MÓDULO 3 – SAÚDE MENTAL E ESPIRITUALIDADE
03/out - Tirando a história espiritual do paciente (O questionário FICA do
American College of Physicians)
10/out - Efeitos negativos da religiosidade
17/out – Bem-estar, felicidade e religiosidade
24/out - Crença na vida após a morte e a influência na saúde mental
31/out - Depressão
07/nov - Suicídio
21/nov - Transtornos de Ansiedade
28/nov - Dor
05/dez - Tabagismo / álcool e drogas
12/dez – Confraternização e Encerramento das atividades da AME-SP em
2007
DEPRESSÃO
É a doença mental mais comum e tratável
330 milhões pelo mundo
Apenas 10% recebem tratamento adequado
800.000 suicídios
OMS 2 causa de incapacidade
EUA 10-25% mulher 5-12% no homem prev na vida
5-12% M 2-3% H prev pontual
Idade de início diminuindo
DEPRESSÃO
CRITERIOS DIAGNOSTICOS
Presença de 5 ou mais dos seguinte sintomas presentes 2 semanas
(todos os dias ou quase todos os dias) e que representaram uma alteração
do seu funcionamento anterior;
pelo menos um dos sintomas é humor deprimido ou perda do interesse ou prazer:
Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos
Humor deprimido (tristeza)
Perda ou ganho significativo de peso (apetite) sem estar em dieta
Insônia ou hipersonia
Agitação ou retardo psicomotor
Fadiga ou perda de energia
Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva
Capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se
Pensamento recorrentes de morte, ideação suicida
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
Depressão vs afiliação religiosa
Níveis de envolvimento religioso e depressão
Coping / enfrentamento
Pesquisas experimentais
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
AFILIAÇÃO RELIGIOSA
Judeus
Católicos
Pentecostais
Sem afiliação
JUDAISMO
2-3% nos EUA, no Brasil <1%
Altas taxas de depressão
2x + risco,
NY 1855 idosos 1,4X > que católicos, 4X > outras crenças
Judeus do leste europeu mais vulneraveis
Menos alcool x mais depressão
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
AFILIAÇÃO RELIGIOSA
CATOLICISMO
26% Americanos, 64% Brasil
60 mães e 151 crianças após 10 anos
Mães católicas taxas menores de depressão
Ross 1990 católicos pouco + que protestantes
Outros estudos não encontraram relação
Espíritas 3%
Com escolaridade maior 9%
Com renda superior 8%
RJ 13%
Profissionais liberais 13%
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
AFILIAÇÃO RELIGIOSA
PENTECOSTAIS / FUNDAMENTALISTAS
2-5% EUA
2850 adultos Carolina do Norte
3x> depressão que não pentecostais
>jovens, = adultos e idosos
Explicação:
1 pentecostalismo leva a depressão
2 atrai membros com depressão
3 terceira variável que relacionada a ambas
2. Mais agressiva em converter pessoas com mais risco para depressão
Classe socioeconômica baixa, usuário de drogas e alcool
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
AFILIAÇÃO RELIGIOSA
SEM RELIGIÃO
8% EUA, 7% Brasil
850 homens doentes > scores Hamilton
Negros Homens 17.0 x 11.8 escores CES-D
2956 adultos Ncarolina brancos sem diferença, negros >
EXPLICAÇÕES
Genética,
Estilo de vida,
Sociológicos (renda, emprego)
Exposição a eventos traumáticos (Holocausto, Guerra Mundial
Tipo de práticas (mais envolvimento em algumas religiões?)
Marginalização social (Judeus)
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
MEDIDAS DE ENVOLVIMENTO RELIGIOSO
Frequência ao templo religioso (público, extrínsico)
Frequência de preces (privado, intrínsico)
Importância da religiosidade
Medidas únicas podem mascarar diferentes aspectos
Vários estudos mostram correlação negativa
Preces/rezas aumentam em fases de estresse
Frequência ao templo diminui quando depressão aumenta
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
ATIVIDADE RELIGIOSA ORGANIZADA
85% dos estudos < depressão quanto >frequência ao templo (24 estudos)
Poucos estudos mostraram associação fraca ou não associação (3 estudos)
Mecanismos: suporte social, funcionabilidade física
Estudos longitudinais confirmam achados transversais
8866 Americanos em 7 anos sintomas depressivos foram retardados
ATIVIDADE RELIGIOSA NÃO ORGANIZADA
Preces em casa, leitura, escutar ou assistir programas
Relação inversa, mas mais fraca, alguns estudos relação positiva ou ausente
Efeito isolamento social, menor poder da prece? Menos concentração?
Envolvimento mais passivo? (radio, TV),
Envolvimento mais cognitivo, menos emocional?
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
MOTIVAÇÃO RELIGIOSA
Múltiplos itens, relação fraca ou ausente
Único item, relação presente
Considerar religião importante
Motivação Extrínsica (prestígio social, afirmação, poder)
correlaciona positivamente, + depressão
Motivação Intrínsica (satisfação pessoal, preenchimento, bem-estar)
correlaciona negativamente, menos depressão
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
CRENÇAS RELIGIOSAS
Acreditar em Deus, Jesus com filho divino de Deus, vida após a morte
Levam a menos depressão (96% acreditam em Deus, 90% acreditam no céu
Acreditar na Bíblia, Céu e inferno não houve relação
Acreditar em Deus como agente punitivo, forças demoníacas correlação positiva
CRENÇA NA VIDA APÓS A MORTE E SAÚDE MENTAL
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
ENFRENTAMENTO RELIGIOSO
Koenig : 3-item index para Coping religioso
Correlação inversa mais forte para sintomas cognitivos da depressão que somáticos
Detém a depressão, impede piora, melhor adaptação
Pargament, Koenig 22 aspectos de coping religioso, eventos de vida traumáticos
Aspectos como ver Deus como benevolente, procurar suporte junto ao líder religioso
e membros, trabalhar junto com Deus, correlação negativa
Aspectos como Deus punitivo, influência demoníaca,
insatisfação com a sua própria religião, expectativa de intercessão direta de Deus
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
RELIGIÃO COMO MODERADOR DE DEPRESSÃO “STRESS-DEPENDENTE”
Quanto maior o stress a relação religiosidade e depressão aumenta ou diminui?
1902 mulheres, religião (conservadorismo)
não mostrou efeito protetor para depressão
Eventos de vida traumáticos podem levar pessoas altamente
religiosas maior vulnerabilidade, abuso / violência familiar,
para estressores não familiares o efeito é contrário
(problemas financeiros, saúde, vizinhos, incapacidade)
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
Experiências religiosas direcionadas para facilitação do crescimento espiritual
levam a redução em sintomas?
Igreja Baptista em Barbados
Ritual de 5 dias “mourning”
Exp místicas, dieta, preces, isolamento
Diminuição de sintomas depressivos
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
Experiências religiosas direcionadas para facilitação do crescimento espiritual
levam a redução em sintomas?
Igreja Baptista em Barbados
Ritual de 5 dias “mourning”
Exp místicas, dieta, preces, isolamento
Diminuição de sintomas depressivos
Griffith, 1986
Morris, 1982 estudou peregrinos a Lourdes, França
Avaliação antes, 1mes, 10 meses
Redução significativa de sintomas depressivos,
Depressão leve (Beck 7) para ausência de sintomas
PRECE INTERCESSORIA
O’Laoire, 1997
90 adultos (agentes)
406 pessoas (doentes)
A recebendo prece diretamente
B recebendo prece indiretamente
C não recebeu preces
15 minutos por dia por 12 semanas
Resultados = 3 grupos
Agentes tiveram aumento do seu bem-estar
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
PSICOTERAPIAS RELIGIOSAS
Muçulmanos com distimia, Malásia
Um grupo medicamento + psicoterapia tradicional
Outro grupo adicional terapia religiosa
Leitura do Corão, preces
Maior redução da depressão (3 meses, mas não em 6 meses)
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
PSICOTERAPIAS RELIGIOSAS
Propst 1980, uso de imagens religiosas Cristãs em TCC
Abrevia a remissão, funciona tão bem qto TCC tradicional
Propst 1992 comparou TCC, aconselhamento pastoral, lista de espera
Menos efeito para aconselhamento pastoral
Mc Cullough, 1999
Metaanalisou estudos, mostrou eficácia semelhante
Conclui que se o paciente quiser, pode receber psicoterapia
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
ESTUDOS EXPERIMENTAIS
PRINCÍPIO DA ACOMODAÇÃO
Fazer religiosos estarem mais abertos a psicoterapia, mudança de valor
Fazer tratamentos ter entendimento melhor
Aumentar aderência, satisfação e melhores resultados
DEPRESSÃO e RELIGIOSIDADE
NO ESPIRITISMO
Influência da denominação religiosa
Influência da crença na vida após a morte, reencarnação
Frequência ao centro espírita, reuniões mediúnicas,
Passe, agua fluidificada, cirurgias espirituais, leituras
Metodologia transversal, longitudinal,
Comparativa a outras religiões
Coping religioso
Tratamentos: estudos clínicos
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Interesse ou prazer acentuadamente diminuídos Humor deprimido