Augusto dos Anjos
(1884/1914)
Foi um poeta brasileiro, pré-modernista.É conhecido como um dos poetas mais
críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por
críticos literários.
Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se
em 1907.Em 1910 casa-se com Ester Fialho.
Seu contato com a leitura, influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão
de mundo.
Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda hoje existe
no Engenho Pau d'Arco.
Seu amigo Órris Soares contou que Augusto dos Anjos costumava compor "de cabeça",
enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma excêntrica, e só depois transcrevia o
poema para o papel.
De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã, Augusto dos Anjos
costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o que fazia sua irmã pensar que era doido.
Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que Augusto dos Anjos
morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja bastante mencionada em seus poemas.
Eu é o único livro de poesia de Augusto dos Anjos, publicado no Rio de Janeiro no ano de 1912.
A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de réplica à idealização dos temas praticados
pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os
parnasianos, utilizando palavras não-poéticas como verme, cuspe, vômito, entre outras. A obra só
possuiu grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a consideram uma obra expressionista,
outros vêem nela características impressionistas, sendo comumente classificada como pertencente
ao pré-modernismo brasileiro. Ele também foi considerado romântico por muitos dos seus críticos
brasileiros pois sua poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais negligentes da época.
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