Concretismo
Introdução
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O Concretismo foi um movimento vanguardista
que se manifestou inicialmente na Europa,
através da música erudita e das artes plásticas,
com Max Bill (artes plásticas), Pierre Schaeffer
(música) e Vladimir Mayakovsky (poesia).
Manisfesta-se depois, por meio da literatura, cuja
primeira manifestação oficial ocorreu no Brasil. Os
principais nomes da poesia concretista são
Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio
Pignatari. O movimento surgiu na década de 1950
e teve seu auge até a década de 1960.
Contexto Histórico - Europa
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Quando surge o movimento concretista, os países da
Europa começavam a se recuperar da Segunda Guerra
Mundial. Iniciava-se um período de reestruturação
geográfica, política e econômica que dividiu o mundo
em blocos capitalistas, sob a liderança dos Estados
Unidos, e comunistas, guiados pela União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
O movimento surge (oficialmente) na Europa em 1954
e baseia-se na produção e teoria de vários artistas
ligados ao Abstracionismo Geométrico, sobretudo do
designer Max Bill (que trouxe o movimento para o
Brasil), Josef Albers e Bruno Munari. Os artistas tinham
como objetivo aliar os recursos gráficos à arte e
abstrair-se de todo envolvimento com o lirismo e o
sentimentalismo artístico.
Contexto Histórico - Europa
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Dessa forma, os quadros e as poesias apontavam para
as figuras arquitetônicas e esculturais do cotidiano,
além de possuírem diversas possibilidades de leituras
através dos diferentes ângulos visuais.
O Concretismo nas artes plásticas ganha força após a
exposição das obras de Max Bill, vencedor da 1ª Bienal
de Artes de São Paulo, em 1951, e do lançamento do
manifesto Ruptura no ano seguinte.
O Concretismo na música aparece em 1948, com Pierre
Schaeffer Suas composições são criadas com base nas
sucessivas montagens de fitas com sons do cotidiano.
Nos anos 60, o conceito e as tendências do
Abstracionismo Geométrico originam a op art (arte
óptica). O nome mais significativo é o do húngaro,
radicado na França, Victor Vasarely.
Bruno Munari
Josef Albers
Josef Albers
Max Bill
Max Bill
Contexto Histórico - Brasil
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O Brasil passava por uma época de democratização
política e desenvolvimento econômico, que se tornou
intenso durante o governo de Juscelino Kubitschek
(1956-1960). A propaganda oficial prometia um avanço
histórico e promovia a modernização do país. O
desenvolvimento, as grandes realizações, como a
construção de Brasília, e a estabilidade política
contribuíram para criar a atmosfera de otimismo dos
chamados "anos dourados".
A poesia concreta, segundo Philadelpho Menezes,
estava "intimamente associada ao movimento de boom
desenvolvimentista que levanta o país nos anos 50
(…)”. Os grandes e luminosos anúncios publicitários,
por exemplo, foram fonte de inspiração para os
concretistas.
Contexto Histórico - Brasil
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Os poetas concretistas retomam recursos
utilizados na fase heroica do Modernismo,
como a concisão dos versos de Oswald, e
se opõem às formas tradicionais do verso,
que consideram desgastadas - formas
que estavam sendo revalorizadas pelos
adeptos
da
Geração
de
45.
Os
concretistas também se opõem à poesia
lírica, subjetiva e discursiva, de modo
geral.
Contexto Histórico - Brasil
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Eles apresentaram o poema-objeto, construído por
meio de recursos como a disposição não-linear dos
vocábulos na página (ou em outros suportes), o
uso do espaço em branco como produtor de
sentidos e a utilização de elementos visuais e
sonoros.
Por
meio
desses
procedimentos,
procuravam "abolir a tirania do verso" em suas
formas tradicionais, e valorizar o espaço gráfico
como agente estruturador do poema. O poema
concretista é autônomo, ou seja, independente das
sensações subjetivas que inspiraram sua criação
ou que são inspiradas pela sua leitura. No plano
temático, a metalinguagem é o assunto principal
do Concretismo; assim, todos os temas, na
verdade, são metáforas do tema central da própria
poesia.
Contexto Histórico - Brasil
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Nascida oficialmente no Brasil, com a obra dos poetas
Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari, a
poesia concreta também alcançou expressão em países
europeus, no Japão e nos Estados Unidos. Eles realizaram
trabalho decisivo nas áreas de teoria literária e linguística, e
desenvolveram linhas particulares de criação poética.
Na literatura, a primeira edição da revista Noigandres, em
1953, marca a união de Augusto de Campos, Haroldo de
Campos e Décio Pignatari, os criadores da literatura concreta.
[Porém, o primeiro poema concreto, Poetamenos (Augusto de
Campos, 1953) só é publicado na segunda edição da revista,
em 1955.] A revista atende ao propósito da sociedade
capitalista industrial, trazendo aos leitores a comunicação de
forma rápida, imagética. Também marcaram a literatura
concretista no Brasil o Suplemento Literário do Jornal do
Brasil e a revista Tendência.
Contexto Histórico - Brasil
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A partir da I Exposição de Arte Concreta
no Brasil, os artistas brasileiros tiveram
contato com a arte concreta. Formaramse dois grupos de artistas que seguiam,
de maneiras diferentes, esse novo
conceito de arte. Dentre os precursores
da arte concreta no Brasil, expressa nas
artes plásticas, destacam-se Waldemar
Cordeiro, Geraldo de Barros, Ivan Serpa,
Lygia Clark e Judith Lauand.
Ivan Serpa
Ivan Serpa
Judith Lauand
Lygia Clark
Ronaldo Azeredo
José Lino Grunewald
Augusto de Campos
Augusto de Campos
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Augusto de Campos pertence ao grupo de
poetas que não apenas produzem
poemas, mas também teorizam sobre a
poesia.
É um poeta-arquiteto, que demonstra
uma preocupação em construir uma obra
que não seja apenas um veículo para
crenças,
ideais
ou
expressões
sentimentais. O poeta pensa sobre o
modo de apresentação de sua poesia,
considera seus poemas – mais do que um
meio – um fim em si mesmo.
Augusto de Campos - Obras
Augusto de Campos - Obras
Augusto de Campos - Obras
Augusto de Campos - Obras
Augusto de Campos - Obras
Haroldo de Campos
Haroldo de Campos
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Considerado o "mais barroco" dos
concretistas, Haroldo de Campos
tem sua obra poética intimamente
ligada ao movimento. A crença em
uma “crise no verso” o levou ao
experimentalismo, à busca de novas
formas de estruturação e sintaxe,
em curtos poemas-objeto ou longos
poemas em prosa.
Haroldo de Campos - Obras
Haroldo de Campos - Obras
Haroldo de Campos - Obras
Décio Pignatari
Décio Pignatari
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Os poemas de Décio Pignatari têm muito
da linguagem da publicidade e constituem
mesmo uma remontagem de signos
verbais e visuais da era industrial.
Dedicado exclusivamente à poética de
vanguarda e a indagações teóricas sobre
a teoria da informação e dos meios de
comunicação de massa, o poeta colaborou
em jornais e revistas.
Décio Pignatari - Obras
Décio Pignatari - Obras
Décio Pignatari - Obras
Referências Bibliográficas:
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Dicionário
da
Literatura,
5
volumes, COELHO, Jacinto do
Prado (dir.lit.), 3ªedição, Porto,
Figueirinhas, vol.1, 1982, p.193
http://www.itaucultural.org.br
http://www.portalsaofrancisco.com.
br
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Grupo: Carolina Bhering
Jéssica Alves
Lucas Guimarães
Matheus Kneipp
Monique Sabino
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Concretismo - Colégio Santos Anjos