A Produção Industrial Capítulo 8 páginas 138 a 144 páginas 147 a 152 6ºANO Professora: Maria Christina 3º Bimestre Cadeia Produtiva Para que uma mercadoria fique pronta e seja posta à venda, são necessárias diversas etapas de produção. Tais etapas compreendem desde o plantio, a retirada ou colheita de algum recurso da natureza que servirá de matéria-prima até o planejamento das estratégias de venda do produto final. O conjunto das atividades que começam com a produção da matériaprima, passando pela produção da mercadoria, a chegada do produto às mãos do consumidor e terminam quando esse produto é descartado como lixo recebe a denominação de cadeia produtiva. Entre o agricultor que produz o algodão e a calça jeans pronta, há muita gente trabalhando. O algodão que foi colhido e ensacado é transportado para a indústria têxtil, onde será transformado em fios e tecidos. Esse tecido também pode ser tingido na indústria têxtil. As fábricas de roupas compram o tecido diretamente das tecelagens ou de empresas especializadas no corte e na preparação de moldes que serão utilizados na confecção da calça. Geralmente a calça tem enfeites e acabamentos de diferentes materiais, o que envolve o trabalho de muitas outras pessoas na empresa. Cadeia Produtiva de uma calça jeans A cadeia produtiva de uma calça jeans conta ainda com o estilista, profissional que “desenha” os modelos de acordo com as tendências da moda. Como você pode perceber, muita ente participa da produção de uma calça. A cadeia de produção tem início no ambiente do campo, com o cultivo do algodão e prossegue no ambiente da cidade, onde se concentram as indústrias. Finalmente, chega aos consumidores por meio das lojas, espalhadas pelos mais diversos lugares. As etapas de uma cadeia produtiva integram setores econômicos distintos. Observe a figura ao lado. Os setores econômicos • • • • As atividades da cadeia produtiva integram os três setores da economia: Setor primário inclui as atividades da agricultura, da pecuária (criação de animais) e do extrativismo (extração de minerais e vegetais em pequenas quantidades, caça e pesca). Setor secundário inclui as atividades da indústria: indústria de transformação (que produz bens como computadores, roupas, etc.), construção civil (construção de casas, avenidas, rodovias, aeroportos, etc.) e indústria de mineração (extração e beneficiamento de minerais em grandes quantidades). Setor terciário inclui as atividades do comércio e da prestação de serviços. O comércio é a atividade de compra e venda de mercadorias. Os serviços incluem desde lavarápidos até empresas de informática. Por isso, são divididos em tradicionais (barbeiros, manicures, etc.) e superiores, nos quais se incluem as firmas de seguros, os bancos, as empresas de assessoria em informática, etc.602 A População Economicamente Ativa Para que a economia funcione e gere riquezas, é preciso que existam pessoas trabalhando. A população economicamente ativa (PEA) de um país é a soma das pessoas que trabalham ou que estão procurando emprego. A PEA pode ser dividida segundo os setores da economia. A estrutura de emprego de um país corresponde à divisão da PEA entre os setores econômicos. A economia atual emprega cada vez mais trabalhadores no setor terciário. Isso ocorre em diversos países do mundo, inclusive no Brasil. Já a população economicamente inativa (PEI) corresponde à parcela da população que não está empregada, como crianças, aposentados, deficientes, estudantes, etc. ou que não exerce atividades remuneradas como donas de casa. 601 O controle da cadeia produtiva As transnacionais são empresas que instalam suas fábricas e escritórios em vários países do mundo. O comando é feito a partir da sua matriz. Essas empresas procuram baixar seus custos aproveitando vantagens como, por exemplo, isenção de impostos. Como têm um papel importante na economia de países pobres, as transnacionais acabam influenciando, muitas vezes, decisões dos governantes desses países. EMPRESAS TRANSNACIONAIS No Brasil, a entrada de empresas transnacionais começou a ganhar importância durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Neste governo instalaram fábricas no Brasil as seguintes empresas: Ford, Volkswagen, Willys, GM, entre outras. Podemos citar como exemplos de multinacionais que atuam no Brasil atualmente e seus países de origem: IBM (Estados Unidos), Volkswagen (Alemanha), Fiat (Itália), General Motors (Estados Unidos), Toyota (Japão), Nokia (Finlândia), Nestlé (Suíça), Sony (Japão), Siemens (Alemanha), Dell (Estados Unidos), Peugeot (França), entre outras. Existem também empresas multinacionais de origem brasileiras, atuando em outros países. Podemos citar como exemplos a Petrobras, Vale do Rio Doce, Sadia, Perdigão, Weg, Alpargatas, Gerdau, entre outras. Globalização A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma Aldeia Global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. A globalização de produção O desenvolvimento de transportes permitiu alcançar alta velocidade e grande capacidade de carga a custos cada vez menores. Assim, as fábricas de peças ou de partes de mercadorias podem estar em muitos países. A organização do trabalho industrial Para conseguir distribuir as unidades de produção pelo mundo, as indústrias passaram por uma série de mudanças. A primeira indústria, surgida na Inglaterra, foi a têxtil, exigindo que fossem construídos lugares especiais para a produção. Daí surgiram as fábricas, espaços onde eram colocados os teares e as máquinas a vapor. No final do século XIX, outras mudanças que ocorreram devido ao desenvolvimento tecnológico alteraram o modo de produção industrial. A criação do motor de explosão e a descoberta de eletricidade ampliaram a capacidade das máquinas. A partir daí, a indústria passou a usar as novas fontes de energia, como o petróleo e as quedas d’água usadas para gerar eletricidade. As inovações e os trabalhadores Uma das inovações mais importantes na produção industrial foi a introdução de robôs. Inicialmente, eles foram utilizados somente para operar em locais que colocavam a vida dos trabalhadores em risco, como ambientes radioativos ou de temperaturas muito elevadas. Porém, aos poucos, acabaram sendo utilizados para desenvolver funções rotineiras nas linhas de montagem. Essa inovação levou à perda do emprego por muitos trabalhadores, cujo trabalho passou a ser feito pelos robôs. O desemprego causado pelas novas tecnologias – como a robótica e a informática – recebe o nome de desemprego estrutural. Ele não é resultado de uma crise econômica, e sim das novas formas de organização do trabalho e da produção. Tanto os países ricos quanto os pobres são afetados pelo desemprego estrutural, um dos mais graves problemas de nossos dias. As indústrias e o destino da produção Uma das formas que podemos utilizar para a classificação das indústrias é de acordo com o destino da sua produção. Dependendo da finalidade a que se destinam os bens que são produzidos, podemos agrupar as indústrias em dois tipos: Indústrias de bens de produção transformam os recursos naturais em matérias-primas que serão utilizadas por outras indústrias. É o caso, por exemplo, das indústrias siderúrgicas e metalúrgicas. As siderúrgicas transformam metais encontrados no ambiente natural, como minério de ferro, em chapas de ferro e aço. Já as metalúrgicas transformam o ferro e o aço, produzindo peças que serão utilizadas por outras indústrias, como a automobilística. Também são consideradas indústrias de bens de produção as que se dedicam à fabricação de máquinas e ferramentas usadas em processos industriais. Indústrias de bens de consumo produzem bens que serão vendidos ao consumidor final, como roupas, sapatos e eletrodomésticos. Elas dividem-se em dois grupos: bens de consumo duráveis e não-duráveis. As indústrias de bens de consumo duráveis produzem mercadorias que não são trocadas com freqüência, como automóveis e eletrodomésticos. Já as indústrias de bens de consumo nãoduráveis produzem mercadorias de primeira necessidade, de consumo constante e de rápida reposição, como roupas e alimentos. INDÚSTRIAS DE BENS DE PRODUÇÃO Transformam os recursos naturais em matérias-primas que serão utilizadas por outras indústrias. É o caso, por exemplo, das indústrias siderúrgicas e metalúrgicas. As siderúrgicas transformam metais encontrados no ambiente natural, como minério de ferro, em chapas de ferro e aço. Já as metalúrgicas transformam o ferro e o aço, produzindo peças que serão utilizadas por outras indústrias, como a automobilística. Também são consideradas indústrias de bens de produção as que se dedicam à fabricação de máquinas e ferramentas usadas em processos industriais. As indústrias de alta tecnologia As indústrias que fabricam produtos como aviões, computadores, jogos eletrônicos e tecidos sintéticos para a confecção de roupas são classificadas como indústria de alta tecnologia. São assim denominadas porque os bens que produzem necessitam de conhecimentos e tecnologias avançados para a sua elaboração. Para a produção desses bens é necessário investir em pesquisas e constante aprimoramento. Os pólos tecnológicos Além da modernização tecnológica, as indústrias de alta tecnologia empregam pessoal altamente capacitado, como cientistas e técnicos especializados. Os pesquisadores são fundamentais para as indústrias de alta tecnologia: eles são os “cérebros” que criam as novidades. As universidades e os institutos de pesquisa formam os pesquisadores e, por isso, as indústrias de alta tecnologia costumam se localizar junto a essas instituições. Muitas vezes os testes para aperfeiçoamento dos produtos são realizados nas instalações desses institutos e universidades. Esse modelo de instalação de indústrias de alta tecnologia é conhecido como pólo tecnológico. Nele, as indústrias surgem em torno de centros de excelência, onde cientistas altamente qualificados desenvolvem suas pesquisas em busca de novos produtos e materiais. As indústrias com intenso consumo energético Há indústrias que consomem muita energia para processar os recursos naturais e transformá-los em matéria-prima para outras indústrias. Por essa razão, essas indústrias freqüentemente se localizam junto a fontes energéticas, como reservas de carvão mineral ou mesmo usinas hidrelétricas.