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Blog Televendas & Cobrança
Financiamento de veículos perde espaço para imóveis
04/12/2013
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Financiamento de veículos perde espaço para imóveis
por: Afonso Bazolli
em: Crédito
fonte: DCI
04 de dezembro de 2013 - 18:04
Financiamento-de-veiculos-perde-espaco-para-imoveis-televendas-cobranca
As pessoas físicas estão mudando aos poucos o perfil de suas dívidas de longo prazo
transformando os gastos com financiamento em imóvel em sua prioridade
orçamentária em detrimento de outros tipos de crédito, como o relacionado à compra
de um carro. Dados do Banco Central (BC) mostram que o estoque geral de crédito no
sistema financeiro nacional para compra da casa própria passou de R$ 189,3 bilhões
em dezembro de 2011 para R$ 306,4 bilhões até o meio do ano, aumento de 38,2%.
Em igual período o saldo total de crédito para financiamento de veículos passou de R$
177,6 bilhões para R$ 193,9 bilhões, crescimento de apenas 8,4%. Em dezembro de
2011 os recursos para financiamento imobiliário representavam 20,5% do total do
crédito para pessoas físicas. Em julho a participação aumentou para 26,1%. Em igual
período a participação dos empréstimos para aquisição de veículo entre famílias caiu
de 19,2% para 16,5%.
Em julho deste ano foram originados R$ 294,4 bilhões em novos créditos. Desse total,
7,8% foram fruto de operações para financiamento imobiliário para pessoas físicas e
outros 5,6% para aquisição de veículos. Em dezembro de 2011 essa proporção foi de
5,1% para imóveis e 7% para aquisição de veículo.
Outro dado relevante é que crédito imobiliário está ainda mais concentrado nas mãos
dos cinco maiores bancos do País – Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Itaú Unibanco e
Santander. Em dezembro de 2011, 95,9% do total de empréstimos eram feitos por
essas instituições, essa participação aumentou para 97,1% em julho desse ano. Os
cálculos foram feitos com base nos dados divulgados pelos bancos em seus balanços
em relação as estatísticas divulgado pelo Banco Central relativas a totalidade do
sistema.
Dentre esses cinco bancos, os dois públicos lideram a expansão e concentram ainda
mais o mercado. Em dezembro de 2011, o BB e a Caixa detinham 80,5% do estoque
total, em julho deste ano essa participação foi de 82,3%.
Para o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras
(Fipecafi), Sílvio Paixão, esse crescimento mostra que o brasileiro está confiante com o
futuro da economia, mesmo com o baixo crescimento apresentado pelo país no
segundo trimestre do ano.
“A compra de uma casa é uma decisão muito importante na vida de uma pessoa ou de
uma família. Para concretizar essa escolha é preciso estar confiante de que a renda se
manterá até que o final do financiamento”, afirmou.
Para o diretor presidente do Instituto Fractal de Análises de Mercado, Celso Grisi, esse
tipo de crédito é bom para os bancos e para as pessoas. Para as instituições financeiras
é um crédito de baixo risco e com uma demanda cada vez maior. As famílias, por sua
vez, encontram um juro menor em comparação a outros tipos de empréstimos
disponíveis no mercado o que melhora a composição da dívida e ainda se livram de
pagar o aluguel.
“As pessoas tendem a honrar mais o pagamento do financiamento de sua casa própria.
É a última conta que deixam de pagar. Além disso, em caso de calote o banco pode
retomar a posse, vender e recuperar, se não a totalidade, uma boa parte do valor do
financiamento. Esse crescimento deve continuar forte”.
“Ao contrário do carro, um imóvel tende a se valorizar com o passar dos anos e isso
mitiga muito o risco para os bancos”, acrescentou Celso Grisi.
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