Brincar e aprender com a Parasitologia
Brenda Vitória Weber1
Camila Simon2
Carla Pause2
Jéssica Perinazzo1
Luana Candice Genz Bazana1
Paula Caroline Perassolo2
Vanessa Vesz1
Clarice Brutes Stadlober3
Débora Pedroso3,4
Resumo: A ascaridíase é uma patologia causada pelo verme nematódeo Áscaris lumbricoides,
conhecido popularmente como lombriga. Consiste em uma parasitose cosmopolita, sendo maior a
sua prevalência em países tropicais, como o Brasil. Segundo a OMS, há no mundo cerca de 1,3
bilhões de pessoas infectadas e, dentre estes, as crianças representam o maior percentual de
pacientes. Uma das principais medidas profiláticas da ascaridíase é a educação sanitária e, com base
nesse pressuposto, os acadêmicos do Curso de Biomedicina do IESA – Santos Ângelo, buscaram o
desenvolvimento de uma forma lúdica de apresentar às crianças de cinco a dez anos informações
sobre a parasitose, bem como ensinar as principais maneiras de prevenir a transmissão do verme. O
método escolhido foi o circuito motor, com três diferentes etapas, nos quais as crianças tinham a
possibilidade de aprender através do brincar. Constatou-se que a população infantil teve um
excelente aproveitamento durante a atividade, sendo que, ao final da brincadeira, a grande maioria
mostrou entender as principais características dessa parasitose, bem como de que maneira podem
se proteger da infecção.
Palavras-Chave: Ascaridíase. Áscaris lumbricoides. Ludicidade.
Abstract: The ascariasis is a disease caused by nematode worm Ascaris lumbricoides, popularly
known as worms. It consists of a cosmopolitan parasite, with a higher prevalence in tropical countries
like Brazil. According to WHO, the world's 1.3 billion people infected, and among these, the children
represent the largest percentage of patients. One of the main prophylactic measures of ascariasis and
health education is based on this assumption, the students of the Course of Biomedicine of the IESA St. Angelo, sought to develop a playful way to introduce children to the five to ten years about the
parasites as well as teaching the main ways to prevent transmission of the worm. The method chosen
was the motor circuit, with three different stages, in which children had the opportunity to learn through
play. It was found that the children had an excellent use during activity, and at the end of the game,
showed the vast majority understand the main characteristics of this disease and how they can protect
themselves from infection.
Keywords: Ascariasis. Ascaris lumbricoides. Playfulness.
1
Acadêmicas do 3º semestre do curso de Biomedicina do Instituto Cenecista de Ensino Superior de
Santo Ângelo.
2
Acadêmicas do 7º semestre do curso de Biomedicina do Instituto Cenecista de Ensino Superior de
Santo Ângelo.
3
Prof. Ms - Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo.
4
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Parasitologia – UFPel.
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Introdução
Esse artigo é resultado de uma atividade desenvolvida pelos alunos do Curso de
Biomedicina do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo e traz as
considerações sobre uma estratégia lúdica de promoção da saúde, que objetivou a
construção do conhecimento de crianças a respeito da ascaridíase, parasitose
causada pelo Áscaris lumbricoides.
Essa doença possui como uma das principais estratégias de profilaxia a educação
sanitária e, como na infância são mais facilmente incorporadas as medidas para
uma vida saudável, além do fato desse público ser um dos principais atingidos pela
parasitose, optou-se pela realização de um Circuito Motor, onde os participantes
tiveram a oportunidade de construir conhecimentos através da brincadeira,
facilitando a assimilação de conceitos novos e a inserção dos mesmos no cotidiano.
Ascaridíase: considerações gerais sobre a parasitose
A ascaridíase é uma parasitose geralmente benigna, causada pelo verme Áscaris
lumbricoides, conhecido popularmente como lombriga. Esse parasita é um
nematódeo fusiforme, sem segmentação e com tubo digestivo completo. Sua
reprodução é sexuada, sendo que a fêmea mede cerca de 40 centímetros de
comprimento e é maior que o macho. Os ovos possuem, aproximadamente, 50
micrômetros e são invisíveis a olho nu (MACIEL, 2003; LOPES, 2007).
São parasitas cosmopolitas, cuja maior prevalência ocorre em países tropicais, onde
o clima contribui para o seu desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), existem no mundo, cerca de 1,3 bilhões de pessoas infectadas pela
doença, ou seja, quase um quinto da humanidade. O ser humano é o único
hospedeiro do A.lumbricoides e a transmissão se dá pela ingestão de água ou
alimentos contaminados com ovos infectantes (CAMPOS et al., 2002).
O ser humano infectado libera junto com as fezes, ovos do parasita e, desse modo,
a larva, no interior do ovo, se desenvolve em ambientes quentes e úmidos, como o
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solo por exemplo. No intestino delgado, as larvas são liberadas e alcançam a
corrente sanguínea através da parede intestinal. Posteriormente, infectam o fígado,
onde crescem durante menos de uma semana, entrando novamente nos vasos
sanguíneos, através dos quais migram para os pulmões, realizando o chamado Ciclo
de Loos ou Loefler (COELHO, 2005).
Uma vez nos pulmões, os parasitas invadem os alvéolos e crescem ainda mais,
beneficiados pelos nutrientes e oxigênio, abundantes nesse órgão bem irrigado.
Quando crescem demasiadamente para os alvéolos, as larvas saem dos pulmões e
sobem pelos brônquios, chegando à faringe, onde são majoritariamente deglutidas
pelo tubo digestivo. Passando pelo estômago, atingem o intestino delgado, onde
completam
o desenvolvimento,
tornando-se
adultos.
A forma
adulta
vive
aproximadamente dois anos e, durante esse período, ocorre a cópula e a liberação
dos ovos, que são excretados pelas fezes. Em alguns casos, os vermes podem,
ainda, ser diretamente expectorados pela boca (COELHO, 2005; NEVES, 2005).
A grande maioria dos infectados abriga apenas um pequeno número de parasitas, o
que faz com que boa parte dos casos seja assintomática. O período de incubação
entre a ingestão do ovo e a chegada do parasita adulto ao lúmem intestinal dura
cerca de dois meses. Durante esse período, como já posto, as larvas passam por
vários órgãos, como fígado e pulmões. Normalmente, não há problemas nessa
migração, mas se o número de parasitas for grande, pode haver irritação pulmonar
com hemorragia e hemoptise, além de falta de ar e febre baixa (COELHO, 2005).
Após a chegada ao intestino e a maturação nas formas adultas, os parasitas nutremse com o bolo alimentar e não são invasivos. Nessa etapa, dependendo da carga
parasitária, podem ocorrer alguns sintomas, como náuseas, vômitos, diarreia e
dores abdominais. Nos casos em que existe subnutrição do hospedeiro, os vermes
se alimentam das próprias paredes intestinais, causando hemorragias internas que
podem levar ao óbito (LOPES, 2007).
As complicações mais graves da ascaridíase são raras e predominantes em crianças
com um número considerável de parasitas. Grande quantidade de vermes adultos
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no intestino, por exemplo, podem formar um bolo de parasitas que obstrui a
passagem dos alimentos pelo intestino. Da mesma forma, pode haver obstrução da
faringe, com consequente crise de asfixia. Além disso, a migração dos parasitas
para os ductos biliares, pancreáticos ou para o apêndice, pode resultar em
colecistite, pancreatite ou apendicite. Pode ainda ocorrer a forma errática da
infecção, onde os Áscaris lumbricoides albergam órgãos não naturais da infecção,
causando graves crises hemorrágicas (CAMPOS et al., 2002).
O diagnóstico é feito através do Exame Parasitológico de Fezes pelo método de
Sedimentação Espontânea ou HPJ, a partir da observação microscópica de ovos
nas amostras fecais. Também podem ser usados testes imunológicos ou exames de
imagem, tais como endoscopia, ultrassonografia e raio-x, sendo que, nestes, o
encontro dos parasitas costuma ser acidental (LOPES, 2007).
Os fármacos utilizados no tratamento da ascaridíase são os azólicos, como o
mebendazol e o albendazol. Em casos de obstrução intestinal, o indicado é que,
antes da administração desses medicamentos, seja utilizado piperazina e óleo
mineral. O tratamento deve ser repetido após algumas semanas, para matar larvas
que possam estar migrando e, portanto, serem inacessíveis aos fármacos
administrados por via oral (COELHO, 2005; NEVES, 2005).
As principais formas de profilaxia são: educação sanitária; saneamento básico, com
ênfase para o destino adequado das fezes humanas; tratamento da água usada
para consumo; cuidados higiênicos no preparo dos alimentos, particularmente
verduras; higiene pessoal; combate aos insetos domésticos, uma vez que moscas e
baratas podem veicular os ovos; e tratamento dos infetados (NEVES, 2005).
A ludicidade na Educação em Saúde
A palavra lúdico é proveniente do latim “ludus”, cujo significado é “jogos” e “brincar”.
Por meio da ludicidade as crianças tem a possibilidade de desenvolver algumas
importantes potenciais, como a atenção, a imaginação, a reflexão, a descoberta e a
memória, construindo sua identidade e autonomia. Além disso, pode desenvolver a
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socialização com o grupo, experimentando regras e papéis sociais por meio da
interação (SALOMÃO et al., 2007; LOPES, 2006).
A metodologia lúdica facilita a interpretação e assimilação daquilo que está sendo
ensinado, possibilitando a construção do conhecimento e proporcionando o uso
desse aprendizado para o resto da vida. Nesse sentido, a utilização de jogos e
brincadeiras é uma estratégia ímpar na educação em saúde, pois prendem a
atenção e despertam a curiosidade e o interesse em aprender o que está sendo
transmitido, facilitando o entendimento e a adesão de hábitos saudáveis (SOUZA et
al., 2010). Coscrato et al. salientam que:
(...) o lúdico contempla os critérios para uma aprendizagem efetiva, no
sentido de que chama a atenção para um determinado assunto
(intencionalidade / reciprocidade), seu significado pode ser discutido entre
todos os participantes e o conhecimento gerado a partir da atividade lúdica
pode ser transportado para o campo da realidade, caracterizando a
transcendência (2010, p. 258).
A educação em saúde vai além da transmissão de informações, configurando
combinações de práxis pedagógicas com o objetivo de facilitar a incorporação de
ações conducentes à saúde. Através da ludicidade é possível alcançar esses
objetivos, transformando o aprendizado em comportamentos humanos que previnam
as doenças e que mudem o contexto da saúde coletiva.
Material e Métodos
A atividade aqui relatada foi fruto de um desafio proposto pela professora da
disciplina de Parasitologia, do Curso de Biomedicina do Instituto Cenecista de
Ensino Superior de Santo Ângelo, integrante da Rede CNEC. A professora distribuiu
a turma em grupos de sete integrantes e propôs a realização de uma feira no ginásio
esportivo do colégio da Rede CNEC em setembro de 2011, no turno da tarde. Onde
cada grupo deveria desenvolver uma forma lúdica de ensinar sobre uma parasitose
à crianças da faixa etária cinco a dez anos de quatro escolas municipais e uma
particular.
Uma vez divididos os alunos, os assuntos foram sorteados e coube ao grupo a
realização de atividades envolvendo o Áscaris lumbricoides. Iniciou-se, então, um
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amplo trabalho de pesquisa, onde os educandos buscaram informações em
materiais científicos de meios eletrônicos e em livros da biblioteca da instituição, a
fim de conhecerem profundamente todos os aspectos relacionados ao parasita e à
doença causada por ele.
Após a pesquisa, o grupo reuniu-se com a professora de Parasitologia e com uma
docente da área de Pedagogia, para formulação de uma estratégia de aprendizagem
que estimulasse a construção do conhecimento por parte das crianças e, ao mesmo
tempo, fosse atrativa para os mesmos. O método escolhido, a partir das discussões
realizadas, foi o Circuito Motor.
O Circuito Motor foi Consistiu de três etapas, cada uma com obstáculos. Inicialmente
as crianças receberam informações sobre o parasita, sua morfologia, habitat,
sintomatologia e principalmente transmissão e profilaxia. Essas informações foram
passadas com auxílio de apresentação em power point, veiculada em Data Show,
cartazes e desenhos. Posteriormente, foi explicado aos participantes de que forma a
brincadeira seria realizada, ou seja, as instruções para participação no Circuito
Motor.
Na primeira etapa do circuito, estavam arranjados três cones, sendo dois deles
ligados por uma faixa. Nessa etapa, as crianças deveriam dar a volta ao redor do
primeiro cone e responder uma pergunta sobre a morfologia do parasita para, em
seguida, pular por cima da faixa e responder outra pergunta sobre o habitat do
Áscaris lumbricoides. Caso as crianças errassem a pergunta ou não soubessem
responde-la, passavam novamente para o início do circuito e, no caso de acerto,
passavam para a próxima etapa.
Na segunda etapa, as crianças deveriam passar por um banco de madeira
engatinhando e, posteriormente, procurar em uma caixa de madeira repleta de
bexigas, desenhos com as figuras do parasita, sendo que diversos tipos de vermes
haviam sido desenhados e dispostos na caixa. Em caso de acerto, as crianças
passavam para a terceira etapa.
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Para a terceira e última etapa, foram dispostos pneus no chão e, no interior destes,
foram colocados desenhos com os distintos modos de transmissão do parasita. O
objetivo era que as crianças pulassem apenas nos pneus com as informações
corretas. Ao chegar ao final do caminho de pneus, elas deveriam citar uma forma de
prevenção da ascaridíase.
Ao final da atividade, as crianças eram convidadas a observar o parasita verdadeiro
conservado em formol e nesse momento tinham a oportunidade de realizar
perguntas aos alunos de Biomedicina sobre as dúvidas a respeito do verme e da
doença que ele causa.
Resultados e Discussão
Participaram da feira um total de 200 crianças e da atividade cerca de quarenta
crianças, com idade entre cinco e dez anos, que freqüentavam da pré-escola até a
quinta série do Ensino Fundamental. Devido à grande variação do público-alvo, na
realização do Circuito Motor, as crianças foram divididas em grupos por faixa etária e
essa informação foi levada em consideração na formulação das perguntas feitas
pelos acadêmicos.
Estratégias de educação em saúde são eficazes quando atingem os resultados
esperados e, nesse sentido, intervenções lúdicas são estratégias valiosas,
sobretudo no que se refere ao público infantil, pois elas permitem a promoção da
aprendizagem, evidenciada pelo aumento no nível de conhecimento, bem como a
mudança de comportamento e melhora na qualidade de vida (COSCRATO et al.,
2010).
Inicialmente, quando os participantes foram recebidos, sabiam pouca ou nenhuma
informação sobre o Áscaris lumbricoides, sendo que o que prevalecia eram os mitos
ou as informações oriundas do conhecimento empírico, como “crianças que comem
muito tem vermes” ou “comer muito doce é sinal de lombriga”. Esse
desconhecimento inicial foi superado com a apresentação inicial e a construção
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efetiva do conhecimento pode ser constatada na maneira como as crianças
responderam as perguntas.
O uso da metodologia lúdica foi muito importante para esse aprendizado, pois ela
propiciou a oportunidade das crianças aprenderem brincando, fazendo não só com
que incorporassem novos conceitos, mas com que desenvolvessem sua
subjetividade e construíssem importantes relações interpessoais. Reunir a promoção
da saúde á construção cidadã é extremamente relevante e deve ser um dos
principais objetivos de ações como a atividade realizada dentro do contexto escolar.
Isso porque, a escola é considerada um espaço ideal para o desenvolvimento de
estratégias que promovam saúde, uma vez que é um meio abrangente e onde deve
haver uma responsabilidade pela formação de atitudes e valores. Particularmente, a
infância é um grupo prioritário para essas ações, já que, no caso da ascaridíase,
assunto trabalhado pelos acadêmicos, esse é considerado um grupo de risco
(SANTOS et al., 2012).
A atividade do Circuito Motor foi importante, ainda, para propiciar aos alunos do
Curso de Biomedicina uma experiência à qual não estão tão acostumados, a de
utilizar o conhecimento técnico que possuem na área de parasitologia para
disseminar o saber, ou seja, para atuarem como agentes de saúde. Esse aspecto é
cada vez mais relevante, haja vista inúmeros estudos confirmarem a importância da
prevenção no atual contexto da saúde pública (BUSS; CARVALHO, 2009;
CZERESNIA; FREITAS, 2009).
Ao final da atividade, os participantes mostraram-se preparados não só para
incorporar os hábitos que previnem a ascaridíase em seu cotidiano, mas também
para atuarem eles próprios como agentes de saúde em seus contextos sociais. Isso
mostra que estratégias como essas que utilizem uma linguagem adequada no
processo ensino-aprendizagem são extremamente importantes e devem ser
constantemente estimuladas.
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Conclusão
Durante as atividades realizadas, verificou-se que o brincar possibilita o
desenvolvimento da criança integralmente, indo muito além de um instrumento
didático facilitador. Ao longo do Circuito Motor, as crianças demonstraram uma
enorme motivação e uma surpreendente capacidade de memorização das
informações veiculadas na apresentação inicial, sendo que a grande maioria
respondeu as perguntas, inclusive as que apresentavam um grau maior de
dificuldade, com relativa facilidade e clareza.
O trabalho atingiu seus objetivos, não só por permitir uma construção do
conhecimento por parte das crianças, mas por oferecer aos graduandos de
Biomedicina uma oportunidade de trabalhar a promoção da saúde, uma das
estratégias mais importantes para a redução no número de pessoas atingidas pela
ascaridíase. Os acadêmicos puderam atuar em um contexto diferente do que estão
habituados, o que oportunizou um crescimento ímpar, que muito contribuirá para a
trajetória profissional dos mesmos.
Mais estratégias como estas devem ser pensadas e desenvolvidas, haja visto serem
tão relevantes para todos os envolvidos.
Referências
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da saúde no Brasil nos últimos vinte anos (1988-2008). Ciência & Saúde Coletiva,
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CZERESNIA, Dina; FREITAS, Carlos Machado de. Promoção da saúde: conceitos,
reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2009.
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MACIEL, Jucieli Maria. Microbiologia e Parasitologia. 2. ed. Canoas: ULBRA,
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