FOLHA DE LONDRINA - PR
Economia
02/09/2010
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Consumidor paga mais caro pelo gás
de cozinha
Aumento médio fica em 3%; distribuidoras repassam para
o botijão o reajuste dos salários dos trabalhadores do
setor
Andréa Bertoldi
Equipe da Folha
Curitiba - O gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido
como gás de cozinha, fica mais caro para o consumidor nesta
semana. O aumento médio deve ser de 3% o que vai
representar de R$ 1,00 a R$ 1,50 no preço final do botijão de
13 Kg. O motivo é o reajuste dos salários dos trabalhadores
do setor que têm data-base em setembro e reivindicam o
INPC (Índice Nacional de Preços) do período (4,44%) mais
5% de aumento real.
O repasse das distribuidoras de gás para as revendas
começou ontem. O presidente do Sindicato dos Revendedores
de Gás do Paraná (Sinregás-PR), José Luiz Rocha, disse que
como as revendas normalmente trabalham com pouco
estoque, o reajuste deve chegar ao consumidor de imediato.
Segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço
médio do botijão em Curitiba era de R$ 35,98 na última
semana de agosto, mas variava de R$ 34,00 a R$ 38,00.
Londrina praticava preço médio de R$ 40,41, mas os preços
oscilavam entre R$ 40,00 e R$ 41,00.
Rocha acredita que o mercado não deve repassar o aumento
de forma igual, ou seja, o reajuste pode ficar um pouco abaixo
ou acima de 3%. Mas, prevê que todas as revendas elevem o
preço para o consumidor.
A previsão dele é que o acordo salarial dos trabalhadores
esteja concluído até 15 de setembro. Hoje, o Paraná conta
com 2.200 revendas autorizadas, mas Rocha estima que, para
cada loja regular existam duas clandestinas. Ele alerta o
consumidor a procurar revendas legalizadas, além de
pesquisar preços antes de comprar.
O Sindicato das Distribuidoras de Gás (Sindigás) esclareceu,
por meio de nota, que os preços do GLP são livres em todos
os elos da cadeia. Não há tabelamento e, por isso, os valores
sofrem variações para cima e para baixo de maneira não
uniforme.
Jornais & Revistas – matéria retirada da Internet
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Ainda segundo a nota, as distribuidoras associadas não
reportam ao Sindigás qualquer aumento ou baixa de preço. A
entidade ainda informou que ocorrerá um reajuste inevitável
de custos para as distribuidoras com a elevação dos salários
dos trabalhadores, o que poderá levar a um ''eventual impacto
na formação dos preços ao consumidor final''.
No entanto, o Sindigás esclareceu que não há qualquer
indicativo de aumento de preços generalizado. Como o
mercado tem autonomia para fixar seus preços, cabe ao
consumidor pesquisar aquele revendedor que tem condições
comerciais mais vantajosas.
Preço médio do GLP nas
últimas quatro semanas
Período Curitiba Londrina
1º a 8/8 R$ 36,02 R$ 40,41
8 a 14/8 R$ 36,08 R$ 40,44
15 a 21/8 R$ 36,07 R$ 40,42
22 a 28/8 R$ 35,98 R$ 40,41
Fonte: ANP
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