iMobiliário
MERCADO REDUZ COMPRA ESPECULATIVA
HORA DE O BOOM IMOBILIÁRIO CHEGAR
AO MERCADO MOVELEIRO
O consultor Marcos França, da Assessoria Imobiliária Carlos
Meschini (São Paulo), comenta que o mercado imobiliário se
comportou de acordo com as expectativas. Passada a euforia
de valorização do metro quadrado, no início de 2011, as coisas
voltaram à normalidade. “Os clientes continuam absorvendo
as novas unidades residenciais que estão sendo colocadas à
venda, principalmente aquelas voltadas para a nova classe
média”, avalia. Segundo ele, o momento atual aponta uma
diminuição dos compradores especulativos. “Eles participavam
da compra/venda das unidades, esperando a rápida valorização.
Agora estamos tratando, de fato, com os futuros moradores.”
A valorização disparada nos preços dos imóveis no Brasil
mostra o superaquecimento do mercado imobiliário e traz
expectativas para o setor moveleiro. Mas, segundo o professor
de economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) José
Guilherme S. Vieira, o boom para a cadeia moveleira só se dá
algum tempo depois da alta do setor imobiliário, consequência
dos prazos de conclusão dos apartamentos e casas vendidos na
planta. Alguns com entrega em dois ou três anos.
Para ele, com o boom será perceptível a procura por móveis
planejados com preços acessíveis, já que as classes C e D estão comprando imóveis de metragem pequena (50 a 80 m²) e
precisam de móveis adequados a essas áreas. Da mesma forma,
apesar de já prever uma desaceleração no mercado imobiliário
para 2014, o economista acha que o setor moveleiro só deverá
sentir os efeitos depois.
Aproveitando essa demanda por móveis planejados com preços
acessíveis, Daniel Ferrarezi abriu uma pequena empresa, a Marceneiro Curitiba, no Paraná. Ele conta que a maior procura é dos
donos de pequenos apartamentos e fala do aumento nas vendas já
QR¿QDOGHTXHDFUHGLWDVHUXPUHÀH[RGDVHQWUHJDVGHLPyveis. “Mesmo no período de férias, que costuma ter pouca procura,
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Glademir Ferrari, presidente do Sindicato das Indústrias do
Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), comenta que
o balanço de 2011 ainda não foi fechado, mas espera-se um
crescimento em torno de 10% em relação a 2010, valor previsto desde o começo do ano. “A indústria moveleira teve bom
resultado no ano que passou, mas deve melhorar com a entrega
de novas casas, tanto do programa Minha Casa, Minha Vida,
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Divulgação/Agência Brasil
IMÓVEIS DE UM E DOIS QUARTOS DEVEM
PERMANECER LÍDERES DE VENDAS EM 2012
Entre os consultores imobiliários a expectativa é de que o ano
de 2012 repita as boas negociações do ano anterior. Entre os
imóveis mais procurados estão os compactos, de um e de dois
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forma de pagamento mais escolhida para as novas unidades.
França conta que, em média, 30% do valor do imóvel é pago
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diretamente com os bancos.
Divulgação/Agência Brasil
O financiamento é a
opção de pagamento mais
utilizada pelos brasileiros
na compra de imóveis
FIM DO ANO REGISTROU QUEDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Apesar dos bons índices imobiliários registrados em 2011
as vendas da indústria relativas ao material de construção,
tiveram uma queda em novembro, em relação a outubro, de
acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Materiais
de Construção (Abramat). O resultado acumulado de janeiro
a novembro do ano passado apresentou crescimento de 2,5%
em relação ao mesmo período do ano anterior.
Classe C impulsiona a venda de imóveis de um e dois quartos
Divulgação/Agência Brasil
MINHA CASA, MINHA VIDA ENTREGA
MAIS DE 300 MIL IMÓVEIS EM 2011
Programa “Minha Casa, Minha Vida” entregou
mais de 300 mil imóveis em 2011
18 | MÓBILE FORNECEDORES 240 | JANEIRO-MARÇO 2012
O programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal, gerou
354 mil contratos de moradia no ano passado. A informação foi
divulgada em dezembro, pela presidente Dilma Rousseff, durante
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que mais de 500 mil unidades estão em obras e que o Programa
gerou mais de 309 mil empregos formais até outubro de 2011. A
presidente disse ainda que o setor imobiliário ajudou a aumentar
o consumo e a manter a economia brasileira em crescimento.
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