Regeneração de nutrientes no sedimento e fluxos internos Carlos Vale, Miguel Caetano, Maria João Botelho Questão: Quais as principais escalas de variação de nutrientes em água dos viveiros na Ria Formosa? 1. Variação sazonal • Decréscimo de DIN e fosfato em Março • Aumento de clorofila a em Março • Importância do consumo 0.8 25 0.6 Fosfato (µM) 20 10 0.4 0.2 5 0.0 0 A B C Novembro A B C Dezembro A B Março C A B Novembro C A B Dezembro C A B Março C 8 6 clorofila a (µg/L) DIN (µM) 15 Viveiros A, B, C 4 2 0 A B C Novembro A B C Dezembro A B Março C Questão: Quais as principais escalas de variação de nutrientes em água dos viveiros? 2. Variação com o ciclo semi-diurno de maré (BM-PM) • Em geral, concentrações em BM superiores a PM • Efeito das fontes internas e externas (BM) e da diluição pela maré (PM) 0.8 25 20 0.6 DIN (µM) 10 Fosfato (µM) BM 15 PM 0.4 0.2 5 0.0 0 A B C Novembro A B C Dezembro A B Março C A B Novembro C A B Dezembro C A B Março Viveiros A, B, C C Questão: Quais as principais escalas de variação de nutrientes em água dos viveiros? A diferença entre concentrações em BM e PM varia com a amplitude de maré 160 4 120 3 80 2 40 1 Maré morta Maré viva 0 1 1.5 2 2.5 am plitude de m aré (m ) 3 0 3.5 Fosfatos (uM) Silicatos (uM) Diferença = [BM]-[PM] Questão: Qual a importância da regeneração interna dos nutrientes na Ria Formosa? Fluxos gerados no sedimento Regeneração na Zona Intertidal Regeneração nos Canais Fluxos advectivos Fluxos Difusivos (com a inundação) Fluxos Difusivos (período submerso) (submerso) Estimativa e Medição de Fluxos Fluxo difusivo – directamente proportional ao gradiente de concentrações entre a a água intersticial do sedimento e a coluna de água (estimado para sedimento submerso) Ji = - φ Ds ∂ Ci / ∂ x Água – 10 ug/L Sedimento - 100 ug/L J Estimativa e Medição de Fluxos Transporte advectivo –proportional à concentração na água intersticial do sedimento e permeabilidade do sedimento (estimado para curto período de inundação do intertidal) concentração T = Σ [(Ct+1-Ct)/ 2 – Ci] (ht+1-ht) Tempo enchente (min.) T J Porque é importante a regeneração interna de nutrientes na Ria Formosa? Devido à extensa área intertidal: 17 km2 (maré morta) a 71 km2 (maré viva) Relação directa entre Fluxos Difusivos e Temperatura areia vasa 23 25 150 750 20 15 500 12 10 10 50 250 5 0 0 0 March May HPO4 -2 flux (µmol.m -2 .d-1 ) - SUBTIDAL 40 Jul Sept Dec 30 60 27 23 25 30 20 40 16 20 15 12 10 10 20 10 5 0 0 March May Jul Sept Dec 0 HPO4 -2 flux (µmol.m -2 .d-1 ) - INTERTIDAL 100 Temp. (oC) 16 NH4 + flux (µmol.m-2 .d-1 ) - INTERTIDAL 30 1000 27 Temp. (oC) NH4 + flux (µmol.m -2 .d-1 ) - SUBTIDAL 200 Fluxos de Amónia e Fosfato •Diferem com o substrato •Variam sazonalmente com a temperatura Sazonalidade reflecte maior regeneração de nutrientes no sedimento com a temperatura Fluxos Advectivos: Efeito da temperatura e relevância 1000 NH4+ flux (µmol.m-2 .d-1) Março 800 Julho Fluxos Advectivos de Amónia e Fosfato aumentam com a temperatura (sazonalidade) 600 400 200 0 Intertidal Intertidal Subtidal 210 60 Julho 40 20 HPO4 -2 flux (µmol.m-2 .d-1) Março 0 Subtidal Intertidal Intertidal Fluxos Advectivos muito superiores ao Fluxos Difusivos de Amónia e Fosfato Estimativa da Quantidade de N e P regenerada anualmente nos sedimentos da Ria Formosa (amónia e fosfato) 360t (N) 84t (P) 12t (N) 3t (P) Regeneração na Zona Intertidal Fluxos advectivos (com a inundação) Fluxos Difusivos (período submerso) Regeneração nos Canais Fluxos Difusivos (submerso)