CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE – CNEC
FACULDADE CENECISTA DE OSÓRIO - FACOS
NÚCLEO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - NEPE
ORIENTAÇÃO PARA O PROJETO DE EXTENSÃO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
TÍTULO DO PROJETO
REVISTA DIGITAL TEMÁTICA
PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A)
GLEIDYS MEYRE DA SILVA MAIA / FRANCINE BICA
ALUNO(S) PARTICIPANTE(S)
ALUNOS DO CURSO DE LETRAS/ ALUNOS DO CURSO DE COMPUTAÇÃO
PARCEIRO(S)
FACOS
DISCIPLINA(S) ENVOLVIDA(S)
LITERATURA BRASILEIRA / FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SOFTWARE
CURSO(S) ENVOLVIDO(S)
LETRAS / COMPUTAÇÃO
DATA(S) DE INÍCIO E TÉRMINO PREVISTA(S) PARA O PROJETO
INDEFINIDO
ENDEREÇO ELETRÔNICO E TELEFONE DE CONTATO DOS PARTICIPANTES
[email protected]/ [email protected]
INTRODUÇÃO
Por iniciativa da Prof. Gleidys Maia, das disciplinas de Literatura Brasileira, em parceria
com a Prof. Francine Bica, da disciplina Fundamentos de Engenharia de Software, o presente
projeto tem por finalidade estimular a produção textual e a editoração digital de trabalhos dos
alunos do curso de Letras e, trabalhos de alunos da Computação, da disciplina de
Fundamentos de Engenharia de Software, com a elaboração de uma revista digital temática, a
ser publicada em site específico, a ser elaborado.
Trata-se de um empreendimento destinado ao aproveitamento das experiências de sala
de aula e os resultados de trabalhos científicos apresentados à disciplina de Literatura
Brasileira e ao aproveitamento das experiências com engenharia de software. Este projeto
revigora e estimula as atividades disciplinares e interdisciplinares, para fins didáticos e
metodológicos.
OBJETIVO(S)
A) Promover a produção intelectual e teórica em nível de graduação;
B) Divulgar os resultados da análise e produções textuais, através da WEB;
C) Produzir uma revista digital temática de qualidade;
D) Estabelecer relações interdisciplinares, cujo caráter dinamizador estimula a compreensão
holística do conhecimento;
JUSTIFICATIVA
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O processo de produção textual de caráter analítico e teórico não tem sido fecundo
nos espaços universitários, principalmente em nível de graduação, pelos mais diversos
motivos. Um deles é a total desvinculação entre o ensino e a pesquisa. Investigações dessa
ordem implicam em novas metodologias de ensino e novas perspectivas da produção
acadêmica, estabelecendo relações com outras tecnologias de produção textual. Entenda-se
que "hermenautas" são aqui os navegadores pelos mundos do texto, os intérpretes que, qual
marinheiros, tentam descobrir os sentidos profundos não só do texto que lêem, mas do seu
mundo enquanto texto. São heróis em demanda. São hermeneutas no sentido que lha dá a
disciplina hermenêutica, artistas da interpretação, porque interpretar é arte, como aliás
significa na sua fundação: interpretação dos textos sagrados. A formulação de uma
argumentação continuada, fundada em interpretação coerente e consciente, é quase nula,
desviando-se o ensino apenas e só para leitura literal, não se ultrapassando os chamados
conflitos cognitivos, - até porque estes não existem, dado trabalho nulo de investigação (e
provocação) de muitos dos professores responsáveis pela docência do português. Dadas as
potencialidades que a noção de hipertexto suscita, esta pode ajudar a descobrir nos nossos
estudantes um campo ainda pouco explorado de interesses que ligam literatura e teoria da
literatura, ensino da língua a práticas multimediáticas que, no limite, revolucionam totalmente
a noção de gêneros literários clássicos, quaisquer que eles sejam, podendo inclusivamente
falar-se
do
aparecimento
de
um
gênero
totalmente
novo:
a
ciberliteratura.
Consubstancialmente ao aparecimento da ciberliteratura teríamos a oportunidade de refletir
com os nossos alunos sobre o que são as experiências ciberliterárias, promovendo questões
interessantes: o que é a literatura eletrônica, o livro-eletrônico. Que tipo de futuro textual
teremos e que papel irá desempenhar o papel eletrônico no futuro da leitura?
METODOLOGIA
Os trabalhos selecionados foram apresentados inicialmente na forma de revista textual
no formato tradicional e em CD, um exemplar de cada. Após a revisão e seleção desse
material pela orientadora Gleidys Maia, eles serão encaminhados ao curso de Computação,
através da Prof. Orientadora Francine Bica para serem convertidas em hipertextos.
Serão inicialmente apresentadas cinco exemplares de revistas já produzidas e em
produção;
Conceitos
Rede em informática a noção de rede é correlata à noção de hipertexto, porque o conceito de
hipertexto e o seu campo semântico colocam no sistema informático a obrigatoriedade deste
em jeito de rede, cujo centro irradia todo uma serie de relações infinitas. Para Genette rede e
hipertexto são sinônimos dado que na rede coabitam as metáforas da teia, da trama e do
tecido como conectores ou hiperligações. Cf. teia
Teia é contíguo ao conceito de rede. Tem particular importância enquanto designação
corrente daquilo a que Kristeva e Rifaterre denominaram de linguagem aberta. O conceito de
teia remete desde logo para a configuração do próprio sistema informático e da expansão da
world wide web. O sistema de comunicação, na transição do século XIX para o XX, uma radical
revolução do conhecimento: adensam-se durante a Segunda metade do século XX as
explorações que traçaram a passagem da galáxia de Gutenberg para a galáxia de Marconi.
Lexias: Conceito barthiano. Reenvia no domínio do lexema para a criação infinita de
conectores(links). O utilizador da web aproxima-se do criador literário pela criação infindável
de lexias.
Intertexto/Hipertexto: conceitos correlatos. O intertexto, a dimensão intertextual, evolui
do campo literário para os limites das experiências de vanguarda literárias no campo da
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ciberliteratura. A criação intertextual é declarada imputando-se ao conceito de texto toda a
concepção de linguagem caracterizada pela não linearidade, a não seqüencialidade, enfim, a
dispersão textual. A leitura linear é substituída "por uma leitura em travessias e correlações,
em que a página escrita não é mais do que o ponto de intersecção de estratos provindos de
múltiplos horizontes" .A intertextualidade, se quisermos, a hiper-intertextualidade pode ter
como experiências fundadoras os textos de Joyce ou de Ezra Pound, especialmente no The
Cantos, em que a não-linearidade é já um princípio. No seguimento das práticas intertextuais,
o hipertexto é a continuação extremada de todas as experiências de linguagem. O hipertexto
é, em última análise, fato de leitura, de leitura informática de ligações textuais múltiplas.
Desde a aparição da Web acentua-se acima de tudo a gestão do texto em hipertexto, o poder
da linguagem de notação: desde o SGML ao seu derivado HTML (Hyper text Markup Language)
ao mais recente XML (Extensive Markup Language). Nelson o hipertexto evolui hoje de uma
lógica literária para uma forma exponencial: "É uma nova forma de escrita computacional
adentro da qual cada unidade textual pode dar lugar a acessos não seqüenciais", que o mesmo
é dizer que a literatura se expande mesmo em termos semânticos até à bem pouco tempo
difíceis de imaginar.
Interfaces: Ligações em sistema não seqüencial entre links, conectores. Percursos, nós de
manipulação informativa.
Processo Cognitivo: Da psicolingüística. Neurologia. Neurofisiologia. Teoria da Leitura. Teoria
da Comunicação. Psicologia Educacional. Designa o complexo psíquico que desencadeia em
frações de segundo a comunicação entre aparelho nervoso central e a informação exterior
processada para o sistema nervoso periférico. Fala-se de processo cognitivo em termos
comparativos com o sistema processual computacional, querendo-se fazer funcionar todo o
sistema informático à imagem do sistema cerebral humano.
RECURSOS (FÍSICOS, HUMANOS E FINANCEIROS)
Este projeto exigirá o trabalho conjunto dos alunos do Curso de Letras, através da
disciplina de Literatura Brasileira I, de alunos da Computação, através da disciplina de
Engenharia de Software, das Coordenações dos Cursos e do NEPE.
7.1- Serão atribuições dos alunos do curso de Letras:
a) Elaborar revistas literárias temáticas;
b) Efetuar as revisões lingüísticas e gramaticais;
c) Apresentar e divulgar as revistas literárias, na forma textual e em CD;
d) Enviar um exemplar à Biblioteca da Facos.
7.2- Serão atribuições dos alunos do curso de Computação:
a) Transformar o texto em Hipertexto;
b) Elaborar uma revista digital, dinâmica e versátil, a partir de material apresentado pelos
alunos do curso de Letras;
7.3- Serão atribuições da coordenação do projeto e da coordenação do curso:
a)avaliar as produções textuais segundo critério estabelecido;
a) orientar o processo de revisão e produção editorial;
b) solicitar os serviços específicos para a conversão das revistas em hipertexto;
c) solicitar serviços específicos para a publicação na WEB e no site da FACOS;
7.4- Serão atribuições da FACOS/ NEPE:
a) Encaminhar o projeto para fins de execução;
b)
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Fornecer sala disponível para trabalho de conversão com computador ligado à WEB;
c) Fornecer certificado de participação a alunos da Computação, com aproveitamento de 50
horas complementares, por cada revista produzida;
d) Divulgar as obras através do site e serviço de e-mail da FACOS.
RECURSOS FÍSICOS PREVISTOS
01 sala de aula disponível para execução do projeto;
01 computador ligado à rede para execução e divulgação do projeto;
RECURSOS FINANCEIROS PREVISTOS
DATA
DESCRIÇÃO
MAIO
(VALOR R$)
Todos os recursos devem ser redimensionados pelo
aproveitamento de materiais e recursos humanos já
existentes e disponíveis
ATIVIDADE(S) A SEREM DESENVOLVIDA(S)
A) A implementação do projeto iniciará a partir do encaminhamento ao NEPE e sua
aprovação;
B) O processo de implementação do projeto e seu programa de ação possui tempo
indefinido;
C) Ao final de cada ano deverá ser realizada uma avaliação do projeto e sua
abrangência pelas disciplinas envolvidas, pela coordenação do curso de Letras, pela
coordenação do curso de Computação e pelo NEPE;
D) O término do projeto dependerá das avaliações feitas pelos setores envolvidos.
LOCAL
FACOS
DATA
C
H
ATIVIDADE(S)
ABRIL
Encaminhamento de duas revistas já disponíveis
para serem digitalizadas;
FACOS
MAIO
Início da digitalização das revistas literárias;
FACOS
JUNHO/
Publicação e Divulgação das primeiras revistas
digitais
JULHO
FACOS
AGOSTO
Encaminhamento de mais três revistas literárias
produzidas pelos alunos de Literatura Brasileira I
FACOS
SETEMBRO
Digitalização das revistas digitais temáticas;
FACOS
NOVEMBRO
Publicação e divulgação das revistas digitais;
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARTHES, Roland. Aula. São Paulo, Cultrix, 1983.
MELO E CASTRO, E. M. de. Poética dos meios e arte high tech. Lisboa, Vega, 1988.
SANTAELLA, Lucia. Cultura das mídias. São Paulo, Razão Social, 1992.
SCHAFF, Adam. A Sociedade Informática. São Paulo, UNESP, 1990.
VERISSIMO, Érico. Obras Completas.São Paulo, Companhia das Letras, 2004.
20/04/2006
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COORDENADORES DO PROJETO
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COORDENADORAS DOS CURSOS
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