Anais do Encontro Nacional de Recreação e Lazer
Lazer, corpo
e sociedade:
Resumo
múltiplas extensões
do humano e suas
relações com o
tempo livre e a
alienação
Este artigo tem por principal objetivo explanar o conceito de corpo como um
reflexo da cultura, mostrar o corpo como objeto da sociedade, corpo sujeito
nas múltiplas extensões do humano e as relacioná-los com o lazer. Para que
dessa forma haja um maior entendimento do abordado sobre a relação entre o lazer, o corpo e a sociedade. Esta pesquisa teve o apoio metodológico
na pesquisa bibliográfica autores que abordam os temas: corpo, corporeidade, corpo-sujeito, corpo-objeto, filosofia e lazer. No procedimento educativo, proporciona-se a existência de situações lúdicas e contextuais, beneficiando assim a constituição do conhecimento a partir da realidade situada,
valorizando a história de vida de cada um e situando marcos de identidade
cultural, por meio de temas extraídos do habitual e da realidade. Chegando
a uma conclusão de que nossa sociedade é altamente consumista, onde os
corpos são formas fundamentais de consumo e de lazer.
Palavras-chave: Corpo. Sujeito. Objeto.
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Introdução
Corpo reflexo da cultura
O presente artigo é sobre a relação entre corpo, cultura e lazer como um objeto
da sociedade.
O estudo sobre o corpo, e os vários usos que fazemos dele é importante porque
ele é o espaço físico onde está localizado o indivíduo moderno. É importante
lembrar que o corpo é construído historicamente, e sendo construído historicamente podemos localizar bem o significado ou a percepção do que vem a ser
corpo para cada época ou ao longo da história.
Encontrar uma definição de corpo para o homem sempre foi uma tarefa difícil,
pois a percepção desta estrutura relativa e dependentemente de alguns fatores
culturais, religiosos e educacionais (SILVA, 1998). Da mesma forma que o meio
cultural é o acúmulo de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo da existência humana, este meio acaba influenciando também as ações do homem.
Encontrar uma definição de corpo para o homem sempre foi uma tarefa difícil,
pois a percepção desta estrutura relativa e dependentemente de alguns fatores
culturais, religiosos e educacionais (SILVA, 1998). Da mesma forma que o meio
cultural é o acúmulo de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo da existência humana, este meio acaba influenciando também as ações do homem.
A imagem corporal é a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio. Assim discute-se qual seria o corpo perfeito e dessa forma cria-se um corpo objeto
da sociedade. Os produtos da indústria cultural são criados com a finalidade de
se ajustar e de refletir a realidade social.
Do latim corpus, o termo corpo abrange várias acepções. Refere-se, por exemplo,
O nosso corpo é sujeito ao nosso cérebro, por mais que se pense em reações corporais, na verdade, elas acontecem em nossa cabeça. Todo mundo sabe que mesmo
sem serem através dos toques, as sensações acontecem, quase que perfeitas.
àquilo que tem uma extensão limitada e que é perceptível pelos sentidos, ao
conjunto dos sistemas orgânicos que constituem um ser vivo, ao conjunto das
coisas contidas numa obra escrita e à espessura ou densidade dos líquidos.
Este artigo tem por principal objetivo explanar o conceito de corpo como um reflexo da cultura, mostrar o corpo como objeto da sociedade, corpo sujeito nas
múltiplas extensões do humano e as relacioná-los com o lazer.
Afinal, o que é corpo? Para Neto (1996, p. 9): “O corpo é a base da percepção
e organização da vida humana nos sentidos biológicos, antropológicos, psicológicos e sociais”. Desse modo, todo nosso agir, falar, sentir, andar e pensar representam modos de vida diferentes, de um determinado grupo social.
Hoje, em dia o corpo nunca foi tão falado. Quanto mais se explora o corpo,
mais ele se torna interminável, o corpo não é mais uma unidade, mas uma
ligação entre os corpos. Cada vez mais o corpo tem que se adequa ao meio
em que vive o individuo, como afirma Sant’anna (2001, p. 127):
Está organizado em três partes, na primeira será abordado o corpo como um
reflexo da cultura, do meio em que vive, advindo de alguns fatores culturais,
religiosos e educacionais, ou até mesmo por meio do acúmulo de conhecimentos adquiridos ao longo da existência humana que acabam influenciando as ações dos mesmos. Na segunda parte optamos por abordar a imagem
corporal e a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio, buscando
compreender a avaliação que as pessoas fazem de sua vida, relevando como o
corpo pode sofrer influências culturais passando a ser um objeto de consumo
da sociedade em que está situado. E por fim na terceira parte elencamos o
corpo sujeito nas múltiplas extensões do humano além do corpo biológico,
e como a corporeidade é compreendida na ação intencional do sujeito que é
político, social e afetivo.
A metodologia utilizada reside em um método bibliográfico, com levantamento
dos registros de leitura em documentos impressos, utilizando-se de dados teóricos já trabalhados por outros autores.
A velocidade também passa a ser condição de sucesso, poder e riqueza. Aquele
que se quer desvencilhar do peso de tudo teme carregar muito corpo, muita
memória, muita identidade. E se vê ameaçado constantemente pela vertigem da compulsão e pela depressão aniquiladora. E faz pensar que os apelos
do mercado colocam a vida na moda. Então, envelhecer ou morrer também se
comercializa, pois a imortalidade é aqui, nesta vida”
O homem não tem um corpo separado da alma. Aquilo que chamamos de corpo
é a parte da alma que se distingue pelos seus cinco sentidos (BLAKE).
Meneghetti (2004, p. 105), refletindo sobre a constituição do ser humano, diz: “O
corpo é todo. É no corpo que somos o que somos. É nele que nossa individuaSesc | Serviço Social do Comércio
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lidade se apresenta inteiros.” Isso mostra que nós seres humanos temos muito
ainda a conhecer e aprender sobre o nosso processo constitucional, tanto do
ponto de vista social quanto cultura. Sobre esse corpo complexo que cada ser
humano é, Sant’Anna (2001, p. 3) afirma que “Território tanto biológico quanto
simbólico, processador de virtualidades infindáveis, campo de forças que não
cessa de inquietar e confortar, o corpo talvez seja o mais belo traço da memória
da vida. Verdadeiro arquivo vivo, inesgotável fonte de desassossego e de prazeres, o corpo de um individuo pode revelar diversos traços de sua subjetividade e
de sua fisiologia, mas, ao mesmo tempo, escondê-los.”
O conhecimento depende da existência do mundo, o qual é inseparável do nosso corpo, da nossa linguagem e da nossa história social. O conhecimento é o
resultado da interpretação contínua que emerge da nossa capacidade de compreender; e essa capacidade é originada nas estruturas do nosso corpo através
de experiências de ação que vão surgindo ao longo da nossa história cultural
(VARELA, 1966). Assim o nosso corpo sempre estará em mudanças diversas,
pois ele é a representação do meio em que vive e da cultura que absorve.
Corpo objeto da sociedade
A imagem corporal é a maneira pela qual o corpo se apresenta para si próprio. A
indústria cultural pelos meios de comunicação encarrega-se de criar desejos e
reforçar imagens padronizando corpos. Olhares voltam-se ao corpo na modernidade sendo moldado por atividades físicas, cirurgias plásticas e tecnologias
estéticas (RUSSO).
A imagem corporal vem sendo usada frequentemente. Tavares (2003) diz que a
compreensão do conceito de Imagem Corporal está vinculada ao significado
dos termos imagens e corpo e que sua definição não é simplesmente uma questão de linguagem, tem uma dimensão muito maior, se pensarmos na subjetividade de cada indivíduo.
Dessa forma busca-se compreender a avaliação que as pessoas fazem de sua
vida, pois o corpo, por sofrer influência cultural, passa a ser um objeto de consumo da sociedade em que está situado. As pessoas aprendem a avaliar seus
corpos através da interação com o ambiente, assim sua autoavaliação da imagem é desenvolvida e reavaliada continuamente durante a vida inteira (BECKER,
1999), mas as necessidades de ordem social ofuscam as necessidades individuais. Somos pressionados em numerosas circunstâncias a concretizar, em nosso
corpo, o corpo ideal de nossa cultura (TAVARES, 2003).
A mídia está cada vez tratando o corpo como um objeto de consumo visto por
toda a sociedade, colocando em propagandas pessoas com corpos musculosos, bem-definidos, passando assim uma imagem de “coro ideal”. Dessa forma
observa-se que as pessoas buscam por um corpo idealizado pela sociedade.
Hoje o corpo ele é associado a uma ideia de consumo, literalmente de bem
material, algo desejado como se fosse uma mercadoria de prateleira que você
vai a uma loja faz o pedido e recebe sua compr”. E como diz Fernandes (2003,
p. 13): “O corpo está em alta! Alta cotação, alta produção, alto investimento
[...] Alta frustração.”
Com toda essa propaganda a mídia faz com aconteça um crescimento do mercado dos cosméticos, das cirurgias plásticas... da idealização do corpo perfeito.
Quanto mais perto o corpo estiver da juventude, beleza, boa forma, mais alto é
seu valor de troca (FEATHERSTONE, 1991). As pessoas não se preocupam mais
com o bem-estar, com a saúde, e sim se seus corpos estarão atendendo aos prérequisitos estabelecidos pela sociedade.
O fato é que, contemporaneamente, a ideia de que para se ter sucesso, felicidade
ou dinheiro, o único caminho é através da beleza estética. Aquele corpo esculpido, músculos bem-torneados, mais do que um índice de boa saúde, é também
o resultado de uma cadeia de interesses. Por trás de cada fibra enrijecida estão
milhões de dólares gastos em novos tipos de aparelhos de ginástica, programas
de condicionamento físico, anabolizantes (VEJA, 1995).
O corpo hoje é uma forma de venda de produtos, onde colocando pessoas com
corpos perfeitos, seres intocáveis, pode-se vender produtos perfeitos, por isso
o uso de pessoas “perfeitas” em propagandas. Formando dessa o corpo objeto
da sociedade, não importando o trabalho que você exerce e sim a forma como
o seu corpo o vende, como cita Karl Marx (1983): “O trabalhador torna-se uma
mercadoria ainda mais barata à medida que cria mais bens. A desvalorização
do mundo humano aumenta na razão direta do aumento de valor do mundo dos
objetos. O trabalho não cria apenas objetos; ele também se produz a si mesmo
e ao trabalhador como uma mercadoria, e, deveras, na mesma proporção em
que produz bens”
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Merleau-Ponty (2000, p. 4) afirma que a natureza é um objeto enigmático, um objeto que não é inteiramente objeto; ela não está inteiramente diante de nós. É o
nosso solo, não aquilo que está diante, mas o que nos sustenta. O corpo é uma
forma de expressão, pleno de intencionalidade e poder de significação (MERLEAU-PONTY, 1994). O corpo é visto, muitas vezes, como uma massa de modelar, ou
seja, socialmente modulável, uma vez que é vivido e vivenciado conforme o estilo
de vida da cada indivíduo. Atualmente, o culto ao corpo e os investimentos sobre
o mesmo encontram-se, de certa forma, exacerbados. Em cada época se estabelece um modelo de corpo “máquina-perfeita” para o ser humano, levando-se em
consideração os valores, as crenças, os mitos, a exigências e os interesses sociais e culturais de cada povo (FLORENTINO, FLORENTINO, 2007, p. 1). Usandose assim o corpo não como forma de qualidade de vida e sim como uma forma
de mostrar que consegue mais atender as necessidades sociais impostas pela
mídia da beleza e dos corpos perfeitos.
Corpo sujeito nas múltiplas extensões do
humano
A maior parte de nossas atitudes acontece através de nossos sentidos ou devido
à existência deles. Quando vemos ou ouvimos pessoas cometerem injustiças,
principalmente com pessoas ligadas a nós reagimos imediatamente. Esse ataque poderá ser desferido através de palavras ou atos.
O nosso corpo é sujeito ao nosso cérebro, por mais que se pense em reações
corporais, na verdade, elas acontecem em nossa cabeça. Todo mundo sabe que
mesmo sem serem através dos toques, as sensações acontecem, quase que
perfeitas, como afirma Sombra 2006, p. 25):
O corpo agindo como sujeito de percepção e como corpo cognoscente. O corpo
próprio, tal como eu existo e o reconheço como meu corpo, o corpo que eu vivo,
que eu sou e que eu tenho, o qual se conduz como sujeito agente dos meus
desejos, intenções e movimentos. Dessa maneira, minha consciência invade
todo o meu corpo, com ele se mistura e confunde. Este corpo-sujeito não é apenas depositário ou instrumento de uma vida psíquica; ele é o meio de expressar
esses sentimentos e ter acesso a eles; em suma, ele tem poder de significação
ou de expressão que lhe é próprio, o que lhe confere uma interioridade e um
significado. Esse poder de significar recobre sua atividade, em particular, a lin-
guagem, a gestualidade, o desejo, a motricidade e a sexualidade. Esse modo de
existir singular, ambíguo e eniguimático do corpo prórprio é irredutível à coisa
extensa e exterior, e é anterior à atividade relfexiva e representativa.
O corpo sujeito é corpo nas múltiplas extensões do humano. Para além do corpo
biológico, a corporeidade é compreendida na ação intencional do sujeito que é
político, social e afetivo. É preciso destacar o corpo sujeito (NÓBREGA, 2005) na
construção do conhecimento e de uma consciência crítica.
A cultura de movimento refere às atividades reconhecidas num determinado
contexto social e que envolvem o movimentar-se humano, traduz a dimensão
histórico-social ou cultural do corpo e do movimento (DAÓLIO, 2005).
Pensar o corpo sujeito, a partir do trabalho é analisar como os trabalhadores desenvolvem suas atividades, o desgaste físico e o estado de ânimo. É a observação das mais diversas manifestações de homens, mulheres e crianças, quais
são suas formas de contato corporal admitidas sejam reservadamente ou em
público, identificar como esses costumes estão mudando ao longo do tempo.
Christoff que comenta:
Atitude natural e tese do mundo (entenda-se o mundo das coisas colocado pela
espontaneidade psicológica, O.S.) caracterizam todas as filosofias anteriores
à reflexão fenomenológica. De fato, a metafísica, especulando sobre as causas primeiras, não faz outra coisa a não ser introduzir nos princípios o tipo de
causalidade que reina entre as coisas; a reflexão dos filósofos, espiritualistas
ou criticistas, descobre o eu na atitude natural; ela [a reflexão dos filósofos] estabelece o espírito como causa das coisas e o conhecimento como ato natural.
[...]
No corpo sujeito deixa-se de lado a ideia da imagem do mundo, observado através
do processamento de informações, tendo um modo de ser especifico e necessitando de uma compreensão própria, sem que seja necessário representar um
pensamento já constituído.
Metodologia
O presente estudo foi realizado com o intuito de propiciar conhecimentos a cerca
do contexto o corpo com objeto e reflexo da sociedade em que vive, através da
produção cientifica.
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A opção metodológica da pesquisa reside um método bibliográfico explicativo,
com levantamento dos registros de leitura em documentos impressos, utilizando-se de dados teóricos já trabalhados por outros autores, com aprofundamento sobre o tema.
Este estudo é qualificado como pesquisa bibliográfica que segundo Köche (1997,
p. 122):
[...] é a que se desenvolve tentando explicar um problema utilizando o conhecimento disponível a partir de teorias já publicadas em livros ou congêneres. Na
pesquisa bibliográfica o investigador irá levantar o conhecimento disponível
na área, identificando as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para auxiliar a compreender ou explicar o problema objeto da investigação.
A pesquisa bibliográfica é imprescindível ao aprofundamento teórico conceptual
foi indicada como tática para classificação de elementos adequados de contextualizar o objeto da pesquisa. A procura por fontes foi constante objetivando
descrever e conservar a clareza na seletividade do material.
A relevância social está em apresentar estratégias para lidar com a situação da
dependência que existe do “corpo” para com as mídias culturais, vivenciada
por crianças, adolescentes e adultos de todas as famílias, para produzir conhecimentos sobre a temática, para que dessa forma possamos aprimorar nossos
conhecimentos e compreendermos mais o assunto.
Considerações finais
Neste trabalho abordamos uma interface entre bem-estar e lazer que tendo o
corpo como objeto de investimento transforma-o em mercadoria, as promessas repetidas de beleza e não alcançadas, abranger a dinâmica destes grupos,
quais são e como se constituem esses valores, como dividem dos momentos de
trabalho e lazer, como simulam e explicam a própria vida e a sua afinidade com
outros espaços, a sua cultura de vida e de circulação, é uma condição necessária para que não percam ou possam desempenhar o seus papéis como sujeitos
de sua vida e de sua história, de sua corporeidade.
Moreira (1994) mostra a possibilidade dessa transição do corpo disciplinado para
um corpo consciente utilizando-se de uma metáfora em que se caminha de um
corpo pensado a um corpo vivido. No primeiro, os valores são: corpo-objeto,
corpo manipulável pela educação, pela ciência e pelo poder, população que vive
em função do futuro mais esquecendo-se de viver o presente, corpo esse fundador de imaginações que roubam a possibilidade de um viver farto. No segundo,
o corpo-sujeito exige uma instrução e um conhecimento que se estruturem no
pensamento, numa fabricação de conhecimento que garantam a vida.
Para Marcellino (1987) agregar o lazer com experimentos pessoais representam um
entendimento limitado sobre a questão. Não é a atividade em si que caracteriza
o lazer. Afinal, a mesma atividade pode significar lazer para uma pessoa e, para
outra, não. A forma de transformar o corpo em um objeto da sociedade, usando o
seu tempo de não trabalho em algo que sinta prazer, o lazer, as relações habituais
se fazem em ações diretas entre os corpos. Portanto, é pelo corpo, pelos experimentos vivenciados que se constrói conhecimento situado, que se constrói cultura. O corpo deve ser identificado por suas perspectivas de expressão material e
espiritual do ser humano, tratado na perspectiva de sua historicidade.
Nossa cultura é imposta pela mídia, é democratizada e esta é baseada em
falsos desejos necessidades e fetiche. O surgimento das indústrias de entretenimento como empresas capitalistas resultaram na padronização e na
racionalização das formas culturais, esse processo atrofiou a capacidade do
indivíduo de pensar e de agir de maneira critica e autônoma (THOMPSON,
1995, p. 132).
Cumprimos os objetivos propostos uma vez que no procedimento educativo, proporciona-se a existência de situações lúdicas e contextuais, beneficiando assim
a constituição do conhecimento a partir da realidade situada, valorizando a história de vida de cada um e situando marcos de identidade cultural, por meio
de temas extraídos do habitual e da realidade. A nossa sociedade é altamente
consumista, onde os corpos são formas fundamentais de consumo e de lazer.
Este artigo foi muito importante para que nós, como alunos do Curso Superior
Tecnológico em Gestão Desportiva e de Lazer, possamos compreender de forma
mais ampla como o corpo é visto e utilizado pelas pessoas em um mundo tão
capitalista e que a sociedade valoriza cada vez mais o estereotipo e o culto a
beleza e perfeição além de ter-nos permitido desenvolver e aperfeiçoar competências de investigação, seleção, organização e comunicação da informação
sobre o corpo como forma de objeto da sociedade e reflexo do meio em que vive.
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