subalare), lower limit of each alar base; ch (cheilion) point at each labial comissure, and pog unilateral soft tissue landmark (pogonion), most anterior midpoint of the chin. Two reference lines were traced in the frontal photographs: HL (horizontal line), line connecting the right endochantion to the left endochantion points; and VL (vertical line), line perpendicular to the horizontal line in the middle of the distance between endochantion points. Two vertical angle measurements were traced in the frontal photographs: HL-sbalsbal (nasal base angle plane), angle between the horizontal reference line and the nasal base plane; HL-chch (labial comissure angle plane), angle between the horizontal reference line and the labial comissure plane; and 1 horizontal angle measurement: VL-pog (chin point), angle between the vertical reference line and the chin point (Figure IV). Paired t tests were used to examine the difference between preoperative time (T1) and postoperative time, after 6 months of surgery (T2), for each measurement (SPSS 11.0 software). RESULTS Changes for each variable are shown in Tables I and II. Clinical photographs and panoramic x-rays before and after combined maxillary and mandibular distraction in a teenager patient from the study are shown in Figures V, VI and VII. DISCUSSION Reconstruction of the mandible in patients, especially when it is associated with soft-tissue deficiency, is one of the most challenging problems in craniofacial surgery. Numerous surgical procedures have been advocated to correct facial deformity in HFM patients, including chondrocostal grafts, mandibular osteotomies combined with bone grafts and maxillary osteotomies, done at early age or after permanent dentition completed (Kaban, Moses et al., 1988; Mccarthy, Schreiber et al., 1992; Molina e Ortiz Monasterio, 1995). The results are often unpredictable, however, because undesirable remodeling of the graft can decrease the volume and strength of the reconstructed area. In addition, the grafting technique is limited in terms of volume and causes morbidity at the donor site. Conventional orthognathic surgery, such as maxillary impaction on the unaffected side, is usually performed with mandibular osteotomy. The large amount of movement causes a high risk of relapse, and intraoperative and postoperative bleeding sometimes complicate the maxillary impaction procedure (Yamauchi e Takahashi, 2006). Distraction osteogenesis has led to great advances in the treatment of craniomaxillofacial deformities in the last 10 years. Its success is related to the fact that it uses the body’s own healing mechanisms to produce new bone. This eliminates the use of autografts procedures, thus decreasing morbidity (Figueroa, 2002). In this study, vertical change measurements improved in all patients as were demonstrated by the statistically significant decrease of the nasal floor (p=0.004), maxillary jugal (p=0.008), occlusal (p=0.003) and gonial angles (p= 0.035) towards a more symmetrical face. Horizontal change measurements were improved but, with the exception of mental line measurement, were not statistically significant. This could be explained by the fact that superior midline and nasal septum deviation did not changed dramatically because the maxilla followed a more vertical and downward rotational movement. The maxillary bone pivoted on the surgical wire hinge located on the non-affected side. This hinge limited any displacement of the maxilla laterally towards the non-affected side. On the other hand, expansion of the semi-buried distractor and lengthening of the mandible on the affected side had, frequently, a major correction on chin deviation (mental point). The ratio of affected/non-affected ramus height improved from 78.12% to 93.06% and the gonial height from 65.85% to 86.61%. These findings were also demonstrated by more parallelism among the horizontal planes. Unfortunately, total symmetry was not achieved. The combined maxillary and mandibular distraction made, mainly, the correction of the chin deviation and the canting of the occlusal plane possible. However, achieving facial symmetry, especially in the gonial region, were not fully accomplished. This was not surprising, since it is geometrically impossible to produce mandibular symmetry by performing a single unilateral mandibular distraction. Normally HFM type II or III require multiple surgical interventions. Facial asymmetry in hemifacial microsomia results from shortness of the skeleton and soft tissues. Facial measurements were taken from photographs done in the same studio, with standardized light apparatus, position and distance of the head from the camera. The frontal photographic analyses revealed that the chin position moved to the non-affected side, the labial commisure leveled and the mandibular border contour improved though, not achieving full correction. In this study, the lack of soft tissues and severely hypoplastic muscles of mastication made the correction of HFM asymmetry an enormous, if not impossible, challenge. To minimize facial asymmetry, series of surgical interventions are normally necessary. Microvascular dermis-fat grafts produce excellent results to restore the soft-tissue facial volume (Inigo, Rojo et al., 1993; Inigo, Jimenez-Murat et al., 2000). In this study, patients underwent surgery with semi-buried distractor which led to minimum scar on the face of the patient when compared to distraction done with external distractor. Furthermore, pins holding external distractor also tend to loosen after six weeks. The internal or semi-buried devices can be left in situ for months (sometimes six or more months) until one is certain that the bone has consolidated. Depending on the design, semi-buried devices can be removed in the office. The activating arm of the device can be either intraoral or external (Figueroa, 2002). This type of distractor is also more rigid keeping bone segments more stable, separating the bone at a constant rate and in the desired plane of distraction (Figueroa, 2002). There is much debate about the timing of surgery in the growing child with HFM and the advent of distraction has added to the confusion. The rational for these two different approaches is based on conflicting studies regarding the progression of the deformity. One recommends early intervention to prevent the progression of the mandibular and maxillary deformity (Kaban, Moses et al., 1988) in the growing child. It is based on the premise that deformity, if left untreated, worsens over time. The second approach delays intervention until the completion of growth. It is based on the premise that the deformity, if left untreated, remains stable over time (Rune, Selvik et al., 1981) (Polley, Figueroa et al., 1997). The severity of hemifacial microsomia varies widely and that is what dictates the timing and the treatment plan for patients with the deformity. In our study, two patients had surgery in the primary and early mixed dentition to minimize the deformity and the psycological problems associated with a distorted body image. The early surgery was performed with fully accomplishment of the parents that were aware that several procedures would be required as growths proceeds. Although we could observe an improvement on the facial balance of those children, control of the occlusion was challenging due to lack of compliance with elastics and also the limitations of the appliances designed. The authors observed that the most successful cases treated were from young adults, with full permanent dentition, that had braces previously to surgery to align and level the arches. However, due to the severity of the patient sample, ideal results were not achieved and additional distraction and/or orthognatic surgical procedures will be required in 6 of the 8 patients. In this study, craniofacial changes after DO were measured with AP radiographs. Landmarks identification was difficult sometimes because of size, shape distortion, superimposition of structures, and variability in patient anatomy. Both superimposition and magnifications errors, no matter how small, can cause inaccurate assessments with traditional radiography. With cone-beam computed tomography, we can now eliminate image superimposition and make exact scale measurements in 3 dimensions (Trahar, Sheffield et al., 2003; Chow, Lee et al., 2008). As with all clinical studies, the small sample size in this research made it difficult to draw conclusions and make generalizations. However, other HFM studies have also used similar (Cho, Shin et al., 2001) or even smaller sample sizes (Tehranchi e Behnia, 2000; Yamauchi e Takahashi, 2006) to study the effects of combined maxillary mandibular distraction technique. The limitation is directly related to have a number of HFM patients (remember 1 out 5600 live birth) that also fit the criteria for combined maxillary and mandibular distraction. In other words, the non-affected side should have normal to inadequate tooth show in other to not have, after treatment, a vertical excess of the maxillary bone that would produce a gummy smile. In the future, by enrolling more patients and having a longitudinal study, the power of this technique could be greatly improved. CONCLUSION - Combined maxillary and mandibular distraction improved facial balance, occlusion and symmetry in all HFM patients; - In none of the patients it was necessary to correct an open bite on the affected side after distraction; - Patients in permanent dentition and under orthodontic treatment respond better to this approach; - Due to the severity of the patient deformity and length limitations of the internal distractors, it may be necessary to repeat the procedure to obtain the desired goals; -Additional surgery (genioplasty, mandibular advancement, bi-maxillary procedures and soft tissue enhancement) will be needed to obtain ideal facial balance and symmetry in 6 out of 8 patients. Acknowledgements Dr. Cury-Saramago, Dr. Sant’Anna and Dr. Araújo are recipients of scholarships from Capes Agency and grant from FAPERJ, Brazil. Figures Figure I (A) Schematic representation of surgical plan. Complete maxillary Le Fort I (dotted line), unilateral horizontal ramus osteotomy. Mandibular buried single vector distractor. Intermaxillary wire fixation during DO acting as a hinge (contralateral side); (B) Schematic representation of surgical outcome. There are vertical bone formation between osteotomies, downward and medial rotation of the maxilla and mandible, leveling of the occlusal plane and restoration of symmetry. A B Figure II (A)Vertical change measurements: 1- HL-CoCo Bicondilar Plane B; 2- HLNFNF Nasal floor plane; 3- HL- JJ Maxillary Jugal Plane; 4- HL–Occlusal Plane; 5HL-GoGo Gonial Plane. (B) VL-isf Superior Midline; VL-Me Mental Line; Cg-tns ANS Nasal Septum Deviation. A Figure III Ratio of height Co-Go/Co-Go: B affected versus non-affected gonial HL-Go/HL-Go and ramus Figure IV Vertical and horizontal change measurements: 1- HL-sbalsbal Nasal Base Plane; 2- HL-chch Labial Commisure Plane; 3- VL-pog Vertical Line Chin Point Figure V (A) Pre and Pos (B) combined maxillary mandibular distraction – Frontal photographs of a 14 years old teenager with left HFM and marked maxillary, mandibular and labial comissure plane asymmetry. Note improvement of chin position, comissure cant, elongation of the affected side. However another surgical procedures will be necessary to correct facial symmetry. Figure VI Pre (A, B and C) and Pos (D, E and F) after combined maxillary and mandibular distraction - Lateral and frontal intraoral view shows the cant of the occlusal plane. The occlusion was more leveled after distraction. Figure VII Pre (A) and Pos (B) panoramic x-rays after combined maxillary and mandibular and distraction. Occlusal cant was improved after orthodontics and surgery leveling. Note a significant gain of bone in the affected mandibular ramus. Tables Table I: mean angular measurements and ratios on anteroposterior cephalometric and statistical analysis. Parameter T1 T2 Difference Vertical angle Vertical changes Bicondilar plane Nasal plane t test HL-CoCo floor HL-NFNF 3.4o 2.1o 1.3o 0.056 14.28o 8.00o 6.28o 0.004** Maxillary Jugal plane HL-JJ 11.85o 3.00o 8.85o 0.008** Occlusal plane HL- 12.71o 4.42o 8.28o 0.003** Gonial plane HL- GoGo 12.42o 4.00o 8.42o 0.035* Horizontal angle Horizontal changes Superior midline VL-isf 5.7o 3.9o 1.8o 0.030 Mental line VL-Me 5.0o 2.5o 2.5o 0.004** Nasal septum deviation Cg-tnsANS o 14.71 o 11.14 Affected/nonaffected o 3.57 0.058 Proportion changes Gonial height HL-Go HL-Go 78.12% 93.06% -14.94 0.027* Ramus height ** (p<0.01) * (p<0.05) 65.85% 86.61% -20.76 0.042* Co-Go Co-Go Table II: mean angular measurements on frontal photographs and statistical analysis. Parameter Horizontal angle Vertical line VL-pog – chin point Vertical angle Nasal base HLplane sbalsbal Labial HL-chch comissure plane ** (p<0.01) * (p<0.05) T1 T2 3.14o Difference Horizontal changes 4.00o 7.14o t test 0.004** 6.71o 3.36o Vertical changes 3.36o 0.005** 8.29o 5.92o 2.35o 0.73 References Cho, B. C., D. P. Shin, et al. Bimaxillary osteodistraction for the treatment of facial asymmetry in adults. Br J Plast Surg, v.54, n.6, Sep, p.491-8. 2001. Chow, A., H. F. Lee, et al. Cephalometric evaluation of the craniofacial complex in patients treated with an intraoral distraction osteogenesis device: a long-term study. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.134, n.6, Dec, p.724-31. 2008. Figueroa, A. A. e S. Pruzansky. The external ear, mandible and other components of hemifacial microsomia. J Maxillofac Surg, v.10, n.4, Nov, p.200-11. 1982. Figueroa, A. A. A. P., John W. Mandibular Distraction Osteogenesis. Op. Tech. Otolaryn. Head Neck Surg., v.13, n.1, 2002, p.17-28. 2002. 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O uso de computadores para guiar cirurgias pré-simuladas, a introdução e aprimoramento de tecnologias cirúrgicas e ortodônticas e ainda a existência de alternativas cirúrgicas para tratar um mesmo problema (Bell, 2007), são advindas dos esforços do time multidisciplinar envolvido. O conhecimento dos padrões de crescimento de pacientes com malformações craniofaciais fornece informações para o planejamento do ritmo, da direção e da quantidade possível de movimentação das estruturas envolvidas (Figueroa e Friede, 2000; Kearns, Padwa et al., 2000). Entretanto as controvérsias a respeito do tratamento desses pacientes são originárias do ainda incompleto conhecimento sobre etiologia, patogênese e efeitos longitudinais dos tratamentos aceitos. A variabilidade - característica principal dos que apresentam malformações - interfere no acesso às informações, já que está relacionada às estruturas anatômicas envolvidas, severidade da condição, etiologia e reação individual ao tratamento (Prahl-Andersen, 2005). As malformações craniofaciais mais encontradas são as fendas labiais e/ou palatais, seguidas das que envolvem a mandíbula (microssomia hemifacial), a face média e a abóbada craniana (craniossinostoses) (Prahl-Andersen, 2005). Nestes casos é de responsabilidade do cirurgião craniofacial e do ortodontista a determinação da melhor opção de tratamento. Isto inclui os achados clínicos, radiográficos e as demandas pscicossociais do paciente (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999), pois muitos têm capacidade mental normal. Deste modo, o papel do ortodontista não se restringe à instalação de aparelhos tradicionais, de splints intra-orais de ancoragem e do tratamento ortodôntico pré e pós-cirúrgico. A DO frequentemente não é utilizada pela falta de experiência. Também são carentes ainda as padronizações de protocolos e os trabalhos com base em evidências (Prahl-Andersen, 2005), embora alguns autores desenvolveram protocolos cirúrgicos craniofaciais gerais de tratamento. Nos pacientes com idades até os dois anos, a DO mandibular (Hollier, Kim et al., 1999; Mccarthy, Stelnicki et al., 1999; Troulis, 2006) e maxilar, em pacientes com fenda labial e/ou palatina (Bell, 2007) não costumam ser aplicadas. A cirurgia precoce seria a reparadora dos tecidos moles (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999; Troulis, 2006; Bell, 2007), nas alterações diferenciais (assimetria) da posição das cartilagens, músculos, mucosa, gengiva e pele; no fechamento de fendas labial e/ou palatina (Bell, 2007) e na remoção de tags pré-auriculares (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999; Troulis, 2006). Também são realizados procedimentos de remodelamento no crânio de pacientes portadores de craniossinostoses (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999; Troulis, 2006). Evita-se a cirurgia ortognática e a DO pela possibilidade de injúrias aos dentes em formação, particularmente os permanentes (Santiago, Grayson et al., 2005; Jensen, Mccarthy et al., 2007); pela insuficiência de maturidade óssea para a manutenção satisfatória do distrator fixo (soft bone stock) (Figueroa, 2006b; a; Troulis, 2006); e por ser uma experiência traumática. Para alguns, o risco cirúrgico (Hollier, Kim et al., 1999) não ultrapassa os benefícios, mesmo naqueles que necessitam traqueostomia (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999; Troulis, 2006), enquanto outros a indicam nestes casos mais severos (Williams, Maull et al., 1999; Burstein e Williams, 2005; Bell, 2007). Crianças entre dois e seis anos, com HFM tipo I suaves, poderiam ser tratadas com a DO. Contudo o tratamento ortodôntico para a manutenção do nível do plano oclusal e o preparo para as futuras osteotomias pode ser suficiente (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999; Troulis, 2006). Nos que apresentam HFM tipo I mais severas ou qualquer tipo II, tendo associada apnéia obstrutiva do sono ou traqueostomia, a possibilidade é mais real. Crianças portadoras do tipo III são inicialmente tratadas por volta dos 3-4 anos, com enxerto costocondral para o aumento do comprimento mandibular, reconstrução do côndilo e formação de pseudo-artrose com a fossa glenóide. Quando a fossa está ausente pode-se construir uma espécie de fossa glenóide com enxerto de costela fixado ao arco zigomático. Em segundo estágio, com um mínimo de seis meses após removida a fixação, o enxerto poderá ser alongado através da DO (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999). Os pais deverão saber que haverá necessidade de uma provável DO após o crescimento puberal. Nos pacientes com hipoplasia severa da face média a DO deverá ser evitada, pelos mesmos motivos descritos para as idades mais precoces. Entre os seis anos e a adolescência, durante o período da dentição mista, o tratamento ortodôntico promove crescimento do osso alveolar afetado e facilita a erupção dentária. A DO mandibular pode ser considerada em pacientes que nunca receberam tratamento cirúrgico e nos que foram tratados com osteotomia e enxerto ósseo (Mccarthy, Stelnicki et al., 1999), incluindo os portadores de HFM com assimetria moderada. É uma fase favorável para o tratamento com a DO mandibular unilateral, acompanhada da DO maxilar ou não. Nos pacientes com hipoplasia maxilar severa, a mobilização da maxila é freqüentemente difícil através da CO convencional por causa das cicatrizes resultantes das cirurgias prévias e há tendência à recidiva. Quando é realizada DO, parece haver redução desta tendência, mesmo após grandes movimentos esqueléticos, devido ao osso formado na região do espaço resultante da DO (Bell, 2007). Nos pacientes sem crescimento a estratégia de tratamento para a correção tridimensional da HFM depende do tipo esquelético (Troulis, 2006). De qualquer forma é difícil obter simetria facial e oclusão satisfatória. Com a DO do ramo mandibular afetado, as mudanças na forma mandibular alteram drasticamente a oclusão dentária, e provocam mordida aberta do lado afetado. O tratamento ortodôntico longo e complexo é necessário. A cirurgia de DO combinada da maxila e mandíbula promove a estabilidade da oclusão dentária ântero-posterior, freqüentemente satisfatória e previne a abertura da mordida no lado afetado. ARTIGO 2 Três crianças entre 4,15 e 5,31 anos de idade, portadoras de hipoplasia severa da face média e craniossinostoses, foram tratados com o avanço em monobloco com o RED e participaram da pesquisa. A severidade da condição interferiu com a indicação precoce da DO. Nestas crianças foram encontradas as maiores quantidades de dentes permanentes superiores afetados, principalmente os segundos molares. Nos oito pacientes entre 6,0 e 10,83 anos de idade tratados, a quantidade de dentes afetados com a técnica da distração foi proporcionalmente menor do que a ocorrida nas crianças com dentição decídua. Já nos três pacientes entre 14,25 e 21,49 anos de idade, foram encontradas as menores quantidades de dentes permanentes superiores afetados. Os achados deste estudo corroboram os publicados no trabalho de Santiago e colaboradores, mostrando maior tendência de prejuízos de dentes permanentes superiores nos pacientes até 5,0 anos de idade e diminuição desta tendência com o avanço da idade. As observações deste estudo indicam que o avanço com o RED tende a provocar menos danos aos primeiros e segundos molares não irrompidos, se comparado ao tratamento com a cirurgia ortognática Le Fort III (Santiago, Grayson et al., 2005), provavelmente porque são desnecessários: enxerto ósseo na região pterigomaxilar; avanço agudo do segmento osteotomizado e fixação rígida. Não houve danos ao desenvolvimento dos primeiros molares e 23,5% dos segundos molares foram afetados no desenvolvimento e/ou no padrão de erupção. A continuidade do estudo permitirá o acompanhamento da evolução dos dentes analisados e confirmará se estes dentes foram realmente danificados pela cirurgia e/ou pela distração. Dos 14 pacientes tratados, oito haviam sido operados previamente, com avanço da face média através de cirurgia ortognática convencional. Nas radiografias panorâmicas iniciais foram identificadas ausências de alguns dentes e injúrias em outros, o que interferiu com a quantidade de dentes para a análise comparativa dos três tempos radiográficos (24 primeiros molares, 17 segundos molares e cinco terceiros molares). Em adição, a imagem dos terceiros molares ainda não era visível nas radiografias de seis pacientes, sendo compatível com as faixas etárias das crianças. Através da distração surgiram espaços interdentários posteriores e houve deslocamentos horizontais significativos dos molares superiores, permitindo modificação na inclinação axial, favorável à futura erupção dentária. A possibilidade de erupção dos dentes posteriores contribuirá para a criação de osso nesta área e promoverá maior estabilidade ao procedimento. Os pequenos deslocamentos verticais dos molares são conseqüentes do controle vertical do segmento em monobloco com o RED. ARTIGO 3 Oito pacientes portadores de HFM tipo II, com idade média de 13 anos e 2 meses, foram tratados com a cirurgia de DO combinada da maxila e mandíbula e participaram da pesquisa. A severidade da condição, o padrão vertical de crescimento maxilar e os aspectos psicossociais interferiram com a indicação da DO. A preferência dos autores por esta técnica tem como base a maior simplicidade do procedimento: não requer enxerto ósseo, passível de maior sangramento, dor pós-operatória e possibilidade de recidiva após remodelamento ósseo; não requer impacção maxilar do lado não afetado, diminuindo o risco de infecções e sangramentos maiores e é fundamentada na realidade do processo de osteogênese inerente da fisiologia corporal e da histogênese dos tecidos moles envolvidos. As mudanças cefalométricas verticais e a mudança horizontal relacionada ao mento reduziram sobremaneira a assimetria facial de todos os pacientes. As outras mudanças horizontais também contribuíram para a melhoria dos resultados, influenciadas por mudanças mais discretas da linha média dentária superior e do septo nasal. O fato de se fixar a maxila e a mandíbula com um anel de fio cirúrgico no lado não afetado limita o movimento da maxila para este lado e também interfere nos movimentos obtidos. Apesar de todas essas melhoras resultantes, incluindo as medidas das alturas do ramo e gônio afetados, a simetria total não foi obtida. As correções do desvio do mento e da inclinação do plano oclusal foram possíveis através da cirurgia combinada. O mesmo não ocorreu com a região goniana, pois um distrator unilateral e unidirecional foi criteriosamente selecionado para o tratamento. As análises das fotografias faciais corroboraram as melhoras evidenciadas nas telerradiografias. Houve movimentação do mento para o lado não afetado, a comissura labial foi nivelada e o contorno da borda mandibular melhorou, de forma incompleta. A deformidade dos tecidos moles destes pacientes severos torna o prognóstico previsível, e permite o planejamento de cirurgias corriqueiramente necessárias, incluindo cirurgias destinadas à correção dos tecidos moles. Neste estudo os autores puderam perceber que os pacientes que se encontravam na fase da dentição permanente e preparodos com tratamento ortodôntico antes da cirurgia obtiveram os resultados mais positivos. Em ambos os estudos houve esforços na tentativa de padronização dos métodos utilizados, dentro das limitações inerentes dos tratamentos de pacientes especiais. É possível encontrar estudos sobre a distração osteogênica abordados em periódicos de cirurgia plástica e reconstrutiva, cirurgia craniofacial, cirurgia oral, ortodontia, otorrinolaringologia, fonoaudiologia, fendas craniofaciais, pediatria, teratologia, natureza... Desta forma é urgente criar uma colaboração entre todo o time que cuida de pacientes com malformações craniofaciais e aumentar o número de casos para definir protocolos bem elaborados, tais quais os relacionados aos tratamentos das fendas (Prahl-Andersen, 2005; Figueroa, 2006b; a) Referências Bell, W. H., Guerreo, C. A. Distraction Osteogenesis of the Facial Skeleton. Hamilton: BC Decker Inc. 2007. 609 p. Burstein, F. D. e J. K. Williams. Mandibular distraction osteogenesis in Pierre Robin sequence: application of a new internal single-stage resorbable device. Plast Reconstr Surg, v.115, n.1, Jan, p.61-7; discussion 68-9. 2005. Figueroa, A. A. e H. Friede. Craniofacial growth in unoperated craniofacial malformations. Cleft Palate Craniofac J, v.37, n.5, Sep, p.431-2. 2000. Figueroa, A. A., Polley, J.W. Management of severe cleft maxillary deficiency with rigid external distraction. Cleft Lip and Palate, v.Springer, p.485-493. 2006a. ______. Orthodontics in cleft lip and palate management. In: S. J. Mathes (Ed.). Plastic Surgery. Philadelphia: Saunders, 2006b. Orthodontics in cleft lip and palate management., p.271-310 Hamada, T., T. Ono, et al. Mandibular distraction osteogenesis in a skeletal Class II patient with obstructive sleep apnea. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.131, n.3, Mar, p.415-25. 2007. Hollier, L. H., J. H. Kim, et al. Mandibular growth after distraction in patients under 48 months of age. Plast Reconstr Surg, v.103, n.5, Apr, p.1361-70. 1999. Ilizarov, G. A. The tension-stress effect on the genesis and growth of tissues. Part I. The influence of stability of fixation and soft-tissue preservation. Clin Orthop Relat Res, n.238, Jan, p.249-81. 1989a. ______. The tension-stress effect on the genesis and growth of tissues: Part II. The influence of the rate and frequency of distraction. Clin Orthop Relat Res, n.239, Feb, p.263-85. 1989b. Jensen, J. N., J. G. Mccarthy, et al. 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Am J Orthod Dentofacial Orthop, v.119, n.2, Feb, p.102-5. 2001. 6 CONCLUSÃO Após a realização de análises, através de estudos cefalométricos retrospectivos, e apresentação dos resultados de tratamentos, nos quais se utilizou a técnica da Distração Osteogênica concluiu-se que: 6.1 o efeito da osteotomia e avanço da face média em monobloco (com o distrator externo rígido (RED)), sobre os molares permanentes superiores irrompidos e não irrompidos de pacientes sindrômicos, com fendas oro-faciais foi seguro o suficiente para permitir a escolha desta técnica, em detrimento das técnicas cirúrgicas ortognáticas tradicionais; 6.2 a distração combinada da maxila e mandíbula na face de pacientes em crescimento que apresentam microssomia hemifacial resultou na melhoria da harmonia facial em todos os pacientes, porém incompleta e diferenciada de acordo com as estruturas envolvidas. Os pacientes jovens ortodônticos, na fase da dentição permanente, responderam melhor ao tratamento e a oclusão satisfatória de todos os pacientes da amostra foi mantida. Em quase todos haverá a necessidade de cirurgias adicionais. 7 RECOMENDAÇÕES 7.1 realizar estudos prospectivos, provavelmente em centros especializados, onde existe a possibilidade de padronizar todos os passos dos tratamentos e avaliações; 7.2 dividir os pacientes que iniciarão os tratamentos em grupos a serem estudados e avaliados, considerando critérios rígidos de seleção; 7.3 utilizar meios de diagnóstico e avaliação mais sofisticados, e em tempos múltiplos, com o intuito de avaliar os resultados obtidos em um curto e longo período; 7.4 avaliar o padrão de erupção dos caninos e pré-molares de pacientes portadores de hipoplasia maxilar e da face média que receberam tratamento com a distração osteogênica para o alongamento destas estruturas ósseas; 7.5 desenvolver protocolos de tratamento a partir dos resultados futuros dos estudos com base em evidências. 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