Cursos NTC COMO CALCULAR CUSTOS E FRETES CUSTOS OPERACIONAIS 001 Neuto Gonçalves dos Reis Mestre em Engenharia de Transportes pela EESC-USP Pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV Pós-graduado em Engenharia Econômica pelo IPUC-MG Extensão em Logística e Distribuição pela FGV Engenheiro Civil pela EEUFMG Jornalista especializado em Transportes Ex-Diretor de “Transporte Moderno” Ex-Professor da Mauá e FMU Consultor Técnico da NTC Grande experiência em custos e fretes Medalha JK Ordem do Mérito do Transporte, da CNT Medalha NTC do Mérito do Transporte Tel 11 XX 6632-1530 E-mail [email protected] 002 Objetivos e requisitos 1. Apresentar, conceitos, critérios e fórmulas para cálculo (previsões, orçamentos, estimativas) de custo operacional padrão ou custo de referência por veículo ou por unidade de peso ou volume. 2 . Apresentar critérios e fórmulas para a formação de tabelas de fretes pelas empresas (referências interna) e pela NTC/Fipe (referência institucional). 3. Apresentar noções de gerenciamento e de operação de transportes relacionadas com a formação de custos Não constitui objetivo do curso discutir comercialização e mercado de fretes (referência externa) Serão apresentadas, no entanto, maneiras de reduzir custos. 4. Requisito: conhecimentos básicos de matemática; noções de resoluções de expressões, álgebra, potenciação etc. Plano de trabalho CUSTOS OPERACIONAIS Despesas Operacionais de Transferência (DOT) • Introdução e histórico • Esquemas operacionais/fluxogramas do processo • Componentes do frete • Custos fixos • Custos variáveis • Planilha do Decope/NTC • Esclarecimento de dúvidas • Discussão em grupo 004 Plano de trabalho FRETES • • • • • • • • • • • • Despesas Administrativas e de Terminais (DAT) Cálculo do frete-peso Exercícios Custos de coleta e entrega Frete valor Gerenciamento de riscos (GRIS) Taxas Pedágios Acréscimos e decréscimos Planilha referencial Fipe Esclarecimento de dúvidas Discussão em grupo 005 Material contido no CD ROM • • • • • • • • PPWs do roteiro: a) Custos Operacionais b) Fretes Manual do Sistema Tarifário da NTC/Acréscimos e Decréscimos “Como Calcular Custos e Fretes” Planilha Referencial Fipe Carga Fracionada Planilha de Custos da NTC Pesos dos componentes no frete rodoviário (INCTA) Relatório Fipe do INCTA Planilha de encargos sociais 006 Introdução CUSTOS LOGÍSTICOS D = T + CLF + CLV + VP D = Custo total de distribuição do sistema proposto T = Custo de transporte (frete) = 70% de D CLF = Custos logísticos fixos (armazenagem, embalagem de transporte, preparação de pedidos, etiquetagem, embalagem, emissão de notas fiscais, fracionamento de carga, atendimento ao cliente etc.) CLV= Custo logísticos variáveis VP = Custo total de perdas de vendas, devido à demora das entregas 007 Introdução CARACTERÍSTICAS DO RODOVIÁRIO POSITIVAS • • • • • • • Custos fixos (baixos) Rapidez (alta) Confiabilidade, pontualidade ou consistência (alta) Disponibilidade (alta) Freqüência (alta) Velocidade (alta) Capacidade para diferentes volumes (media) NEGATIVAS • • Custo variável alto Escala média 008 Introdução COMPARAÇÃO DOS MODAIS - + Velocidade Duto Aquav Ferro Rodo Aéreo Confiabilidade Aéreo Aquav Ferro Rodo Duto Capacidade Duto Aéreo Rodo Ferro Aquav Disponibilidade Duto Aquav Aéreo Ferro Rodo Aquav Aéreo Ferro Rodo Duto Freqüência LEITURA RECOMENDADA Logística Empresarial, a Perspectiva Brasileira Capítulo 4 – Administração do Transporte Vários autores, Coppead, Editora Atlas Introdução Importância dos custos e fretes rodoviários - Excesso de oferta, diesel barato, fretes baixos - Caminhão movimenta 60,5% das t.km - Fretes rodoviários são baixos Frete (US$/1.000 t. km) Rodoviário Ferroviário - Brasil 18,00 11,00 EUA 56,00 14,00 Fonte: CEL Profissionais de transporte e de logística precisam dominar as técnicas de formação de custos: a) Custo real b) Discutir planilhas 010 Introdução Por que calcular custos em vez de usar tabelas de revistas e entidades? Variáveis e peculiaridades são muitas: • • • • • • • • • • • Quilometragem percorrida Tipo de operação Tipo manutenção Tipo de estrada Local de operação Tipo de carga Tipo de tráfego Porte do veículo Velocidade Tempo de carga e descarga Existência ou não de carga de retorno 011 Introdução Por que calcular custos (cont.) Fixação de preços CIF (x) Fim da publicação de tabelas Conet Avanço da informática Estabilização econômica Estreitamento das margens de lucro Panilhas abertas x 012 Introdução Custos x decisões empresariais Investimentos alternativos Arrendar ou comprar (x) Renovação de frotas Padrões de desempenho Benchmarking Avaliações econômico/financeiras Outras decisões 013 Histórico D 1968 – Controle de preços pelo CIP - Tabelas de fretes empíricas da NTC - NTC começa a calcular custos - Revista Transporte Moderno começa a publicar custos 1980 – Manual do sistema Tarifário NTC 1982 – NTC cria tarifas por tipos de serviços. - Valores em R$/t eram superestimados - Percentuais de aumento ratificados pelo CIP serviam para reajustar fretes 014 Histórico D 1990 – Tabelas abolidas. Voltam a ser publicadas mais tarde. 1996 - Deixam novamente de ser publicadas Perda da referência institucional Enfraquecimento do frete valor Proliferação do frete integrado 1996 - É lançado o software “Custo Real” 2001 – Planilha referencial de custos Fipe 015 Histórico (cont.) D INCT - Lançado em 1983, com no nome de INPT - Mais tarde, muda de nome para INCT - A partir de 1994, passa a ser calculado pela Fipe - Em fev. 2.000, é feita uma reponderação INCT passa a se chamar INCTA. São criados o INCTR e o INCTCE. Gastos, custos e despesas Gasto = termo geral Custo = relacionado com a produção Despesa = gastos não relacionados com a produção Investimentos = gastos que derivam do ativo Custos diretos - Podem ser atribuídos a um produto ou serviço Custos indiretos - Exigem rateio entre produtos ou serviços 017 Custos fixos e variáveis Custos fixos (R$/mês) Cargas de estrutura, independem da quilometragem rodada. Necessárias para criar a capacidade de transporte. Anteriores ao transporte. Relacionados com o tempo de uso do equipamento. Custos variáveis (R$/km) Proporcionais ao percurso Realizadas durante o transporte Custos semi-variáveis Custos em degraus (fixo e variável) Custos afundados 018 Sistemas de Custeios Custos total Custo unitário resulta da soma de todos os custos dividida pelo volume (flutuações) Custo por rateio ou absorção Rateia os custos indiretos (over-head) segundo critérios subjetivos (geralmente, pelos volume de vendas) Custeio direto Separa custos fixos dos variáveis Trabalha com o conceito margem de contribuição = preço unitário – custo variável unitário Trabalha com o custo fixo agregado, sem rateio 019 Sistemas de Custeios Custo baseado em atividade (ABC) Os recursos são atribuídos às atividades e estas aos produtos. Os recursos diretos são atribuídos diretamente a cada produto. As atividades indiretas são atribuídas a cada classe de produto ou a cada produto conforme o grau de sua utilização. Este conceito elimina as distorções de rateio por volume e por centro de custos (departamentos). O rateio por volume, muitas vezes, eleva os custos dos produtos mais vendidos e baixa os custos dos produtos menos vendidos. Recursos/ Atividades/ Produtos São estabelecidos direcionadores ou geradores (cost drivers) de recursos e direcionadores ou geradores de atividades 020 Sistemas de Custeios Exemplo de Custeio ABC: CD com classes diferentes de produtos Recursos Direcionador ou gerador Mão-de-obra Número de empregados Supervisão % de tempo Equipamentos Locação direta Instalações Área ocupada pelo setor Atividades básicas Direcionador ou gerador Recebimentos Número de notas Armazenagem Número de posições Inspeção e controle Fator de complexidade x no notas Expedição Número de caixas despachadas 021 Atividades do transporte Fluxograma do processo Coleta de mercadorias · Solicitação de coleta · · · Verificação da disponibilidade de veículos Roteirização “Apanha” da carga Transporte até o armazém do transportador 022 Atividades do transporte Manuseio nos terminais - Recepção, descarga e conferência das mercadorias - Triagem e classificação das mercadorias recebidas, por “praça” de destino - Transporte interno até os boxes reservados para cada “praça” - Transporte interno dos boxes até a plataforma de embarque (outra conferência) - Carregamento dos veículos por destino - Conferência e arrumação das cargas nos veículos 023 Atividades do transporte Transferência (expedição de cargas) - Programação de veículos - Transporte da carga da origem ao destino (transferência) - Descarga da mercadoria no terminal de destino - Rotas mistas 024 Atividades do transporte Entrega - Programação de entregas por rota - Seleção dos veículos disponíveis - Seleção por destinatário - Carregamento - Conferência e arrumação nos veículos - Transporte até os destinatários - Descarga nas “casas” dos destinatários - Registro de controle de entrega, processamento da documentação fiscal, informação e cobrança do embarcador 025 Esquemas operacionais - - Entrega e coleta - - Lotação ou carga direta - - Carga fracionada, distribuição local - - Carga fracionada via terminais (consolidação) Quanto mais complexo o transporte, maior o número de operações de manuseio. Portanto, maiores os custos. 026 Componentes do frete Frete não é só custo do caminhão Frete-peso Custos relacionados com a atividade de transporte (peso/volume e distância). Frete-valor Custos relacionados com o valor da mercadoria e a responsabilidade do transportador por acidentes e avarias GRIS Custos relacionados com o gerenciamento de riscos e roubos de carga Taxas (generalidades) Valores específicos não previstos no frete (coleta, entregas e outras). Pedágio Destacado do conhecimento (vale-pedágio) Lucro 027 Componentes do frete-peso - · Despesas Operacionais de Transferência (DOT) - Custos fixos - Custos variáveis - - · Despesas Administrativas e de Terminais (DAT) - Custos indiretos - - Lucro 028 Despesas operacionais de transporte (DOT) CT = CF + Cv.q C/km = (CF/q) + Cv q = quilometragem mensal CF = custo fixo mensal Cv = Custo variável/km Se q tender para infinito, o custo/km tende para o custo variável 029 Despesas operacionais de transporte (DOT) Margem de contribuição mc = p – cv P = preço unitário de venda Lucro = L = pq – CF - cv.q = q(p – Cv) - CF Lucro = q. mc - CF Ponto de equilíbrio (L = 0) q.mc – CF = 0 q = CF/mc 030 Despesas operacionais de transporte (DOT) Exemplo: CF = 8.550,00 por mês 031 Cv = 0,7297/km p = 2,15/km PE = 8550/(2,1500 – 0,7297) = 8550/1,4203 = 6.020 km (a) km/mês (b) =CF/km 8.550,00/(a) (c) = (d)=(b)+(c) Cv/km CT/km (e)= (a)x(c) CV/mês (f)= CT/mês = 7.150,00 + (e) 1.000 8,5500 0,7297 9,2792 729,70 9.279,70 3.000 2,8500 0,7297 3.5797 2.187,60 10.737,60 5.000 1,7100 0,7297 2,4397 3.646,00 12.196,00 7.000 1,2214 0,7297 1,9511 5.104,40 13.654,40 9.000 0,9500 0,7297 1,6797 6.562,80 15.112,80 11.000 0,7773 0,7297 1,5070 8.021,20 16.571,20 Variação do custo/km com a quilometragem mensal 10,0000 9,0000 8,0000 R$/km 7,0000 6,0000 5,0000 R$/km 4,0000 3,0000 2,0000 1,0000 0,0000 1000 3000 5000 7000 km/mês 9000 11000 Ponto de equilíbrio 30.000,00 25.000,00 R$/mês 20.000,00 Custo fixo Custo varável 15.000,00 Custo total Receita 10.000,00 5.000,00 0,00 0 3000 6000 Quilômetros rodados por mês 9000 12000 Despesas operacionais de transporte (DOT) Exercício: Mercedes 1620 trucado com furgão alumínio CF = 6.320,00 Cv = 0,61 por quilômetro p = 1,76 Cv = Calcule: - Custo fixo por quilômetro (quatro decimais) - Custo total por quilômetro (quatro decimais) - Custo variável por mês (duas decimais) - Custo total por mês (duas decimais) Para: 1.000/ / 5.000/ /9.000/ 11.000 km/mês 034 Despesas operacionais de transporte (DOT) Esquema de cálculos CF = 6.320,0 por mês 035 Cv = 0,61 por quilômetro PE = CF/(p-Cv) = (a) km/mês (b) =CF/km 6.320/(a) (c)=Cv/km 0,6100 1.000 6,3200 0,6100 5.000 9.000 (d)=(b)+(c) CT/km (e)= (a)x(c) CV/mês (f)= CT/mês = 6.320,00 + (e) Despesas operacionais de transporte (DOT) Exercício resolvido 036 CF = 6.320,00 por mês Cv = 0,6100 por quilômetro P = 1,76 PE =6.320/(1,76-0,61) = 6.320/1,16 = 5.448 km (a) km/mês (b) =CF/km 6.320,00/(a) (c)=Cv/km 0,6100 (d)=(b)+(c) CT/km (e)= (a)x(c) CV/mês (f)= CT/mês = 6.320 + (e) 1.000 6,3200 0,6100 6,9300 610,00 6.930,00 5.000 1,2640 0,6100 1,8740 3.050,00 9.370,00 9.000 0,7022 0,6100 1,3122 5.490,00 11.810,00 Custos operacionais de transporte (DOT) Custos fixos (R$/mês) · Depreciação do veículo · Remuneração do capital empatado · Licenciamento e IPVA · Seguro obrigatório (DPVAT) · Seguro contra danos materiais e pessoais a terceiros (facultativo) . Seguro contra colisão, incêndio e roubo (facultativo) - Salário e encargos motoristas/ajudantes - Salários e encargos de pessoal de oficina 037 Custos operacionais de veículos Custos variáveis (R$/km) · Combustível · Pneus, câmaras, recapagens e protetores · Peças e material de oficina · Óleo de cárter · Óleo de cambio e diferencial · Lavagens e graxas 038 Depreciação x · Operacional Perda de valor comercial no mercado · Econômica Retorno do capital investido · Legal Necessidades contábeis e fiscais 036\9 DEPRECIAÇÃO OPERACIONAL Taxa média anual Usado nas planilhas NTC/Fipe QUANDO USAR - - - Distribuição da frota por idade equilibrada - Não há interesse na variação do custo com a idade D = (P – L)/n D = Depreciação por ano (ou por mês) P = Preço de compra do veículo ou implemento L = Valor residual n = Vida útil em anos (ou meses) Fazendo-se (L/P) = k, tem-se: D = P(1 – k)/n se r = (1 – k)/n, vem D = r.P Se n = 6 e k = 0,20: r = (1,00 – 0,20)/6 = 0,80/6 = 0,1333 ano ano r = (0,1333/12) = 0,0111 ao mês Preço exclui pneus, câmaras e protetores, mas inclui terceiro-eixo rodoar e outros equipamentos. 040 Taxa média anual Exercício 1. MBB 1620 trucado...............................................R$ 111.114,00 2,,Quantidade do pneus (veículo)............................. 3. Valor do pneu......................................................... 10 R$ 775,79 4, Valor da câmara....................................................... R$ 63,37 5. Valor do protetor .................................................... R$ 26,83 6. Valor pneu completo ............................................. R$ 865,99 7. Valor do jogo de pneus = 10 x(6)............................ R$ 8.659,90 8. Rodoar ........................................................................ R$ 663,40 10. Valor do veículo sem pneus (1)+(8)+(9) – (7) ...... R$ 109.117,50 1. Coeficiente mensal de depreciação 2. Custo médio mensal da depreciação No prazo de 108 meses, com residual de 20%. 041 Taxa média anual Exercício resolvido Prazo de depreciação .................................... 108 meses Valor residual ................................................. 20% Valor do veículo sem pneus (1) + (7) + (8) – 6 x (2) .......................... R$ 109.117,50 1. Coeficiente mensal de depreciação 0,80/108 = 0,0074074 2. Custo médio mensal da depreciação 0,00741 x 109.117,50 = R$ 808,28/mês 042 Depreciação operacional: métodos decrescentes Refletem melhor a realidade: - · Perda grande no início, decresce com o tempo; - - Transportadora espera retorno rápido; - · A eficiência reduz-se com o tempo. - · Veículos mais modernos e eficientes - · Compensar aumento de manutenção com redução da - depreciação; . Evita erros na distribuição dos custos ao longo do tempo 043 Depreciação Operacional (mercado) 044 Ano Valor (R$) Perda (R$) Perda (%) Índice 0 43.900 - - 100,00 1 30.000 13.900 31,66 68,34 2 28.000 2.000 4,56 67,38 3 27.000 1.000 2,28 61,50 4 25.875 1.125 2,56 58,94 5 24.700 1.175 2,68 56,26 6 23.260 1.440 3,28 52,98 7 22.000 1.260 2,87 50,11 8 20.800 1.200 2,73 47,38 Modelo exponencial Vn = (1 – r)n.C C = Custo de reposição do equipamento (sempre igual a Vo) Vn = Valor no fim do ano n r = Taxa de valor residual ao fim do último ano Dados C e Vn, pode-se calcular (1 – r): ( 1 – r )n = Vn/C (1 – r) = (Vn/C)(1/n) 045 Modelo exponencial - exemplo N 0,9109n 1–r= 0,9109 (1 - r)8= 0,4738 r= 0,0891 Valor (R$) Perda (R$) Perda (%) Índice 0 1,0000 43.900 - - 100,00 1 0,9109 39.987 3,913 8,91 91,09 2 0,8297 36.422 3.565 8,12 82,97 3 0,7558 33.175 3.247 7,40 75,57 4 0,6884 30.218 2.957 6,74 68,83 5 0,6271 27.524 2.964 6,14 62,70 6 0,5712 25.071 2.454 5,59 57,11 7 0,5203 22.836 2.235 5,09 52,02 8 0,4738 20.800 2.036 4,64 47,38 Depreciação de mercado versus exponencial versus linear Mercado 45.000 Exponencial 40.000 Linear 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Valor do v e ículo 50.000 Exponencial - Exercício n=5 C = 100.000 V5 = 45.000 Calcular valores e perdas anuais Usar quatro decimais para os coeficientes Não usar decimais no valor do veículo. (1-r)5 = 0,45 1 – r = 0,451/5 = 0,450,20 = 0,8524 log[(1 – r)5] = log 0,45 5log (1 – r) = - 0,34679 log ( 1 – r) = (- 0,34679/5) = 0,06936 (1 - r) = antilog (- 0,06936) = 0,8524 048 Exponencial - Exercício n=5 n 0,8524n 0 1,0000 1 0,8524 C = 100.000 V5 = 45.00 (1-r)5 = 0,45 1 – r = 0,8524 Valor (R$) Perda (R$) 100.000 - Perda (%) Índice 100,00 2 3 4 5 0,4500 45.000 45,00 Exponencial – Solução n 0,8524n 0 Perda (%) Valor (R$) Perda (R$) Índice 1,0000 100.000 - 1 0,8524 85.240 14.760 14,76 85,24 2 0,7266 72.658 12.582 12,58 72,66 3 0,6193 61.934 10,724 10,72 61,93 4 0,5279 52.792 9.142 9,14 52,79 5 0,4500 45.000 7.792 7,79 45,00 100,00 Método dos dígitos dos anos r = (n – N + 1)(1 - k)/ n n = n (an + a1)/2 n = n(n + 1)/2 r = Fator de depreciação anual N = Idade do veículo n = Vida útil total n – N + 1 = Vida útil remanescente k = Fator de valor residual = L/P - Método usado pela ANTP/extinta EBTU - Site www.geipot.gov.br (custos de ônibus urbanos) - Grupar a frota por idade e multiplicar número de veículos de cada faixa pelo coeficiente acima 051 Método dos dígitos do anos (exemplo numérico) Ano n-N+1 01 6-1+1=6 02 6-2+1=5 03 6-3+1=4 04 6-4+1=3 05 6-5+1=2 06 6-6+1=1 Soma 21 n 21 21 21 21 21 21 21 Quociente (6/21) = 0,286 (5/21) = 0,238 (4/21) = 0,190 (3//21)= 0,143 (2/21) = 0,095 (1/21) = 0,048 (21/21) =1,000 Quoc. x0,8 0,229 0,190 0,152 0,114 0,076 0,039 0,800 052 Dígito dos anos versus linear 1,200 Valor relativo 1,000 0,800 Dígito ano 0,600 Linear 0,400 0,200 0,000 0 1 2 3 Anos 4 5 6 Método dos dígitos do anos (exercício ) Calcular os coeficientes de depreciação anuais e acumulados pelo método do dígito dos anos, com prazo de sete anos e residual de 20%. Usar quatro decimais. Soma dos 7 primeiros números inteiros: Sn= n(n + 1)/2 S7 = (7x8/2) = 28 054 Método dos dígitos do anos (Esquema de cálculos) Ano (N) 7 – N +1 7 1 28 2 28 3 4 5 6 7 Soma 28 28 28 28 28 28 Q= (7-N+1)/ 7 Q x 0,8 Acum. 055 Método dos dígitos do anos (exercício resolvido) Ano (N) n-N+1 n Quociente 01 7-1+1=7 28 (7/28) = 0,2500 0,2000 0,2000 02 7-2+1=6 28 (6/28) = 0,2143 0,1714 0,3714 03 7-3+1=5 28 (5/28) = 0,1786 0,1429 0,5143 04 7-4+1=4 28 (4/28) = 0,1429 0,1143 0,6286 05 7-5+1=3 28 (3/28) = 0,1071 0,0857 0,7143 06 7-6+1=2 28 (2/28) = 0,0714 0,0571 0,7714 07 7-7+1=1 28 (1/28) = 0,0357 0,0286 0,8000 28 (28/28) =1,000 0,8000 Soma 28 Quoc.x0,8 Acum 056 Depreciação de uma frota pelo método do dígito dos anos 20 veículos de R$ 100 mil cada 048 Ano (a) Frota Depreciação Depreciação Depreciação Depreciação acumulada acumulada (b) anual por anual da por veículo (e) da frota (f) veículo (c) Frota (d) Soma (c) (b)x(e) (Tb. ant.) (b)x(c) Valor residual da frota (b) - (f) 1 2 0,229 0,457 0,229 0,457 1,543 2 3 0,190 0,571 0,419 1,257 1,743 3 6 0,152 0,914 0,571 3,429 2,571 4 4 0,114 0,457 0,686 2,743 1.257 5 2 0,076 0,152 0,762 1,524 0,476 6 3 0,038 0,114 0,800 2,400 0,600 21 20 0,800 2,667 11,810 8,190 Valor R$ mil 266,7 1.181,0 819,0 Coeficientes de depreciação pelo método do dígito dos anos 049 n 5 6 7 8 9 10 12 1 0,2000 0,1857 0,1750 0,1667 0,1600 0,1545 0,1385 2 0,1600 0,1548 0,1500 0,1458 0,1422 0,1391 0,1269 3 0,1200 0,1238 0,1250 0,1250 0,1244 0,1263 0,1154 4 0,0800 0,0929 0,1000 0,1042 0,1067 0,1082 0,1038 5 0,0400 0,613 0,0750 0,0833 0,0889 0,0927 0,0923 0,310 0,0500 0,0625 0,0711 0,0773 0,0808 0,0250 0,0417 0,0533 0,0618 0,0692 0,0208 0,0356 0,0464 0,0577 0,0178 0,0309 0,0462 0,0155 0,0462 6 7 8 9 10 11 0,0364 12 0,0231 Soma 0,6000 0,6500 0,7000 0,7500 0,8000 0,8500 0,9000 Depreciação legal ou contábil - Rateio correspondente à perda de valor contábil: - desgaste pelo uso - ação da natureza - desgaste natural. - Não tem relação com o valor de mercado - Não há desencaixe - Taxa % é constante - Quanto maior a taxa, maior a recuperação fiscal - RF depende da atividade da empresa IR sobre lucro: 15% mais 10% sobre o que excede R$ 20 mil CSSL = 12% sobre 9% = 1,08% sobre lucro Órgão do governo não tem RF - Prazo: vida útil econômica do bem - Desgaste e obsolescência l afetam capacidade de produção 059 Depreciação legal Exemplo - Veículo de R$ 100.0000, depreciado em 5 anos, gera despesa anual de R$ 20.000,00, creditados na conta Depreciação - Pelo processo das partidas dobradas, a cada ano, serão debitados R$ 20.000,00 na conta Veículos. - No fim de cinco anos, zera-se a conta Veículos. - A venda do veículo usado gerará lucro tributável. - Com IR de 15% e Contribuição Social de 1%, a recuperação fiscal será de R$ 3,2 mil por ano, totalizando R$ 16 mil em cinco anos de economia de impostos. - 060 Depreciação legal Exercício Calcular, sem decimais: - depreciação legal anual, - depreciação acumulada - recuperação fiscal anual - recuperação fiscal acumulada para um veículo adquirido por R$ 80.000,00. Supor taxa de depreciação de 20% e recuperação fiscal de 16% ao ano sobre as despesas. 061 Depreciação legal Exercício resolvido 055 Ano . Valor inicial Deprec anual 1 80.000 16.000 2 3 4 5 Deprec. Rec.Fisc, anual Acum. 16.000 Rec.Fisc. acum. Depreciação legal Exercício resolvido 060 Ano . Valor inicial Deprec anual Deprec. Rec.Fisc, anual Acum. Rec.Fisc. acum. 1 80.000 16.000 16.000 2.560 2.560 2 64.000 16.000 32.000 2.560 5.120 3 48.000 16.000 48.000 2.560 7.680 4 32.000 16.000 64.000 2.560 10.240 5 16.000 16.000 80.000 2.560 12.800 Depreciação econômica = Custo de propriedade - Não existe relação entre depreciação, valor do veículo, vida útil ou serviço prestado - Velocidade de recuperação do capital - Taxas podem ser altas: - Instabilidade econômica - Risco de obsoletismo - Riscos técnicos ou mercadológicos elevados - Depreciação econômica engloba Custos de Propriedade (depreciação mais remuneração) - 064 Remuneração do capital próprio ARGUMENTOS A FAVOR · Remuneração mínima; · A inflação aumenta valor nominal do retorno · Abrir mão de embolsar lucro · Custo de oportunidade · Risco 065 Remuneração do capital próprio ARGUMENTO CONTRÁRIO - Preço cobrado já inclui a depreciação - Aplicação do fundo de reserva assegura renovação - Remuneração não é custo, mas parte do lucro FÓRMULAS DE CÁLCULO = Que taxa adotar? = Sobre que base aplicar esta taxa? 066 Remuneração do capital próprio Taxas e bases TAXA = Taxa de retorno médio da empresa = Rentabilidade média dos produtos mais lucrativos = Mercado competitivo = Empresário é o juíz = NTC usa 12% a/a mais 1% a/a sobre estoques de peças = Revistas especializadas usam 18% sobre inversão média anual BASE OU MÉTODO DE CÁLCULO = Método da prestação equivalente (custo de propriedade = depreciação + remuneração) = Valor do veículo novo = Valor do investimento médio anual = Dígito dos anos = Exponencial = Etc 067 Remuneração do capital próprio TAXA SOBRE VALOR INICIAL Método adotado pela NTC/Fipe C = P. i C = Prestação anual (ou mensal) i = Taxa anual (mensal) de retorno P = Preço do veículo novo, incluindo pneus, câmaras, protetores, terceiro eixo, rodoar, quinta-roda etc. Exemplo: Veículo de R$ 100.000,00 a 1% ao mês: C = 100.000 x 0,01 = R$ 1.000,00 mês Remuneração constante com a idade do veículo 068 Remuneração do capital próprio TAXA SOBRE VALOR INICIAL Exercício Adotar taxa de 13% ao ano (1% para estoque de peças) 1. MBB 1620 truicado (Fipe) R$ 111.114,00 2. Preço do Rodoar R$ 3. Preço do furgão 663,40 R$ 11.785,00 Preço do veículo completo: (1) +2) + (3) = R$ 123.564,40 Custo médio mensal da reumeração do capital: 123;564.40 x( 0,13/12) = R$ 1.338,61 por mês 069 Remuneração do capital próprio pelo investimento médio anual Se cada ano existe a desimobilização de uma parcela do investimento correspondente a Desimobilização anual = (P – L)/n Investimento médio anual = [(P – L)(n + 1)/2n] + L JUROS ANUAIS = [(P – L)(n + 1)/2n]i + Li P = Preço do veículo novo mais implementos L = Valor residual n = Vida útil em anos i = Taxa anual de juros k = L/P Coeficiente de juros mensais: r = {[2 + (n – 1)(k +1)]/24n}i 070 Remuneração do capital próprio pelo investimento médio anual Admitindo-se n = 5 anos, resulta: r = {[1 + 2(k +1)]/60}i Se i = 18% ao ano, vem: r = {[1 + 2(k + 1)]/60}18/100 r = 3 [1 + 2(k + 1)]/1000 Se k = 0,35, vem r = 3 (1 + 2x1,35)/1000 = 0,0111 ao mês Para um veículo de R$ 100 mil de valor, a remuneração mensal do capital seria: R = 100.000 x 0,0111 = R$ 1.110,00. X 071 Remuneração do capital próprio pelo investimento médio anual Exercício Calcular a remuneração do capital pelo método do investimento médio anual para os seguintes valores: P = R$ 123.564,40 (MBB 1620 trucado furgão) n = 6 anos k = 20% = 0,20 j = 1% ao mês = (1,0212 – 1) = 12,6825% ao ano Comparar o resultado com o obtido pelo método NT/Fipe r = {[2 + (n – 1)(k +1)]/24n}i 072 Remuneração do capital próprio pelo investimento médio anual Exercício resolvido P = R$ 119.124,17 (L 1620 trucado) n = 7 L =10% k = 0,20 j = 1% ao mês = 1,0212 – 1= 12,6825% ao ano Coeficiente de juros mensais: r = {[2 + (n – 1)(k +1)]/24n}i r = [2 + (6x1,20)]/24x7)]x0,126825 r = (9,20/168)x0,126825 = 0,00604 Juros mensais = 123.564,40 x 0,00604 Juros mensais = R$ 746,33 por mês Juros mensais = R$ 1.338,61 (método Fipe) Redução = 44,25% 073 Remuneração do capital próprio pelo método do dígito dos anos Valor = R$ 100.000; Residual 20%; 6 anos; j = 12% Ano Depreciação (a) Anual (b) 074 Depreciação Acumulada (c ) Valor Inicial (d) Remuneração do capital (e) = 0,12x100.000x(d) 1 0,229 0,229 1,000 12.000,00 2 0,190 0,419 0,771 9.252,00 3 0,152 0,571 0,581 6.972,00 4 0,114 0,686 0,429 5.148,00 5 0,076 0,762 0,314 3.768,00 6 0,038 0,800 0,238 2.856,00 Remuneração do capital próprio pelo método do dígito dos anos Exercício Calcular a remuneração pelo método do dígito dos anos para o caminhão MBB 1620 trucado P = 123.564,40 n = 7 anos k = 0,8 j = 12% ao mês 0,12 x 123.564,40 = 14.828,00 075 Remuneração do capital próprio pelo método do dígito dos anos Esquema de cálculo 076 Ano (a) 1 2 3 4 5 6 7 Dep. Anual (b) 0,8x(7/28 )= 0,2000 Dep. acum. (c) Valor inicial (d) Remuneração do capital (e) = 14.828(d) Remuneração do capital próprio pelo método do dígito dos anos Exercício resolvido Ano (a) Dep. Anual (b) 077 Dep. acum. (c) Valor inicial (d) Remuneração do capital (e) = 14.828x(d) 1 0,8x(7/28 )= 0,2000 0,2000 1,000 14.828,00 2 0,8x(6/28 )= 0,1714 0,3714 0,800 11.862,00 3 0,8(5/28) = 0,1429 0,5143 0,6286 9.321,00 4 0,8x(4/28) = 0,1143 0,6286 0,4857 7.202,00 5 0,8x(3/28) = 0,0857 0,7143 0,3714 5.507,00 6 0,8x(2/28) = 0,0571 0,7714 0,2857 4.236,00 7 0,8x(1/28) = 0,0286 0,8000 0,2286 3.390,00 Remuneração pelo método exponencial F-4000 (1 - r) = 0,9109 (1-r)(1/8) = 0,4739 Vo = 43.900,00 i = 12% ao ano 078 Ano (a) Valor Inicial (R$) (b) Remuneração (R$/ano) 0,12 x (b) Ano (a) Valor (R$) (b) Remu -neração (R$/mês) 0,12 x (b) 1 43.900,00 5.268,00 5 30.218,00 3.626,16 2 39.987,00 4.798,44 6 27.542,00 3.305,04 3 36.422.00 4.370,64 7 25.071,00 3.302,88 4 33.175.00 3.981,00 8 22.836,00 3.008,52 Remuneração pelo método exponencial – caminhão trucado 12% de 123.564,40= 14.828,00 076 Ano (a) Valor inicial (b) a multiplicar por por R$ 14.295,00 Remuneração Anual (R$) 14.295 x (b) 1 0,79460 = 1,0000 14.828,00 2 0,79461 = 0,7946 11.782,00 3 0,79462 = 0,6314 9.63,200 4 0,79463 = 0,5017 7.439,00 5 0,79464 = 0,3986 5.910,00 6 0,79465 = 0,3168 4.724,00 7 0,79466 = 0,2517 3.732,00 Custos de propriedade (Remuneração mais depreciação) Elementos de matemática financeira 1. Montante L de um empréstimo Lo, após n períodos à taxa de juros i: L = Lo(1 + i)n = Lo.vn (fez-se 1 + i = v) 2. Valor presente Lo de um montante L, a ser recebido após n períodos à taxa de juros i: Lo = L/(1 + i)n = L/vn Exemplo: L = 30.000,00 i = 2% n = 60 meses vn = (1 + i)n = (1 + 0,02)60 =(1,0260) = 3,2810 Lo = (30.000,00/3,2810) = 9.144,00 080 Custos de propriedade (Remuneração mais depreciação) Elementos de matemática financeira 3. Fator que converte um valor presente VP em n prestações à taxa de juros i: FP = [(ivn/(vn – 1)] = fator de prestação Exemplo: n = 60 meses, i = 2% v = 1,02 ivn = 0,02 x 1,0260 =0,02 x 3,2810 = 0,06562 vn – 1 = 1,0260 – 1 = 3,2810 – 1 = 2,2810 FP = 0,06562/2,2810 FP = 0,02877 Um caminhão cujo preço à vista fosse de R$ 100.000,00 Seria pago em 60 prestações de R$ 2.877,00, à taxa de 2% ao mês. 081 Remuneração do capital Cálculo do custo de propriedade P = Preço de compra = valor presente do veículo L = Valor residual após n anos (ou meses) R = Prestação anual (ou mensal) i = Taxa anual (mensal) de retorno v=1+i n = Período de depreciação em anos (ou meses) Valor presente do residual: Lo = L/vn VP líquido da compra à vista = P – (L/vn) Fator de prestação = ivn/(vn – 1) Multiplicando-se um pelo outro: R = [(P – (L/vn)] [(ivn/(vn – 1)] R = Valor presente x fator de prestação 082 Remuneração do capital Exemplo Caminhão no valor de R$ 100 mil, utilizado durante cinco anos, com valor residual de 35%, e taxa de retorno de 20% ao ano (já embutida a inflação), terá como custo de capital: Valor presente do residual: Lo = (35.000/1,205) = (35.000/2,4883) = 14.065,72 Valor presente líquido a amortizar P – Lo = 100.000 – 14.065,72 = 85.934,28 Fator de prestação ivn = 0,20x1,205 = 0,4977 vn – 1 = 1,205 – 1 = 1,4883 (0,4977/1,4883) = 0,3344 Valor da prestação anual 85.934,28 x 0,3344 = 28.734,68 por ano 083 Remuneração do capital Exemplo (cont.) Para calcular a prestação mensal, usar a taxa mensal equivalente: 1,20(1/12) - 1 = 0,01531 = 1,531% a/m em 60 meses. Valor presente do residual: Lo = (35.000/1,0153160) = (35.000/2,4883) = 14.065,72 Valor presente a amortizar P – Lo = 100.000 – 14.065,72 = 85.934,28 Fator de prestação ivn = 0,01531x1,0153160 = 0,038395 vn – 1 = 1,01531660 – 1 = 1,4883 (0,038395/1,4883) = 0,02596 Valor da prestação anual 85.934,28 x 0,02596 = 2.199,96 por mês Média = (28.734,68/12) = 2.394,56 por mês 084 Remuneração do capital Exemplo Caminhão no valor de R$ 100,000,00, durante três anos mediante leasing, com taxa de 2% ao mês e valor residual de 40%. - VP = 100.000 – (40.000/1,0236) = (40.000,00/2,0399) - VP = 80.391,07 - Fator de prestação = (0,02x1,0236)/(1,0236 – 1) - Numerador = 0,02 x 2,0399 = 0,04080 - Denominador = (1,0236 – 1) = 2,0399 – 1 = 1,0399 - Fator de prestação = (0,04080/1,03988) = 0,03923 - Custo do leasing = 0,03923 x 80.391,07 - Custo do leasing = R$ 3.153,97 por mês 085 Remuneração do capital Exercício Caminhão MBB 1620 trucado P = 123.564,00 i = 1% ao mês n = 72 meses k = 0,20 L = 0,20 x 123.564,40 = 24.713,00 Precisão: unidades de Reais 1. Calcular Lo = L/ivn = 24.713,00/1,0172 2. Calcular P – Lo 3. Calcular ivn = 0,01 x 1,0172 4. Calcular vn – 1 = 1,0172 - 1 5. Calcular ivn/(vn –1) = Coeficiente 6. Multiplicar o coeficiente por P – Lo 086 Remuneração do capital Exercício - Esquema Variável Fórmula Cálculo Resultado 1.Preço à vista P 123.564,00 2. Valor residual L 3. Vida útil (meses N 72 4. Taxa de juros i 0,01 0,2 x (1) 5. Vn (1 + i)n 1,0172 6. Lo L/vn 24.173/(5) P - Lo (1) – (6) Ivn 0,01x(5) 9. Denominador vn - 1 (5) - 1 10. Coeficiente FP (8)/(9) 7. Valor presente 8. Numerador 11. Prestação mensal (10)x(7) 23.825,00 Remuneração do capital Exercício resolvido Valor presente do valor residual L = 24.173,00 Lo = 24.173,00/(1,0172) = (24.173,00/2,0471= 11.808,00 Valor presente do fluxo de caixa P - Lo = 123.564,00 – 11.638,00 = 111.926,00 Coeficiente de prestação ivn = 0,01x1,0172 = 0,01x 2,0471 = 0,02047 vn –1 = 2,0471 – 1 = 1,0471 [ivn/(vn –1)] = (0,02047/1,0471) = 0,01955 Prestação mensal 111.926,00 x 0,01955 = R$ 2.188,00 088 Salários de motorista e encargos sociais - Variam como tipo de serviço: rodoviário, urbano, carga perigosa etc. - Variam com o porte do veículo. - Devem sofrer acréscimo para cobrir refeições, uniformes, motoristas de reserva e motoristas locais (de manobras) - Horas extras são pagas com acréscimo. - Se são usados mais de um motorista (pontes rodoviárias ou operações 24 horas), eles devem ser incluídos na planilha. - Veículos urbanos geralmente têm baixa quilometragem - Veículos rodoviários geralmente rodam altas quilometragens. 089 Salários de motorista e encargos sociais Incidência dos encargos sobre a folha de pagamentos: 99,18% NTC 102,06% Pastore & Gandra Tipos de encargos sociais: Grupo A - Obrigações sociais Grupo B - Tempo não trabalhado, com reincidência Grupo C – Tempo não trabalhado, sem reincidência Grupo D - Reincidências de A sobre B Hipóteses de cálculo: Dias trabalhados: 250 dias Feriados: 11 dias Dias úteis de férias: 25 Sábados: 52 ½ dias Domingos: 53 090 Salários de motorista e encargos sociais Grupo A – Obrigações sociais 091 1. Previdência social 20,00 2. FGTS 8,50 3. Salário Educação 2,50 4. Acidentes de trabalho (estimativa) 3,00 5. Sest 1,50 6. Senat 1,00 7. Sebrae 0,60 8. Incra 0,20 9. INSS sobre décimo-terceiro salário 2,40 Total Grupo A 39,70 Salários de motorista e encargos sociais Grupo B – Tempo não trabalhado, com reincidência 092 10. Repouso semanal remunerado (53/250)x100 21,20 11. Férias (25 x 1,33/250)x100 13,30 12. Feriados (11/250)x100 4,40 13. Aviso Prévio trabalhado [(12/44)(30/250)]x100 (2 horas por dia = 12 horas por semana) 3,27 14. Auxílio-enfermidade (15/250)x100 0,60 15. Auxílio patermidade [(5/250) x0,5] x 100 0,10 16. Semana de 44 horas (26/250)x100 Total Grupo B Total Grupo B – (10) – (12) 10,40 53,27 27,67 Salários de motorista e encargos sociais 090 Grupo C – Tempo não trabalhado, sem reincidências 17. Décimo terceiro salário (30/250)x100 12,00 18. FGTS por rescisão (8,5x1,5327x0,50) 6,51 Total do Grupo C 18,51 Grupo D – Reincidências 19. FGTS sobre 13o. Salário (8,5x0,12) 1,02 20. Reincidências de A sobre B (39,70% x 0,5327) 21,15 Total do Grupo D Total geral sobre dias trabalhados 22,17 133,65 Salários de motorista e encargos sociais Total de encargos sobre a folha de pagamentos 094 Grupo A 39,70 Grupo B 27,67 Grupo C 18,51 Reincindências A sobre B (39,70x0,2767) 10,98 FGTS sobre 13o. Salário 1,02 Subtotal 97,88 Vale-transporte 1,30 Total sobre a folha 99,18 Salários de motorista e encargos sociais EXERCÍCIO – Fipe MBB 1620 1.Salário médio mensal ........................R$ 1.1152,00 2. Taxa de encargos sociais (%) 99,18 Salário de motorista = (1)x[ 1+ (2)/100)] = 1.1152,00 x 1,9918 = R$ 2.295,00 por mês 095 Salários e encargos de pessoal de oficina Custos devem ser levantados a partir das ordens de serviço e apropriados por categoria e idade. Na ausência de dados, podem ser estimados a partir do salário médio de oficinas e da relação veículos/funcionário de oficina x Custo mensal = S. (1 + e/100)/n S = Salário médio mensal e = encargos sociais em % sobre salário n = número de veículos atendidos por funcionário Categoria Pesado Sempesado Médio trucado n 3 4 4 Categoria Médio toco Leves Furgões (Kombi) 096 n 4 5 6 Salários e encargos de pessoal de oficina - Exercício MBB 1620, Fipe 1. 2. 1. Salário de oficina ............................................. R$ 925,00 2. Encargos sociais (%)................................................ 99,18 3. Veículos atendidos por mecânico ......................... 2,00 Custo mensal = (1) x (2)/[100x (3)] = 925,00x1,9918/2,00 Custo mensal = R$ 921,20 por mês 097 Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA) Alíquota anual sobre o valor do do veículo IPVA/mês = P.a/12 P = valor do veículo a = alíquota anual = 1,0% no PR, PE, MG, DF. RJ, SC, RS e RN = 1,5% em São Paulo = 2,0% no Espírito Santo Opcionalmente, pode ser usada a tabela de valores publicada pelos jornais no final de cada ano e disponível no site da Secretaria da Fazenda: www.ipva.com.br 098 Valores do IPVA em São Paulo (%) 6,0 automóveis de passeio movidos a diesel; 5,0 embarcações, aeronaves e automóveis de corrida a gasolina/diesel; 4,0 automóveis de passeio e camionetas de cabine dupla. 3,0 automóveis de passeio, de esporte, de corrida, camionetas, exceto utilitários, movidos a álcool, álcool/GNC, elétrico, gasolina/GNC e gás metano; 2,0 camionetas de carga, motocicletas, ciclomotores e similares, ônibus/microônibus e tratores; 1,5 caminhões com capacidade de carga superior a 1 tonelada. 1,0 embarcações com mais de 20 anos de fabricação. 099 Exemplo de cálculo do IPVA 100 Ano Valor IPVA anual IPVA mensal 2002 122.400 1.836,00 153,00 2001 114.600 1.719,00 143,25 2000 103.500 1.552,50 129,38 1999 92.000 1.380,00 115,00 1997 87.500 1.312,50 109,38 Média 130,00 Licenciamento e DPVAT LICENCIAMENTO Pequena taxa por ano Pode ser acrescida ao IPVA, para simplificar os cálculos. DPVAT – DANOS PESSOAIS VEÍCULOS AUTOMOTORES Cobre riscos contra terceiros em acidentes. Cobrado junto com o IPVA. Valor: R$ 55,43, já incluído IOF. Também pode ser acrescida ao IPVA 101 Licenciamento e DPVAT Exercício LICENCIAMENTO MBB 1620 Fipe 1. Taxa de IPVA em São Paulo ..............................R$ 1.756,72 2. DPVAT ................................................................. R$ 55,43 3. Taxa de licenciamento................................... ... R$ 13,86 Licenciamento por mês = [ (1) +( 2) +(3)]/12 = (1.826,01/12) Licenciamento por mês = R$ 152,17 por mês 102 Seguro de responsabilidade civil facultativo - - RCF-DM – Cobre danos materiais contra terceiro - - RCF – DP – Cobre danos pessoais contra terceiros x Os valores do prêmios (PR) são fornecidos pelas seguradoras em função da importância segurada. O cálculo usa a fórmula: RCF = [ PRDP + PRDM + CA)x1,07]/12 RCF = Seguros de responsabilidade civil facultativo por mês PRDP = Prêmio de dados pessoais PRDM = Prêmio de danos materiais CA = Custo da apólice = R$ 60,00 1,07 = Inclusão do IOF 0103 Seguro de responsabilidade civil facultativo MBB 1620 trucado Danos materiais................................................R$/ano 449,17 Danos pessoais ................................................R$/ano 367,51 Apólice .............................................................. R$/ano 60,00 Soma ..................................................................R$/ano 876,68 IOF ..........................................................................% 7,00 Custo mensal = 1,07 x 876,68/12 = 78,17 104 Seguro do casco - Cobre colisão, incêndio e roubo x - É facultativo. - Taxa varia, mas é elevada. - Inclui um percentual alto sobre o valor ideal (VI) e outro menor sobre a importância segurada (IS). - Inclui ainda IOF e custo da apólice - Custo total pode chegar a 10% do valor do veículo - Exige franquia. - Despesa só se justificaria se houvesse uma perda total por ano a cada 10 veículos. - Maioria das transportadoras retém este risco. - Mas o custo deve ser incluído na planilha - 105 Seguro do casco Fórmula de cálculo - SV = (PRxC1 + ISxC2 + CA)x1,07/12 - SV = Seguro do veículo - PR = Prêmio de referência - IS = Importância segurada - C1 e C2 = Coeficientes técnicos - CA = Custo da apólice - 1,07 = Fator de IOF - 106 Seguros - Exercício MBB 1620 trucado 1, Valor total do veículo ............................................ 111.114,00 2. Valor do rodoar ......................................................... 663,00 3. Valor do veículo....................................................... 111.785,00 4. Valor total do furgão ............................................. 11.785,00 5. Taxa de seguro do veículo ...................................... 6,60% 6. Taxa de seguro do furgão ...................................... 9,97% 7. RCF-DP do veículo .,................................................ 449,17 8. RCF-DM do veículo ................................................. 367,51 9. Custo da apólice .................................................... 60,00 10. IOF ........................................................................... 7% Seguro mensal veículo = (3) x(5)/(100x12) = 648,18 Seguro mensal furgão = (4) x (6)/(100x12) = 97,91 Seguro RCF-DP = (6)/12 = 37,43 Seguro RCF-DM = (7)/12 = 30,62 Custo mensal da apólice = (9)/12 5,00 11 .Custo total mensal (soma x 1,07) 772,21 Custo mensal com IOF = [(11)x (um + (10)] = 826,15 107 Custos variáveis - Combustível - Pneus, câmaras, recapagens e protetores - Peças e material de oficina - Óleo de cárter Óleo de cambio e diferencial Lavagens e graxas 108 Combustíveis DC = PC/RM DC = Despesa com combustível PC = Preço médio do combustível por litro RM = Rendimento médio, em km/litro EXEMPLO PC = R$ 1,51/litro RM = 2,50 km/litro DC = (1,51/2,5) = R$ 0, 604/ km EXERCÍCIO – MBB 1620 PC = R$ 1,3551litro RM = 3,58 km/litro DC = (1,355/3.56) = R$ 0,3785/km 109 Combustíveis Alguns fatores que influem no consumo: - Maneira de dirigir - Tecnologia do motor - Regulagem do motor e da bomba - Estado dos pneus - Qualidade do combustível - Tipo de rodovia - Velocidade - Rampa (greide) - Carga (carregado, meia carga, vazio) 110 Combustíveis A equação de consumo pode ser determinada por regressão linear levando-se em conta as variáveis: G = Greide (%) V = velocidade L = Carga F = Consumo ml por segundo F = Ao + (A1 + A2C+ A3I)A4V Ao, A1, A2, A3 e A4 = coeficientes C=0 para veículo vazio C =1 para veículo carregado Consumo do Scania, estrada pavimentada, aclives: C = 1,35 – 0,403L+ 0,054)L + 1)1,32V + 0,026(L+1)1,32GV Consumo do Scania, estrada não pavimentada, aclives: C = 1,02 – 0.3L + 0,072(L +1)V + 0,03(L + 1)1,45GV 11Fonte: PICR, Geipot. 111 INFLUÊNCIA DO GRADE POSITIVO E DA VELOCIDADE NO CONSUMO - SCANIA CARREGADO Fonte: PICR, Geipot 60,00 0% 50,00 CONSUMOS (litros/hora) 2% 4% 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 10 20 30 40 50 VELOCIDADES (km/h) 60 70 Consumo (litros/hora) INFLUÊNCIA DO GREIDE NEGATIVO E DA VELOCIDADE NO CONSUMO - SCANIA - Fonte: PICR, Geipot 30,00 25,00 20,00 0% 15,00 -2% -6% 10,00 -7% 5,00 0,00 10 20 30 40 50 Velocidade (km/h) 60 70 Consumo (litro/hora) INFLUÊNCIA DA CARGA NO CONSUMO SCANIA - Fonte: PICR, Geipot 40,00 35,00 30,00 25,00 20,00 Carregado 15,00 Vazio 10,00 5,00 0,00 10 20 30 40 50 Velocidade (km/h) 60 70 Combustíveis Controle e redução de consumo - -Escolha de motores - -Ajuste da bomba injetora, manutenção dos bicos - -Ao abastecer, complete o tanque e anote os dados - - Convênios com postos - - Sistemas eletrônicos de controle (CTF) - - Evita desvios de rotas - Reduz papelada (NF) - - Dispensa dinheiro vivo - Elimina fraudes D - -Relatórios mensais de consumo por veículo - - Tanques sobressalentes (ida e volta)- - - Roteiros para entregas urbanas, planejamento do itinerário, de - forma a evitar vias congestionadas, mesmo com percurso maior. - - Treinamento de motoristas - - Controle da pressão dos pneus - 115 Combustíveis Controle e redução de consumo D - - Dirigir com vidros fechados - - Não ficar parado com motor ligado - - Regular motor periodicamente em função da altitude; - - Instalar conta-giros e dirigir na faixa econômica (verde) - Realizar manutenção do motor de acordo com as instruções do manual; - Verificar periodicamente a cor da mistura ar-combustível fumaça cinza clara = combustão perfeita fumaça preta, branca ou azul = desperdício - Manter em ordem as válvulas termostáticas, para permitir ao motor funcionar na temperatura ideal - Instalar bomba própria 116 Combustíveis Controle e redução de consumo D - - Evitar arrancadas e freada bruscas - - Dirigir acelerando suavemente e usando o freio o mínimo - possível - - Usar freio-motor nas descidas (marcha engrenada) - - Evitar altas velocidades, para reduzir a resistência - aerodinâmica; - - Evitar sobrecargas - - Reduzir ao mínimo possível as trocas de marchas - - Uso de defletores de ar - 117 Pneus e recauchutagens PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP PR = Custo dos pneus/km 1.2 = Coeficiente que inclui 20% de perda P = Preço do pneu novo C = Preço da câmara PP = Preço do protetor NP = Número de pneus do veículo (exceto estepe) R = Preço da recuperação de um pneu VP = Vida útil total do pneu x n = número médio de recuperações 118 Pneus e recauchutagens Exemplo de cálculo Cavalo 4x2 tracionando carreta de 3 eixos, com pneus 11.00Rx22 P = R$ 1.094,09 C = R$ 72,27 PP = R$ 38,38 P + C + PP = 1.204,74 NP = 18 R = R$ 250,00 VP = 80.000 + 60.000 + 60.000 = 200.000 km n = número médio de recuperações = 2 PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP PR = {[1,2x (1.94,09 + 72,27 + 38,38)x18] + (250,00x18x2)]}/200.000 PR + (1,2x18x1.204,74 +9.000,00)/200.000 PR = (26.022,38 +9.000,00)/200.000 = 35.022,38/200.000 PR = R$ 0,1751/km 119 Pneus e recauchutagens Exercício Caminhão MBB L 1620 trucado pneus 10.00Rx22 (Planilha Fipe janeiro 2.002) P = R$ 775,79 C = R$ 63,37 PP = R$ 26,83 P + C + PP = 865,99 NP = 10 R = R$ 232,40 VP = 243.640 km n = número médio de recuperações = 1 Coeficiente de perdas prematura de carcaças = 20% PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP 120 Pneus e recauchutagens Exercício resolvido PR ={[1,2(P + C +PP)xNP] + RxNPxn)}/VP PR = (1,2 x10 x 865,99 + 232,40 x 10)/243.640 PR = (9.632,76 + 2.017,80)/243.640 = (10.391,88 + 2.324,00)/243.640 PR =12.715,88/243.640 PR = 0,0522/km Pneus e recauchutagens Regras de otimização - Evitar velocidades excessivas - Evitar partidas rápidas, derrapagens e travamento de rodas - Evitar “raspadas” nas guias - Manter a pressão correta - Fazer rodízio periódico para uniformizar desgaste - e detectar cortes, rachaduras, sobrecargas etc - Alinhar e balancear rodas, regular freios, “casar” bem os pneus. - Não deixar pneus desgastados nos eixos de tração e direcionais. Pneus e recauchutagens Regras de otimização - Radiais sem câmara, de baixo perfil, com rodas de alumínio, embora com maior valor inicial, são muito mais duráveis e vantajosos: D - Menor aquecimento - Maior rendimento quilométrico - Menor deformação em altas velocidades - Maior aderência ao solo - Maior estabilidade do veículo - Menor espaço de frenagem - Melhor resposta à potência do motor - Menor custo por quilômetro rodado Desvantagens - Exige suspensão apropriada - Mais duro, transmite para a suspensão todas as deficiências da rua e estrada, o que limita seu uso no Brasil. 123 Pneus e recauchutagens Regras de otimização - Remolde permite maior aproveitamento da carcaça e é D solução ecologicamente correta. - Máquinas substituem as mãos na montagem e desmontagem - Fazer uma boa manutenção do veículo Acertar bem a suspensão Evitar jogo nos terminais da barra de direção Evitar folgas nos rolamentos de rodas Evitar deformações do chassi Substituir molas avariadas Substituir amortecedores em mau estado Evitar eixos deformados Não usar pino-mestre com desgaste - Distribuir bem a carga e evitar sobrecargas - 124 Pneus e recauchutagens Estrada, temperatura e acidentes ESTRADA - Pavimentação irregular aumenta abrasão e choques contra o piso D - Curvas fechadas sobrecarregam rodas externas, devido à força centrífuga - Tipo de piso influi na vida útil: terra, macadame, asfalto etc. - Ondulações, montanhas e lombadas TEMPERATURA - Temperaturas elevadas dificultam a dissipação do calor - Quando combinadas com altas velocidades, levam ao descolamento da banda de rodagem ou das lonas, neste último caso, com risco de rompimento dos cordonéis. - Vida da banda reduz-se 50% em regiões sujeitas a grande variações de temperaturas ACIDENTES - Pregos e materiais metálicos - Choques contra obstáculos (trilhos, pedras, buraco, meio-fio etc). CONFIGURAÇÃO (Arraste) - Eixos distanciados (varões) x bitrens 125 Pneus e recauchutagens Recuperação TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO Recapagem x recauchutagem Recuperação a quente x “a frio” (premoldado) Remanufatura do pneu ECONOMIA x SEGURANÇA - Do ponto de vista econômico, a recuperação é sempre vantajosa, pois reaproveita a carcaça, que representa mais de 70% do custo -Para conciliar este aspecto com a segurança, é preciso selecionar com critério o prestador de serviço. -É preciso selecionar com critério também as carcaças que serão recuperadas severas (estradas ruins e sobrecargas) não são bons candidatos à recuperação. 6 126 Pneus e recauchutagens Recuperação PNEUS QUE NÃO DEVEM SER RECUPERADOS D - Desagregação na zona do flanco, com levantamento ou queima dos cordonéis (sobrecarga ou baixa pressão). -Avaria no talão (baixa pressão, sobrecarga, aros inadequados, montagem ou desmontagem inadequadas). - Cortes extensos na carcaça . - Deslocamento entre as lonas e a banda de rodagem (baixa pressão, sobrecarga, velocidade excessiva, infiltração de pedras) -Banda de rodagem excessivamente desgastada (90% dos acidentes com pneus ocorrem nos 10% finais de uso. Deve-se retirar o pneu com sulco de 1,6 mm. - Retirada dentro desse limite evita acidentes, evita comprometimento das lonas e permite a raspagem necessária para a reforma. - 127 Pneus e recauchutagens Controle - Maneiras de controlar custos para escolher modelos - mais adequados para cada serviço: fichas e softwares - Pneus devem ser identificados (chips, marcação a fogo). - SISTEMA DE FICHAS - - Cartão de troca de pneus (com desenho) - - Registro do veículo – Pneus do veículo e sua posição - D - Ficha de quilometragem do pneu (ativos, em reparados, no estoque e mortos) - Registro diário de quilometragem do veículo – Cavalo e carreta devem ter fichas separadas. - SOFTWARES - RD TALENTUM, Produsoft, Vipal, Softran, Ad Hoc etc. - 128 Peças e material de oficina - PM = P.k/DM - PM = Custo/km de peças e material de oficina - P = Preço do veículo novo sem pneus - k = Coeficiente mensal de consumo (entre 0,9 e 1,4%) - DM = Quilometragem média mensal. - EXEMPLO - P = R$ 100.000,00 - k = 1,2% - DM = 10.000 km por mês - PM = 100.000 x 0,012/10.000 = R$ 0,1200 km - ALTERNATIVA Usar os dados da própria empresa - 129 Peças e material de oficina Exercício MBB 1620 trucado Fipe Valor do veículo completo sem pneus.......... 109.117,50 Taxa mensal de consumo de peças .................. 1,35% Quilometragem mensal ....................................... 9.553 Custo/km =123.570,00x 1,35/(100 x 9.553) Custo/km = 0,1722 Peças e material de oficina Noções de manutenção - MANUTENÇÃO DE OPERAÇÃO (motorista) D - - - Condução adequada - Observação constante do veículo, recorrendo à oficina sempre que constatar alguma irregularidade - Verificação constante dos instrumentos, indicadores, níveis de óleo, nível de água do radiador, - - Limpeza geral - - Guarda do veículo - 131 Peças e material de oficina Noções de manutenção - MANUTENÇÃO PREVENTIVA - - Prolongar a vida e reduzir paradas através de troca - - D antecipada de peças ou conjuntos - Vistoria do veículo a partir de planos progressivos baseados em quilometragem ou tempo (horas) - Aumenta a produtividade e melhora a qualidade (especialização) - Melhora o desempenho do veículo e aumenta sua vida - Permite padronização dos tempos dos troca e melhor controle da vida de peças e conjuntos. 132 Peças e material de oficina Noções de manutenção MANUTENÇÃQ CORRETIVA (de emergência) D - Consertos provocados por quebra de peças, desgaste anormal, curtos circuitos, estradas ruins, freadas bruscas, choques etc. - Além de reparar o veículo, é preciso identificar as causas, para que o defeito não se repita; - Exige mão-de-obra qualificada e experiente, para identificar e corrigir os defeitos. - 133 Peças e material de oficina Noções de manutenção MANUTENÇÃO DE CONJUNTOS D - Recuperação dos conjuntos fora do veículo, em bancadas apropriadas, a base de troca - Reduz horas ociosas do veículo e dos mecânicos - Melhora a qualidade do serviço - Exemplos: motor, câmbio, diferencial, motor de arranque, alternador, bateria, pneus, caixa de direção, panela de freios etc. CONTROLE DA MANUTENÇÃO - - Essencial para determinar a vida útil econômica - - Levantados a partir das ordens de serviços, documento - onde se registram custos das peças e mão-de-obra 134 Óleo de cárter L M = [PLM x (VC + VR)]/QM LM = Custo do óleo do motor por quilômetro PLM = Preço por litro do óleo de motor VC = Capacidade do cárter (em litros) VR = Reposição entre trocas (remonte) em litros (pode ser estimada em 0,5% do consumo de diesel). QM = Quilometragem entre trocas EXEMPLO: MBB L 1620 – Fonte: Fipe PLM = 4,74 QT = 15.000 km x Capacidade do cárter = 15 litros Reposição entre trocas = 9 litros LM = [4,74 x (15 + 9)]/15.000 = 4,74/15.000 LM = R$ 0,0076 135 Óleo de câmbio e diferencial LCD = (PLC x VC)/QT LCD = Custo do óleo de câmbio e diferencial por quilômetro PLC = Preço por litro do óleo de câmbio e diferencial VC = Capacidade do câmbio e diferencial (em litros) QT = Quilometragem entre trocas EXEMPLO: MBB L 1620 – Fonte: Fipe PLC = 9,27 QT = 45.000 km x Capacidade do câmbio e diferencial = 10,25 litros LCD = [9,27 x 10,25]/45.000 LCD = R$ 0,0021/km 136 Lavagem e graxas LG = PL/PQ LG = Custo de lavagem e graxas por quilômetro PL = Preço de uma lavagem (postos de serviço) PQ = Quilometragem entre duas lavagens EXEMPLO: MBB L 1620 – Fonte: Fipe PL = 89,48 QL = 4.536 km LG = 89,48/4.536 LG = R$ 0,0197/km 137 Planilha NTC de custos - Banco de dados com cálculos vinculados - Residual fixo - Remuneração sobre preço zero: 12% mais 1% para peças; - Depreciação exclui pneus - Pneus com 2 recapagens, perda de 20% - Seguro de casco - RCFDP e DM - Outras características 138 Plano de trabalho FRETES • • • • • • • • • • • Despesas Administrativas e de Terminais (DAT) Cálculo do frete-peso Exercícios Custos de coleta e entrega Custo Valor Custo de Gerenciamento de Riscos (GRIS) Taxas Pedágios Acréscimos e decréscimos Esclarecimento de dúvidas Discussão em grupo 139 Temas para discussão - Dúvidas remanescentes - Transportadoras presentes que calculam custos ou usam custos calculados por outras fontes (NTC, revistas etc) - Critérios de depreciação usados nas empresas - Critérios de remuneração de capital usados nas empresas - Fazem seguro de casco? Incluem no custo? - Incluem seguros DM e DP? - Experiência com pneus: durabilidade, número de recapagens, controles etc. - Combustível: controle, medidas de economia tomada pelas empresas. - Outros assuntos. 140