ALEITAMENTO MATERNO 1º TEN BM MENDONÇA O QUE É O ALEITAMENTO MATERNO? O leite materno exclusivo é a alimentação ideal para todo o lactente até o 6º mês de vida. O leite humano dos primeiros dias, o colostro, tem menor volume, mais proteínas, eletrólitos, fatores imunológicos e de crescimento. A transição do colostro para o leite maduro ocorre entre o 7º e o 14º dia. O volume do leite aumenta significativamente em torno do 3º ao 5º dia de vida ( apojadura). O sucesso da amamentação depende da cultura, informação, motivação, experiências e vivências pessoais, preparo durante a gestação e apoio na maternidade e em casa. PRINCIPAIS VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A MÃE: -Retorno mais rápido ao peso pré-gestacional -Efeito anticoncepcional nos primeiros meses -Menor incidência de câncer(mama e ovário) -Melhora vínculo afetivo mãe-filho -Bebês mais ativos e mais tranquilos PARA A SAÚDE DA CRIANÇA: -Melhor digestibilidade -Proteção contra doenças infecciosas -Redução do risco de morte por diarréia/desnutrição -Colonização da pele e intestinos por bactérias da mãe -Menor incidência de asma/rinite -Menor incidência de dermatite/eczema -Melhor desenvolvimento neurocognitivo FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO E AMAMENTAÇÃO Durante a gravidez, a mama é estimulada pelo estrogênio e pela progesterona para a lactação. Após o parto a produção do leite é estimulada pela prolactina. O estímulo do contato do bebê com a mama, ou mesmo estímulos visuais e o choro do bebê, estimulam a produção de ocitocina. No intervalo das mamadas é produzido um leite com menor teor de gordura (leite anterior) e durante as mamadas o estímulo pela ocitocina vai produzir um leite mais gorduroso e mais calórico (leite posterior). Além da diferença entre o leite do início e o leite do fim da mamada, a composição varia muito entre as mulheres, as mamadas e os meses de lactação. TÉCNICA E MANEJO QUANDO? A primeira mamada deve ocorrer dentro da primeira hora de vida, mesmo na sala de parto. COMO? Posição correta do bebê no colo e do mamilo/aréola na boca do bebê: ”O bebê vai à mama e não a mama vai ao bebê”. -O braço da mãe sustenta todo corpo do bebê. -Tem que haver um bom contato da barriga da mãe com a barriga do bebê. -A mãe com a mão livre sustenta a mama, com o polegar e o indicador em C. -O polegar bem acima da aréola e os demais dedos sustentando a mama por baixo. -Esperar o bebê ficar com a boca bem aberta ( estimular roçando os lábios dele com o mamilo). -Numa pega boa , o queixo do bebê fica encostado na mama, e a aréola deve ficar mais visível acima da boca que abaixo dela. -Deixar o bebê esvaziar completamente a primeira mama e completar a mamada na segunda, e alternar o seio que é oferecido primeiro. O maior estímulo para o aumento da produçâo do leite é o esvaziamento periódico completo da mama. COM QUE FREQUÊNCIA? Deixar o bebê sugar por livre demanda, colocando no peito sempre que chorar ou manifestar fome. QUANTO TEMPO PARA CADA MAMADA? O ideal é deixar o bebê mamar quanto tempo quiser e com o intervalo que quiser. QUANTO LEITE O BEBÊ MAMA DE CADA VEZ? O suficiente para: dormir bem, ter o tempo entre as mamadas de 3 horas em média, volume das dejeções adequado e, principalmente, a evolução do peso é satisfatória. FATORES DE RISCO DE INSUCESSO: -Posição e pega inadequadas; -Intercalar líquidos açucarados ou outro leite; -Falta de suporte e orientação no início da amamentação; -Disponibilidade de mamadeiras, bicos e fórmulas; -Mães solteiras, adolescentese sem apoio da família; -Antecedente de mamoplastia redutora; -Insucesso na amamentação do filho anterior; -Atitude negativa do pai e dos avós; -Dor e desconforto intenso ao amamentar -Usar bicos e chupetas no início -Separação prolongada do filho no pós-parto -Bebês prematuros, baixo peso ou asfixiados DIFICULDADES: -Baixa produção de leite; -Apojadura dolorosa e ingurgitamento; -Dermatite, assaduras e fissuras; -Bebê hipoativo, suga mal; -Mastite CONTRA INDICAÇÕES: -A amamentação cruzada é contra indicada nos pacientes de mãe HIV+; -Doennças maternas muito graves, doenças psiquiátricas graves com risco para a criança; -Necessidade de uso de drogas incompatíveis com a amamentação como os imunosupressores. NÃO INTERROMPER A AMAMENTAÇÃO NOS CASOS DE: -Mastite -Infecções puerperais -Tuberculose em tratamento -Hepatite B “Leite Materno: Vale a Pena Investir”