FATORES PREDITIVOS DA ASMA
NO ADULTO
Marina Andrade Lima
Coordenadora da unidade de pesquisas clínicas em
Pneumologia – IDT/HUCFF-UFRJ
Coordenadora da unidade de asma de difícil controle –
IDT/HUCFF –UFRJ
Diretora científica da SBPT 2008-10
Potencial Conflito de Interesse
CFM nº 1.59/00 de 18/5/2000
ANVISA nº 120/2000 de 30/11/2000
Nos últimos doze meses recebi apoio financeiro
em forma de diárias, passagem ou apoio didático para
participação em evento médico
Boeringher, Glaxo Smithklein, Novartis, Merck, Aché
Sou funcionária de entidade governamental
Instituto de Doenças do Tórax / Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Nos últimos doze meses trabalhei no desenvolvimento de pesquisas
clínicas envolvendo as seguintes empresas
Novartis, Asthmatx, Broncus, Gilead, Actelion, AztraZeneca, Jansen Cilag,
Sou membro de organização não-governamental destinada a defesa de
interesses de profissionais de saúde
Diretora científica da SBPT 2008-2010
GENÓTIPOS
• Epigenética: alterações herdadas de mitose e
meiose do fenótipo ou estados de expressão
genética que não são codificadas na própria
sequência de DNA
• Mudanças na metilação do DNA ou modificações
nas histonas podem ativar ou inativar
seletivamente genes que controlam crescimento
celular, proliferação e apoptose
• Ex: exposição pré-natal à fumaça de cigarro pode
alterar a metilação do DNA
Am J Respir Crit Care Med 2009;180:edit
FENÓTIPOS
• Características visuais de um organismo
resultantes da interação entre genética e meio
ambiente
• Asma = coleção de diversos fenótipos, diversas
síndromes que se superpoem, ao invés de
uma doença única
• Importância? Desenvolvimento de terapias
direcionadas para os fenótipos (anti-IL5, antiIgE…)
Lancet 2006; 398(9537):804-13
FENÓTIPOS
• Não são categorizações fixas, estanques,
imutáveis
• Variam na dependência das interações com o
meio ambiente
• Interações substanciais entre eles
Lancet 2006; 398(9537):804-13
FENÓTIPOS
• Características visuais de um
CLÍNICO
FISIOLÓGICO
GATILHOS
INFLAMATÓRIO
Gravidade
Aspirina ou AINE
Eosinofílico
Tendência
exacerbação
Alérgenos
ambientais
Neutrofílico
Restrição
funcional crônica
Ocupacional
Paucigranulocítico
Resistência ao
tratamento
Ciclos menstruais
Exercício
Idade de início
Lancet 2006; 398(9537):804-13
JANELA DE OPORTUNIDADE
• Observa-se muito pouca deterioração da
função pulmonar (VEF1/CVF) entre a idade
escolar e o início da vida adulta, comparando
asmáticos e não-asmáticos
• Os anos pré-escolares são um período de
desenvolvimento da janela de oportunidade
para o estabelecimento de déficits na função
pulmonar e remodelamento das vias aéreas
na asma
Proc Am Thorac Soc 2009;6:272-77
JANELA DE OPORTUNIDADE
• Crianças que desenvolverão asma são mais
propensas a déficits persistentes e adquiridos na
função pulmonar se os primeiros sintomas da
doença ocorrem nos primeiros 3 anos de vida
• Janela de oportunidade antes dos 3 anos
• Espessamento da membrana basal, inflamação
eosinofílica (bx brônquica) > pré-escolares
sibilantes contra controles
• Nenhum dos achados em sibilantes < 1 ano
Proc Am Thorac Soc 2009;6:272-77
JANELA DE OPORTUNIDADE
• Remodelamento ocorre bem no início da vida e
determina doença persistente na fase adulta
• Maiores estímulos para sibilância → viroses →
predisposição a alterações funcionais e
estruturais = asma
• Interação entre predisposição genética e fatores
ambientais em períodos críticos da vida precoce
podem influenciar definitivamente os fenótipos
expressados depois (doença pulmonar crônica do
prematuro / broncodisplasia )
Proc Am Thorac Soc 2009;6:272-77
VIROSES – VILÕES?
• Sibilância persistente até fase pré-púbere e déficit
de função pulmonar têm forte associação com
infecções por VSR (Sincicial respir)
• Suscetibilidade ao RV (Rhino) – fator que liga
sibilância precoce e asma posterior →
aerossensibilização poderia gerar meio propício
nas vias aéreas; fatores genéticos?
• Maior parte das crianças pré-escolares que
sibilaram sem estarem sensibilizadas por
aeroalérgenos, não mantiveram sintomas na vida
escolar
Proc Am Thorac Soc 2009;6:272-77
VIROSES – VILÕES?
• Estudo prospectivo com 3963 crianças
acompanhadas por 8 anos
• Creches expõem crianças a mais infecções na
vida
precoce
e
assim
previnem
desenvolvimento de asma e alergias
• Com 8 anos foram avaliadas para
sensibilização a aeroalérgenos
Am J Respir Crit Care Med 2009;180:491-98
VIROSES – VILÕES?
Creche
precoce
• 0 a 2 anos
Creche
tardia
• 2 a 4 anos
nenhuma
• Abaixo dos 4 anos
Am J Respir Crit Care Med 2009;180:491-98
VIROSES – VILÕES?
• Creche precoce está associada com
aumento de sintomas respiratórios
até os 4 anos
• Menos sintomas entre 4 e 8 anos
• Nenhuma proteção contra asma,
hiperresponsividade ou sensibilização
alérgica aos 8 anos
Am J Respir Crit Care Med 2009;180:491-98
FATORES PREDITIVOS DA ASMA NO
ADULTO
• Sexo
• Anormalidades
precoces na função
pulmonar
• Hiperreatividade das
vias aéreas
• História familiar de
asma
• Atopia
• Uso de medicamentos
(acetaminofen, ATBs)
• Exposição a alérgenos
• Rinite
• Exposição a
endotoxinas
• Exposição ocupacional
• Poluição
• Infecções respiratórias
• Exposição ao cigarro
• Obesidade
• Idade e dieta materna
O RIO DE JANEIRO CONTINUA LINDO… E FICARÁ MELHOR AINDA!
2016!!
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