DIÁLOGO AGEOGRÁFICO Eriel de Araújo Santos y Juan Luis Toboso Galindo. Eriel disse: Juan, esta é uma excelente oportunidade para discutirmos sobre nossa participação no projeto Cidades interativas, resultante do acordo de Cooperação Internacional entre a UFRGS e a UPV. JuanLuis dice: Ok! Eriel disse: A imagem que utilizamos para construir o panorama me parece pertinente para uma discussão sobre os espaços privados que podem se tornar públicos com uso dos sistemas interativos digitais... JuanLuis dice: yo estaba pensando, Eriel ...que la propuesta que hemos presentado para este proyecto de "ciudades interactivas" esta bastante dentro de lo que podríamos llamar una “nueva geografia", o “ageografia” vinculada exactamente a incursión de las nuevas tecnologías en la configuración del paisaje…. que piensas? Eriel disse: Este termo que utiliza: "ageografia", me faz pensar nos espaços comuns a qualquer situaçao socio política, espaços com carga simbólica sem definição própria. Eriel disse: Hoje podemos estar num espaço físico qualquer e construir relações sociais nas diversas categorias, desde os procedimentos econômicos jã consolidados em nosso dia-a-dia, até aquelas consideradas sentimentais. JuanLuis dice: es eso que yo identifico como "ageografia" un nuevo modelo de entender las relaciones espaciales más allá de los espacios físicos de la ciudad donde habitamos... JuanLuis dice: tal vez... JuanLuis dice: vinculado a esa ampliación sobre la experiencia vivencial que nos ofrece la tecnología. Eriel disse: Pois é, quando escolhemos o espaço de uso comum ao edificio que resido em Valencia, localizado no terraço do mesmo, podemos afirmar que se trata de uma imagem panorâmica ideal para provocar um pensamento sobre o conceito de lugar, relacionado com sistemas físicos ou virtuais, público ou privado... Eriel disse: ...pois este espaço poderia representar qualquer lugar. JuanLuis dice: si JuanLuis dice: exactamente es esto lo que nos interesa, Eriel, la posibilidad de eliminar las fronteras entre lo público y lo privado, partiendo de un espacio que no pertenece al paisaje urbano de la ciudad, pero en el que intuimos que lo público está presente a través de la ventana que vincula este espacio interior con el sonido ambiente de lo que ocurre en la calle... Eriel disse: Para mim, encontrar-se num espaço desconhecido poderá ser uma experiência “quase espelhar”, um exercício de análise comparativa entre ambientes vividos... Eriel disse: ...arquivados em nossa memória, muitas vezes são ativados, podendo construir, então, distintas relações simboicas... JuanLuis dice: Como?..No llego a entenderlo....explícame Eriel disse: o que exatamente? JuanLuis dice: no entiendo la relación exacta entre esas "relaciones simbólicas" y como nosotros al registrar el espacio, mediante la captación de imágenes en video, podemos volver a activar o actualizar.... Eriel disse: Juan, quando estávamos neste espaço, até então desconhecido, procurávamos entender ou identificar o modus vivendi das pessoas que ali viveram algum tempo atrás, pois marcas deixadas pela ambientação do lugar sugere, talvez, alguns aspectos sociais ali existentes... Eriel disse: ...o mesmo poderá acontecer quando estamos conectados a um espaço virtual, acredito que estamos sempre buscando uma relaçao com algo vivido, experienciado. Eriel disse: Poderia afirmar que atualizamos nossa memória por meio de sinais presentes em algumas imagens. JuanLuis dice: ... podríamos hablar entonces de una vinculación no solo presencial con el espacio habitado, sino que además de experimentarlo de manera física estamos imprimiendo en él nuevos significados conceptuales que van a dotarlo de un nuevo imaginario. JuanLuis dice: pero... JuanLuis dice: Que ocurre cuando hacemos de él un panorama audiovisual vinculado a un proyecto expositivo que va a ser recibido por diversos espectadores? Eriel disse: Acredito que ao definir nosso panorama partindo de um ambiente interno, resultando numa imagem "quase abstrata", este poderá provocar a qualquer indivíduo relações com espaços e tempo vividos, pois cada um de nós construímos distintas relaçoes a partir das imagens absorvidas e acumuladas. Eriel disse: Assim, o imaginário encontra-se livre dentro de um panorama fechado, correspondente a um ambiente interno, padadoxal, talvez... Eriel disse: ...pois neste espaço (imagem) podemos refletir sobre os vários espaços privados que hoje se tornam “quase públicos”, quando num momento dado, são "ocupados" por aqueles que podeão vir acessá-los, seja por uma ocupação física temporal, ou mesmo quando acessados virtualmente por meio de uma webcam. JuanLuis dice: si!...para mi esto es superimportante.. JuanLuis dice: ya que desde mi punto de vista, la creación de estos espacios urbanos digitales plantea la disolución de las formas tradicionales del panorama urbano, eliminando las jerarquías localizadas en los espacios físicos, generando un sistema rizomático de relación entre todas las propuestas generadas… JuanLuis dice: en este momento, nos es difícil entender si existe una única entrada y salida dentro de esta ciudad virtual construida desde el imaginario de cada uno de nosotros, ya que citando palabras de Kabir1, “Wherever you are is the entry point” o cualquier punto donde nos encontremos, puede ser el punto de partida.. Eriel disse: Neste sentido, lembro que escolhemos como elemento simbólico para o diálogo entre o dentro e o fora, público e privado, foi uma pequena janela que mantém relação com o exteior, sobre a qual encontra-se uma cortina improvisada com restos de saco plástico. Eriel disse: Esta imagem nos chama atenção para os tipos de compartilhamentos existentes entre espaços físicos e/ou virtuais; conexões entre espaços públicos ou privados que possam ser identificados ou mesmo perder sua identificação enquanto lugar geográfico e político. Eriel disse: Ao gravar em vídeo, um fragmento do movimento da cortina e as alterações formais adquiridas pela luz externa que tenta invadir o ambiente, uma imagem quase abstrata de um lugar, acompanhada de uma pequena parte da música cantada por Miguel Poveda: “Del querer al no querer”, procuramos discutir o que seja uma localização... Eriel disse: 1 ...pois quando estamos em contato com uma imagem como esta, ou aquelas advindas de meios eletrônicos, os quais possuem caminhos abertos, despertamos para um desejo que pode sugerir espaços físicos, vituais ou mesmo híbridos. JuanLuis dice: sí.... Eriel disse: A parte que selecionamos da música : “ Del querer al no querer...”, nos aponta em direção à dúvida, ou mesmo ao desejo, seja por uma interação direta ao sistema expositivo-interativo, seja para um posicionamento passivo, quando esperamos que algo aconteça dentro dos fluxos pertinentes ao mundo físico e virtual... Eriel disse: ...desta maneira, o vídeo torna-se uma chave para pensar, ou mesmo agir sobre uma imagem de espaço privado quando disponibilizado ao acesso público por meio dos sistemas digitais online. JuanLuis dice: Además el panorama que hemos generado está construido únicamente con dos posibilidades de interacción, es decir: por un lado el vínculo al video, que nos remite a esa ventana cuya cortina, vagamente deja pasar la imagen y el sonido de exterior (que tu llamabas de llave); y por otro lado, el vínculo de salida hacia el siguiente panorama…. JuanLuis dice: …y esa llave, (que es el video),genera una acción que acontece en el mismo lugar donde se ha generado el panorama y por lo tanto no busca establecer relaciones visuales extraídas de otros contextos, sino que se refiere al mismo espacio filmado y que aprovechamos para establecer relaciones a un nivel más conceptual. Eriel disse: Evidentemente que estamos tratando de um dispositivo aplicado a um projeto específico, no qual inicia com uma interatividade entre panaromas distintos e seus elementos internos, que em nosso caso se trata da imagem de uma janela. Eriel disse: Quando eliminamos a mísica cantada por Miguel Poveda, permanecendo o som ambiente, talvez possamos discutir sobre uma desconexão regional, pois os sons obtidos do lugar traduz uma "sinfonia" sem autor, interprete ou nação. Trata-se de sons comuns a qualquer lugar. JuanLuis dice: lugares que descubrimos a través de esas ventanas..... JuanLuis dice: no? Eriel disse: Sim, principalmente quando pensamos as janelas como metáforas para conexoes entre lugares, muitas vezes desconhecidos. Lembro que pensamos essa janela como link para outros espaçoes privados, nos quais poderíamos torná-los públicos, quando acessados por um instante, evidentemente quando o sistema se encontre online. JuanLuis dice: …e incluso podríamos hacer referencia a esa cantidad de ventanas que abrimos y cerramos cuando navegamos a través de un hipermedia o dentro de la red de Internet. Eriel disse: e que essa liberdade de acesso a muitos "lugares" desenvolve caracteristicamente uma possibilidade de acumulação de experiências ou mesmo uma “cegueira por saturação”, quando não bem controlada sua velocidade ou direção. JuanLuis dice: o como señala Gustavo Lins Riveiro en el artículo "El espacio Público Virtual"2 , el “Flâneur” de Baudelaire se ha convertido en el “corredor de velocidad” de Paul Virilio. JuanLuis dice: Es decir, que la experimentación del espacio público en la actualidad está marcada por una constante, velocidad/simultaneidad, donde la movilidad se ha convertido en la actividad diaria, marcada por la ansiedad de comprender el tiempo y el espacio donde habitamos en cada momento... Eriel disse: e que espaço e tempo são reconfigurados pelas multiplas experiências híbridas, nas quais podemos estar num espaço privado e disponibilizar sua imagem a um público que esteja em conexão com a red, ou mesmo visitar dois três, quatro, ou mais lugares num mesmo tempo ... Eriel disse: Lembro de uma parte do texto escrito por Manuel Gausa "Territorio y mutabilidad" que vou te descrever: Eriel disse: " Una de las características del espacio contemporáneo es su acelerada mutabilidad: dinámico, impreciso, progresivamente aformal e imprevisible el nuevo espacio emergente se manifiesta como un escenario múltiple sujeto a colisiones, cambios, mezclas y deslizamientos."3 Eriel disse: Assim, podemos pensar sobre os multiplos entrecuzamentos existentes entre os panoramas que constitu o projeto Cidades Interativas, nos quais a interatividade se converte num fluxo descontínuo intra e interrelacionados com as imagens panorâmicas produzidas pelos grupos participantes e seus respectivos conceitos operacionais JuanLuis dice: ....pues. Esta composición de fragmentos que forman un panorama continuo y que a su vez se encadena a otros panoramas, es una metáfora de esa realidad urbana compuesta por diferentes paisajes, lugares y no-lugaes, espacios públicos y privados, físicos y virtuales, etc...Que en realidad adoptan forma de red para 2 3 http://www.edicionessimbioticas.info/article.php3?id_article=342 Fecha de consulta: 26/11/2007. GAUSA, M. Territorio y mutabilidad. In: KURGAN, Laura y COSTA, Xavier.Eds. Usted Esta Aquí: Arquitectura y flujos de Información. MACBA. Barcelona. 1995. entrelazarse y disponerse sobre el territorio de manera alterada, caótica, o puedes llamarlo también rizomático... JuanLuis dice: …tal vez, esos cambios y deslizamientos que tu citabas....podría relacionarse con la necesidad contemporánea de mantener la ilusión de estar siempre en un "eterno presente" y en los que los procesos de la memoria acaban desfigurados Eriel disse: Juan, considero que este sistema se aproxima do conceito de rizoma4 definido por Deleuze, no qual o deslocamento surge sobre uma malha pre existente... JuanLuis dice: Si, la topología en malla es una topología de red, como hablaba anteriormente… JuanLuis dice: …por eso ella permite entradas y salidas, como por ejemplo, a un panorama interno, que forma parte de los espacios imprecisos o espacios de sosiego, que hacen parte de la ciudad JuanLuis dice: ..... Eriel disse: ... Bem, acredito que poderíamos dar uma pausa nesse diálogo e aguardar algumas respostas advindas da eperiência do projeto em exposição, mas antes disso, deixo algo que penso sobre o fluxo das coisas e o conceito de interatividade, pois... Eriel disse: ...o piscar dos olhos, a projeção de uma sombra quando passamos por um espaço iluminado, ou mesmo um delírio que surge em meio aos movimentos diários, são algumas das inúmeras possibilidades de reação do nosso corpo com o mundo que pertencemos... Eriel disse: ...pensar o conceito de interatividade, talvez seja um exercício presente nos instantes da nossa vida somados aos sistemas interativos desenvolvidos especificamente para tais processos... JuanLuis dice: ya.... Eriel disse: ...porém, sabemos que muitos fatores físicos do nosso cotidiano, poderão dinamizar outros modos de interação, muitas vezes involuntários. JuanLuis dice: ...pero, Eriel, eso ya es otra conversación...no crees? Eriel disse: Sim Eriel disse: e espero que possamos nos encontrar para outros diálogos, em outros tempos e espaços indeterminados. DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil platôs. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de janeiro: Ed.34, 1995. 4