Sindicato dos Trabalhadores da USP
Boletim específico da Secretaria de Mulheres - 23/04/2015 - Gestão: Sempre na Luta! Piqueteiros e Lutadores _ 2014/2016
RESOLUÇÕES:
6º ENCONTRO DAS MULHERES TRABALHADORAS DA USP
O VI Encontro das Mulheres Trabalhadoras da USP reafirma a luta das mulheres trabalhadoras em todo o
mundo contra a opressão e a exploração. Somos 70% da população pobre do mundo inteiro e por isso
nossa luta não é somente no Brasil mas em todo o mundo. Não somos uma mulher no poder e nem
lutamos por cargos de poder, somos milhares de mulheres pobres e trabalhadoras que lutamos por nossos
direitos junto à classe trabalhadora. Não aceitaremos mais casos de mulheres mortas por abortos
clandestinos! Não aceitaremos mais casos como o de nossa colega Geiza, basta de violência contra as
mulheres! Por um movimento de mulheres independente dos governos, dos patrões, da direita e das
burocracias sindicais. Lutamos pelas mulheres na Grécia e e no Haiti! Viva a luta das mulheres
trabalhadoras em todo o mundo!
LUTAMOS POR:
- Contratação imediata de funcionários e
funcionárias para repor os postos de trabalho
extintos com o PIDV e todas as vagas que
mesmo antes já eram necessárias, o que está
gerando sobrecarga de trabalho e assédio moral,
em especial contra as mulheres;
- Não ao fechamento das Creches, devolução
imediata das 141 vagas canceladas no início do
ano e das vagas ociosas devido a falta de
funcionários. Vagas nas creches para todas as
trabalhadoras,
incluindo
as
terceirizadas,
estudantes e professoras, e construção de novas
creches nos campi ou unidades que ainda não
têm. Mais vagas na Escola de Aplicação.
Contratação
de
mais
funcionários.
Implementação imediata da Lei Complementar
1202/2013 que altera a nomenclatura para os
professores
de
Educação
Infantil
(hoje
denominados como técnicos de apoio educativo);
- Licença maternidade de 1 ano para todas as
trabalhadoras,
incluindo
as
terceirizadas.
Flexibilidade da jornada de trabalho para as
mães e pais com filhos com deficiência. Direito
para as mães e pais com filhos doentes se
ausentarem do trabalho, sem desconto ou
compensação de horas, para cuidar de seus
filhos. Direito para mães e pães se ausentarem
para acompanhar a vida escolar de seus filhos,
como reuniões com professores, sem desconto
ou compensação de horas.
- Igual trabalho, igual salário, iguais direitos. Não
ao corte de trabalhadores terceirizados.
Efetivação sem necessidade de concurso público
de todos os trabalhadores terceirizados, que em
sua grande maioria são mulheres negras.
- Não ao assédio moral e sexual das chefias e
diretores
de
unidades
que
atingem
principalmente às mulheres. Punição aos chefes
e diretores que humilham e assediam;
- Não ao fechamento dos Restaurantes da USP e
pela reabertura imediata do Restaurante da
Prefeitura sem terceirização;
- Não ao Plano de Demissão Voluntária, por
melhores condições de aposentadoria. Fim do
fator previdenciário, nova forma de cálculo da
aposentadoria com base no salário integral,
salário mínimo do DIEESE, incorporação dos
benefícios aos aposentados;
- Basta de acidentes e doenças de trabalho como
LER/DORT, por melhores condições de trabalho;
- Lutamos contra a desvinculação do Hospital
Universitário (HU) e do Hospital de Reabilitação
de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) de
Bauru. Lutamos contra o desmonte interno dos
Hospitais, não ao fechamento de ambulatórios e
setores. Mais verbas para a saúde e educação,
- Que o Reitor não desvincule o Centro de Saúde
Escola Butantã, abaixo a política de privatização.
Contratação imediata de mais enfermeiras para
atender todas as mulheres da região que
necessitam fazer o exame do papanicolau,
colocando fim à fila de centenas de mulheres que
querem se prevenir contra o câncer de colo do
útero, bem como contratação de profissionais da
saúde pública para atender toda a população
usuária;
- Basta de mulheres mortas por abortos
clandestinos. Direito ao aborto legal, seguro e
gratuito. Direito à maternidade para todas as
mulheres com atendimento de qualidade, gratuito
e 100% estatal. Contra a violência obstétrica,
pelo direito ao parto humanizado e ao
atendimento humanizado à mulher diante de
complicações no parto;
- Redução da jornada de trabalho dos
trabalhadores e trabalhadoras da saúde para 30
horas semanais sem redução do salário;
- Basta de violência contra as mulheres na USP.
Disponibilização imediata dos números de
denúncias de estupro feitos para a Reitoria e
todas as unidades, sem divulgação dos nomes
melhores condições de trabalho;
das vítimas; atendimento médico e psicológico
para as mulheres vítimas de violência;
- Basta de assédio contra as trabalhadoras e
trabalhadores LGBT. Pela adoção em todos os
âmbitos da universidade do nome social. Pela
aprovação da Lei João Nery que criminaliza a
homofobia;
- Fora Diretor Auler e toda a burocracia da
Faculdade de Medicina que acobertam os
estupros
contra
as
estudantes.
Responsabilização da gestão Zago por acobertar
os estupros;
- Assistência médica e acompanhamento
psicológico às vítimas de violência e licença
remunerada do trabalho para as mulheres que
sofreram violência;
- Pela organização independente das vítimas,
trabalhadoras, estudantes, professoras junto com
as organizações de mulheres, direitos humanos,
sindicais e estudantis, para enfrentar a violência
contra as mulheres na USP. Que nos
organizemos em comissões de averiguação e
punição dos culpados;
- Fim do convênio USP-PM
PLANO DE LUTA E ATIVIDADES
- Enviar estas resoluções ao VI Congresso de Trabalhadores da
USP, apresentar contribuição do VI Encontro das Mulheres
Trabalhadoras da USP a este Congresso sobre a luta contra a
opressão às mulheres e o papel dos Sindicatos neste combate,
sendo parte ativa da organização da mesa de Opressões e
grupos de discussão sobre este tema.
- Continuar participando de todas as iniciativas de luta em defesa
das Creches, pela devolução das vagas e em apoio às mães,
bem como as lutas dos Restaurantes, Hospitais Universitários e
Centros de Saúde;
- Organizar no 2º semestre de 2015 um Seminário de Formação
Política contra o machismo, a homofobia e a transfobia para todos
os trabalhadores e trabalhadoras.
- Organizar atividade sobre a luta da população negra com ênfase
na luta da mulher negra, com tema abrangendo a localização dos
negros e negras na história do movimento operário brasileiro.
- Organizar reuniões e debates das mulheres trabalhadoras da
USP nas unidades.
- Levar ao Sindicato a proposta de organizar uma semana sobre a
luta contra o assédio moral, iniciando neste semestre uma
campanha de cartazes nos locais de trabalho sobre este tema.
- Organizar campanha contra a PL 4330 na luta contra a
terceirização do trabalho e pela efetivação de todos os
terceirizados e terceirizadas sem necessidade de concurso público.
- Organizar uma campanha contra os estupros na USP junto com as estudantes (Centros Acadêmicos,
Frente Feminista, DCE).
-Organizar debate aberto sobre o PL 882/2015 que legaliza o aborto, no primeiro semestre (indicativo:
maio).
-Continuar a participando do Movimento Mulheres em Luta, da CSP-Conlutas.
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resoluções: 6º encontro das mulheres trabalhadoras da usp