Zoroastrismo
Localização geográfica / histórica
O Zoroastrismo, Masdeísmo, Matismo ou Parsismo apareceu na antiga
Pérsia, actual Irão, no século VI a.C. e foi fundada pelo profeta Zaratustra.
A sua origem está directamente ligada ao contexto social da época, onde
existiam três classes: A dos chefes e sacerdotes, a dos guerreiros e a dos
criados.
Deus - Zaratustra
Zaratustra, mais conhecido na
versão grega de seu nome,
Zωροάστρης (Zoroastres,
Zoroastro), foi um profeta nascido
na Pérsia (actual Irão),
provavelmente em meados do
século VII a.C. Ele foi o fundador do
Masdeísmo ou Zoroastrismo,
religião adoptada oficialmente
pelos Aquemênidas (558 – 330
a.C.). A denominação grega
Ζωροάστρης significa
contemplador de astros. É uma
corruptela do avéstico Zarathustra
(em persa moderno: Zartosht ou
.)‫زرتشت‬O significado do nome é
obscuro, ainda que, certamente,
contenha a palavra ushtra
(camelo).
Doutrinas e Crenças
O Zoroastrismo deixou traços nas principais religiões mundiais como o judaísmo,
cristianismo e islamismo através das seguintes crenças:
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Imortalidade da alma
Vinda de um Messias
Ressurreição dos mortos
Juízo final
A doutrina de Zaratrusta foi espalhada oralmente e as suas reformas não podem
ser entendidas fora de seu contexto social. O indivíduo pode receber recompensas
divinas se lutar contra o mal no seu quotidiano, como pode também ser punido
após a morte caso escolha o lado do mal. Os mortos são considerados impuros,
então não são enterrados, pois consideram a terra, o fogo e a água sagrados. Eles
deixam-nos em torres para serem devorados por aves de rapina.
Escatologia individual
A escatologia individual do zoroastrismo afirma que três dias após a morte
a alma chega à Ponte Cinvat. A alma de cada pessoa percepciona então a
materialização dos seus actos : uma alma que praticou boas acções vê
uma bela virgem de quinze anos, enquanto que a alma de uma pessoa má
vê uma megera.
Cada alma será julgada pelos deuses Mithra, Sraosha e Rashnu. As almas
boas poderão atravessar a ponte, enquanto que as más serão lançadas
para o inferno; as almas que praticaram uma quantidade idêntica de boas
e más acções são enviadas para o Hamestagan, uma espécie de
purgatório.
As almas elevam-se ao céu através de três etapas, as estrelas, a Lua e o
Sol, que correspondem, respectivamente, aos bons pensamentos, boas
palavras e boas acções. O destino final é o Anagra Raosha, o reino das
luzes infinitas.
Locais de culto
Os templos religiosos do zoroastrismo, onde se desenrolam as
cerimónias e se celebram os festivais próprios da religião, são
conhecidos como templos de fogo.
Estes edifícios possuem duas partes principais. A mais importante é a câmara
onde se conserva o fogo sagrado, que arde numa pira metálica colocada
sobre uma plataforma de pedra. Os sacerdotes zoroastrianos visitam o fogo
cinco vezes por dia e procuram mantê-lo aceso. Recitam também orações
perante o fogo com a boca tapada por um tecido, de modo a não
contaminarem o fogo. Este respeito pelo fogo sagrado levou a que os
zoroastrianos fossem chamados de "adoradores de fogo", o que constitui um
erro, na medida em que o fogo não é adorado em si, mas como um símbolo
da sabedoria e luz divina de Ahura Mazda. Os templos de fogo mais
importantes do Irão e da Índia mantêm uma chama de fogo sagrado a arder
perpetuamente.
Rituais
O zoroastrismo não determina que os membros devam realizar
um número obrigatório de orações por dia. Os zoroastrianos
podem decidir quando e onde desejam orar. A maioria dos
zoroastrianos reza várias vezes por dia, invocando a grandeza de
Ahura Mazda. As orações são feitas perante uma chama de
fogo.
O Navjote é uma cerimónia de iniciação obrigatória destinada às
crianças zoroastrianas que deve acontecer entre os sete e os
quinze anos de idade. É importante que a criança já conheça as
principais orações da religião.
Antes da cerimónia começar a criança toma uma banho ritual de
purificação (Naahn). Durante a cerimónia, conduzida pelo
mobed e na qual estão presentes familiares e amigos, a criança
recebe o sudreh (ou sedra, uma veste branca de algodão) e o
kusti (um cordão feito de lã) que ata na sua cintura. A partir
deste momento o zoroastriano deve usar sempre o sudreh e o
kusti.
O casamento zoroastriano implica dois momentos distintos. No
primeiro, os noivos e os seus padrinhos assinam o contrato de
casamento. Segue-se a cerimónia propriamente dita durante a
qual as mulheres da família colocam sobre a cabeça dos noivos
um lenço; simultaneamente dois cones de açúcar são esfregados
um contra o outro. O lenço é então cosido, simbolizando a união
do casal. As festas do casamento podem prolongar-se entre os
três e os sete dias.
Festas
As comunidades zoroastrianas actuais regem-se por três calendários diferentes:
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o Fasli (usado pelos Zoroastrianos Iranianos e alguns Parses);
o Shahanshahi (usado pela maioria dos Parses); e
o Qadimi (este último o menos utilizado de todos).
O que significa que as festas religiosas podem ser celebradas em diferentes dias,
nestes calendários cada mês e cada dia do mês recebe o nome de um Amesha Spenta
ou de um Yazata. Os zoroastrianos celebram seis festivais ao longo do ano - os
Gahambars - cujas origens se encontram nas diferentes actividades agrícolas dos
antigos povos do planalto iraniano e nas estações do ano.
Noruz é o Ano Novo Persa celebrado no dia 21 de Março no calendário Fasli (os Parses
celebram o Noruz em meados de Agosto). Por volta deste dia os zoroastrianos colocam
nas suas casas uma mesa com sete itens: um vaso com rebentos de lentilhas ou de
trigo, um pudim, vinagre, maças, alho, pó de sumagre, frutos da árvore jujube; outros
elementos que enfeitam a mesa são moedas, o Avesta, um espelho, flores e uma
imagem de Zaratustra. O Noruz é celebrado com o uso de roupas novas, com o
consumo de pratos especiais, com a troca de presentes e com a celebração de
cerimónias religiosas. O fogo tem nele um significado especial. Seis dias depois do
Noruz os zoroastrianos festejam o nascimento de Zaratustra.
Textos religiosos
O principal texto religioso do zoroastrismo é o
Avesta. Julga-se que a actual forma do Avesta
corresponde a apenas uma parte de Avesta
original, que teria sido destruído em resultado
da invasão de Alexandre o Grande.
O Avesta divide-se em várias secções, das
quais a principal é o Yasna (Sacrifícios). O Yasna
inclui os Gathas, hinos que se julga terem sido
compostos pelo próprio Zaratustra. O Vispered
é essencialmente um complemento do Yasna.
O Vendidad é a secção que contém as regras de
pureza da religião, podendo ser comparado ao
Levítico da Bíblia. Os Yashts são hinos
dedicados às divindades.
Para além do Avesta, existem os textos em
palavi, escritos na sua maior parte no século IX.
Trabalho realizado por:
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Ana João Silva nº4;
Mariana Oliveira nº16;
Sara Oliveira nº23;
Ivo Garcia nº26.
Turma: 1008
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